quinta-feira, 22 de março de 2018

ATERRISSAGEM FORÇADA DO GOVERNADOR EM IPIRÁ


O atraso do helicóptero que transportava o governador Rui Costa deixou todos os presentes apreensivos: “O que será que aconteceu?” Três horas depois o governador baixou em Ipirá. “Ufa, que alívio!” O governador Rui ‘Correria’ deu a cara.
O entra e sai nas salas trouxe-me à lembrança de uma imagem clara, transparente e oportuna: ”Cachorro perdigueiro farejador no encalço da codorna.” O governador Rui Costa na correria e o prefeito Marcelo Brandão correndo atrás. Que foi engraçado, lá isso foi.
O prefeito Marcelo procurando dá o bote aproveitava a brecha e encostava no governador, vinha um macaco e dava-lhe um chega prá lá e metia a cara na self; o prefeito Marcelo Brandão conseguiu botar o braço no ombro do governador Rui, eu pensei: “Êta, o prefeito Marcelo Brandão vai dar uma gravata no pescoço de Rui “Correria”! O governador jogou o corpo para um lado e saiu pelo outro, parecia que estava ensaboado. O prefeito perdeu o abraço de tamanduá ou melhor, deixou de dá o ‘tranco de Antão’ no pescoço do governador.
Mas, que foi engraçado foi. A marcação do prefeito Marcelo era homem a homem, perfeita em todos os detalhes. Para você ter uma idéia real da situação, imagine um jogador do meio de campo com a incumbência de marcar um atacante como um carrapato: “Onde ele for, você vai atrás dele!”.  No meio do jogo, o atacante foi substituído e o marcador foi com ele para o vestiário. O treinador foi incisivo: “Volta desgraça, ele saiu do jogo!” Se o governador fosse ao sanitário, o prefeito iria atrás.

