sábado, 20 de abril de 2019

TABULEIRO DE XADREZ


Vende-se um tabuleiro de xadrez, 20x20, usado, muito utilizado desde o século passado, por um tal de jacu e um tal de macaco.  Como promoção do dia do aniversário da cidade de Ipirá, se você descobrir onde está o povo na foto, você ganhará esse tabuleiro de graça, sem pagar nada. Mas, se você não joga xadrez e acha que esse tabuleiro não tem serventia, tome uma atitude e jogue-o fora, para bem longe de Ipirá e de sua vida.

O prefeito Marcelo Brandão está tranqüilo no tabuleiro da jacuzada, é o pole position na corrida sucessória 2020. Também, pudera, depois do casqueiro administrativo em Ipirá, no período desta gestão, não tem santo na família que queira segurar esse caixão sem alça para fazer um milagre. Depois do estrago em andamento, só tem mesmo o prefeito Marcelo.

Não se trata de implicância com a gestão atual, o problema é que falta um ano e sete meses para o fim dessa administração e o pouco que tem realizado é um nada diante da carência e necessidade do município. Aí nasce o desgaste político.

O atual gestor municipal dá murro em ponta de faca. Ipirá não existe no mapa para o governo federal; sem apoio do governo estadual; o administrador fica atirando no escuro. Meteu-se a fazer uma biblioteca na Praça São José sem recurso. Resultado: se embananou; essa Lan House é um esqueleto de rinoceronte branco.

Para recuperar o mercado que pegou fogo vendeu uma praça, estamos sem mercado e sem praça. Arrendou o Centro de Abastecimento e a obra estancou. A população vai pagar essa conta. Sobre a reforma da Casa do Estudante em Salvador, ele não dá nenhuma satisfação. Desse jeito ele não administra nem um povoado. Não dá a mínima para a população.

Até as coisas mais simples, que não demandam grandes recursos econômicos, como a sinalização do trânsito na cidade, é de uma armengagem total, que quem visitou Ipirá nesta Semana Santa ficou espantado com a sinalização rasteira em cones e apoiada em pedras. Paciência! Só tendo paciência. A feira de animais está se desmantelando e o prefeito não toma nenhuma atitude. Não mostra nem autoridade.

Uma coisa é certa, o prefeito fica serelepe e esperto quando a questão é finanças. A prefeitura com recursos financeiros comprometidos, quebrada na realidade comprometedora e o prefeito só enxerga o povo para pagar a conta, arrocha no IPTU; vai lascar o X nos ambulantes do centro e nas pessoas pela utilização da Praça do Mercado. Quem vai mandar no pedaço não será a prefeitura, mas a empresa que foi contemplada e beneficiada. Vê se pode uma desgrameira dessa?

Sem recurso no cofre, o prefeito apela para um empréstimo de dez milhões na CEF, que a população não sabe onde esse dinheiro vai ser empregado e não tem quem dê a garantia de que a obra vai sair do papel. Nem o líder da jacuzada Luis Carlos Martins tem coragem de avalizar esse garangau. O certo é que pelo andar da carruagem esse fricote vai estourar nas mãos do próximo gestor, caso passe, com autorização dos vereadores da oposição macaca.

Para o prefeito Marcelo Brandão se liquidar de vez, basta ele atrasar o pagamento dos salários do funcionalismo. Aí a coisa vai para o brejo de vez. E essa coisa pode acontecer, não duvidem, porque o atraso aos fornecedores é uma realidade e a chiada está virando barulho, tem prestador de serviço que tinha que receber R$ 57 mil, e foi obrigado a receber R$ 40 mil e, ainda, parcelado. Sinal de que a crise pegou em cheio.

A administração Marcelo Brandão está sangrando e sem buscar a solução para os problemas do município, ao tempo em que não dá ouvidos aos reclames da população e pensa que é o bom da boca. A macacada também vai sangrar para a escolha do candidato a prefeito, porque do jeito que as coisas andam vai ser sopa no mel, será uma retomada sem turbulência, com chance para qualquer uma das três pré-candidaturas que vão disputar o pleito de candidato.

Com a situação desse jeito, a macacada solta foguete e já se vê com a boca na botija e, nessa certeza deslumbrante a macacada não perde tempo, come poeira na estrada e tome-lhe outdoor, todos querendo a cabeça da chapa.

