quarta-feira, 29 de agosto de 2018

POLÍCIA FEDERAL E CGU


Dez dias sem prefeito no município de Ipirá, literalmente sem prefeito! Sem ninguém sentado na cadeira, um verdadeiro espaço vazio.
O oficial de Justiça com mandado judicial para o Poder Executivo assinar umas autorizações liberando remédios para pacientes necessitados e não tinha ninguém para assiná-las. Não havia prefeito.
Nestes últimos seis anos, Ipirá convive com uma crise política profunda e que não se desenrola facilmente. Foi a renúncia de Ana; o mandato-tampão de Jota e a suspensão por dez dias do prefeito Marcelo Brandão. São três exemplos nefastos na história recente do município.
Quais foram as causas dessa crise? Por que Ana renunciou? Só ela sabe os verdadeiros motivos. Como Jota chegou à prefeitura? De uma forma vergonhosa para o município. Por que o prefeito Marcelo Brandão foi suspenso? A Polícia Federal sabe.
Nada disso é coisa simples e não está individualizada. Está por trás o vale-tudo do grupismo jacu e macaco para chegar ao poder. Macaco e jacu agem de maneira leviana para ganhar ou manter o poder municipal.
O maquiavelismo não é desprezado; está dentro da engrenagem do funcionamento do sistema de politicagem jacu & macaco que hoje mostra a sua verdadeira face e encontra-se em decomposição diante da sua principal conseqüência: enriquecimento de alguns poucos com dinheiro público e o empobrecimento da comunidade que não é atendida nas políticas públicas para saúde, educação, etc.
A população de Ipirá paga o pato enquanto alguns espertalhões ficam ricos fazendo a partilha do dinheiro público. Essa é a contradição que ganha corpo. Por que a macacada aderiu à turma de Itambé? Por que a jacuzada deu preferência à turma de Alagoinhas? Por que falta merenda nas escolas? Por que faltam luvas para os médicos no hospital? Pare e pense, cidadão ipiraense!
Estou querendo ouvir um argumento razoável em defesa do prefeito Marcelo Brandão, que prove a sua inocência. Até o momento não encontrei nada convincente.
O argumento da quebra de contrato com a empresa delatora não significa lisura, nem invoca a inocência, muito pelo contrário, deixa claro uma espécie de arrependimento tardio, quando afirma que só houve a quebra depois que o balão estourou, era tarde, tinha comido mosca.
A grande bobagem foi dizerem que ‘tudo vai ficar como dantes no quartel de Abrantes’. Não vai! Porque todo prefeito, daqui em diante, vai ter receio e a população vai ficar mais vigilante. Vai ficar a lição do temor.
As coisas não vão continuar como sempre foram porque a sociedade e as instituições não aceitam mais essa descaração, nem comungam com essa rapinagem que se apossa do dinheiro público em nosso município.
Talvez seja instalada a primeira CPI contra um prefeito na Câmara Municipal de Ipirá. Uma resposta contra a gravidade dos fatos que envolve o Poder Executivo em Ipirá. Que não dê em nada; será um passo à frente, pois será uma ferramenta a ser utilizada, daqui para frente, no combate às irregularidades provenientes do Executivo.
Como vai continuar como antes? Os gestores que assumirem o Executivo (jacu, macaco, ou livre) em Ipirá vão pensar duas vezes para cometerem irregularidades. E quem ganha com isso? O município de Ipirá.
Em outras épocas, quando as oligarquias do jacu & macaco deixariam passar uma CPI para investigar debaixo do tapete um prefeito do esquema jacu e macaco? Nem pensar, nunca. Mas, na crise porque passa a politicagem de Ipirá é possível e necessária, pois exige e tem que haver uma resposta e uma solução ou a crise vai continuar e vai se aprofundar.
Uma CPI é uma resposta do Poder Legislativo diante da crise política estabelecida. Ipirá não pode nem deve continuar nessa situação de desamparo e descaso.
A Câmara de Vereadores tem que mostrar a sua força, a sua autonomia e poder para a contenção de corrupção no Executivo, seja ele quem for. Com essa ferramenta o gestor pensará duas vezes para cometer a improbidade administrativa.
Quem vai decidir o processo do prefeito Marcelo Brandão é a Justiça Federal. É nessa instância que ele vai se defender por meio de seu advogado. Não é tarefa para rábula, tem que ser advogado pedigree Lava-Jato para uma tarefa jurídica complexa e carregada de melindres.
O povo de Ipirá tem que ter calma, responsabilidade e prudência. Ninguém vai solucionar essa crise com arroubos, foguetório e fuzarca. O tiro dado pela Polícia Federal atingiu o coração do jacu e macaco ao mesmo tempo.
A grande questão: é saber COMO esse município será governado nesse momento e daqui para frente?
Ninguém sabe, nem pode prever o que virá pela frente. Mas é fato concreto que esse sistema jacu e macaco já deu o que tinha que dá, a crise mostra isso. Essa é a lição da crise. A prefeitura de Ipirá não pode ser a bonança de um grupo (jacu ou macaco). Ela pertence a toda população.
Hoje, o esquema jacu/macaco mostra o seu fracasso e está cambaleando. A sua persistência, nos moldes como vem sendo gerido, nestes cinqüenta anos, poderá desaguar numa etapa dominada por um consórcio do crime institucionalizado. Ipirá não deseja isso. Ipirá quer o fim dessa crise política para ter estabilidade e viver em paz.