E a macacada? Minha nossa! A macacada ia revezando na trombada para tirar o prefeito da jogada. Se fosse um jogo de sinuca, seria uma saraivada de tacadas para tirar a bola do 25 da boca da caçapa. Isso é jogo político. O prefeito estava agindo corretamente, com a regra debaixo do braço, que lhe dava a vantagem por ser o prefeito da ocasião e a macacada, também, agia corretamente na defesa do seu espaço. Era Lé e Cré.
Vamos ao momento mais importante na programação: os discursos. Aqui é que a panela de pressão esquenta e só vai subir no pau de sebo quem tiver muita terra nos pés.
O senador Pinheiro vem comendo o requeijão de Zé Baiano há mais de duas décadas, deve estar empanzinado e a vitrola já furou o disco. Êta, discursozinho surrado!
O deputado Afonso Florence encheu o peito para dizer que é macaco e PT; isso só enrola besta, porque é mais fácil um cachorro andar em duas pernas e comer capim, do que o deputado dizer uma bizarrice dessa em Salvador ou Brasília. É conversa prá boi dormir. Tu és macaco e a macacada não é PT nem aqui nem no inferno.
O deputado Jurandy Oliveira esqueceu o nome do secretário Pinheiro, deu branco, é natural e normal, aí ele deu uma de esperto em terra de gente ingênua: “Eu não disse o nome de propósito” disse o deputado. Lembrando o tempo em que o deputado perguntava ao eleitor: “Como vai seu pai?” e ouvia, “meu pai já morreu, deputado!” e retrucava: “Já morreu para você filho ingrato, para mim ele está vivo aqui em meu coração!” Até um menino sabe que não foi intencional.
Intencional mesmo foi o discurso do deputado Jurandy Oliveira na recepção ao senador Otto Alencar, quando o deputado discursou: “Eu não sou PT” aí a macacada aplaudiu de pé. “Essa turma andou fazendo coisa errada e de mim ninguém diz nada” arrematou o deputado. Quando o deputado esquecer o nome de Ipirá não será novidade nenhuma, em 36 anos (nove mandatos) o deputado lembrou muito pouco de Ipirá. Mas, esqueçamos essas falações e vamos para os discursos dos dois graúdos: o prefeito e o governador.
A expectativa era grande: o prefeito vai comparecer ou não? O prefeito teria direito a discurso, é institucional. Chegou o momento do prefeito falar. Pense num gol impedido do Flamengo contra o Corinthians com o juiz validando. Uma sonora e direcionada vaia. Coisa premeditada e articulada pela macacada, porque o nome mais aplaudido foi o do candidato derrotado Aníbal. Aí eu pensei: “Isso aqui é angu com caroço!” Estava mais do que evidente que o prefeito Marcelo Brandão estava metido numa saia justa, justíssima.
Temos a obrigação de ser justo e coerente. O prefeito Marcelo Brandão foi corajoso, destemido e intrépido. Comparecer ao ninho da macacada, como um intruso mal visto e repudiado, que a macacada teve que engolir inteiro, sem passar manteiga, graxa ou cuspe, foi simplesmente uma aventura de filme cowboy italiano.
O prefeito Marcelo Brandão encostou no microfone e o pau cantou. Nas cadeiras do palanque, os macacos sentados soltaram risos pelos cantos da boca. O prefeito Marcelo Brandão sentiu o impacto inicial, mas manteve-se frio, firme e relutante diante da situação adversa; não ficou nervoso, foi coordenando as idéias, controlando as emoções, sem se exasperar, manteve a tranqüilidade e ganhou terreno ao propor a união por Ipirá, para o bem e o progresso de Ipirá. O prefeito tirou de letra e saiu da embrulhada.
Mas, também, ficou claro, só não percebeu quem não quis perceber, que a desgraça da administração do prefeito Marcelo Brandão foi decretada nesta tarde de quarta. O governador não enfatizou o poder reivindicatório do prefeito, só dos deputados. 
O prefeito só foi recebido na governadoria porque o deputado Bacelar intercedeu. O governador ressaltou a prepotência e o orgulho do prefeito, em conversa com a macacada, por ser do outro lado. Tá carimbado e ferrado, prefeito! Suas reivindicações foram para a lata de lixo. A sua foto no trator e na ambulância tem o sabor daquele boneco ‘Mané Gostoso‘ ou a mesma importância que o bode de Luís Cazumba tinha na foto do Independente F. C.
Prefeito, Marcelo Brandão! V. Exa., foi corajoso e mostrou raça quando se apresentou na arapuca do macaco, para participar de um jogo de cartas marcadas. Aquilo era um palanque da macacada. Agora, todos os ipiraenses esperam que V. Exa. mostre que é uma pessoa com maturidade para exercer o cargo máximo dessa terra: Prefeito de Ipirá. Que V. Exa., não seja corroído pelo rancor e pelo ódio, perseguindo a juventude ipiraense que mora na residência.
