segunda-feira, 26 de setembro de 2016

FUTUCANDO A ONÇA

As duas Cobras de Aço apresentaram-se. Fiz o poema “A Cobra de Aço” em 2004 e ele continua novinho em folha, vivo, gordo e vigoroso até os dias atuais. A Cobra de Aço adentrou pelas ruas vestindo camisa apertada 25 e camisa folgada 44, soltando pipoco e fumaça pelas ventas.

Dessa vez, elas trouxeram novidades; não vieram compactas como das outras vezes; não se apresentaram por inteiro, mas em pedaços, vieram fragmentadas. Com espinhaço quebrado, partido, apartado.

Vinham 30 carros, espaço livre. - Oh! Acabou? – Não. Mais 30 carros, espaço livre.- Oh! Acabou? – Não. Tome-lhe mais 30 carros, mais espaço livre... Tudo isso, para não deixar nenhuma idéia do tamanho da despesa, despistar e enganar a Justiça Eleitoral que não perceberia o rastro do crime eleitoral.

Num leilão, cada cobra, 44 ou 25, não fica por menos de 300 mil reais; a gasolina faz a Cobra de Aço andar, o foguete faz a Cobra de Aço bufá. É despesa para deixar candidato torto e com nariz de elefante. Mentiroso! No dizer do dono, o custo foi somente R$ 20 mil, para enquadrá-lo na prestação de conta da campanha perante a justiça, pela lei, eles só podem gastar R$ 143 mil reais em toda campanha. Diante dos fatos, os candidatos vão ter que apresentar  falcatrua na prestação de contas.

Não teve carreta e caminhão com carrocerias lotadas de crianças pobres em situação vulnerável, num processo de reprodução de filhotes da cobra 44 ou 25, quando gente vira frangote de jacu e sagüins, que ficarão ferrados, estropiados, apilados para o resto da vida.

Desta vez, não teve pau-de-arara, nem carro para transportar gado bovino lotado de gado humano apilado, xopado e humilhado por todo o tempo de existência. Foi carro pequeno e ônibus, em torno de 2.200 veículos para uma e 2.300 veículos para a outra. Contados por Ranulfo, que não perdia a contagem: “Aquele não conta, é a décima vez que ele passa”, “Como você sabe?” indaguei. “Pela placa, PQO 2781” respondeu.

É a jacuzada e a macacada adaptando-se aos novos tempos, com estratégias para dominar o povo no laço e pelo cabresto, nem que para isso, tenham que burlar a lei, mas o risco que corre o pau, corre o machado e estamos entrando na reta final, faltam seis dias para ver quem tem farinha no saco, mas serão seis dias tenebrosos. Tudo pode acontecer, até mesmo, o que está na frente entregar a rapadura ao que está perdido e ir comer na frigideira com azeite fervendo para esfolar a língua.

Pouco resta a fazer, só duas coisas: cada qual vai lançar a sua pesquisa, uma dizendo que ganhará com 3% e a outra afirmando que levará com 9%. Durma com um barulho desse!

Eu não sei como é que a Justiça Eleitoral pode deixa acontecer a divulgação de duas peças de campanha fraudulentas, manipuladas e inescrupulosas para enganar os eleitores, só porque são registradas.

Pesquisa feita por grupo político não tem viés de seriedade, de ética e transparência; são números manipulados e alterados de forma desavergonhada em benefício próprio, para iludir o eleitor e macular o processo democrático. Jacu e macaco utilizaram-se desse meio no último pleito municipal.

Nesta questão municipal, os grupos políticos não possuem nenhuma credibilidade para soltar resultado de pesquisa eleitoral. A única instituição idônea, isenta e com moral para contratar, fazer e divulgar os números de uma pesquisa verdadeira seria a Justiça Eleitoral, mas essa não é sua atribuição e não tem cabimento, pois a Justiça preocupa-se é com o resultado verdadeiro, idôneo e fiel com a vontade democrática do eleitor, no domingo, após a votação. Pesquisa de 44 ou 25 é porcaria, cocô da cobra, que fede até umas horas.

Por falar em coisa desonesta e falta de ética, quero solicitar às pessoas que não peguem meus artigos para divulgação na rede social, na tentativa de enganar as pessoas e beneficiar um ou outro candidato das oligarquias. Já expressei que meu voto para prefeito de Ipirá em 2016 será NULO, não acredito em projeto de oligarquia para a emancipação popular. Meu voto para vereador será do camarada Arismário 65123, com toda a força e raça de um voto revolucionário.

Respeitem a minha posição como eu respeito a de vocês. Quem quiser pegar qualquer artigo meu para um estudo histórico, sociológico, antropológico, até mesmo para um levantamento reflexivo e crítico, até para contrariar o que está colocado, poderá fazê-lo com toda a liberdade e direito concedido pelo autor.

Agora, pegar um artigo meu, para tentar enganar as pessoas tem o meu repúdio. Peço-lhe que não faça isso, até mesmo, porque o candidato, ou grupo ou pessoas que burlam para ludibriar as pessoas não merecem administrar um município complicado e cheio de problema como Ipirá. Espero ser compreendido.

A segunda coisa que falta para os candidatos finalizarem a campanha é a tal da boca de urna, ou seja, a compra de votos ou títulos para o eleitor não comparecer (essa é a boca de urna de Ipirá). Chegou a hora da onça beber água. É o último suspiro. Quem ta no fogo é para se queimar. É calça de veludo ou bunda de fora. É agora ou nunca! É tudo ou nada!

Tudo isso é crime eleitoral, mas eles são viciados e precisam de votos, ficam dopados e vão fazê-lo. A decisão pode estar na boca de urna, estilo Ipirá, quem dormir no ponto sobrará, pensam eles. Quem tiver a unha maior subirá na parede.

Em Ipirá, tem eleitor que não é apaixonado nem por macaco, nem por jacu, gosta é da onça, gosta mesmo é de dá uma futucada na onça que o candidato carrega no bolso. Não me pergunte quantos são; só sei que não são insignificantes, tanto que, são vistos, alimentados e reproduzidos pelos candidatos.

Nestes seis dias fatais, cada candidato terá que ter disponível um milhão de reais, para ser dividido e entregue a todo tipo de gente; gente boa, vagabundo, cafajeste, bandido, assaltante, que vão sair por aí para comprar votos, na véspera da eleição. Tem candidato que acha que é isto que resolve o pleito eleitoral. Morre acreditando, para não enxergar a verdade, que o delinqüente que receber o seu dinheiro vai embolsar 80% e 20% ele vai distribuir para alguns, que servirão como prova da distribuição.


Se a justiça confiscar o Droner que filmou as duas cobras de aço, não ficará um candidato vivo. Crime eleitoral pode ser denunciado até por maxfone.

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