“Perdeu! Perdeu! Passa, passa tudo!” Essa é uma abordagem de bandido
assaltando em qualquer cidade brasileira, seja grande, média ou pequena. A
vítima, normalmente, pega de surpresa, fica sem ter o que dizer. As palavras
não saem; quando consegue fazer-se ouvir, vem sem nexo.
O que aconteceu em Ipirá esta semana é, simplesmente, estarrecedor. Eu
observo a reação de certas pessoas, que acham que tudo isso é natural, que é
assim mesmo e tem que ser assim. É lastimável e preocupante, mas não é nenhuma
novidade que pensem desse jeito, pois a podridão do sistema de politicagem ‘jacu
e macaco’ está sangrando e quem paga a conta é o município.
O sistema de politicagem ‘jacu e macaco’ fabrica os seus monstros que
vão agindo na penumbra e sorrateiramente metendo a mão no bem público. Quem
paga essa conta? Quem paga a conta do banquete? Não tem jantar de graça! O
engraçado, em Ipirá, é que os dois pagaram a conta do leilão.
A jacuzada está animada pelo bom êxito conseguido e já se apropriou da
prefeitura como se fosse um bem particular. A jacuzada está esbaforida, é
foguete e cantoria: “E aí! É nóis, depois de nóis é nóis de novo; é tudo nosso,
nada deles; você ostenta o que não tem, desostenta; tá ligado que eu sou barril
”.
O Poder Municipal em Ipirá é coisa de açambarcadores, que acham que
podem assenhorear-se da prefeitura, como algo exclusivamente seu, privando os
outros da respectiva vantagem que o serviço público tem que oferecer.
A política do grupismo criou essa degenerescência. A prefeitura da
jacuzada virou um patrulhamento nefasto ao cidadão ipiraense. Jacu e macaco são
prisioneiros dessa prática mesquinha. A prefeitura é da cidadania.
A jacuzada já anda boatando a podridão encontrada na prefeitura. É coisa
de tremer a terra. Vocês pensam que essa jacuzada tem interesse em denunciar
essas malversações do dinheiro público? Podem tirar o cavalinho da chuva. Isso
é pirotecnia; é fumaça preta de pneu para girar na campanha. A macacada não
fique preocupada com isso não, está tudo em casa. Uma mão lava a outra.
Se o que falam for entregue a uma Polícia Federal para fazer uma
Operação Lava Jato na província de Ipirá, não tem slogan de ‘Ipirá Honesto’ que
resista. Simplesmente a macacada vai ter que engolir a língua, não vai poder
dizer o que queria e pretendia dizer do candidato da jacuzada. O sujo é um
sinônimo de mal lavado. Se não for passa a ser. E o que Ipirá ganha com isso?
Nada.
A macacada anda atravessada com uma urucubaca que dá pena. O tão falado
alinhamento dos três poderes federal, estadual e municipal já não existe mais.
Só resta o estadual, que se fizer as obras prometidas para Ipirá vai ter que
inaugurá-las com a turma do jacu. Imagine uma situação dessa! Não vinha nada e,
agora, o que não vinha não vem mais. Veja em que ninho de gato o município de
Ipirá está metido.
A macacada parece que está ficando doida. Diz que: ‘ganha eleição quem
tem o poder e dinheiro’. Perdeu o cofre da prefeitura; perdeu a possibilidade
de fazer favores eleitorais com o equipamento da prefeitura; perdeu a condição de
alugar imóveis e carros; perdeu a Assistência Social para fazer votos; perdeu a
possibilidade de bancar vereadores e candidatos com a máquina e recurso público.
Perdeu o poder e diz que agora está melhor porque a macacada está enraivada e
vem para cima. O dinheiro agora é do bolso do brim e rico não banca para ver a
água escorrendo pela vala.
O sistema jacu e macaco, onde a desgraça de um é a mesma desgraça do
outro, afirma que todos e todas em Ipirá, ou é jacu ou é macaco. Não levam em
conta quem não é nenhum desses dois monstrengos, ou mesmo, quem está indeciso. A
macacada tropeça na própria língua e diz que agora melhorou, porque a macacada
vai dar o troco porque está com raiva da traição. Não dá para entender. A
macacada estava indecisa? A macacada não era macaco? Quem é macaco não é
macaco? Agora, existe macaco, jacu e indeciso?
A macacada perdeu o discurso, esse é o grande problema. Nada dá certo
para a macacada. Com a descoberta da sujeira na prefeitura, a macacada vai ter
que ficar pianinho, pois essa campanha poderá virar um mar de lama com o cheiro
de defunto.
A macacada tem um problema maior do que o mundo e não quer entender. A
macacada não tem liderança. Antônio Colonnezi está no andar de cima, em plena
zona do conforto e do prazer; enquanto a macacada do andar de baixo vive na
zona da agonia e do desespero. Eles não conseguem compreender isso. Andar na
caatinga é ação de vaqueiro. O candidato Aníbal vai ter que ir à campo com os
seus. O café da traição ainda não
acabou.
Se Jota Oliveira fizer um governo-tampão dentro do equilíbrio e da
razoabilidade necessária, estará se credenciando a uma secretaria municipal,
caso a jacuzada vença em 2 de outubro, e com uma grande possibilidade de
tornar-se o candidato à sucessão em 20. Com quem ficará o deputado Jurandy
Oliveira? Contra a família? Um cálice de vinho é motivo para uma traição e para
um cale-se que ninguém sabe o que poderá acontecer daqui para frente.
O ex-prefeito Dió estava sentado na extremidade oposta à tribuna onde os
vereadores declamavam seus votos. Estava manso, sossegado e tranqüilo. Seria mais
uma vitória retumbante. Tudo estava nos conformes. O milho já tinha sido jogado
aos pombos.
Dió ouvia os pronunciamentos dos votantes, com a certeza dos justos, mas
foi desconfiando que o alinhavado não passava tanta garantia e ao ouvir ‘meu
voto é de Jota Oliveira”, sentiu o impacto e a frase saiu de sua boca, sem
querer, forte e incisiva: “essa foi de fu...” Justamente agora, meu teclado
encrencou, espere um pouco, que eu vou desenganchar o bicho; pronto! Vou
repetir: “essa foi de fulminar!” Só a macacada não consegue entender o que fala
o seu grande líder.
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