O exercício do protesto foi coerente, justo, democrático e V. Exa., tem que demonstrar grandeza e sabedoria administrativa para dialogar e buscar solucionar o problema da residência, porque se sua gestão resolver esse problema concreto e urgente estará contemplando a juventude de Ipirá com uma realização de grande envergadura, que fará com que sua gestão assuma um propósito bem maior do que o irremediável e horroroso desastre que se anuncia se seu governo fechar os olhos para as reivindicações da juventude ipiraense. Sua gestão está no mais rigoroso isolamento com este governo do Estado, só lhe resta atender às reivindicações do povo de Ipirá. O resto é devaneio.
Eu percebi que todos os oradores, sem escapar uma única alma, foram indiferentes às reivindicações da juventude de Ipirá. A questão da residência foi negligenciada por todos eles. Ninguém fez a menor alusão às vozes e aos dizeres dos cartazes. Ninguém. Os de fora não conhecem os problemas de Ipirá, apesar do Secretário da Educação do Estado dizer que conhece Ipirá como a palma da mão. É tudo conversa mole.
O governador Rui ‘Corredeira’ mostrou uma grande preocupação para que o jovem de Ipirá faça o curso técnico da Escola do Couro para servir de mão-de-obra à provável, porque não é certo, nem garantido, desenvolvimento deste pólo coureiro. Quantas fábricas de sapato virão para Ipirá? 
O governador Rui Costa assinou um ‘Termo de Responsabilidade’ e agora será cobrado pelo povo de Ipirá no referente à qualidade de ensino nessa escola. Não pode ser um ‘faz de conta’.
Uma parcela significativa da juventude de Ipirá tem interesse em fazer um curso superior e isso só pode ser feito ultrapassando os limites do município. Curso Superior público e de qualidade está cada vez mais distante em Ipirá, porque a bola da vez é um curso técnico e não é o IF Bahiano. 
Ipirá não mudou nada de ontem para hoje, também, as coisas não acontecem da noite para o dia. O município de Ipirá continua o mesmo e com as mesmas necessidades e demandas. 
Uma ambulância é bom, mas se as duas ambulâncias da SAMU não estivessem lacradas numa garagem seria bem melhor. Se Ipirá tivesse recebido uma Policlínica seria bem melhor do que a reforma meia-sola no Hospital de Ipirá (o governador cobrou a conta, ou seja, a prestação de contas na vista de todo mundo e o prefeito respondeu todo sem graça “já prestei conta”).
Seria bom que a saúde de Ipirá tomasse vergonha na cara e atendesse às necessidades e as demandas dos ipiraenses. Isso sim, porque senão, a população vai ficar o tempo todo batendo palma quando chega uma simples ambulância, mas que a vergonhosa ‘Regulação’ do governo do Estado não deixa essa ambulância comer asfalto.
Tem doze anos que começaram um projeto de saneamento básico na cidade de Ipirá; a conta foi de 42 milhões para 82 milhões de reais. Agora, o governador Rui Costa injeta mais 22 milhões de reais. Esse é um dos gargalos de Ipirá, pois a cidade encontra-se na ‘Era do Esgoto a Céu aberto’ em pleno séc. XXI.
Obrigado governador Rui ‘Correria’. Obrigado pela aula de princípios educacionais e cidadania. Pelas suas obras e rubricas nas Ordens de Serviço são desnecessários os agradecimentos, porque Ipirá necessita de muito e muito mais do que isso.
Uma coisa muito simples, prefeito Marcelo Brandão! Não coloque a forca no pescoço do morador da rua da Quadra, que disse que aquela ‘rua está malamanhada’ é esse o jeito dele falar, muitas vezes, ele aprende as coisas e fica repetindo como papagaio, mas no fundo ele está cheio de razão, mesmo sendo um indivíduo mais invisível do que a camisa do Vasco. Prefeito, não faça retaliação com a população de Ipirá, seria o maior equívoco de sua vida. Seria imperdoável.
A juventude de Ipirá e o jeito simples do cidadão da rua da Quadra estão em busca dos direitos de cidadania. Prefeito! Sua gestão até agora não disse para que veio e ninguém vive de promessas, atenda as reivindicações do povo de Ipirá, passe a marreta do 25 naquele muro da vergonha na rua da Quadra e coloque uma cobertura, com os lados abertos, igual a uma quadra que tem em Serra Preta. É isso que o povo de Ipirá procura entender e não compreende, se Serra Preta pode ter por que Ipirá não pode? A Casa do Estudante pede socorro. Ipirá pede socorro.