domingo, 26 de agosto de 2018

A FOTO FECHADA


Ipirá não tem banco (BB / Bradesco fechados); não tem Matadouro; não tem SAMU; não tem presidente da República que olhe por isso aqui; não tem governo do Estado que faça alguma coisa pela nossa terra; e agora, não tem prefeito. Que praga da desgraça é essa?
Paro por aqui para não parecer brincadeira, o que não é. Estamos no caminho da pirambeira descendo a ladeira cabeça abaixo, sem bússola e muita gente não se toca para nada disso, por causa da montanha de indiferença que lhe entope a cabeça.
A campanha eleitoral começou por estas bandas. Sem essa de dizer que o povo de Ipirá estava entusiasmado e numa animação total. Não estava. O que se viu aqui foi uma enorme indiferença. O catingueiro está na moita, de olho no padre e na missa, na sua desconfiança sábia.
O primeiro candidato ao governo do Estado a 'dar as caras' foi Rui Correria, que saiu apertando a mão até de defunto na avenida principal da cidade, faz parte do contexto.
A encenação às vezes é boa companheira e a foto fechada transmite a idéia de multidão na era digital, quando no ato verídico tinha um moinho de gente. Um moinho mesmo. Uma vergonha. Parecia comício da Frente Popular ipiraense no final do século passado.
Foi-se o tempo em que governador vinha à Ipirá e  balançava o chão da praça; o povo botava a domingueira; o coronel colocava o paletó engomado e a meninada vinha para a fuzarca atropelar o palavrório embromatório.
Fico imaginando o dia do candidato Zé Ronaldo, o Zé da Feira, desfilando pelas ruas de Ipirá procurando voto. Oh, coitado! Não tem jeito, em Ipirá vai tomar uma rebordosa de mais de 10 mil votos de diferença, até mesmo, porque vai aterrissar aqui no olho do furacão que está destruindo o grupo da jacuzada.
O governador Rui tem pouco a dizer ao povo ipiraense; lascou um rosário de coisas que fez pela Bahia afora e o que pretende fazer por I... (dessa vez não foi Ipirá, foi Itaberaba) uma Policlínica, por Ipirá vai multiplicar nada vezes nada. Toma jeito, Correria! Que o povo de Ipirá ta ficando esperto.
O governador Rui Costa falou da obra do saneamento urbano, essa obra federal tem 10 anos, custava 42 milhões, foi para 84 milhões e o governo do Estado, agora, injetou mais de 20 milhões e a coisa vem empacada esse tempo todo, espero que tome uma correria e termine de vez, que não empaque depois das eleições.
O povo de Ipirá tem razão em querer ver para crer, afinal 10 anos não são 10 dias. O governo do Estado fez muito pouco para suprir as grandes necessidades do nosso município, dá para perceber muito bem que Ipirá não é foco de nenhum candidato.
