Uma bagatela. Você não acredita? Vamos começar pelo candidato que
caiu. Não pense que ele escorregou numa casca de banana e pimba. Não foi. Caiu
pela forma como procedeu na gestão pública. Por falta de probidade
administrativa e moralidade. Isso é mais crime do que pecado. Foi desonesto e
faltou integridade moral no trato com a coisa pública. Você queria o quê? Que
ele fosse premiado? Foi irresponsável e virou ficha suja.
Por uma dessas trapaças do tempo, a pedra no caminho do candidato
foi justamente o seu atual vice. É interessante! foi seu vice quem vasculhou a
administração do candidato e denunciou suas falcatruas. Botou fervendo. Queria
ver o quedaço do prefeito na época, não conseguiu, mas que viu o tombo do
candidato esta semana, viu.
O vice tem responsabilidade no acontecido; senão vejamos, quem
enfiou a faca foi o vice, que era vereador na época, quem deu a cacetada foi a
Justiça (na Instância local), mas o candidato titular é o verdadeiro
responsável pela sua própria queda, justamente por sua irresponsabilidade. Hoje,
vivem um affaire de companheirismo, mas não passa de uma excentricidade
passageira, a mais pura treta do gato e o rato. É Lé e Creu.
Vamos aos fatos: o fato da queda não é irreversível, desde quando
é passível de recurso. Isso é concreto. Deixando o concreto de lado, vamos para
as ilações, conjecturas e hipóteses para clarear os fatos.
A briga é no campo do TRE. Dizem eles, que “advogados amigos” vão
fazer a defesa. Acredite se quiser, ou faça de conta que acredita. Advogado de
graça? Nem que seja macaco! Com qualquer resultado, ainda é passível de
recurso. A final será em Brasília no campo do TSE, aí é mais quinhentos.
Um escritório de advocacia para atuar no TSE numa questão
eleitoral desta envergadura cobra em torno de 2 milhões. Ninguém é besta. Quem
vai pagar a conta? Se for o dinheiro público da prefeitura é crime. Se for
dinheiro de empresas amigas que participam de licitações municipais, trata-se
de má-fé, pois traz, com a intenção, a escamoteação de interesses escusos de
lotear os recursos da prefeitura.
Se for do bolso de correligionários locais transparecerá crime
eleitoral, desde quando o gasto de campanha está estipulado em 500 mil reais,
tornando-se contraditório um gasto de 2 milhões, só para botar um candidato na
condição de candidato. Se for de seu próprio bolso entrará em contradição com
sua declaração patrimonial na Justiça Eleitoral.
Manter o candidato custará os olhos da cara. Esse candidato vai
ficar mais caro do que o ouro de Serra Pelada. Nestas condições existem duas
possibilidades: a primeira, a proposta de substituição, que leva em conta os
riscos do percurso e uma outra, que é a proposta de insistência com o candidato
(impugnado na Zona Eleitoral) até a última instância; esta é a proposta
vencedora no grupo. Esta é a proposta do prefeito.
Por medida imperativa do prefeito Diomário tem que ser esse o
candidato. É o candidato do esquema do prefeito que é um esquema que difere do
esquema macaco no final da linha, coisas da política. O candidato vai ter que
ficar sangrando, sangrando, dando tudo que tem e o que não tem, de força
eleitoral e energia, para depois, no finalzinho do jogo, pertinho das eleições,
apresentar-se “um outro nome qualquer” e emplacar as eleições em cima do número
e da foto do candidato, que vai servir de boi de piranha.
Vão dizer que isso é plano de um grande estrategista; do grande e
sabido estrategista prefeito Diomário. Se der certo será um grandioso plano,
caso contrário, será a tática do embananamento. Não deixa de não ser uma
perversidade sugar um candidato enquadrado no manancial da dúvida jurídica. O
que pesa é a vaidade do prefeito e não a razoabilidade da efetividade; pouco
importa o grau da possibilidade; o que vale é a razão intolerante de quem usa o
tutelado. Assim anda a roda da politicagem.
Não dá para entender os donos do poder. Eles acham que podem tudo.
Agem de acordo com seus interesses, mesmo que seja uma barca furada e apresente
imensos prejuízos. Por ironia do destino, seguro e garantido só mesmo o vice,
que foi o pivô da queda do candidato, que está num esparro maior do que o mundo
e nesse contingenciamento todo, o povo não deve ser ludibriado, mas está sendo
enrolado. Isso é uma tragédia ipiraense. O povo tem que saber a verdade e não
deve ser massa de manobra de quem quer que seja. Não é justo que o
cidadão-eleitor de Ipirá vote num macaco e eleja um lagartixa. Não enrolem o
povo de Ipirá.
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