E
por que eu penso assim? Sou obrigado a explicar. No tocante à candidatura para
a Assembléia Legislativa o deputado Jurandy tem fôlego longo. São muitos mandatos.
Pegando os números eleitorais (por cima, sem precisão) de Ipirá, dá para
observar que ele começou com um patamar de votos na casa dos 10 a 14 mil votos; teve uma
eleição que caiu para um pouco mais de dois mil votos (2.200 a 2.300). Não foi a
queda vertiginosa e definitiva que se esperava, prova disso foi o último
resultado eleitoral, ele teve mais de nove mil votos sem o apoio incondicional
do prefeito Ademildo.
Dito
isso, a corrida para a Assembléia Legislativa do Estado da Bahia é um campo
aberto para o deputado Jurandy Oliveira. É imbatível nessa esteira. Não tem
concorrente na disputa de voto no município de Ipirá. Conhece todos os trâmites
do sistema. Sabe como funciona o esquema da cata de voto. Faz questão do apoio
dos líderes do grupo Antônio Colonnezi e Diomário Sá. Sabe como conseguir apoio
dos vereadores e cabos-eleitorais. Atua com desenvoltura na busca do voto a
varejo. Não exigiu muito do prefeito Ademildo, apenas o suficiente: que o
prefeito não fizesse muita campanha para ele (Jurandy), para ele (Jurandy) não
perder muito voto. Fora de Ipirá, Jurandy sabe compensar as perdas de
municípios. Não dá um bote errado. E assim, Jurandy Oliveira segue que segue
deputado.
Candidatura
a prefeito? O deputado lançou seu nome para 2016. Por um instante vamos
esquecer o deputado e sua candidatura 2016, porque estamos em 2015 e eu vou
pelo inverso da questão. Será que o município de Ipirá mereceu ou merece os administradores
que governaram essa terra no último meio século? Ouviram as demandas do
município? Atenderam às súplicas do progresso? Resolveram as carências da
sociedade? Supriram as necessidades da população? O que tem mais relevância:
esses questionamentos ou o lançamento de um nome para prefeito para fazer o que
o ‘salvador da pátria’ tem na cabeça?
Ipirá
precisa de pretensão ou de algo que vá além das aparências? O poder de jacu e
macaco não está apto para implementar o desenvolvimento do município de Ipirá.
Uma campanha custa os olhos da cara e quem tem que pagar a conta é o erário público. Esse poder
provinciano está canalizado para atender aos interesses individuais de algumas
pessoas do grupo que estiver no poder. Atender as demandas particulares de um
pequeno grupo de macacos ou jacus, dando ênfase, privilegiando e favorecendo a
esperteza, o compadrio, o grupismo, a malandrotopia, a capadoçagem. Esse
sistema é uma doença crônica que provoca o surrupiamento do público e a
detonação da viabilidade do município.
Neste
emaranhado, encontra-se enfiado o administrador Ademildo, que pensa estar
vivendo um belo sonho enquanto o município arrasta-se num tremendo pesadelo.
Não é à-toa que ocorre tanto chute do prefeito atual para ver se Ipirá atinge
as nuvens. Nessa engrisilhada toda, o nome do deputado para prefeito não quer
dizer nada, absolutamente nada.
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