Mas, chegou à vez do candidato Rui Correria jogar conversa fora e o povo se manifestar. Quando falou o nome de Lula o povo levantou o grito; quando falou em Coronel para o Senado, o silêncio foi a resposta. Prá Correria ser o ‘bom da boca’ ele vai ter que levantar esse Coronel. Eu quero é ver! É madeira de dá em doido, trocar coroné por Lídice e perder uma vaga no Senado para o PSDB! Vamos aguardar.
Quem abafou de fato foi o líder da macacada, Antônio Colonnezi, quando falou da visita da Polícia Federal à Ipirá no dia anterior. Aí a platéia presente delirou. Dizendo ele, que aquilo foi uma grande vergonha para Ipirá.
Aqui começa a encenação e a farsa do jacu e o macaco. O roto picando o pau no esfarrapado. É de dá risada! O macaco zombando do defeito do jacu por defeitos que também lhe são próprios. É bom o povo de Ipirá tomar muita garapa para fazer de conta que isso aqui é o paraíso e que vivemos no céu sendo abraçado por um rebanho de anjo!
Macaco e Jacu inventaram a roda gigante da corrupção em Ipirá. As oligarquias que dominam este município monitoram um sistema de politicagem viciado que virou um monstro, que está engolindo todo mundo, inclusive eles, que não percebem isso, ou não querem perceber.
A primeira grande vítima PODERÁ ser o prefeito Marcelo Brandão, poderia ter sido outros. Muita gente vai dizer que é um vacilão, mas os espertos, por mais espertos que pareçam ser, não são diferentes do vacilão: no mau exemplo, no prejuízo gigantesco que causam ao município de Ipirá; na miséria que semeiam na população por surrupiarem e lesarem o erário público.
O sistema da politicagem de Ipirá apodreceu, está infeccionado e em crise profunda. Difícil escapar ileso algum gestor do município quando se gasta milhões numa campanha para prefeito em Ipirá. Qualquer pessoa de bem que se dispuser a navegar nessas águas imundas da politicagem sairá manchado. Nenhum gestor ipiraense, de qualquer época, resistirá a uma auditoria da Polícia Federal.
A primeira vítima, o prefeito Marcelo Brandão, está na linha de fogo. É bom frisar, que ele tem direito a defesa como qualquer outro cidadão brasileiro, mas que o distinto está num rabo de foguete, lá isso ele está! Seria bom que fosse um foguete daqueles que fabricava seu Lúcio Fogueteiro, mas é um foguete intercontinental da marca PF com sabor Lava Jato.
Daqui prá frente, a politicagem jacu & macaco será o enterro de muita gente. Vamos aguardar os acontecimentos, porque o mar é pouco profundo e com a existência de muitos recifes baixos, além de outros perigos à navegação. A prudência manda-nos ficarmos no aguardo dos acontecimentos. Foi tudo muito rápido apesar de esperado.

