Estamos na quaresma, se Judas tiver de deixar alguma coisa
para a macacada em 2016, já esta definido, vai deixar assombração e abismo. Não
será nada fácil vencer o pleito de outubro 2016. O que a macacada vai encontrar
pela frente é um abacaxi com casca de jaca, que vai ter que engolir.
O vídeo da macacada parecia um velório, só faltou mostrar o
defunto. Eles tinham perdido, por desistência, o pré-candidato mais encorpado e
com maiores possibilidades dentro do grupo, o Dudy, e tiraram das nuvens um
discurso de que o grupo tinha um candidato forte e em condições de vencer as
eleições 2016. Nome: qualquer um.
Veja que situação: o grupo na boca da onça; no maior esparro
do mundo; um pouco melhor do que aquela de Vavá Kabila e eles acham que vão
garantir a vitoria com ‘qualquer um’! Eles acham que ‘qualquer nome’ vira e
revira esse jogo. Isso é um pensamento simplista e eivado de apaixonite aguda.
Nas condições atuais, dentro do grupo macaco não tem um nome com o potencial de
Dudy. Se este tem condições de vitoria? É outra conversa.
A situação ganhou contornos de confusão quando Dudy deu
entrevista, no programa Top Sport, ao comunicador Manoel Hito. Ele foi
categórico ao citar como o único motivo de sua desistência o fato do prefeito
Ademildo não ter aceito René na vice, desde quando, o prefeito queria a vice
para o PT. Dudy foi fidedigno ao seu pacto de vida ou morte com René. Foi homem
e garantiu a palavra empenhada:” Sem René na vice, eu não sou candidato a
prefeito”.
Depois do encontro com o prefeito, aconteceu a reunião da
segunda-feira, em Salvador, com a macacada, e foi o dia da desistência. É aqui
que está a contradição de Dudy, porque ele deve ter apresentado o seu único e
verdadeiro motivo (a aceitação de René) e não foi ratificado pelo grupo, aí ele
desistiu, pois que, se o grupo tivesse aceito ele não desistiria. Então, de
forma lógica, não foi só o prefeito que não aceitou o vice, foi o prefeito e o
grupo da macacada.
Vamos partir do pressuposto de que o grupo aceitou René como
vice, então não haveria motivo para Dudy desistir, mas que desistiu, desistiu!
Então a razão que levou a isso não foi a recusa da vice, mas outros motivos não
mencionados na entrevista e de competência do grupo, mas que foram sonegados
porque a intenção na entrevista era jogar toda a culpa nas costas do prefeito
Ademildo.
Na realidade, o grupo da macacada está em crise, até mesmo
pelo desgaste de doze anos na administração municipal. Nesses momentos de
aperto, até mesmo, as idéias parecem fugir. Com a desistência de Dudy
resolveram escolher outro pré-candidato por meio de pesquisa com quatro nomes.
A saída da crise não é tecnicista. Vamos supor que o primeiro
colocado tenha uma rejeição maior do que o segundo (qual é o melhor?); se
houver empate técnico? Se houver erro na coleta de dados? E mais outras
questões que não respondem à problemática e cria mais problema ao alimentar
duvidas e suspeições. O campeão voltou, suspende-se tudo.
A questão é política. A tarefa da macaca é uma espinha
atravessada na garganta: Como vencer Marcelo Brandão no pleito 2016? O grupo
macaco sozinho é praticamente impossível, haja visto, a crise que vive a
macacada; a desorganização que apresenta; o resultado da eleição 2012; o
desgaste administrativo; as perdas do percurso; e outras mais.
A tábua de salvação é a aliança política. Tem gente da
macacada que entende que não é assim e chegam ao ponto de falar em tom de
ameaça ao prefeito Ademildo, que vão entregar todos os cargos municipais de
confiança em junho. Se o fizerem, estarão comprando o terno de posse de
Brandão.
A questão é política: Qual é o candidato que tem maior
probabilidade de unir o maior número de forças políticas para se empreender uma
luta política capaz de mudar uma tendência fortíssima que se apresenta? Diomário
sabe que é por aí e não na base de “O campeão voltou”. Ipirá está calmo e
tranqüilo; o Brasil está pegando fogo.