quinta-feira, 15 de março de 2018

O PREFEITO CORRENDO ATRÁS DO GOVERNADOR


O prefeito ia, o governador vinha e eu estava de olho nos dois. A BR-324 (Feira – Salvador) está intiguijada de outdoor. QUATRO NOVOS HOSPITAIS / OBRA DO GOVERNO DO ESTADO1 Km depois 12 POLICLÍNICAS PELO GOVERNO DO ESTADO A enxurrada de outdoor continua na beira da estrada: CENTRO DE OPERAÇÕES E INTELIGÊNCIA // METRÔ // ANEL VIÁRIO DE CANDEIAS – GOVERNO DO ESTADO NÃO PÁRAfiquei com água na boca.

Eu juro que vibrei: O governador da Bahia está trabalhando, o homem está brocando.Alto lá, pense bem! Parei para pensar: Realmente, Ipirá não comeu nem um caroço de jaca nessa propagandeada toda, nessa abundância outdooriana!

O prefeito Marcelo Brandão também foi. Só vou realizar essa audiência por sua causa, deputado Bacelar, o homem é ruim de prosa.” Disse o governador. O prefeito Marcelo Brandão levou um catatau de Pastas Reivindicatórias, que tomou metade da mesa da governadoria:

- Governador! Estou aqui, mas quero deixar bem claro que não existe nenhum acordo com o governo do Estado – afirmou o prefeito Marcelo.

Suas reivindicações desceram para o porão, que fica no segundo subsolo no CAB, área de reciclagem. É assim que se tritura uma administração municipal.



Lauro de Freitas – Ba, qualquer hora do dia e da noite, é impressionante a quantidade de faixas agradecendo ao Governo do Estado. Parece um festival de faixas; é faixa de tudo quanto é jeito; de banda, de lado, é faixa por baixo e por cima, à torto e a direito, Tem faixa de frente, por trás, inteira, em pé, deitada, esticada, amarrotada; é tanta faixa que parece um quaradouro de abadá do bloco OBRIGADO GOVERNADOR.

Por riba dos trilhos do Metrô, que se encontra na boca de entrada de Lauro, uma faixa: OBRIGADO GOVERNADOR.” Aí, justifica. Justiça seja feita, um agradecimento mais do que justo e necessário, tem mais é que agradecer e bem agradecido ao governo do Estado. Ipirá nesse bloco não tem como vestir esse abadá e cantar esse samba enredo. Lauro de Freitas é diferente, tem os trilhos do Metrô debaixo do nariz. Lauro de Freitas é agradecida por merecimento. Ipirá, não! Ipirá não tem o que agradecer ao governo do Estado, seria uma faixa de bajulação.


A turma da macacada vai fazer sala, com grande cortesia, ao senador Otto Alencar, tendo em vista 2020. Tudo o que essa gente presta-se a realizar tem um olho na prefeitura em 2020. Essa gente não dá prego sem estopa. Faltando tanto tempo, já aplicaram um canto de carroceria em Aníbal, que não foi nem lembrado para assinar o convite, imagine para ser o futuro candidato do grupo. Nas últimas eleições municipais Aníbal serviu de bucha de canhão, perdeu, já foi. Agora, que a coisa está ficando na manteiga, os pretendentes verdadeiros são do alto clero. É assim que se tritura um candidato do baixo clero no jogo oligárquico.

Na Paralela, qualquer dia ou noite, tome-lhe outdoor de todo tamanho;  um monte de outdoor luminoso, nas alturas e na cara dos passantes: NUNCA UMA PREFEITURA FEZ TANTO POR SALVADOR.” na sequência, outro monte de outdoor: O GOVERNO DO ESTADO MUDOU SALVADOR” Ipirá não tem um outdoor com vergonha na cara, quando aparece é meia-boca. Salvador tem governador e prefeito fazendo pela cidade. Ipirá não tem nem uma coisa nem outra. Tanta obra, tanta coisa e nada daquilo chegou à Ipirá.

Paralela na hora do rush. Tudo travado, parado, engarrafado, encasquetado. Um outdoor, meio sem vergonha, olhou pra minha cara e sugeriu: PENSE EM SALVADOR SEM METRÔ / GOVERNO DO ESTADO” Eu pensei, bem pensado! Seria uma miséria, uma desgraça, um quinto dos inferno. É barril. Nem quero ver o casqueiro.