Não tem muito que ficar inventando nomes: se o deputado Jurandy Oliveira conseguir o asfalto prometido pelo vice-governador a candidatura à prefeito 2020, cairá no colo de sua esposa Nina. Não tem obra de graça e sempre é cobrada a gratidão do povo. Como o deputado de dez mandatos não consegue nada que preste para Ipirá é, bem provável, que esse asfalto vá para Quijingue.

Sem asfalto no centro da cidade, a disputa em curso dentro da macacada levantará duas bandeiras: a de Dudy e a de Aníbal. E, por incrível que pareça, se prevalecer o argumento mais comentado e divulgado de que “candidato a prefeito em Ipirá tem que ter dinheiro para gastar” aí, Aníbal está fora do tabuleiro e vai ter que se contentar com a vice.

Caso não exista concordância, Aníbal vai ter que se filiar ao PT, partido do governador, até o final de setembro 19. Entenderam o lance do xadrez. Um candidato do senador e outro do governador, disputando a cabeça da chapa, com a candidata do deputado correndo por fora, para enfrentar o candidato da família.

E para o PT de Ipirá isso é sopa no mel, porque ao entregar a alma, a independência e a autonomia do partido à macacada não restou outra coisa além da submissão e uma candidatura a prefeito seria um sopro de vida, porque com as novas regras eleitorais, proibindo coligação de partidos para o Legislativo, o PT de Ipirá não fará um vereador nas próximas eleições e passará em branco, vai ficar chupando prego. Fruto de que? Da coerência é que não foi.

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domingo, 14 de abril de 2019

NOTA FRIA


Em nota escrita por um representante da jacuzada, o prefeito Marcelo Brandão:“vamos juntos fazer uma nova Ipirá.”


Em nota escrita por um representante da macacada, um pretendente ao cargo de prefeito Edvonilson Santos (Dudy):
 “Precisamos unir forças! Pensar e construir uma nova história em Ipirá.”



O que eu tenho a dizer? Ambos estão corretíssimos: a união faz a força. Ambos querem uma nova Ipirá, ótimo. Ambos devotam um grande amor por Ipirá, ninguém tem dúvida disso.

No aproveitamento de tanta boa vontade, que nada seja desperdiçado, muito menos, jogado fora, vamos, todos juntos, fazer tudo para o bem, para a grandeza e para o desenvolvimento de Ipirá.

Uma união pela prosperidade, pela felicidade desse povo ipiraense, feita com muito e profundo amor. Não é a felicidade do povo ipiraense que todos queremos? Vamos fazê-la e realizá-la com o maior exemplo e prova de amor que se pode dar: vamos apresentar um candidato de consenso, um único candidato em 2020. Vamos unir jacu e macaco e lançar a chapa Brandão/Dudy ou Dudy/Brandão, não importando a ordem e para não ter nenhuma desavença, com duas cadeiras de prefeito, uma ao lado da outra.

Pense num pinote! Um foi parar no Japão e o outro na Europa. É mais fácil um mosquito engolir um elefante de uma só golada e sem engasgar do que acontecer uma coisa dessa. União do jacu e macaco! Nunca, jamais, nem pensar. Acabaria a farsa.

Que caia o raio da silibrina e detone esta terra; que o carcará sanguinolento rasgue as vísceras dessa gente ipiraense; que nos lance nas profundas; nunca, jamais, daremos as mãos. A vaca de leite só tem quatro tetas e a bezerrada gosta de mamar até ‘umas zora’; o mel escorre pela boca e lambuza o gogó; o manjá só tem pouquíssima coxa de galinha. O amor perde-se nos labirintos para o poder. O ódio serve para lubrificar a vida.

O acordo é civilizado, com regras, normas e aparências. É impossível um único grupo dominar todo um povo, até mesmo em Ipirá. Sejamos um dueto. Sejamos jacu e macaco. É pela cultura do jacu e macaco que acontecem as cooptações, as manipulações e a utilização da população pelos interesses dos grupos. O jacu domina uma banda da população e o macaco domina a outra. Tá tudo dominado.

