A MARRADA DO CARNEIRO.
Até a década de 50, Ipirá era conhecida como a "terra do bode". A comunidade ipiraense participou daquele embate (bode x boi) com acaloradas discussões e um grande acirramento dos ânimos. Com o decreto do PÉ-ALTO e outros interesses venceu o boi. O bode praticamente desapareceu, juntamente com o incômodo e depreciativo pejorativo de "terra do bode". Eram bons tempos, pelo menos, houve o bom combate e não aconteceu o engessamento das idéias.
A base econômica de Ipirá é a pecuária, com mais de 120 mil bovinos e uma estimativa de 240 mil ovinos. Esta base produtiva não está para ser implantada, ela já existe e fomenta um mercado interno que necessita de um abate de mais de 500 ovinos, por semana, e garante trabalho e renda para mais de mil pessoas, só na comercialização de carne. Este é o grande potencial de Ipirá e a sua capacidade produtiva não precisa ser provada para mais ninguém.
Acontece que o criatório de ovinos em Ipirá vive uma crise profunda e afeta sensivelmente todo o comércio local. O boi tem que ser abatido em Feira de Santana e o carneiro tem que ir para ... ? Dizem que o dinheiro do abatedouro de bovinos já chegou e essa conversa já faz mais de 9 meses.
A causa dessa crise acentuada é a falta de um abatedouro em nosso município e, também, de um local de comercialização decente, estruturado e organizado para a venda de animais. Está faltando infra-estrutura para consolidar a cadeia produtiva de Ipirá e ações nesse sentido tem que ser tomadas pelas autoridades públicas, ou não ?
Que o abatedouro de ovinos em Pintadas, que ainda não está funcionando, na medida em que estabeleça venda com a EBAL, ou até para o mercado externo, que não é fácil, venha a ser um canal a mais na comercialização, tornar-se-á um benefício para os dois municípios, mas não nega nossas necessidades. Agora, fazer com que a idéia de território engula o "pensar pequeno" da municipalidade, que tem os seus naturais e justos interesses, sem uma discussão com as mais amplas parcelas populares do território é uma contradição, pois o município não pode ficar a mercê do "pensar graúdo" de um "pequeno grupo" e isso significa negar o amplo debate. Vou ser sincero, não presenciei o debate das idéias divergentes.
Ah ! tem uma portaria. É bem verdade, mas as pessoas necessitam sobreviver, como toda gente trabalhadora e honrada. É só isso o que se quer. A postura impositiva provoca o surgimento do "traficante" (não é o que você está pensando). É o "traficante de carne", que diz bem baixinho, "vai um quilo aí ?". O carneiro, que é nosso produto nobre, chegou a esse ponto lastimável.
Agildo Barrêto.
Até a década de 50, Ipirá era conhecida como a "terra do bode". A comunidade ipiraense participou daquele embate (bode x boi) com acaloradas discussões e um grande acirramento dos ânimos. Com o decreto do PÉ-ALTO e outros interesses venceu o boi. O bode praticamente desapareceu, juntamente com o incômodo e depreciativo pejorativo de "terra do bode". Eram bons tempos, pelo menos, houve o bom combate e não aconteceu o engessamento das idéias.
A base econômica de Ipirá é a pecuária, com mais de 120 mil bovinos e uma estimativa de 240 mil ovinos. Esta base produtiva não está para ser implantada, ela já existe e fomenta um mercado interno que necessita de um abate de mais de 500 ovinos, por semana, e garante trabalho e renda para mais de mil pessoas, só na comercialização de carne. Este é o grande potencial de Ipirá e a sua capacidade produtiva não precisa ser provada para mais ninguém.
Acontece que o criatório de ovinos em Ipirá vive uma crise profunda e afeta sensivelmente todo o comércio local. O boi tem que ser abatido em Feira de Santana e o carneiro tem que ir para ... ? Dizem que o dinheiro do abatedouro de bovinos já chegou e essa conversa já faz mais de 9 meses.
A causa dessa crise acentuada é a falta de um abatedouro em nosso município e, também, de um local de comercialização decente, estruturado e organizado para a venda de animais. Está faltando infra-estrutura para consolidar a cadeia produtiva de Ipirá e ações nesse sentido tem que ser tomadas pelas autoridades públicas, ou não ?
Que o abatedouro de ovinos em Pintadas, que ainda não está funcionando, na medida em que estabeleça venda com a EBAL, ou até para o mercado externo, que não é fácil, venha a ser um canal a mais na comercialização, tornar-se-á um benefício para os dois municípios, mas não nega nossas necessidades. Agora, fazer com que a idéia de território engula o "pensar pequeno" da municipalidade, que tem os seus naturais e justos interesses, sem uma discussão com as mais amplas parcelas populares do território é uma contradição, pois o município não pode ficar a mercê do "pensar graúdo" de um "pequeno grupo" e isso significa negar o amplo debate. Vou ser sincero, não presenciei o debate das idéias divergentes.
Ah ! tem uma portaria. É bem verdade, mas as pessoas necessitam sobreviver, como toda gente trabalhadora e honrada. É só isso o que se quer. A postura impositiva provoca o surgimento do "traficante" (não é o que você está pensando). É o "traficante de carne", que diz bem baixinho, "vai um quilo aí ?". O carneiro, que é nosso produto nobre, chegou a esse ponto lastimável.
Agildo Barrêto.
PROFESSOR AGILDO CONSEGUIR ACESSAR SEU BLOG, VOU IMPRIMIR O MATERIAL E DAR UMA LIDA. VALEU
ResponderExcluirAgildo,
ResponderExcluirSó agora descobrir este blog, mas to buscado toda publicação que deixei de ler.
Gosto muito dos seus artigos, eles retratam de forma clara as situações vividas, em nossa terra.
Tenho 42 anos, e tive que imigrar para outras terras em busca de sobrevivência, e acima de tudo não ter que depender dessa política porca vivida em nosso município. Mas tenho esperança que um dia essa situação se reverta.
E para que isso aconteça, temos que ter como objetivo, criarmos condições para que as virtudes e as potencialidades dos jovens possam se manifestar e desenvolver na plenitude, direcionadas para as conquistas úteis as suas vidas.
Por isso e mas... Ipirá precisa de você.
Parabéns...
Estevão Antonio do Rosário
estevao.antonio@yahoo.com.br