Estilo:
ficção
Modelo:
mexicanoNatureza: novelinha
Fase: Não sei se vale a pena ver de novo
Capítulo: 06 (mês de novembro 2014) (um por mês)
O
ex-prefeito Dió demonstrando certa preocupação com a situação administrativa
local, pensou: “Tenho que acompanhar este hospital a todo instante para que os
aloprados do PT local não façam bobagens.”
Na
portaria do hospital, o ex-prefeito Dió encontrou um menino com uma barriga do
tamanho de uma gravidez de oito meses, indagou-o:
-
O que é que você tem na barriga?
-
É bola – respondeu o menino.
O
ex-prefeito Dió afastou-se desesperado e começou a telefonar para o prefeito
Déo:
-
Excelência! Aqui no hospital tem um menino com ebola! Estamos no mato sem
cachorro.
-
Calma, ex-prefeito! O hospital vai ter que fazer o exame para comprovar se é
realmente ebola. Faça o seguinte: pegue amostra de cuspe, saliva ou dejetos do
paciente, pegue com a mão e sem luva e leve para o laboratório do hospital.
O
prefeito Déo ficou dando risada e pensando: “Se for ebola esse ex-prefeito Dió
desaparecerá da minha frente, se não for serve de propaganda; nem ebola
consegue matar no hospital daqui.”
O
ex-prefeito Dió apontou para o menino e mandou o guarda pegá-lo:
-
Pegue esse menino da barriga grande para tomar injeção.
O
guarda pegou o menino que ficou esperneando e gritando: “Mi sorta disgraça qui
eu não vou tomá injeção!”
-
Vai sim, trem ruim! Qui tu não mais home do que ninguém.
Enquanto
isso, na zona rural, numa reunião política, um sujeito resolveu acabar o ato
cívico, sacou uma arma e assacou do palavrório: “Esse rebanho de ladrão só vem
aqui pedi voto, o que eu tenho prá esse povo é bala, é bala, é bala.” E
tome-lhe tiro a torto e a direito, ferindo um cidadão no pé, que foi socorrido
imediatamente.
Enquanto
isso, em outro local, tomando um litrão de cerveja, começou uma confusão entre
várias pessoas e um policial foi ferido na mão com estilhaços do pára-brisa de
um automóvel. Imediatamente foi dado o socorro.
No
hospital, o menino esperneava, gritava e dava mordida. O ex-prefeito Dió
ordenou que o mesmo fosse amarrado na mesa de cirurgia. Quando o médico ia
tirar a camisa do menino, ouviu-se uma gritaria no corredor do hospital: “Uai,
uai, uai! Vou morrer”. Era o ferido no pé. O médico deixou o menino e foi
atender o paciente vitimado de bala.
Neste
exato momento, chegou o soldado com ferimento na mão querendo ser atendido. Ao
saber que não tinha médico disponível, sacou a arma e começou a dar tiros prá
cima.
-
Lá vem o atirador terminar o serviço! – gritou a enfermeira que começou a
correr pelo corredor, sempre acompanhada pelo médico e saltaram o muro do
hospital.
O
menino conseguiu desatar os laços que o prendia à cama e seguiu para o
corredor, ficando de frente à correria do ex-prefeito Dió, que vinha embalado.
O menino falou:
-
Seu home! Essa bola é minha e eu não dou a ninguém.
-Sai
da frente seu ebola disgraçado – gritou o ex-prefeito.
Atrás
do ex-prefeito Dió vinha o soldado dando tiro e gritando:
-
Nessa disgraça não tem médico para atender não? Comigo é bala; lá vai bala.
Uma
bala pegou na barriga do menino que estourou e o garoto começou a chorar: “Uai,
uai, uai! Sua disgraça! Você pocou minha bola.
-
Atingiu a barriga do menino! – Gritou o porteiro.
O
prefeito Dió ficou pensando no ebola se espalhando, aí foi que o ex-prefeito
disparou: “pernas pra te tenho”, pulou o muro do hospital parecendo atleta de
salto com vara; acelerou na frente da fábrica; ultrapassou todos os carros na
subida do parque; emburacou no matadouro; estava exausto, deitou-se querendo
botar as tripas pela boca e pensou extasiado: “Veja quem foi que me salvou!
Logo quem, o Matadouro de Ipirá! Ainda bem que ele não funcionou até hoje e
fica o prefeito Déo dizendo que vai inaugurá-lo; ainda bem, que eu sei que ele
diz isso de boca, só de boca, isso aqui não vai funcionar nunca.”
O
ex-prefeito Dió observou que tinha algo estranho no seu braço e indagou em voz
alta:
-
O que é que esse carrapato de ovelha quer no meu braço?
Nem
tinha terminado e ouviu uma voz grossa e firme: “Me respeite seu ex-prefeito!
Eu sou é mosquito e não carrapato de ovelha! Eu sou é o terrível Chico Gunha e
vou lhe dá uma picada.”
-
Uai, uai, uai, - gritou o ex-prefeito.
O
prefeito Déo sabendo do ocorrido no Matadouro de Ipirá, deu a ordem:
- No
meu hospital está suspensa qualquer operação e quem chegar com Chico Gunha não
entra de jeito nenhum – depois pensou: “Agora eu quero ver se esse sujeito não
sai da minha frente.”
Suspense:
e agora, esse matadouro sai ou não sai?
O
término dessa novelinha acontecerá no dia que acontecer a inauguração desse
Matadouro de Ipirá. Inaugurou! Acabou, imediatamente.
Observação:
essa novelinha é apenas uma brincadeira literária, que envolve o administrador
e o matadouro e, sendo assim, qualquer semelhança é mera coincidência. Eles
brincam com o povo e o povo brinca com eles.
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