domingo, 11 de julho de 2010

O barulho é monumental.


Realmente, o barulho feito nos estádios da Copa parece mais o zumbido de abelhas-africanas enfurecidas. Se isso te incomodou, pior do que isso é o barulho nos bastidores da politicagem de Ipirá.

Tudo é motivo de bota prá lá, estica, empurra e puxa prá cá. Para deputado estadual, o prefeito Diomário apoiará dois candidatos, justamente para aplicar aquela tática do esforço reduzido, quando, lavará as mãos e colocará protetor nos ouvidos, exatamente, devido ao barulho.

Uma pessoa, bem próxima ao prefeito, que apóia a deputada Neusa, não cansa de afirmar que o deputado Jurandy não terá mais de 3 mil votos em Ipirá; por sua vez, o assessor do deputado faz uma previsão de 8 mil votos em Ipirá para o deputado. Números à parte, o assessor do deputado foi barrado no baile, ou melhor no forró, ou melhor ainda no gabinete do prefeito.

O deputado pediu a cabeça da pessoa próxima ao prefeito. A deputada não deixou por menos, disse que esta é uma briga que ela compra junto ao prefeito. O barulho é infernal, mas conta pouco ou quase nada para o currículo eleitoral do prefeito, desde quando a ficha pesada que o prefeito deposita e aposta é a do candidato a deputado federal, para a qual ele já enquadrou todos os secretários municipais, restando apenas para fechar o cerco, o apoio fundamental, essencial e imprescindível do líder dos macacos, Antônio Colonnezi, para que o projeto político pessoal do prefeito seja substanciado e concretizado. Sem esse apoio o barco ficará à deriva.

Sendo a prioridade do prefeito a candidatura do deputado federal, não significa que ele despreze a candidatura de Wagner ao governo, muito pelo contrário, o prefeito Diomário é o principal responsável e condutor da campanha do governador no município de Ipirá e isto terá como resultado, o fato do prefeito de Ipirá ser considerado e reconfirmado como o principal líder de Ipirá junto ao governo Wagner, caso reeleito; caso Wagner derrotado, o prefeito Diomário procurará um outro galho mais robusto para se agarrar, pois para ficar bem entendido, o município de Ipirá não pode ficar sem o governo do Estado, venha de onde vier.

Com toda essa perspicácia quem será rebaixado, não para a segunda divisão, mas para a condição de cabo eleitoral localizado será o líder dos macacos, Antônio Colonnezi, justamente por não ter influência, articulação e trâmite nas hostes do poder estadual, justamente por não ter uma capacidade política afiada para projetar-se e viabilizar um salto para um patamar mais elevado à nível de Estado, coisa que não falta ao prefeito Diomário. A vida é assim: um sobe e o outro desce a depender da competência.

Não custa nada lembrar que o governador Wagner foi vitorioso em Ipirá nas eleições de 2006, sem o apoio de nenhum cacique local, é bom repetir, de nenhum líder local, inclusive, do prefeito Diomário, que deu apoio ao candidato Paulo Souto do Demo. Naquele pleito, Wagner teve o apoio do PT e PCdoB locais, por isso foi a vitória da vontade do povo e não de lideranças.

É verdade que a vida tem reviravoltas e a novidade nestas eleições no município de Ipirá é o fato de que o governador Wagner ter declarado e definido sua preferência pela macacada e estigmatizado e humilhado a jacuzada, mas mesmo assim, tudo indica que Wagner sairá vencedor no município de Ipirá devido ao apoio da máquina municipal, até mesmo porque, lembrando o governador Wagner: “Jacu é prá perder”.

O PCdoB é uma força vibrante que apoiará as candidaturas de Dilma, Wagner; para o Senado, Lídice e Pinheiro, e o PCdoB de Ipirá terá o mesmo propósito sem nenhum equívoco, mas não mediremos nossos esforços na luta em defesa das candidaturas do deputado federal Daniel Almeida e do deputado estadual Javier Alfaia, independente de qualquer situação ou resultado continuaremos na fronteira da luta por uma sociedade socialista.

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