Sejamos um sistema, indivisível, único e supremo. Um sistema! Entendeste bem? Um sistema. Uma moeda é um sistema com cara e coroa. Sejamos um sistema, até que a morte nos separe, jacu e macaco, Faremos o rodízio no poder. Quatro anos prá lá e quatro prá cá. Isso é jogo de interesse. Tu és jacu e vós sois macaco. Vós sois o bem e tu és o mal. O povo jamais entenderá esse esgrima, esperam eles. É assim que se mantém uma farsa.

O prefeito Marcelo Brandão diz, em nota: ”e ajudar a Ipirá e seu povo que tanto precisa, não é hora de torcer para que nada dê certo, não é hora de serem do contra, é hora sim de todos serem um só, de ser Ipirá, em vez de torcer para dar errado fiscalizem onde a verba será empregada e vamos juntos fazer uma nova Ipirá.”

Sem dúvida, muito preocupado com o empréstimo de dez milhões na CEF, para a realização de obras, muita obras, diversas obras, múltiplas obras... uma baralhada de obras.

O pretendente a prefeito Edivonilso Santos (Dudy) diz, em nota: “O momento exige que pensemos no macro, deixando de lado projetos pessoais e vaidades.... Precisamos unir forças! Pensar e construir uma nova história em Ipirá.”

Sem dúvida, muito preocupado com inchação e a concorrência de pré-candidaturas dentro do grupo da macacada, com projetos pessoais e muita vaidade correndo solta e ele desprovido disso, pretendendo ser o fator de união do grupo.

Todos estão certos. E para você entender melhor esta engrenagem basta você adquirir o livro que detalha esse negócio aí, para tal basta acessar o site: https://www.amazon.com.br e adquirir o eBook ‘A PRAÇA DA BANDEIRA E OUTRAS BANDEIRAS’. Obrigado e boa leitura.

quinta-feira, 11 de abril de 2019

SINUCA DE BICO


O município de Ipirá já foi uma grande bacia leiteira no Estado, chegou a ter uma produção de cem mil litros/dia, com duas empresas multinacionais na linha de comercialização, a Nestlé e a Parmalat. Hoje, eu não sei se produz três mil litros/dia. Uma queda vertiginosa, gritante, abismal na produção. Já foi.

Toda quarta-feira, saem dois caminhões de ovinos e caprinos que são vendidos na feira de Ipirá. Cem animais por caminhão, significando um total de quatro toneladas de carne, que representa vinte toneladas de carne num mês de cinco quartas-feiras. Vinte toneladas com um potencial para duzentas toneladas/mês. Potencial que o Poder Municipal não enxerga e não quer nem saber. Já foi.

Assim está a produção rural em Ipirá. Tem 6.800 propriedades rurais, que poderiam muito bem está alavancando a produção no município e dando cobertura e sustentação ao comércio local, criando uma auto-sustentação concreta e promissora no município de Ipirá. Já foi.

Para dar suporte à produção é necessário colocar-se em atividade um laticínio (está empacotado), um matadouro (sem operacionalidade), um Parque de Vendas de Animais (está desorganizado). Essa trindade é o que falta para dar garantia e impulsionar a produção rural.

Na venda de animais, o Poder Público não precisa fazer nenhum investimento é, simplesmente, uma questão de gerenciamento para organizar e planejar a ação. Não foi ainda. No laticínio e no matadouro a situação é mais complexa e o parangolé está amarrado. Parece que já foi.

O poder político no município está configurado num sistema de dois grupos que se alternam na prefeitura, um tal de jacu e um tal de  macaco, que não conseguem desatar o nó e impulsionar o município.

Esse sistema jacu/macaco carrega em sua entranha vícios nocivos e está contaminado por uma prática perdulária e corrupta que mantém, alimenta e reproduz o atraso, através do clientelismo, do grupismo, do nepotismo, da prevaricação, do oportunismo, do interesse patrimonialista e personalismo na gestão pública.

Num município precário e amarrado economicamente, salvo do colapso e estrangulamento pela existência do setor de fabrico de calçados e carteiras, pelos salários do funcionalismo público e pela robusta faixa de aposentadorias na quantidade de aposentados rurais e urbanos, não resta muita saída.