quinta-feira, 23 de agosto de 2018

O RETRATO CAIU

A NOTA DE ESCLARECIMENTO do prefeito Marcelo Brandão foi uma exemplar peça de acusação aos prefeitos macacos, aos prefeitos jacus e a ele próprio; trata-se de um libelo condenatório da politicagem jacu e macaco em Ipirá. APODRECEU.
“A Polícia Federal esteve em Ipirá recolhendo documentos referentes a contratos de transporte escolar das gestões passadas, quando foi levada vasta documentação” Não serviu de exemplo nem levantou temor.
Era o esquema da cooperativa de Vitória da Conquista que, se não foi fonte de propinas, onerava os cofres públicos com a intermediação, a tal da terceirização. Uma vergonha e malandragem.
A Polícia Federal retornou nesta terça-feira à Ipirá, diz a nota: “Fomos notificados sobre o contrato de transporte escolar entre a prefeitura e a empresa ,que é investigada em outros municípios . Entregamos toda documentação , inclusive o distrato com aquela empresa, uma vez que já não presta serviços a esse município.”
Não é a mesma cooperativa das gestões anteriores, trata-se de outra empresa, que é investigada em outros municípios e ‘aqui’ também.  O distrato passa a borracha em tudo? Se a data do distrato foi após a primeira viagem da PF, o fato já estava consumado e verificado com a entrega da documentação. Um abraço. Já foi!
A investigação sobre o transporte escolar em Ipirá tomou porte e abrange as últimas administrações até esta data , e nós não deixaremos de prestar quaisquer esclarecimentos...” Disse na nota. Aqui ele entregou todo mundo e não livrou a cara de ninguém, nem a própria.
Infelizmente para alguns e felizmente para outros, o prefeito Marcelo Brandão está em maus lençóis, com um nó no pescoço e as duas mãos atadas. Recebeu o segundo cartão amarelo e o juiz meteu a mão no bolso para tirar o vermelho. É uma situação difícil.
O prefeito MB tem direito a defesa, como qualquer outro cidadão. Com essa argumentação utilizada na NOTA ele não convence nem a si próprio. É de uma fragilidade inapropriada e tem fissuras.
Vai ter que constituir um advogado top de linha, com experiência Lava-jato e com cachê de um milhão, ou sobra na buraqueira e é melhor ir afiando a língua para a delação premiada.
A bronca maior cai justamente no costado do prefeito MB. Foi divulgado na imprensa: “Segundo a PF, existem comprovantes do recebimento de recursos indevidos por Marcelo Brandão e Afonso Mangueira, incluindo vídeos e mensagens, ambas de 2017. No entanto, as imagens não podem ser divulgadas. Já o repasse para Brandão ocorria por transferência eletrônica. Os dois prefeitos, de Ipirá e Pilão Arcado, foram afastados pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, por 10 dias.” Isso é de uma gravidade estratosférica, incriminatória e de uma culpabilidade clara e evidente, se assim o for.

Se a PF levar para o processo contra o prefeito, os áudios dos proprietários de ônibus e prestadores de serviço, que transportam alunos em Ipirá, sobre a situação que eles vivenciam neste município neste mandato e há muito tempo e por outros mandatos, aí o mundo desaba. Eu não quero nem pensar no estrago. Mande áudio!

Só existem duas situações para o prefeito MB tirar essa corda do pescoço: se tudo isso for um sonho macabro, o que não é; ou se a PF estiver criando uma grande ilação, o que não pode ser e não deve ser.

O prefeito Marcelo Brandão vai ter que se defender muito bem defendido, porque aquela defesa com Crecenço, Jorjão e Xadú do Andú F.C. (time de futebol da década de 50) só sabia dá bicuda na canela e foguetão prá bola ganhar as nuvens, igualzinho à Nota de Esclarecimento do prefeito, não vai servir para nada. É o aperto do nó da garganta.

Esse é o desenho que a politicagem do jacu e macaco projetou para Ipirá. Demorou muito de acontecer, mas aconteceu, restando pouca saída, talvez a mais honrosa seja a lição do temor e o apego à ética.

Se assim não for o procedimento e o gestor municipal não dispunha de meios para respeitar os munícipes ipiraenses, em tal perseverança o que a prudência, a dignidade e o bom senso lhe aconselham é a submissão às circunstâncias dos acontecimentos e que a justiça seja feita nos ditames da lei.


