Estilo: ficção
Modelo: mexicano
Natureza: novelinha
Fase: Querendo imitar Malhação, que não acaba
nunca, sempre criando uma fase nova, agora é a do prefeito Marcelão.
Capítulo 53 (mês de outubro 2018)(atraso de
um ano e 3 meses) (um por mês)
O Matadouro de Ipirá dormia tranquilamente,
sem ser importunado, na verdade dormiu a noite toda, pela manhã continuou
dormindo e à tarde tirava uma madorna, quando, por volta das 5 da tarde, a
terra tremeu: “pô, pô... tibum, tibum... pô, pô...”
‘O pau cantou sem pena.’ O matadouro acordou
desbaratinado, achando que a cidade tinha sido bombardeada por sei lá quem. Sem
perder tempo, correu para o centro da cidade e deu de cara com os escombros na
Praça do Barão, com árvores arrancadas e o muro da quadra no chão e entulho por
toda parte. Só restou ao Matadouro de Ipirá indagar a uma pessoa que estava no
meio da multidão:
- Meu Deus! Que raio da silibrina dinamitou
essa praça?
- Foi o prefeito Marcelão que passou a
marreta na quadra e botou brocando com meia hora de foguetório, coisa que essa
macacada de doze anos nunca fez. O home é o home – disse um dos presentes que
demonstrava euforia pelo que via.
O Matadouro de Ipirá não deu mais ouvidos e
continuou andando entre a multidão para ver se encontrava alguém conhecido,
quando apareceu um fofoqueiro, que não é coisa rara na cidade, e postou-se na
frente do matadouro e foi dizendo:
- Olha aqui! O prefeito Marcelão falou que o próximo
a cair na marreta vai ser você, se prepare que a marretada vai ser no pé do ouvido.
O Matadouro de Ipirá tomou aquele susto, mas
parou, respirou fundo, para dar uma resposta à altura e disse:
- Para ser verdadeiro, eu não acredito no que
você está dizendo.
A platéia que estava em volta parou para
observar aquele converseiro, achando que aquilo ia terminar em rolo. O
Matadouro de Ipirá continuou argumentando:
- Observem bem observado o que está
acontecendo na administração do prefeito Marcelão. O foguetório aqui na Praça
do Barão abalou a cidade e ele destruiu tudo, significa que vai começar a obra.
Lá no matadouro ele mandou capinar o terreno e não teve nenhum foguetório, não
teve um traque de massa, isso significa o quê? Significa que não vai ter obra.
- Não vai ter o quê? Vai ter obra sim! O
prefeito Marcelão já deu o matadouro ao home de Irecê, que tem mais de dez
frigoríficos e vai tomá conta do matadouro daqui. Como é que não vai funcionar?
Tá pensando que o prefeito Marcelão é dessa macacada de doze anos que não fez
nada é? E tem mais, o prefeito Marcelão mim disse que o foguetório vai ser na
Praça da Bandeira com quinze dias de alvorada na frente da residência do
sujeito do Blog – disse o fofoqueiro.
- Oxente, prá vocês todo ouvir bem ouvido!
Foguete vai ser quando for assinar a obra dos 3 km de asfalto do centro, já tem
uma tonelada de foguete comprada – anunciou outro fofoqueiro.
- Comprou como? Se não pagou, não comprou! Quem
já viu uma compra dessa? – questionou um observador ao lado.
- Cala tua boca macaco de doze anos! Vocês
ficaram no poder doze anos e não fizeram nada, agora fica aí torcendo para que
o prefeito Marcelão não bote o asfalto no centro da cidade, pois é, vocês vão
morrê tudo com a bufa dentro porque o prefeito Marcelão vai asfaltar o centro
da cidade – falou o fofoqueiro.
- Mas minino! Esse asfalto quem conseguiu foi
o deputado que Jura que ‘Dinina não é candidata a prefeita’ e conseguiu com o
governo do Estado – falou um macaco doente.
- Qolé, meu irmão! Quem vai acreditar nisso?
Tu acha que o deputado que Jura que ‘Dinina não é candidata a prefeita’ vai se
importar em dizer que foi ele quem conseguiu esse asfalto quando o candidato a
prefeito é Dydudy? Tu não conhece isso aqui não? Se a candidata a prefeito
fosse Dinina, o deputado Jura ia prá cima e lascava o x; era o prefeito
Marcelão botando asfalto pela manhã e o deputado Jura botando outra camada à
tarde – falou o fofoqueiro.
O Matadouro de Ipirá, não disse nada, foi despistando
e saindo de mansinho, sem ser notado foi se afastando e pensava: “É muito
barulho no meu pé de ouvido, eu vou é para casa dormir” e foi subindo pela antiga
rua das Flores, quando chegou à Praça da Bandeira, ao atravessar a rua para o
passeio do jardim, sentiu as pernas presas e não conseguia sair do local,
pensou: “Que desgraça é essa?” Olhou para baixo e viu uma lama preta que
chegava ao seu joelho e concluiu para si: “Logo eu estou vendo, é o asfalto do
prefeito Marcelão por baixo e o asfalto do deputado Jura por cima!”
Suspense: Veja que situação: a novelinha tá
de correria, querendo chegar ao mês de fevereiro 20 sem nenhum capítulo em
atraso. Um matadouro querendo ser obra e um prefeito querendo não ter problema!
Onde vai parar uma desgraça dessa? O que é que eu tenho a ver com o desentendimento
do prefeito Marcelão com o matadouro?
O término dessa novelinha acontecerá no dia
que acontecer a inauguração desse Matadouro de Ipirá. ‘Inaugurou! Acabou na
hora, imediatamente!’ Agora, o artista é o prefeito Marcelão, que foi grande
divulgador da novelinha É de ROSCA pela FM.
Observação: essa novelinha é apenas uma
brincadeira literária, que envolve o administrador e o matadouro e, sendo
assim, qualquer semelhança é mera coincidência. Eles brincam com o povo e o
povo brinca com eles.