Daí e por isso, a receita de dez milhões/mês da Prefeitura Municipal passou a ser a cobiça e a corrida do ouro no nosso município; pela elite dos grupelhos jacu/macaco, por meia dúzia de afilhados, por uma dúzia de comerciantes e alguns espertalhões. Sendo que, os trabalhadores ficam acorrentados ao salário mínimo. Assim a roda gira com jacu e macaco.  

Nessa conjuntura, parece que administração Marcelo Brandão já deu o que tinha que dá. Representando o clã Martins e vestindo a camisa do grupo jacu caminha com a cabeça nas nuvens e sem colocar os pés no chão. Diz que conseguiu sanear as finanças da prefeitura: instituiu altos salários para a máquina pública; fatiou o orçamento público com as empresas de lixo, de construção, publicidade, transporte, nos aluguéis, com advocacia, no comercio, com terceirização. Quando paga ao funcionalismo (em dias) não sobra nada, aí atrasa aos fornecedores e prestadores de serviço (em atraso) porque o dinheiro acabou; assim sendo, fica jogando com a barriga.

Sem dinheiro o gestor MB entra em desespero; arrocha no IPTU; mete a mão no dinheiro sagrado do salário do funcionalismo; a APLB e o Sindicato dos Funcionários reagem e partem para cima; o prefeito vai ter que  recuar.

O prefeito MB não consegue um palito de fósforo na esfera estadual. O pacto federativo castra todo município brasileiro. O prefeito MB está em maus lençóis, só resta tomar um empréstimo na CEF à longo prazo.

Aí o bicho pega. O prefeito MB parece que não goza de credibilidade na Câmara de Vereadores. O prefeito Marcelo Brandão demonstra desespero, lamenta e apela para o apoio da população em nota e carro de som, nessa hora ele lembra que o povo existe, mas não consegue ativar e mobilizar o povo.

Ninguém sabe o que a gestão vai fazer com o dinheiro. O argumento que é para o desenvolvimento de Ipirá é falacioso e está longe da verdadeira necessidade para impulsionar o município.

Faltando um ano e meio para terminar o seu mandato, o prefeito Marcelo Brandão vem perdendo a credibilidade junto a população de forma acentuada e o seu desgaste é visível. Demonstrou de forma clara, na fala e no escrito, que o município está liso, com todo recurso comprometido. Já foi.

Infelizmente, essa é a situação e a realidade do nosso município na demarcação, na ferração e sob o controle do jacu e macaco. Prefeito Marcelo Brandão! Mesmo sem lenço e sem documento, o seu mandato ainda não terminou, organize e dê força e vida ao Parque de Venda de Animais, para quem sabe e queira Deus, V. Exa. seja lembrado como um prefeito que passou por este município. Não seja ingrato com o nosso município.

Não fique com esse jeitão de adolescente enfezado, marrento, traquino, embirrento e inconseqüente, que acha que é dono da verdade num mundo de otários e sai quebrando e derrubando tudo que acha pela frente, botando o município abaixo com sua marreta e achando que só leva espeto e que não recebe nenhum aconselhamento. Cuide do Parque de Vendas de Animais, custará menos do que o empréstimo da CEF, e quando Ipirá estiver exportando para outros municípios 40 toneladas, por feira, de carne de ovino e caprino, serei o primeiro a levantar a bola de V. Exa., neste aspecto.  

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segunda-feira, 8 de abril de 2019

COM A CUIA NA MÃO


Pelo tamanho da gemedeira do prefeito Marcelo Brandão a coisa não está boa para o lado da prefeitura. Tá faltando dinheiro. Fato demonstrado no programa da FM, pelo próprio prefeito.  

A Prefeitura de Ipirá tem que tomar um empréstimo de dez milhões de reais. Ou toma ou se lasca.

As privatizações da Praça do Mercado e do Centro de Abastecimento não surtiram efeito e muito menos deram resultado. Privatização sem entrar grana no cofre público e que a prefeitura tem que gastar nas obras é o mesmo que ‘chover no molhado’.

Com a obra do Puxa parada; a do Mercado de Arte sem andar e a do Centro de Abastecimento estancada; a administração MB fica perdida e num beco sem saída. Sem dinheiro no cofre, só enxerga uma saída: tomar um empréstimo de dez milhões.

