sábado, 6 de fevereiro de 2016

CARNAVAL, SUOR E CAOS.



MANIFESTO EM DEFESA DO POVO DE IPIRÁ E A FAVOR DE UMA POLÍTICA AGRESSIVA E EXTERMINADORA CONTRA O MOSQUITO TERRORISTA.

AO POVO DE IPIRÁ.
Embora a maioria da população ipiraense seja indiferente, conformista e individualista, eu tomo a iniciativa de fazer uma denúncia séria. Não farei esta denúncia protocolada, registrada e burocratizada porque a solução não depende dessa papelada, mas de ação concreta. Não farei denúncia de foco de mosquito na casa do vizinho. Eu denuncio aqui, que existe um foco do mosquito terrorista em minha residência, na Praça da Bandeira, em frente à Igreja.

Tomei algumas providências. O Agente de Endemias disse o seguinte: “Eu faço a cobertura de 248 casas (se não me engano), eu faço a sua casa hoje e só retornarei aqui quando cobrir 247 casas. Esse trajeto leva dois meses.” Em minha casa, o mosquito não respeita esse prazo, vem bem antes. Existe alguma coisa errada.

O Agente de Saúde disse que: “Estamos usando um pó que não mata a larva, mas a enfraquece, ela definha e não prospera.” O pó é jogado no meu reservatório, não mata a larva e o pior, ela prospera, pois lá em casa tem o mosquito saído do tanque onde o pó foi jogado. Eu não quero nem pensar o que eu estou pensando: “Num país, onde até Satanás recebe e paga propina, será que tem alguém pagando ‘um por fora’ para empurrar um pó do Paraguai?” Não posso acreditar numa coisa dessa. Isso seria um crime contra a humanidade.  IMPENSÁVEL.

Neste momento, eu sou um corpo portador de uma carga virótica exponencial, (não sei se é Zika, Chikungunya ou Guilian Barré). Todo mosquito de minha casa que sentar no meu corpo é transformado num transmissor implacável. Assistindo um infectologista da FioCruz ele dizia que: “Quem já teve Chikungunya uma vez o organismo cria anticorpos que evitaria uma nova contaminação.” Eu estou na minha segunda contaminação (a primeira, na Semana Santa e agora, no Natal). Existe pouco conhecimento sobre esses vírus. Os médicos estão num patamar equivalente a um farmacêutico, há pouco na literatura e muito por pesquisar. Tem propaganda na TV contra a doença, um tal de Tylenol. Imagine a que ponto chegamos. Não se sabe nem qual é a dosagem exata para eliminar-se o vírus. Um verdadeiro caos.

O comentário mais consistente e preocupante que ouvi, dizia o seguinte: “dizem que essa doença deixa sequelas, doença que deixa sequelas é doença mal curada e doença mal curada vira doença crônica.” Observe o caos. Imagine a quantidade de pessoas em idade ativa sendo obrigada a não trabalhar devido a uma doença crônica que tira as forças dos braços e não permite que vista uma camisa sozinho. É o verdadeiro caos.

Telefonei para um amigo em Feira de Santana e disse-lhe: “Me consiga um remédio contra o Chikungunya, até garapa de óleo de carro importado queimado eu bebo” e ele disse-me: ”Há! Eu tenho um suplemento bom, já curou até malária no Amazonas.” Não pensei duas vezes: “É esse que serve prá mim!” Vamos que vamos.

Retorno às aulas. Fico imaginando: “Pegar um poço de vírus com um potencial extremo como o meu, colocá-lo numa sala dos professores, onde a mosquitaria gosta de pegar picula e depois colocar esses mosquitos em contato com quatrocentos adolescentes é um ato impensado.” Vamos que vamos.

Ao prefeito Aníbal Aragão.
O que eu quero dizer a V. Exa., é uma coisa que eu não diria a qualquer outro prefeito desta terra (desde 1976, sob controle de médicos e advogados, a serviço das oligarquias e com a marca registrada da concentração do poder, do autoritarismo e do favorecimento ao grupismo -do jacu & macaco-), mas a V. Exa., eu sinto-me no dever de pronunciar-me: Ipirá é uma cidade de alto risco, devido ao seu sistema de reservatório de água obrigatório em cada residência.

O vírus Zika está se espalhando pelo mundo. A microcefalia está avançando de forma acelerada pelo Brasil. Ou se faz alguma coisa, ou dificilmente Ipirá escapará de ter casos de microcefalia. Seria a finalização melancólica de qualquer governo, porque não terá a coragem e a transparência para assumir as consequências drásticas de uma situação deste tipo. O mais grave seria a negação dos fatos com a prática criminosa do infanticídio (tem gente capaz para esse trabalho sujo). Nada registrado nos arquivos. Irracionalidade, caos e infanticídio, seria o retorno da sociedade à barbárie.

O reinado de V.Exa., terminará no adeus da última Colombina que deixar as praças dos festejos carnavalescos. V.Exa., é um homem simples e humilde, mas isso não significa falta de coragem e ação. V.Exa., é um administrador determinado e compreende que este momento é imensamente delicado e que Ipirá não pode perder essa guerra para o mosquito terrorista. Seja um combatente do bom combate até o último instante. Não esmoreça nesse combate ao mosquito terrorista nas trincheiras da Câmara de Vereadores.

Não digam que falta recursos, pois isso é caso de vida ou morte. Ipirá não pode ficar refém da politicagem do grupismo, que favorece ao acúmulo de riqueza por parte de três dúzias de elementos em desprezo a uma população que necessita vencer uma guerra contra a mosquitaria.

De minha parte, eu não encontro uma explicação humana, justa, decente, racional para justificar ‘deixar a vida’ ou ‘não ter o direito de viver’ por causa de um mosquito. Só mesmo a irracionalidade, o caos e o crime.


Podem até dizer que denúncia tem que ser formal e que por rede virtual não tem nenhum valor e fechem os olhos. Espero contar com o apoio do programa Conexão Chapada para verberar esta denúncia e eles podem até dizer que se trata de oposição política e fechem os ouvidos. Mas, por mais que eles tentem, eles não poderão negar que o problema existe, que poderá ser pior, pois trata-se de uma guerra. Eu estou no meio dessa batalha, vitimado, mas sem dobrar-me e com muita esperança na força do ser humano, por mais obscurantismo, irracionalidade e caos possa existir.

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