É DE ROSCA.
Estilo: ficção.
Natureza: novelinha.
Capítulo: 05. (mês de fevereiro 2008)
Leia os capítulos anteriores (1-2-3-4-)nas postagens abaixo.
Com dois minutos, a ambulância parou em frente à residência do prefeito Dió e o socorro foi prestado. Quando o motorista arrancou o carro, a empregada foi comentando:
- Bastou eu falar em carneiro prá o prefeito Dió ficá todo trampizinado, nem tocou nas delícia.
- É assim mesmo. Essas pessoas que não é da caatinga tem uma quebrança com os carneiros que até hoje eu não sei dos motivo. Tem uma bacana, aqui em Ipirá, que não sabe a diferença de um carneiro e uma ovelha, mas bota uma banca disgramada contra os carneiro – disse o motorista.
- Prá ser verdadeira, eu também num assuntei porque isso acontece. Seu motorista pisa fundo prá gente salvar o prefeito Dió – falou de forma agitada a empregada.
O motorista colocou 300 Km p/hora, para levar o prefeito Dió para o Hospital de Ipirá, quando chegou no quebra-molas que fica em frente ao Hospital de Ipirá, pisou no freio para entrar à direita e nada, a ambulância não obedeceu, faltou freio, passando por cima do quebra-molas, levantando fumaça e logo, deixava para trás a fábrica de calçados Paquetá. Do posto de gasolina Augustos só viram o vulto e dois segundos foram suficientes para cruzar o Parque de Exposições, mas quando chegou ao Matadouro de Ipirá, a ambulância estancou de vez, parecia jegue pirracento quando planta as quatro patas. Com a parada brusca, o prefeito Dió voltou a si e viu pela janela o prédio do Matadouro de Ipirá. Saltou imediatamente, olhou para a empregada e perguntou meio sonolento:
- Onde é que eu estou ?
- Vosmicê tá sendo levado para o Hospital de Ipirá , mas neste devido momento, vosmicê tá de frente com o matadouro – disse a empregada.
- Foi bom a gente parar aqui. Deixe eu fazer uma vistoria na minha obra preferida.
Depois de examinar a obra, o prefeito Dió verificou que a mesma não avançava como ele queria e, pensando rápido, concluiu que novos procedimentos deveriam ser tomados, mas não deixou de comentar em voz alta:
- Um mês de trabalho e só levantaram duas linhas de tijolos ! vou tomar as medidas cabíveis.
- E essa é sua obra preferida, imagine se não fosse ! a outra lá, já tá nas artura – comentou a empregada Natalina.
- Qual outra ?
- O mijador da Praça da Bandeira, já dá pra gente vê pur
riba das madeirite.
- Ipirá não tem praça com esse nome – disse o prefeito Dió.
- Até qui vosmicê podia botá o mijador em outro nome, mas vosmicê vai vê a cagada qui vosmicê deu botano esse mijador nos canto da Praça da Bandeira, e adispois num fique aí dizeno qui não tem mijador nenhum prumode qui não tem praça com esse nome.
- Ora minha cara funcionária do lar Natalina ! já entendi a preocupação que você quer pronunciar na sua singela ingenuidade e rudes palavras; você está referindo-se aos dois monumentais, cheirosos e profiláticos sanitários públicos que ficarão nas esquinas do jardim, fazendo um belo conjunto arquitetônico, com a igreja no meio.
Estilo: ficção.
Natureza: novelinha.
Capítulo: 05. (mês de fevereiro 2008)
Leia os capítulos anteriores (1-2-3-4-)nas postagens abaixo.
Com dois minutos, a ambulância parou em frente à residência do prefeito Dió e o socorro foi prestado. Quando o motorista arrancou o carro, a empregada foi comentando:
- Bastou eu falar em carneiro prá o prefeito Dió ficá todo trampizinado, nem tocou nas delícia.
- É assim mesmo. Essas pessoas que não é da caatinga tem uma quebrança com os carneiros que até hoje eu não sei dos motivo. Tem uma bacana, aqui em Ipirá, que não sabe a diferença de um carneiro e uma ovelha, mas bota uma banca disgramada contra os carneiro – disse o motorista.
- Prá ser verdadeira, eu também num assuntei porque isso acontece. Seu motorista pisa fundo prá gente salvar o prefeito Dió – falou de forma agitada a empregada.