Daí a vociferação e o desespero: “que a população participe da votação e pressione seu vereador para votar que sua rua não continue com lama e poeira” e mais “votar contra esse projeto não é votar contra o prefeito, mas sim, votar contra o desenvolvimento de Ipirá.” Uma argumentação de gabinete, com uma conclusão ambígua.

“Esse empréstimo possibilitará a retomada do desenvolvimento de Ipirá.” Uma assertiva que reconhece que Ipirá está estancada igual a jegue no meio do caminho. Tem que retomar o desenvolvimento. Todo ipiraense concorda com isso.

Quanto custa a retomada do desenvolvimento? No dizer do gestor: dez milhões de reais. Na ideia do gestor dez milhões bota Ipirá para andar. É melhor do que nada. Itaberaba recebeu oitenta milhões de investimento do governo do Estado. Ipirá é um borrego enjeitado na esfera estadual (PT/Costa) e federal (PSL/DEM). Não consegue um pirulito. Está esquecido e desprezado.

Sem prestígio e sem conseguir nada lá em cima só resta ao prefeito MB um empréstimo de dez milhões de reais para retomar o desenvolvimento. Retomar com calçamento de ruas. Ipirá ainda capenga e patina na Era do Saneamento Básico. Nosso atraso é visceral e tem o carimbo e garantia do jacu e macaco. É coisa de mais de meio século.

O desenvolvimento de Ipirá tem que ser fincado na tríplice trindade: Matadouro, Laticínio, Parque de Vendas de Animais; acompanhado de estradas rurais eficientes para fomentar a atividade rural. Tem mais, com Universidade pública e gratuita. Com serviço público de qualidade na educação e saúde. Com infraestrutura que atenda aos moradores nas questões da pavimentação, acessibilidade e do bem-estar das pessoas que aqui moram. Dez milhões de reais não dá para melar.

A administração do prefeito Marcelo Brandão está engessada. Não conseguiu resolver problemas básicos e essenciais para o município: a reforma da Casa do Estudante em Salvador está sem solução; o Mercado de Arte continua fechado; as ambulâncias do SAMU continuam na garagem; o matadouro ainda sem servir para nada; não consegue gerenciar uma feira de animais; não tem condições de fazer uma praça que está há dois anos fechada. Assim corre a vida real.

O atendimento da UPA é vergonhoso pela falta de recursos de material básico, até de profilaxia. O hospital continua deficiente. A organização do trânsito da cidade é de uma improvisação sem par. As estradas rurais, recém reparadas, já estão esburacadas, isso demonstra a complexidade do nosso município. Não é nada fácil.

A gestão do prefeito Marcelo Brandão tem tudo para ser o maior fracasso administrativo do nosso município e muito pouco para entrar para a história como o prefeito que mais trabalhou por nossa terra, coisa que mete medo à oposição e só ocorre na cabeça visionária do gestor, mas que está muito longe de acontecer na realidade que vivemos.

A prefeitura está lisa e com a cuia na mão. É uma máquina caríssima. Gasta muito e é perdulária. Dez milhões de reais não dá para espalitar um dente e o “bicho Ipirá” tem muitos dentes (problemas) para serem resolvidos e iniciar o seu desenvolvimento humano, com base no trabalho, renda e na diminuição da desigualdade social.

No critério do jacu e macaco, um empréstimo de dez milhões é a solução do nosso município. Para você compreender essa engrenagem deletéria que surrupia o nosso município, basta você adquirir o livro que detalha esse negócio aí, para tal basta acessar o site: https://www.amazon.com.br e adquirir o eBook ‘A PRAÇA DA BANDEIRA E OUTRAS BANDEIRAS’. Obrigado e boa leitura.

segunda-feira, 1 de abril de 2019

RETROAGINDO OU METENDO A CORDA NO PESCOÇO

                                                        X

Neste artigo, procurarei fazer-me de desentendido para não ser compreendido, embora as coisas ocorram pelo avesso do contrário. É muito simples: um município só desenvolve quando tem produção material ou cultural, ou se embrenha pelo comércio. Levando-se em conta o aspecto da geração de trabalho e renda.