Chega de pensar no que não presta, vamos pensar em coisa boa; bote o outdoor na fita. Olhei para o outdoor e viajei, tudo ficou diferente: PENSE EM IPIRÁ COM (leia com) HOSPITAL, U.T.I., SAMU, UPA com medicamento, EDUCAÇÃO de qualidade, FACULDADE de Direito, ASFALTO nas ruas, ILUMINAÇÃO tirando a cidade da escuridão, ÁGUA na torneira o dia todo e todo o dia, TRANSITO organizado; ÁREA DE LAZER, CENTRAL DE RECICLAGEM DE LIXO, MATADOURO funcionando // GOVERNO DO ESTADO / GOVERNO MUNICIPAL / GOVERNO FEDERAL ou melhor, qualquer governo com vergonha na cara e disposição política para realizar o que Ipirá precisa.

Aí sim, cabra-véio! Nunca uma prefeitura fez tanto por Ipirá. Aí, meu rei! O governo do Estado mudou Ipirá. Que orgulho de morar aqui. Aí, o outdoor, deu um sorriso, botou a mão no queixo, malicioso e cheio de malandragem foi dizendo: Fica na tua gente-fina, isso aí é Ordem de Serviço.Eu sabia, deu gorgulho!

O governador Rui Costa virá a Ipirá, dia 21 deste. Vai assinar Ordem de Serviço. Isso me faz lembrar o ex-vice prefeitoin memoriam’ Vavazinho, que em suas andanças e encontros com o ex-governador João Durval na governadoria do CAB, não agüentou e indagou ao governador:

- Sua caneta de ouro tem tinta, governador?

- Como? Não entendi a sua pergunta.

- Eu quero saber, governador, é se seu autorizo nessa Ordem de Serviço tem garantia e merece credibilidade?

O governador olhou, fixou um olhar impávido, intrépido, agudo e rancoroso na direção de vice-prefeito Vavazinho. O governador não deu uma palavra, baixou a cabeça, assinou e deu por terminada a audiência. Era Ordem de Serviço. As obras não chegaram a Ipirá.

O governador Rui Costa estará em Ipirá rubricando Ordem de Serviço faltando sete meses para as Eleições. Quando começarão as obras? Essa obras estarão prontas antes das Eleições? Governador seu autorizo vai funcionar? Ano de Eleições e reeleição dá para deixar muita desconfiança. Será inaugurado um anexo no Cetep (não é lá essa coisa toda); retomada do saneamento básico (tem quase 10 anos de iniciado); extensão de água canalizada para várias localidades no interior do município (obra de grande importância). Aguardamos.

O governador Rui, V. Exa., esteve ausente da nossa terra. V. Exa., tem que assumir compromisso com o povo de Ipirá de forma verdadeira e clara, porque com essa oligarquia que V. Exa., abraça em Ipirá não dá para acreditar que tudo isso não passe de simples Ordens de Serviços entregues em tempos de Eleições.

O voto para a sua reeleição será político, com o debate aberto sobre o golpe  que tirou a presidente Dilma do poder e na evidência de que um  candidato de outro partido poderá ser uma alternativa real e concreta para a esquerda, desde quando é muito frágil sustentar uma candidatura que não seja efetivada legalmente. Quando se abraça a macacada, fica claro que se está aceitando votos dos que apoiaram o impedimento da presidente Dilma e do antipetismo. Oh, novidade! Em Ipirá, o voto pela reeleição  não será por serviço prestado.


Governador, diga-me com quem andas e direi quem és. Aqui em Ipirá, o governador tem preferência pelo grupo dos macacos, que está na oposição ao prefeito jacu. Aí o governador não vem ao encontro do prefeito municipal, vem em atendimento à meia dúzia de reivindicações da macacada, que de olho na prefeitura em 2020, pede pouco e pede mal, como se fosse uma prefeitura paralela. Tudo isso deixa o prefeito Marcelo Brandão chupando dedo.

Em Ipirá, o governador tem os olhos voltados para a alta cúpula da macacada, o deputado Jurandy Oliveira; o grande líder e águia do grupo Diomário Sá; o líder Antônio Colonnezi. Basta-lhe esse pessoal da alta cúpula. Basta-lhe esse pessoal da foto, a mais digna e representativa comissão de Quinta-Coluna desta terra.

