Dizia o poeta: “Triste Bahia! Oh quão dessemelhante.”
Nasci nesta cidade de Ipirá e não quero fazer essa paródia
com a minha cidade, com a nossa cidade: “Triste Ipirá! Deveras é semelhante.”Não quero e não devo, por isso faço esse manifesto, não sei se de alerta ou de desabafo.
O papa Bento XVI renunciará no dia 28 de fevereiro. O papa
está sendo coerente, justo e magnânimo na
medida em que, percebendo que o corpo não permite ir além de seu próprio limite
vai abdicar, assim sendo, expõe o seu apreço pela Igreja Católica, da qual é o
sumo sacerdote.
Em Ipirá, (16/02/13) a situação está nebulosa. É engraçado
observar como “os macacos” estão confusos e têm pouco a dizer sobre o que está
acontecendo. O edifício de suas crenças desabou. Suas referências não mais
servem, frente à força dos fatos. Alguns, mais espertos, estão calados
esperando o furacão parar de soprar. Outros, menos precavidos, enchem os
ouvidos das conversações que dispõem, com um monte de bobagens. Poucos sabem o
que está por acontecer.
Ipirá espera da prefeita Ana Verena uma atitude coerente.
Não é fácil tomá-la. Às vezes é mais difícil do que se imagina. A comunidade
ipiraense espera uma atitude sensata. Longe de ser a conduta melindrosa de uma
adolescente pirracenta querendo impor o impossível por mero capricho, ou a ação
impulsiva de uma criança birrenta que quer por que quer que as coisas aconteçam
no seu querer. Não é por aí. Prefeita, Ana Verena! Ipirá quer bom senso e
respeito; só isso, respeito e bom senso.
Todo ipiraense sabe as dificuldades em que vive o município.
O município de Ipirá estava sendo castigado e derrubado por uma seca prolongada
e inclemente. As chuvas vieram no início de novembro, amenizou a questão da
água; em janeiro, choveu em algumas regiões, em outras não, o fato é que nos
deparamos cotidianamente e rotineiramente com a estiagem ou com suas graves
conseqüências que colocam o nosso município em xeque-mate, ou na berlinda, ou
no corredor da morte, como queiram.
A verdade é que a economia rural de Ipirá está estagnada.
Tem que acontecer uma atitude séria para se combater e se reverter essa
situação lastimável. Isso é vital. Ipirá, como um todo, é dependente inevitável
dessa economia rural. Onde está o poder público municipal? Não está no seu
devido lugar. Está vivenciando uma crise de identidade e de governabilidade.
Prefeita, Ana Verena! Tem questões prementes no município que exigem uma ação
imediata e grandiosa de seus administradores e a bola não pode estar dividida.
Não brinquem com Ipirá.
Ipirá tem problemas sociais graves. As questões de saúde
pública e educação são problemas mal resolvidos em nosso município. Não
minimizem Ipirá e suas necessidades. Não tratem Ipirá de forma irresponsável.
Ipirá precisa de administradores que trabalhem em tempo integral; que sejam
incansáveis vigilantes; que sejam íntegros nos seus afazeres constantes e
diuturnos para destravar e conseguir dar passos para o desenvolvimento. Chega
de quem não tem apreço pelo trabalho. Chega de quem não gosta e não quer se
doar pelo município. A ação do Servidor Público no.1 tem que ter ressonância
com as necessidades e com os interesses do município, caso contrário o óbvio
torna-se contraditório.
Dizer que não existe uma crise de governabilidade para o “benefício
de Ipirá” é querer tapar o céu com uma peneira. O administrador tem que ter
vontade e dispor-se de corpo e alma para administrar Ipirá. Essa tarefa exige o
tempo precioso do administrador. Ipirá não é um bode expiatório para servir de
brincadeira para incautos.
Governar em benefício de grupo não é muita coisa, é
simplesmente governar em benefício de grupo e isso não apaga os problemas
corriqueiros que espremem e agridem Ipirá. Isso urge solução e a solução não
virá sem a temperança, sem o denodo, sem a insistência, sem a boa vontade de
quem se propõe a governar este município. O governo do município tem que ter a
responsabilidade necessária e requerida para que se resolva e se solucione as
demandas complicadas e complexas que ocorrem no dia-a-dia de um município do
porte de Ipirá.
Não é fácil romper com o que está posto. Não é fácil sair da
estrada costumeira, mesmo estando infectada. Não é fácil arredar-se do grupismo
espúrio que está impregnado em nossa cidade, isso é pior do que o vício do
crack. Não é fácil desgrudar-se da tramóia sórdida imposta. Não é fácil separar
o joio do trigo no vigor do lamaçal. Sem o alerta, sem a vigilância necessária
e precisa, quando menos se espera, está-se enroscado na engrenagem de um jogo
politiqueiro sujo e indecente. Isso brilha como falsa realidade. Brilha e
impregna. Impregna e suja. Suja a decência e a dignidade.
Quando o Servidor Público no. 1 menos espera, ele
encontra-se atolado em um estado de sujeição; preso nas entranhas de pequenas
máfias, talvez, de médios mafiosos que bradam que a coisa pública é “ COSA
NOSTRA” e, às vezes, quem teve uma orientação ética precisa e sólida ao ver-se
imiscuída nessas entranhas sente a náusea mortificante e o pudor vivificante. A
vida é coragem e mudança. É necessário que existam pessoas diferentes.
Diferentes e que tenham coragem e queiram as mudanças. Ipirá quer mudança e
renovação. O Servidor Público no.1, seja quem for, não pode ser refém dos
chantagistas que se proliferam nos grupos (jacu / macaco), nem dessa máfia que
se incorpora no grupismo (jacu /macaco), que se formou e se consolidou em Ipirá
e querem solapar os recursos públicos. È preciso dizer NÃO para os salteadores
e SIM para o povo trabalhador de Ipirá.
Esse pequeno manifesto é um simples gesto pessoal, de uma
pessoa que nasceu e gosta de sua terra, além disso, quer vê-la plena em
desenvolvimento humano, no patamar de uma democracia política, também econômica
e, mais do que nunca, social. Não quero e não devo cantar: “Triste Ipirá! O
quanto é semelhante.” Não sei se você concorda com isso?
Parabéns professor!! Historiograficamente ótima! Eis os resultados previstos na análise!
ResponderExcluirSegue mue blog com Matéria do Bocaonews, com a devida VENIA por ter utilizado fonte tão suspeita!!
http://antonioclaudiopires.blogspot.com.br/2013/02/prefeita-ana-verena-renuncia-ao-cargo.html