sábado, 18 de agosto de 2018

DE CABEÇA PARA BAIXO

Confesso que fiquei alegre com a fala do prefeito Marcelo Brandão na rádio FM nesta quarta-feira (15/8), significa que o governo municipal  fala, logo existe, ou seja, surpreendentemente está vivo.
O município de Ipirá está com 'cara de fim de mandato', mas o pronunciamento do prefeito MB levanta um moribundo, mesmo que seja para aquele último suspiro na lanterna dos afogados. Não se paga para sonhar.
Politicamente é um governo em apuros. Está completamente isolado; sem respaldo lá fora e desgastado aqui dentro. Caminha com a corda no pescoço; convence pouco e nada do que faz dá certo.
Não consegue manter a unidade do seu próprio grupo num momento crucial, tratando-se de eleições para o Legislativo estadual e federal. O vice-prefeito tem seu próprio candidato à deputado; é bem provável, que cada vereador da jacuzada apresente um deputado diferente e ninguém quer encher a lingüiça do candidato à deputado apresentado pelo prefeito MB. Que situação! O prefeito MB está encurralado num canto de carroceria com a cabeça num torniquete. A falta de união política dentro do grupo joga a administração no charco; joga e afunda.
Para governador, o prefeito MB afunda ainda mais na areia movediça acompanhando Zé da Feira. ‘Santana dos Olhos D’Água’ tenha dó desses dois desventurados que entraram num barco furado e estão perdidos no caminho da Feira. Para presidente, se juntará à turma de Geraldo Alckmin. Se ilusão matasse o prefeito ia cair duro. Eu nunca vi essa turma de São Paulo fazer nada por nenhuma cidade do sertão baiano. Olha onde o prefeito MB foi encostar o jegue; no Zé da Feira e no Geraldo. O prefeito MB ta que ta, feito um bêbado equilibrista dançando num arame esticado.
O prefeito MB enxotou e humilhou muitos eleitores da jacuzada; tem muita gente chateada. O prefeito MB abraçou e amparou alguns eleitores da jacuzada e tem alguns defensores da gestão fazendo um defendimento que põe em dúvida a administração, ao dizer que a falta do transporte escolar aconteceu porque o governo do Estado não fez o repasse; aí vem o Núcleo 15, que veste a camisa de Rui Correria, pelo menos, enquanto tiver o emprego, e rebate afirmando que o repasse está em dias. Quem entende uma bagaceira dessa? É por isso que a fala autêntica do prefeito MB oficializa o não dito por dito.
Nesta quarta, o prefeito MB esperneou com a manifestação dos sindicatos dos professores e servidores municipais. Tem todo direito em gemer e oficializou a gemedeira. Reconhece que toda manifestação popular é legítima, mas não se dá por entender que o movimento sindical defende os interesses dos trabalhadores da educação e servidores municipais, independente de quem seja ou esteja como gestor municipal. Esse é um bê-a-bá que qualquer gestor entende por mais infantil que seja.
O que está atrapalhando o prefeito MB é que ele está grudado pelo visgo da jaca aos doze anos da macacada e não consegue se desvencilhar disso. É um escravo da macacada. Quem é que não sabe que os doze anos da macacada foi um descalabro para o município de Ipirá; com a malversação do dinheiro público; com a maracutaia correndo solta; com um péssimo gerenciamento do bem público? Só não sabe quem não ouviu o locutor Marcelo Brandão falando no programa Conexão Chapada.
O grande problema do prefeito MB é que ele só coloca como referencial de comparação para sua administração os doze anos da macacada. A macacada fez seis, ele faz meia-dúzia e quer ser melhor, fica parecendo o malfeito querendo ser melhor do que o mal-acabado e ainda fica querendo que a população durma sossegada com uma desgrameira dessa. Para você entender melhor essa trama de jacu e macaco: tem 32 anos que a Prefeitura de Ipirá comprou um imóvel em Salvador e até hoje não passou o documento. Quem governou o município esse tempo todo?  Jacu e macaco.
Ainda bem que o prefeito Marcelo Brandão soltou a língua: “Eu ainda tenho dois anos e meio pela frente, vou calar a boca de todos aqueles que falam da minha administração!” Aqui eu fico na dúvida, não sei se o prefeito fala com convicção, com realismo ou como sonhador, ou grande falastrão. Já está na hora do prefeito do município de Ipirá fazer alguma coisa relevante para o povo de Ipirá, não só para calar bocas, mas para realizar os desejos, as necessidades e as reivindicações dessa população que ainda não perdeu o orgulho de morar nessa terra, chamada Ipirá.

sábado, 11 de agosto de 2018

BANDEIRADA NELES


A Praça da Bandeira é uma praça centenária, sem dúvida, o Marco Zero da cidade. O que o ex-prefeito Diomário Sá fez com a Praça da Bandeira não se faz com nenhum logradouro público.

Primeiro, sem necessidade alguma mudou o nome da praça. Aqui eu entro no mérito da questão. Naquele tempo, o ex-prefeito Diomário era seguidor ardoroso do grupo da jacuzada; não era um xereta porque era uma cabeça pensante dentro do grupo, mas andava na cozinha da oligarquia e preparava o bote fatal (como deu); para agradar estava propenso a qualquer coisa e o fez mudando o nome da praça.