Como fica a administração do prefeito Marcelo Brandão nesse balaio de gato? Perdido num mato sem cachorro. Se comparecer e ficar junto ao governador vai receber uma sonora vaia da macacada (para quem não é de Ipirá entender direito o que se passa nessa terra, observe bem, em Ipirá não tem partido, isso é cartorial, tem grupos, jacu e macaco; dá para imaginar o tamanho do atraso em todos os sentidos).

Se o prefeito Marcelo Brandão não comparecer, perde a credencial e a credibilidade que o cargo de prefeito pressupõe e transmite, aí deixará a impressão que o município está entregue às baratas e sem representante à altura do poder municipal;


Não se avexe não, prefeito Marcelo Brandão! Siga meu conselho, tome duas talagadas de whisky, se apresente, fique lá por dois minutos, dê um migué e peça licença e desculpas por ter que sair, porque V. Exa., vai inaugurar obras. Todo mundo vai ficar de boa, porque as inaugurações do prefeito e as Ordens de Serviços do governador estão amarradas na mesma natureza da dúvida futurística, enquanto Ipirá permanece adormecido nas suas necessidades concretas.



sexta-feira, 9 de março de 2018

O VOTO DO VETO


A primeira votação foi uma farsa. A segunda foi para a sua sacramentação. O prefeito encaminhou o Veto ao Orçamento dos valores de Um Milhão de Reais para a reforma da Casa do Estudante e Um Milhão de Reais para a reforma do Mercado de Arte.
Não deu outra, aconteceu. Aqui, é impossível acontecer o trem descarrilar, porque a devoção pelo poder que controla e manda também gera a subserviência e a obediência. Na engrenagem do poder, as oligarquias mandam e os vereadores obedecem. Não temos que nos queixar. Todos os votos foram nos conformes dos limites impostos e isso é uma regra muito natural.
Mas teve um voto, um único voto apenas (apesar de secreto), que teve um grau de força a nos provocar uma grande decepção. Todos os outros foram naturalmente normais e dentro do esperado, não havendo motivo para falar sobre. Mas, o voto do vereador André da Saúde, por ter sido, entre os vereadores, o único a ter morado na Casa dos Estudantes de Ipirá em Salvador, foi ex-residente e por isso se esperava que ele mantivesse a firmeza e a coerência da votação anterior, a da aprovação da Lei Orçamentária.
O vereador André da Saúde não me deve nenhuma satisfação. Os vereadores de Ipirá devem satisfação aos cidadãos ipiraenses no seu conjunto. O vereador deve dar uma satisfação do seu voto à juventude de Ipirá, porque o voto do vereador nas questões que tocam na vida do povão, interfere diretamente na vida das pessoas, prejudicando-as ou  melhorando-as, por isso, o vereador tem que ouvir a voz do povo.
O vereador tem uma responsabilidade social e política perante a comunidade. Seu voto não é uma precária propriedade individual, que ele faz o que lhe dá na telha, não é desse jeito, tem que haver ressonância com os interesses e reivindicações do povo de Ipirá. Seu voto no poder legislativo atinge a vida das pessoas para melhorar ou piorar. O voto do vereador não é uma brincadeira indolor. Seu voto traz conseqüências para a vida das pessoas.
Eu quero deixar bem claro o seguinte: André da Saúde está entre as pessoas do bem em Ipirá. É um cidadão honrado e digno, isso ninguém pode negar-lhe. O fato que estou comentando e questionando refere-se ao político e vereador André da Saúde.
Ele é um vereador que sabe a importância, a necessidade e o valor da residência para o jovem carente de Ipirá. Ele é conhecedor de fato, pois vivenciou esta experiência em um momento especial de sua vida. A Casa do Estudante o recebeu de braços abertos. Eu, como muitos outros, passamos por essa experiência, que considero uma boa lição de vida. Nesse sentido, o voto foi uma surpresa, não era uma incógnita.
O voto expressou a afirmação da negação de um período dignificante, ao tempo, enobrecido pela luta, uma verdadeira lição de vida. Isso não é coisa para relegarmos a qualquer circunstância, tem que haver uma coerência com as bandeiras e os princípios que aprendemos a defender. O voto favorável à residência está carregado desta tinta em qualquer situação. Por isso a decepção com o voto do vereador André da Saúde.