O motorista colocou 300 Km p/hora, para levar o prefeito Dió para o Hospital de Ipirá, quando chegou no quebra-molas que fica em frente ao Hospital de Ipirá, pisou no freio para entrar à direita e nada, a ambulância não obedeceu, faltou freio, passando por cima do quebra-molas, levantando fumaça e logo, deixava para trás a fábrica de calçados Paquetá. Do posto de gasolina Augustos só viram o vulto e dois segundos foram suficientes para cruzar o Parque de Exposições, mas quando chegou ao Matadouro de Ipirá, a ambulância estancou de vez, parecia jegue pirracento quando planta as quatro patas. Com a parada brusca, o prefeito Dió voltou a si e viu pela janela o prédio do Matadouro de Ipirá. Saltou imediatamente, olhou para a empregada e perguntou meio sonolento:
- Onde é que eu estou ?
- Vosmicê tá sendo levado para o Hospital de Ipirá , mas neste devido momento, vosmicê tá de frente com o matadouro – disse a empregada.
- Foi bom a gente parar aqui. Deixe eu fazer uma vistoria na minha obra preferida.
Depois de examinar a obra, o prefeito Dió verificou que a mesma não avançava como ele queria e, pensando rápido, concluiu que novos procedimentos deveriam ser tomados, mas não deixou de comentar em voz alta:
- Um mês de trabalho e só levantaram duas linhas de tijolos ! vou tomar as medidas cabíveis.
- E essa é sua obra preferida, imagine se não fosse ! a outra lá, já tá nas artura – comentou a empregada Natalina.
- Qual outra ?
- O mijador da Praça da Bandeira, já dá pra gente vê pur
riba das madeirite.
- Ipirá não tem praça com esse nome – disse o prefeito Dió.
- Até qui vosmicê podia botá o mijador em outro nome, mas vosmicê vai vê a cagada qui vosmicê deu botano esse mijador nos canto da Praça da Bandeira, e adispois num fique aí dizeno qui não tem mijador nenhum prumode qui não tem praça com esse nome.
- Ora minha cara funcionária do lar Natalina ! já entendi a preocupação que você quer pronunciar na sua singela ingenuidade e rudes palavras; você está referindo-se aos dois monumentais, cheirosos e profiláticos sanitários públicos que ficarão nas esquinas do jardim, fazendo um belo conjunto arquitetônico, com a igreja no meio.
-E vosmicê acha qui isso tá de acordo e qui o povo tá bateno parma, isso vai fedê qui nem peido de bode capado – disse Natalina.
- Ora minha precavida funcionária Natalina ! eu vi isso foi em Paris, um sanitário público bem no centro de uma praça. A utilidade é quem dá a dimensão da obra. Inclusive, adiantando só para você, observe a consideração que lhe dedico, eu pretendo dá um carro novo a quem inaugurar essa obra, e de antemão já estou vendo a fila quilométrica que se formará.
- Todo mundo sabe qui vosmicê é conhecedor daz Oropa, agora o povo daqui é conhecedor da Fróes da Mota, da Piedade e do Campo Grande e no meu haver quem devia ter sanitário público era o Banco do Brasil, Bradesco, CEF, SICOOB e os bares da praça. Só em Ipirá é que o sujeito bota um bar e o mijador dos bêbados é na rua !.
- Tenha calma Natalina ! não precisa também ficar alertando o povo. Eu quero é sua opinião sobre esse assunto.
- Bom ! já qui vosmicê tá fazeno questão do meu dizê, eu digo prá vosmicê, qui vosmicê tem que arrumá esse matadouro de carneiro aí; como o povo tá com fome de carneiro, vosmicê faz uma grande matança de carneiro e adispois, eu faço umas mandinga prá dá uns tremileco na barriga do povo no dia da inauguração dos mijador, ai a caganeira desse dia, vai ser do povo e não de vosmicê.
SUSPENSE: o que será que vai acontecer ? será que esse matadouro de rosca vai matar tanto carneiro ? ou será que o prefeito Dió vai derrubar os sanitários públicos como foi feito com os caixões da rua de Cima ? ou o prefeito Dió já esqueceu ? ajudem o prefeito Dió dando a sua opinião.
Leia o sexto capítulo no mês de março 2008.
OBSERVAÇÃO: essa novelinha é apenas uma brincadeira literária que envolve o administrador e o matadouro e, sendo assim, qualquer semelhança é mera coincidência.