Na
última sessão da Câmara de Vereadores de Ipirá, o vereador Jaildo do Bonfim foi
dominado pelo fulgor da cólera para defender-se com injúrias. Não é por aí. A
questão está justamente na importância da gestão democrática e participativa
para as escolas municipais como a alternativa mais apropriada e fundamental
para o ensino de qualidade.
O
sistema educacional público vive um momento de profunda apatia diante da
complexidade que envolve a atividade educacional, com a violência chegando às
escolas; o baixo interesse e outros fatores que reduzem a aprendizagem. A
escola está batendo testa com obstáculos que atrapalham o desenvolvimento da
atividade ensino/aprendizagem. Sem democracia participativa não se desatará
esse nó cego.
A
salvação da escola na perspectiva da qualidade do ensino requer a participação
dos pais, alunos, funcionários da educação, professores e administração, no
crivo da liberdade, da autonomia, da participação com projetos que envolvam
toda a comunidade. A eleição direta para diretores é a essência desse envolvimento
e do caminho para o ensino de qualidade.
Os
exemplos particulares de televisores de plasma sem uso e de professores tomando
iogurte da Danone, etc e tal., não representam uma justificativa para o
retrocesso. Na Rede Estadual de Ensino existem salas de informática sem uso
pelo simples fato de utilizar-se um programa Linux que substituiu o Word, mais
simples e mais fácil de aplicação, pelo menos, para mim. Depois que mudou o
programa deixei de utilizar a sala. São decisões lá de cima e unilaterais.
A
solução dos problemas está na gestão participativa da comunidade. Diretores
indicados impõem um limite na participação pelo fato de não serem escolhidos
pela comunidade. Essa participação é a baliza da educação de qualidade. Os professores
formam uma categoria com um grau substancial de consciência. A entidade que
representa essa categoria é a APLB-Sindicato na Bahia. É uma entidade de luta e
que tem compromisso com o ensino de qualidade.
Professor
Arismário é o diretor-presidente da APLB- Delegacia Sertânia. É uma liderança
proeminente e reconhecida entre os professores do Estado da Bahia. Na minha
opinião, Arismário Sena é um dos políticos de Ipirá que tem a capacidade de fazer
o debate político em qualquer fórum estadual, federal, trabalhista que tenha
por base a política nacional e as características classistas, tanto no aspecto
sociológico como filosófico.
No
tempo da ditadura militar, os governadores dos estados e os prefeitos das
capitais e cidades balneárias eram indicados pelo ditador de plantão. Por
melhores que fossem, por mais eficientes que tenham sido; por mais capacidade
que tenham demonstrado; por melhor trabalho que tenham realizado, a indicação
não deixava de ser um ato espúrio e um atentado vergonhoso à cidadania. A
eleição dos representantes do povo, por mais árdua que sejam as tarefas e seus
resultados é melhor do que a imposição de um apaniguado por um tiranete de
plantão. Vale também para as escolas.
Lastimável
na verdade, é que a prefeita Ana Verena, eleita pelo voto popular e que não
esquentou o assento da prefeitura, por não agüentar o repuxo do seu grupo, teve
o desprazer de entrar para a história de Ipirá, com a assinatura que sancionou
o projeto que derrubou a democracia na rede municipal de educação. Talvez não
tenha lido o documento. Uma vergonha.
A
administração petista do prefeito Ademildo foi sensata ao contratar o
forrozeiro Paraíba para o São João de Ipirá. Muito bem, prefeito! É assim que
se faz. Não deixe esses macacos fazerem o que lhes dá “na cabeça”, porque senão
essa gente fura seu olho. Muito cuidado, prefeito! Cuidado com essa tal comissão!
Isso é coisa do capeta.
Radiografia
006
La
Plaza de la Bandera – uma bagatela de um million. Só vou considerar o passeio a
la Copacabana (obra no. 6) com adendo do meio-fio de cimento e bancos de
madeira, que seriam três obras.
As
administrações macacos e jacus impressionam pelo descaso, ineficiência e pouco caso
diante dos fatos.
Na
praça de quase um milhão de reais, tem vários pontos de descalabros. Trocaram
os bons meios-fios de pedra pelos precários meios-fios de cimento; o passeio de
lajotas de alto impacto por cimento escovado e pintado a La Copacabana , é o famoso
passeio pirata, imita, mas não é; os fortes bancos de cimento por frágeis e
fajutos bancos de madeira. Um primor de mediocridade.
O
passeio de cimento está inchando com a dilatação, está subindo e vai soltar o
tampão do mesmo jeito que cascão de ferida, só vai ficar a areia escovada; tem
parte que as rachaduras já levantaram uma parte do passeio pirata, genérico a
la Copacabana, que distribui topada a três por dois nas pessoas que transitam
pela área; da mesma forma que as lajotas do piso em várias partes do jardim já
estão soltando, foram coladas na base do cuspe, ficava mais barato e a “empresa
mui amiga” do prefeito pegava uma comissão mais gorda. Êta, palavra gordurosa
essa tal comissão! Pense numa porcaria!
Resultado:
com as chuvas ou com o sol, as madeiras apodrecem ou empenam; sem manutenção os
parafusos soltam; sem conserto, as madeiras desencaixam e os bancos ficam
deteriorados. Um verdadeiro descalabro.
Nem
com a reforma de quase um milhão de reais tiveram a sensatez de aumentar a
quantidade de bancos, que continuou os mesmos da década de 50 do século passado
e para complementar a inoperância, eles não fazem a manutenção, reparo e a
substituição dos bancos quebrados. Assim sendo, vão sumindo os bancos da praça.
Um após outro.
As
administrações dos jacus e macacos são temerárias, vamos ver se Ipirá não
continua pisando no mesmo rastro desses dois bichos com essa administração
petista.
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