Pode-se utilizar alguns argumentos na defesa do voto dado, como o da existência de uma PLANILHA para a obra da Casa. Dentro do ORÇAMENTO a reforma da Casa ficaria calçada, amparada e institucionalizada. Fora do Orçamento é total insegurança. Se o vereador André da Saúde acreditou nessa argumentação, ele encontra-se na mesma situação dos estudantes, na mais completa insegurança e vulnerabilidade; e com uma responsabilidade bem maior do que antes, porque agora ele tem o dever moral de cobrar do prefeito a reforma da casa consubstanciada dentro de uma PLANILHA.
Pode-se argumentar que o valor de um milhão de reais para a reforma da Casa estava extrapolado. De acordo com o gestor, existe “uma planilha que gira em torno de R$ 200 mil reais” para a obra da casa. O vereador André da Saúde acha que um milhão de reais é muito para a reforma? O vereador acha que oitocentos mil reais para publicidade é muito? O vereador acha que R$ 200 mil reais é suficiente para a reforma?
Os estudantes querem uma reforma decente que dê uma condição digna de vida a todos os residentes. Se isso acontecer, ótimo! Se o vereador André da Saúde concorda com o argumento do gestor, o vereador, também, assume um compromisso e tem uma responsabilidade evidente, porque tem o dever moral de cobrar uma reforma decente nos valores de R$ 200 mil reais, que foi o que ele, como vereador com direito a voto, acreditou e avalizou.
O vereador pode muito bem não concordar, mas, eu pressinto que o vereador André da Saúde está jogando xadrez numa mesa de poker. O prefeito diz que vai fazer a reforma oportunamente. Isso é sinal de blefe.  Não falou em data para começar. Outro sinal de blefe. E o vereador André da Saúde jogando xadrez, com pena de derrubar o rei, mas com tempo suficiente para refletir sobre a sua responsabilidade com a reforma da Casa.
O vereador André da Saúde é um vereador de grupo. Acredito que ele vote com critério até nas propostas do grupo. Deu mais crédito ao gestor que aos estudantes. Confiou no que o gestor Marcelo Brandão lhe falou para poder mudar seu voto e votar do jeito que o gestor queria que ele votasse. Aqui eu não tenho dúvida, se o gestor Marcelo Brandão está com a intenção de blefar para os estudantes, também ampliou o campo das vítimas do blefe, com o vereador André da Saúde.
Não acredito de forma alguma que o vereador André da Saúde seja um ferrenho opositor à Casa do Estudante de alma fechada. Não acredito mesmo! Ele está fechando com a proposta do gestor, que é uma proposta de fazer uma reforma com R$ 200 mil reais, mesmo claudicando na questão do tempo de início da obra. Aí dá para se sentir o cheiro do ‘migué’ que o vereador ainda não quis ou não quer perceber, mas vai ter que ser o fiscal e maior vigilante desta situação, para não se tornar uma pessoa sacrificada aos interesses e paixões alheias.
Os vereadores em Ipirá estão dentro de um jogo dominado, controlado e dirigido pelas oligarquias locais (jacus & macacos), com amplas possibilidades para as transgressões humanas, mesmo com todos os percalços é necessário que se mantenha acesa a esperança e a noção de que persistindo no caminho percorrido alcançaremos o benquisto ao dobrar a próxima esquina.

domingo, 4 de março de 2018

OS SETE PECADOS CAPITAIS DO PREFEITO MARCELO BRANDÃO


O pecado no. 1. é a situação das finanças públicas na prefeitura de Ipirá, que começa a dar sinais de debilidade, de falta de controle e poderá provocar uma degringolada sem precedentes. Ainda não passou o calote, mas que o dito calote já está no prego, não duvide. Tem funcionários contratados sem ver a cor do salário; tem fornecedor vivendo de promessa e, o pior, tem dívida de um mil reais contratada para publicidade que não foi paga ainda, parece que isso aí foi contraída com a intenção de passar o calote. Que é isso prefeito, tome jeito homem! No dia em que o  prefeito não pagar o salário dos funcionários em dia, significará que a administração está com a corda no pescoço e já foi. Isso não é praga, simplesmente é a realidade.