Sendo Ipirá um município de base rural, com uma economia fincada na pecuária, com predominância da pequena propriedade é razoável que se pense de forma coerente sobre esse setor econômico. É justamente aqui, que está o X do problema e o Y da questão. Como desenvolver este setor?

São mais de 6.800 propriedades rurais. A seca é uma agravante, mas não é um impedimento. Onde está a solução para o fomento da atividade pecuária em condições de consolidação e crescimento? De forma bem simples; no amparo da produção. Se a produção tiver meios de garantia e suporte no mercado ela prosperará. Ou não é assim?

Essa pecuária de Ipirá está carente e necessitando de um suporte adequado para poder prosperar. Mais do que prioridade, é uma questão de vida ou continuar na pendenga. Ipirá precisa de um laticínio, um matadouro e um parque de venda de animais. Três coisas para animar a produção rural. Três coisas essenciais, elementares e necessárias. Se não são, mostre o caminho, mas não fique mudo parecendo uma parede.

Por incrível que pareça, não tem um Satanás, no bom sentido, que bote essas três coisas para funcionar em Ipirá. Eu fiz esse arrodeio todo para chegar ao Parque de Vendas de Animais em Ipirá. Não tem como funcionar um, aí fizeram dois locais de venda. É incrível como as coisas acontecem neste município! Aqui, em Ipirá, se dá dois passos atrás, sem a menor vontade de ir adiante.

O local de venda de animais está voltando ao local que era antes, sem nenhuma condição. Um terreno particular, sem infra-estrutura; um lamaçal quando chove; um sol de lascar o juízo quando não chove, sem a sombra de uma árvore sequer, simplesmente, com base no argumento de que está junto ao Centro de Abastecimento e que tem condições de vender a um feirante. Esse é o argumento básico.

Para os que defendem o retorno da venda ao lugar antigo, não importa o atraso, a precariedade do local, muito menos a coisa pequena, miúda e atravancada. Não importa, o gargalo e a falta de perspectiva. Nada disso tem importância, o que vale é que ali poderá aparecer alguém para comprar uma marrã, até pelo preço de mercado, mas com a comodidade de estar junto ao Centro de Abastecimento. Comodidade vale mais do que perspectiva de crescimento.

A feira no Parque de Exposição tem outra estrutura. É outra apresentação. Tem uma logística que não encontramos em outras cidades. Coisa de fazer inveja, mas que não é compreendida assim.

E os compradores? São os mesmos, tanto faz no Parque como junto ao Centro, basicamente, são os mesmos compradores e são bem-vindos, pois eles compram mais de dois caminhões de animais, toda quarta-feira, produzidos no município de Ipirá.

Uma feira de animais em Ipirá, respeitada em toda região; com poder de atração e de competição; que movimente a comercialização da produção do nosso município; que seja um expoente e uma alavanca para o crescimento e desenvolvimento da produção rural. Isso é impossível de acontecer no local antigo, junto ao Centro de Abastecimento, e poderá muito bem ser viabilizado no Parque de Exposição, basta organização, planejamento e ação. No meu ponto de vista, o local antigo é um retrocesso e no Parque de Exposição é uma perspectiva.

Eu posso até está falando e escrevendo para ouvidos moucos, para as paredes ou para aves agourentas e pessimistas, mas numa coisa eu estou correto, mesmo sem ser convincente e sem a obtenção de consenso: o município de Ipirá só será próspero quando incrementar e instrumentalizar a sua produção, nos aspectos da sua eficiência, da produtividade e da comercialização. Que apresentem outros caminhos.

Você pode até dizer que tudo isso é bobagem e que não quer saber de nada disso; que pouco importa e que tanto faz; mas venhamos e convenhamos, tem uma pessoa neste município que tem que tomar uma posição, que tem que decidir e demarcar a situação: é o prefeito Marcelo Brandão. O prefeito é o administrador da cidade, não pode ficar omisso ou em cima do muro.

O prefeito do município tem que agir para resolver o problema, tem que buscar uma solução, tem que mostrar que é e que tem autoridade ou então ficará a triste imagem de um banana omisso, incompetente e inconseqüente.

Não adianta ficar esperando por governo federal e estadual. Ipirá está órfão destas instâncias e não consegue nem ser adotado, esta é uma triste realidade. Ipirá está nas mãos de sua própria gente.