Ipirá, eleições 2016, a macacada encontra-se numa encruzilhada e, o
pior, sem encontrar uma saída. A maior dificuldade resume-se em não ter um
pré-candidato competitivo, em condições de enfrentar a jacuzada com
possibilidade de vitória.
Quem eles lançarem será para cumprir tabela. Quem se apresentar será para
tapar um buraco e carregar um caixão sem alça porque a conjuntura é totalmente
desfavorável ao grupo. Quem for o candidato se queimará para o resto da vida
porque poderá levar um sapeca de três mil votos no lombo e ficar estigmatizado
pelo efeito ‘Vavá Kabila.’ O momento é difícil para a macacada.
As dificuldades da macacada não são deste presente momento, elas despontam
da campanha de 2012, extremamente confusa e atrapalhada que resultou numa
renúncia que significou um caos. A prefeita eleita Ana Verena renunciou ao
poder municipal conquistado no aperto por puro capricho, dentro de um contexto
pessoal e de uma vontade subjetiva, quando não deu a menor importância ao grupo,
nem a menor satisfação a nenhum eleitor do grupo macaco. Depreciou a macacada. Fez
do grupo dos macacos uma coisa insignificante, um cachorro.
Na atualidade, a macacada apresenta-se desarrumada e sem bússola,
variando e totalmente perdida. É vereador brigando publicamente com secretária;
são lideranças que estão na zona do conforto e não estão nem aí para o que
possa acontecer ao grupo; é um conjunto de pessoas vaidosas um querendo ser
mais porreta que o outro; é um baixo clero querendo fazer acontecer o que é
impossível. E assim a onda vai, complicando cada vez mais a situação. A
macacada virou uma verdadeira casa de Noca, sem esteio, sem viga, sem liderança,
entregue à própria sorte.
Uma novidade, nestas eleições 2016, não haverá dinheiro do município de
Ipirá para bancar qualquer candidatura. Pela primeira vez teremos os jacus e
macacos sem dinheiro público para bancar o candidato deles, tendo que tirá-lo
do próprio bolso. Esse é o sinal de que não haverá caixa 2, caixa 3, caixa 4...
Esse é o sinal de que não haverá dinheiro público nas mãos de fulano,
sicrano e beltrano para fazerem uma famigerada e escandalosa boca de urna, nas
vésperas das eleições, quando ocorre uma correria do capeta e fulano assalta
sicrano, que assalta beltrano. Uma vergonha. Nisso aí, o grande perdedor é a
macacada.
Outra novidade, tem 99% para acontecer uma aliança entre o PT e o
Renova. Se isso ocorrer sacramentará a derrota da macacada antes do começo da
disputa eleitoral. Uma das causas da vitória da macacada em 2012 foi a aliança
com o PT. Extinta essa aliança, a macacada fica vulnerável e ferida no coração.
Sem a aliança a derrota da macacada fica iminente.
O grupo da jacuzada é um grupo oligárquico, aristocrático, fechado em
torno da família Martins. O grupo da macacada é um grupo fatiado, que vai
perdendo esse controle familiar oligárquico, devido às infiltrações e à
incompetência das lideranças aristocráticas, nesse sentido, abre-se para a
penetração e a condução de setores da pequena-burguesia que estão em fase de
acomodação em busca da supremacia dentro do grupo.
Não adianta espernear. A aliança entre o PT e o Renova reforça a idéia de
uma terceira força concreta, real e verdadeira no município de Ipirá. Dizer que
Ipirá só tem jacu e macaco é cair na mesmice de sempre, ser estreito na análise,
na avaliação dos acontecimentos e não enxergar um palmo além do nariz.
Se a macacada não entender a realidade desta conjuntura, que é
amplamente negativa para o grupo, será um mero cabo-eleitoral de Brandão, até
mesmo lançando um candidato próprio; até mesmo colocando-se como eventual adversário;
até mesmo polarizando o pleito nos acordes da paixão do Ba-Vi. E qual será a
alternativa nesta conjuntura amplamente desfavorável?
Basta entender que a realidade apresenta uma força real (PT + Renova)
determinada a lançar candidatura própria. Isso míngua e elimina qualquer chance
de vitoria da macacada. Deixar a jacuzada com o doce na boca por quatro anos e,
talvez, décadas, seria um grande vacilo da macacada, pois a retomada não será
facilitada.
Eleições 2016, não está fácil para a macacada. Cometer um grande
equívoco agora poderá sacrificar 2020. Atuar dentro da realidade, enxergando as
novas forças políticas que despontam poderá ser uma tábua da salvação.
Eu diria até que seria interessante para a macacada terceirizar uma
derrota e livrar a cara do grupo. Eu diria até mais, seria interessante para a
macacada procurar endurecer o pleito de 2016, para Brandão não levá-lo numa boa.
Eu diria até mais que demais, seria interessante para a macacada aumentar o
poder de competição contra Brandão apoiando e reforçando uma força política
concreta e real que se estabelecerá com a aliança do Renova com o PT. Eu digo
tudo isso, porque para a macacada sozinha, isolada no pleito de 2016, não tem
boca.
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