Estilo: ficção
Natureza: novelinha
Capítulo: 33 (mês de junho 2010) – incrível, apresentação do novo capítulo da novelinha esculhambada com, simplesmente, mais de um ano de atraso e esse troço não acaba! Nem satanás acaba essa novelinha.
O prefeito Dió estava animadíssimo, ia receber o governador JW, macaco de carteirinha, para uma inauguração e esperava um público contagiante, que não foi contagiado pelo grandioso evento.
Quando o prefeito Dió pegou o microfone, a galera soltou o grito; o foguetório estrondou a avenida e a fanfarra deu um repique. O prefeito Dio, eloquentemente, em dia de super-star, agradeceu ao “extraordinário governador” (o mesmo termo empregado quando recebeu o ex-governador Paulo Souto em palanque).
O governador JW começou a contar em verso e prosa o que tem feito por esta “Bahia de meu Deus” e o prefeito Dió estava atento e aguardando o governador dizer o que tinha feito por Ipirá; e até aquele instante, nada. Quando o governador comentou com seu vozeirão:
- No tempo do cabeça-branca, promessa de político era dúvida; comigo no governo é diferente, promessa de político vira dívida.
O prefeito Dió, que já estava incomodado, desajeitado e avexado aproveitou a oportunidade e resolveu cutucar o governador:
- Excelência! fale que vai ter UTI no Hospital de Ipirá, isso é importante.
O locutor repeliu imediatamente:
- Por favor, silêncio no palanque
O governador JW ouviu aquele palpite em seu ouvido, sem pestanejar e sem prestar muita atenção, também, para agradar ao prefeito Dió, mandou ver:
- Vamos implantar UTI no Hospital de Ipirá.
Era o que o prefeito Dió queria ouvir. Vibrou, pulou e solicitou aplausos do público. Era mais um que o prefeito Dió botava no esparro. Ficou pensando: “imagine se isso é lá coisa que vai acontecer em um hospital municipal!” Soltou um riso de galhofa pelo canto da boca e completou o raciocínio: “o Secretário de Saúde já comeu essa H, agora, só falta o sujeito do Blog fazer uma novela de rosca pela UTI do Hospital de Ipirá, essa aí vai durar uns duzentos anos.”
O governador continuava com a sua prosa. Um elemento apareceu no fundo do palanque e gritou: “E o matadouro de carneiro, governador, quando é que fica pronto?” Surgiu um burburinho no palanque. O locutor solicitou: “mais uma vez, silêncio no palanque”.
O prefeito Dió esticou o pescoço para ver quem era o intrujão e no desespero do momento, deu o sinal e o fogueteiro, lascou o tição, foi um estardalhaço barulhento que atrapalhou o governador, que comentou:
- É, o prefeito Dió teve mais foguete do que o governador, fizeram uma pergunta aí, até já esqueci qual foi, mas essa resposta vai ficar para outra oportunidade, pois agora vou para Pintadas, saborear um carneiro com feijão tropeiro, que eu também preciso provar as delícias dessa região, e só fico chateado com a fanfarra que não deu um repique quando eu comecei a falar, logo eu que gosto tanto de fanfarra. Um abraço a todos.
Suspense: e agora ? o que será que vai acontecer ? Em quem o prefeito Dió vai dar a próxima facada? Na macacada ou no irmão? Com crime toda novela aumenta a audiência. Agora é que essa novelinha vai ter morte e não acaba nunca. Duas coisas de rosca, essa novelinha e o Matadouro de Ipirá.
Leia o capitulo 32 (maio 2010) bem abaixo.
Observação: essa novelinha é apenas uma brincadeira literária, que envolve o administrador e o matadouro e, sendo assim, qualquer semelhança é mera coincidência.