É hora de definições. O prazo extingue-se no dia 30 de junho e as devidas convenções
estão marcadas para esta data. O que tinha que acontecer, já aconteceu. O candidato não pode morrer na véspera de uma convenção. Ocorreram conversações entre a jacuzada, o PT e o Renova. O objetivo era a unificação de uma candidatura para as eleições municipais em Ipirá. Evidentemente, que cada qual tem a sua pretensão política.
Vamos aos fatos: o PT e o Renova demonstraram uma inclinação
determinada pela cabeça de chapa, para muitos uma pretensão sem cabimento,
desde quando são agrupamentos com menor densidade eleitoral. Provavelmente estão
certos os que assim pensam. Naturalmente, estão corretas as agremiações menores
em querer uma projeção mais favorável aos seus propósitos e não existe uma
obrigatoriedade lógica do agrupamento menor favorecer de forma obstinada ao
segmento mais denso, nem tampouco o majoritário concordar com o menor. Ninguém
é obrigado a nada. Todos podem seguir o seu próprio caminho. Tchau e bença.
Os caminhos são definidos pela conjuntura do momento, pelo bom senso e
pela visão política. A lógica dita a sabedoria para quem gosta de pensar um
palmo além do nariz. Está claro: o grupo majoritário só terá a vitória se tiver
a adesão de grupos externos e de setores da situação. Se não acontecer isso, o
grupo majoritário vai nadar, nadar e morrer na praia, com doze, treze, quatorze
mil votos. E daí? Vai ter essa votação, mas vai ficar fora do poder municipal
mais quatro anos. O adversário macaco vai ficar mais forte economicamente e
poderá acontecer o mesmo politicamente. O grupo majoritário vai esperar 2016.
Se falhar vai esperar 2020. Brincando, brincando! Ligeirinho chega-se a vinte
aninhos fora do poder. Com o tempo deixa-se de ser alternativa de poder. Já
era.
Marcelo Brandão reconduziu-se à sua posição original e é o candidato da
jacuzada com a obrigação de vencer as eleições, para tal, terá que enfrentar
uma batalha de grandes proporções e inúmera dificuldades: subverter a defecção
interna; ser fator de atração perante a macacada; baixar a rejeição perante o
eleitorado; não sendo possível vencer, pelo menos manter um patamar acima de
dez mil votos, caso contrário será o responsável direto pela derrota e declínio
de um grupo oligárquico chamado jacu, pois a sociedade no geral e as pessoas
que militam os grupos e partidos políticos anseiam por democracia e
participação. A abertura política é uma necessidade da população. Ou abre ou
morre. Mas, com tudo isso, não tiro e não elimino o direito de Marcelo Brandão
ser o candidato natural de seu grupo; querendo ampliar a conversa toma outro
sentido.