domingo, 31 de julho de 2016

CONVENÇÃO ‘DUS BRODI’

Ipirá tem 46.069 eleitores aptos ao próximo pleito de outubro 16. Comparecerão às urnas uns 36 mil eleitores. Uns dez mil são os que já morreram; os idosos que não possuem facilidade para locomoção, ou não enxergam direito; são os que estão morando e trabalhando fora, viajando e não possuem motivação ou condições para aqui comparecerem no dia das eleições, etc e tal. Esse é meu palpite para os votos validos: 36 mil votos válidos.
A macacada fez a convenção no dia 30 e a jacuzada no dia 31. Não perderam o prazo estipulado pela Lei Eleitoral. São zelosos obedientes à lei. Vão obedecer rigorosamente ao que diz a lei no referente à propaganda eleitoral, aos prazos, às regras, às decisões acordadas, até para não receberem multas em dinheiro. Serão cumpridores diligentes da lei. Pense num povo que segue a lei ao pé da letra, no seu mais apurado rigor! Pensou no jacu e no macaco.
A Lei Eleitoral determina que as despesas de campanha para prefeito no município de Ipirá terá que ser R$ 143.908,30 por candidato. Pense num pinote que o sujeito foi cair na casa da desgraça! Pensou no jacu e no macaco. Essa lei está errada! Essa lei não presta! Quem é besta para seguir essa lei?
Nem jacu, nem macaco vão obedecer essa lei. Nem Deus, nem Satanás vão fazer jacu e macaco obedecerem essa lei. Mas, a lei não é para ser cumprida? Dizem os advogados que é. Mas, a lei não é para ser burlada? Dizem os advogados da jacuzada e macacada que é. E por que quando se trata de dinheiro todo mundo quer desrespeitar a lei? Hum! Aí é que o bicho pega.
Observem que esse valor foi definido pela prestação de conta de maior valor da última campanha do jacu e do macaco. Observe que agora teremos uma campanha de metade do tempo da anterior e nem assim, e nem por isso, eles querem ou irão obedecer à lei. E convenhamos a lei é boa demais, é generosa demais, tratando-se de dois candidatos lisos (Aníbal e Marcelo) no sentido de disporem de um milhão para gastar tirando do próprio bolso.
Aí, nestas condições, quem corre sério risco de ser assaltada é a Prefeitura Municipal de Ipirá, porque é o dinheiro público que vai bancar a campanha da situação e da oposição, caso venha a ganhar as eleições. Com dois ‘candidatos lisos’ Ipirá está enfiado no buteco do calango, porque eles não obedecerão a Lei Eleitoral e o dinheiro público não será respeitado na campanha, imagine quando um deles estiver lá dentro. É a prática.
Que maldade! Como é que se escreve tanta maldade contra pessoas tão sérias, de mãos limpas e tão bem intencionadas? O dinheiro vem dos grupos, dos empresários dos grupos, dos ricos dos grupos. É tudo dinheiro limpo. É mesmo? Todo mundo tem que acreditar nisso?
Na última eleição municipal, um rico virou para a candidata e disse: “doutora, tome aqui esse dinheiro (valor ?) para a campanha, se a senhora perder, a senhora não me deve nada, se a senhora ganhar a senhora me devolve o mesmo valor sem juros.” A pergunta é simples: esse rico contribuiu com quanto para a campanha? Com nada. Ele sabia que a candidata tinha chance de vitória. E a candidata vitoriosa tiraria do seu bolso para fazer a devolução? Só a cabeça de um jegue poderá achar que sim. O dinheiro ia sair dos cofres da prefeitura. Não sei o resultado disso aí.
Ainda na última eleição municipal, um agiota rico virou para o candidato e disse: “doutor, tome esse dinheiro (400 mil) para a campanha, se o senhor perder o senhor me devolve sem juros, se o senhor ganhar o senhor me paga o dobro.” A pergunta é simples: esse rico contribuiu com quanto para a campanha? Com nada. Ele preveniu seu dinheiro quanto a qualquer risco. E se o candidato fosse o vitorioso, quem pagaria esse dinheiro? O dinheiro ia sair dos cofres da prefeitura. Você na condição de cidadão acha esse tipo de proposta correta?
Uma coisa é certa: o sistema jacu e macaco está podre. Qualquer candidato a prefeito em Ipirá, por mais honesto que seja, está sujeito às mais capciosas propostas porque eles criaram um monstro que corrompe e desmoraliza e não tem como cortar a cabeça dessa figura deletéria que está inserida na politicagem do clientelismo que é a base da conquista do poder em Ipirá. A ação mafiosa mancha e corrói a possibilidade da ética e da honestidade prevalecer. O grande derrotado será o município de Ipirá.
Nesta campanha de 2016, a figura mais importante da campanha será o CONTADOR, que terá que fazer o trabalho químico, de transformar um, dois, três milhões em míseros R$ 143.908,30 para a prestação de contas. Aí eles são forçados a obedecer à lei, queiram ou não. Quanto custará um contador? Quanto custará o silêncio de um contador? Quanto custará o serviço de um contador? Um contador vale tanto quanto, ou bem mais que um marqueteiro.
Não adianta o probo advogado (da jacuzada ou macacada), de caráter íntegro, honesto, honrado, reto e justo dizer que só gastará na campanha o que a Lei Eleitoral determina, porque não será desse jeito; o caixa 2 vai comer no birro 30. Não obedecer a lei é crime. O crime eleitoral do caixa 2 será a nota dessa campanha. Se o Ministério Público montar um Lava Jato em Ipirá e entender de vasculhar essa campanha 2016 em busca de uma agulha vai encontrar prego do tamanho dos postes dos refletores do Estádio Municipal.

Para o cidadão comum, que não leva nenhuma vantagem com as eleições em Ipirá, só resta uma pergunta: se essa gente do jacu e do macaco, com seus dois candidatos à frente, não respeitam o que diz a lei na questão dos gastos de dinheiro na campanha, o que será quando estiverem frente a frente com dez milhões de dinheiro público nos cofres da prefeitura? Se não respeitarão agora, na campanha que vai começar, por que respeitarão depois da campanha na prefeitura? Os candidatos (Marcelo e Aníbal) são figuras comprometidas e enroscadas com seu determinado grupo (jacu e macaco), esse é o limite dos dois, nunca irão compreender que Ipirá é maior do que esse troço.

Um comentário:

  1. O que seria de ipira sem Agildo? Sempre cirurgico e coerente em suas análises. Parabéns Agildo!

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