O pecado no. 2 está no fato da gestão do prefeito Marcelo Brandão ser uma administração engessada e, o pior, isolada. Não conta com o apoio dos governos estadual e federal; não consegue um pirulito para Ipirá; não traz uma merreca de verba, aí fica querendo que a população de Ipirá pague o pato e a conta, querendo uma reforma tributária que significará enfiar uma peixeira na população para ver entrar até o cabo. Prefeito, Marcelo Brandão cuidado com a gula com o dinheiro público! Se tem crise para a prefeitura que vive de repasse, imagine para a população que tem que espremer o gato para sobreviver. Tenha dó prefeito, o povo também ta na requenguela!

O pecado no. 3 está no fato do prefeito Marcelo Brandão só olhar para seu próprio umbigo. A população clama para que ele resolva o problema do Mercado de Arte e a juventude suplica para que ele solucione a questão da reforma da Casa do Estudante de Ipirá em Salvador e o prefeito fica dando uma de João Sem Braço, sem saber o que dizer e o que fazer. Parece que ele não compreende a importância e a relevância dessas duas instituições para a população de Ipirá. Prefeito Marcelo Brandão, a Casa do Estudante e o Mercado de Arte são reivindicações populares e atende aos interesses do povo! Entenda isso, homem de Deus.

O pecado no. 4 é perigoso. O prefeito Marcelo Brandão é um homem preparado, ilustrado, um bon vivant, que olha de bom olhado para os seus, que não carrega raiva de ninguém, mas o mesmo não está acontecendo com o seu grupo político; a ira que ele desperta em quem votou nele é coisa de louco, tem gente aí que não tomou um frasco de chumbinho porque tem um desejo de vingança marcado para 2020. Prefeito, Marcelo Brandão! Do jeito que as coisas andam, V. Exa. vai enterrar o seu grupo, ao tempo que será estrangulado pela mesma mão que te abanou e tu abandonastes.

O pecado no. 5 é fatal. O prefeito quer porque quer transformar Ipirá em um pólo turístico. Oh, inocente! Vai morrer catando cavaco e não vai conseguir. Ele leva em si um conceito muito fechado e grandioso de festa como categoria totalizante: a maior micareta de todos os temposé bem verdade, o poder público local chimbou legal e Bell pouco se incomodou com isso. O prefeito está preso em suas próprias convicções. O essencial é compreender que o  município de Ipirá precisa superar seu próprio momento, prefeito!

Pecado no. 6.  Eu tenho a impressão que o prefeito Marcelo Brandão é uma grande vítima da soberba, porque o homem ignora todas as reivindicações do povo de Ipirá. O povo pede o mercado, ele quer fazer a praça do mercado; a juventude quer a casa dos estudantes, ele fica de birra, brincadeirinha e nada; não conversa com a comunidade e quer fazer estacionamento de carro na frente da Igreja Matriz. Da a impressão que o prefeito é muito vaidoso, sem ao menos perceber que a vaidade pode levá-lo a achar que é um prefeito de verdade e o maior de todos os tempos, mesmo sem ter realizado nada.

O pecado no. 7 é barril. O prefeito Marcelo Brandão cometeu o pior pecado que um gestor pode  realizar, que é o de subtrair direitos adquiridos e consagrados pela Lei aos trabalhadores. Passou a marreta na periculosidade e insalubridade dos  funcionários públicos, talvez pensando que fossem mordomias. Tá pensando errado, prefeito! Mordomia é só para os de casa.