quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

FOLHINHA 2015.

O deputado Jurandy Oliveira ficou bem na folhinha 2015 (recebi uma lá em casa, obrigado deputado). O deputado está com alguma estratégia na cabeça: fazendo atividades no fundo do mercado; lançando candidatura a prefeito; aparecendo em folhinha. Tudo indica que 2015 começou a todo vapor. Tem gente que pensa assim: “Essa alma ta querendo alguma coisa!” Eu penso diferente: “O deputado não está querendo nada, joga prá torcida.”

E por que eu penso assim? Sou obrigado a explicar. No tocante à candidatura para a Assembléia Legislativa o deputado Jurandy tem fôlego longo. São muitos mandatos. Pegando os números eleitorais (por cima, sem precisão) de Ipirá, dá para observar que ele começou com um patamar de votos na casa dos 10 a 14 mil votos; teve uma eleição que caiu para um pouco mais de dois mil votos (2.200 a 2.300). Não foi a queda vertiginosa e definitiva que se esperava, prova disso foi o último resultado eleitoral, ele teve mais de nove mil votos sem o apoio incondicional do prefeito Ademildo.

Dito isso, a corrida para a Assembléia Legislativa do Estado da Bahia é um campo aberto para o deputado Jurandy Oliveira. É imbatível nessa esteira. Não tem concorrente na disputa de voto no município de Ipirá. Conhece todos os trâmites do sistema. Sabe como funciona o esquema da cata de voto. Faz questão do apoio dos líderes do grupo Antônio Colonnezi e Diomário Sá. Sabe como conseguir apoio dos vereadores e cabos-eleitorais. Atua com desenvoltura na busca do voto a varejo. Não exigiu muito do prefeito Ademildo, apenas o suficiente: que o prefeito não fizesse muita campanha para ele (Jurandy), para ele (Jurandy) não perder muito voto. Fora de Ipirá, Jurandy sabe compensar as perdas de municípios. Não dá um bote errado. E assim, Jurandy Oliveira segue que segue deputado.

Candidatura a prefeito? O deputado lançou seu nome para 2016. Por um instante vamos esquecer o deputado e sua candidatura 2016, porque estamos em 2015 e eu vou pelo inverso da questão. Será que o município de Ipirá mereceu ou merece os administradores que governaram essa terra no último meio século? Ouviram as demandas do município? Atenderam às súplicas do progresso? Resolveram as carências da sociedade? Supriram as necessidades da população? O que tem mais relevância: esses questionamentos ou o lançamento de um nome para prefeito para fazer o que o ‘salvador da pátria’ tem na cabeça?

Ipirá precisa de pretensão ou de algo que vá além das aparências? O poder de jacu e macaco não está apto para implementar o desenvolvimento do município de Ipirá. Uma campanha custa os olhos da cara e quem tem que pagar a conta é o erário público. Esse poder provinciano está canalizado para atender aos interesses individuais de algumas pessoas do grupo que estiver no poder. Atender as demandas particulares de um pequeno grupo de macacos ou jacus, dando ênfase, privilegiando e favorecendo a esperteza, o compadrio, o grupismo, a malandrotopia, a capadoçagem. Esse sistema é uma doença crônica que provoca o surrupiamento do público e a detonação da viabilidade do município.

Neste emaranhado, encontra-se enfiado o administrador Ademildo, que pensa estar vivendo um belo sonho enquanto o município arrasta-se num tremendo pesadelo. Não é à-toa que ocorre tanto chute do prefeito atual para ver se Ipirá atinge as nuvens. Nessa engrisilhada toda, o nome do deputado para prefeito não quer dizer nada, absolutamente nada.

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