1º.
de julho, tudo está como dantes no quartel de Abrantes. Daquilo que falaram
tiramos as nossas conclusões. Nada mais justo, aliás, justíssimo, por sinal.
Embora, fico buscando e imaginando o que de fato se potencializará como a
verdadeira sinalização, nestes próximos três meses, e não tem muito o que
especular, “Las Convenciones” determinaram: será o foguetório.
Falaram
em grupo com “patrimônio de quatorze mil votos”. Fico imaginando
que não é fácil diluir isso num processo mental, sem uma manifestação
escrita ou oral, a não ser que estejamos afetados por desordem ou
desequilíbrio da mente, desde quando, devemos entender o patrimônio como
um conjunto de bens móveis ou imóveis (gado, casa, carro, etc), com valor
econômico apreciável, de pertencimento a uma pessoa. Voto é representação de cidadania e pertence à consciência do cidadão.
Quem
pensa em patrimônio não cede, não entrega, não oferece, prefere perder,
principalmente, quando o que será distribuído entre os herdeiros, é gerador de
desacordo. Busca-se uma liderança. É um caminho traumático e de desalinhamento.
Busca-se uma “diferença para mais” que passe da medida dos quatorze. Está fora
das hostes do patrimônio, não tem como consegui-la. Procura-se um vice. Ninguém
quer. Apela-se para uma chapa caseira. É o mais puro sinal de fragilidade. Quem
não soma, perde. É um grande equívoco colocar-se um candidato goela abaixo.
Quando isso acontece, nada custa fazer um julgamento baseado em indícios e
aparências: estou vendo o enterro de um grupo oligárquico.
Aliás, a vida é mudança.
Lembro-me de um rapaz, que em suas meditações
e reflexões
políticas e filosóficas profundas, questionava indignado o fato de
Luís Carlos Prestes ter feito uma aliança política com Getúlio Vargas, desde
quando, Getúlio tinha entregue Olga Benário, que era companheira de
Prestes, ao nazismo alemão para ser trucidada nos campos de concentra-
ção.Esta aliança era
concebida como espúria, infame e vil na sua maneira de
ver as coisas
da política. Era um rapaz puro, muito bem intencionado e
imbuído de princípios que motivam e orientam o comportamento humano no
campo do respeito à essência de valores éticos em qualquer instância e
circunstância social. Chegava a ser romântico.
Sem dúvida a vida é
mudança. Lembro-me de um rapaz que era um comba-
tente exemplar,
aguerrido, intolerante e implacável com o desmando, com o
descaso e com a roubalheira cometida por administradores públicos.
Combatia sem pestanejar a má administração, a
apropriação indébita de
fundos e valores públicos. Não
negligenciava diante da malversação do
dinheiro do povo. Denunciava e
representava no Ministério Público. Não
fechava os olhos para o
calote que qualquer prefeito passasse nos
funcionários e nos
fornecedores; contestava a irresponsabilidade
administrativa, o
nepotismo e a falta de respeito com os munícipes.
Era incansável e
intolerante com a má gerência pública.
A mudança faz parte da
vida, seja lá em que vida for, principalmente na
política.
Acontece o mensalão. Partido político vira camisa suada que se
troca a cada instante. Carlista é prima-dona do poder galeguista.
Lula
abençoa e santifica Maluf. Tudo é permitido. Acabou o pecado político.
Lembro-me do rapaz, que no desprezo aos princípios
inatos da consciência,
rebusca-se no princípio aristotélico da contradição
(“nada pode ser e não ser
simultâneamente”) e na sua
generalização pela observação empírica, manda
para o inferno a personalidade
que não transige, que não faz concessão, que
é inflexível,
que é intolerante; que se vale pela austeridade e pela
rigidez na
observância de seus princípios. Achou melhor passar o
corretivo no passado
e avalizar o porvir.
Nas mudanças que acontecem, alguém perde
e outros ganham. Quando isso acontece, nada
custa fazer um julgamento baseado em indícios e aparências: em aliança sem
princípio e programa, a duração é passageira, temporária e transitória, não
suporta uma disputa eleitoral para deputado. Pelos bastidores virão os algozes.
Tudo isso será fruto da vitória da matilha dos lobos. Lembro-me do rapaz ...
O
grande derrotado de “Las Convenciones” foi o ex-deputado Jurandy Oliveira. Em
toda ocasião que se propôs candidato à prefeitura de Ipirá, teve o pescoço
arrancado pelo cutelo do prefeito Diomário. O prefeito é a força. Eu não digo
que o prefeito humilhou o deputado, mas que desconsiderou, desconsiderou. O
deputado pode até não ver dessa forma, mas que o deputado foi preterido na
questão da cabeça de chapa, foi. Nesse caso vamos até ponderar: contra “o homem”
não tinha boca para o deputado, mas não considerar a sua opinião sobre a vice
foi um descalabro. Se a turma do deputado tivesse ficado calada, não tinha
transparecido derrota ou descaso para sua opinião. Mas, deputado! Nem tudo está
perdido, V. Exa. vai ganhar muito mais lá fora, em outras duas cidades, (uma vaga na Assembléia
Legislativa) do que aqui (uma sonora aposentadoria) em Ipirá. Para o futuro
deputado Jurandy Oliveira, com todo respeito, desejo uma boa aposentadoria na
política de nosso município e em tom de brincadeira, para o meu amigo Jota
Oliveira, eu quero dizer o seguinte: com o PT aí dentro da macacada, o bolo
inchou e uma chance agora só em 2050. Política é assim: uns ganham, outros
perdem e a vida continua renovando.
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