O bajulismo foi de tamanho G, tanto que criou um problemão para a oligarquia Martins, hoje, o grupo da jacuzada está no poder municipal e não encontra um logradouro para colocar o nome do Poderoso Chefão; uma viela seria um rebaixamento prá série C, tem que ser algo monumental, grandioso, pomposo; eu fico até com receio que essa oligarquia não encontrando nada deslumbrante para nominar, mude o nome da cidade.

Segundo, voltando ao ex-prefeito Diomário, a sua gestão esculhambou a Praça da Bandeira. Pegou um milhão de reais, na época; cercou a praça com tapumes, criou uma expectativa por algo ‘fora de série’ e fez uma porcaria. Hoje, dez anos após, o povo de Ipirá caiu na real: “ele não fez uma porcaria, fez uma miséria com a praça!”

Uma bagaceira feita com um milhão de reais para empresas amigas: passeio de cimento, meio-fio fragilizado e baixo, postes horrorosos de ferro, bancos frágeis de madeira, um cagadouro, um tanque de azulejo, um maconhodromo, concessão do espaço público a correligionário do grupo, não plantou árvores, nem fez o jardim; de positivo o parquinho infantil e bancos no fundo da igreja (que o prefeito Marcelo Brandão passou a marreta no São João e não recompôs até hoje). Um descalabro total, porque a praça encontra-se abandonada e entregue ao deus-dará.

É isso que o jacu e macaco têm feito por Ipirá. Não escuta os moradores nem a população, faz o que bem entende e do jeito que quer e depois entrega uma porqueira. Observem o que vai acontecer com o Puxa: eu quero ver castigo aquela praça ficar igual à propaganda virtual do telão que o prefeito Marcelo Brandão mostrou à população! O povo de Ipirá será vítima de uma propaganda enganosa.

No Puxa, o prefeito Marcelo Brandão imitou o ex-prefeito Diomário dos pés à cabeça: cercou a praça com tapume, fez destoca nas plantas, desmatou algumas árvores, roçou os arbustos e vai entregar aos moradores um terreiro e um estacionamento para carro e os moradores vão indagar assim: “que desgraça esse homem fez com minha praça?” O gestor Diomário Sá ainda vai pagar pelo que fez com a Praça da Bandeira, nem que seja na Praia do Forte, em Salvador.


domingo, 5 de agosto de 2018

PUXA, PRÁ QUE TE QUERO?

Ipirá tem praças de causar inveja a muitas cidades: Bandeira, Puxa, Barão, Santana, Mercado, Campo do Gado. Simplesmente, meia-dúzia de belas e grandes praças. Dá para contar a história e a trajetória de cada uma delas em verso e prosa, do jeito que o freguês desejar.
É preciso explicar e conhecer o espaço urbano produzido pela sociedade, porque cada praça é traduzida num conjunto de referências socioculturais que não podem negar, nem negligenciar as relações de afetividade entre as pessoas e os espaços urbanos.
O Puxa configurava-se na praça mais arborizada de Ipirá provocando um sombreamento intenso e uma ventilação agradável. Atraente pela tranqüilidade apresentada no alvorecer promissor e no entardecer bucólico sempre colocado à disposição das pessoas.
Aparece o prefeito Marcelo Brandão, um visionário das causas nada populares e, sem conversa e com rodeios, achou de plantar um prédio no meio da praça; não se dando por satisfeito e imbuído de propósitos inconfessáveis roçou o mato, destocou as plantas e fez um desmatamento, passando a moto-serra em árvores.
Não plantou uma árvore, muito pelo contrário, cortou-as para fazer uma área de estacionamento para automóvel, reduzindo o espaço à mobilidade humana e privilegiando o espaço para o carro. A questão urbana diz respeito a todo e qualquer morador desta cidade. O povo irá julgá-lo.


PUXA, PRÁ QUE TE QUERO?
Contra as sórdidas intenções,
Bandeira neles,
Puxa prá cá
a Barão (praça) desprezada,
que Santana já foi
vê o Mercado nas cinzas
porque o Campo do Gado encontra-se atolado.
Respeitem a história.