O FATO: sábado (24 de dezembro de 2016) 17 h. Próximo ao
Hospital Municipal de Ipirá, junto ao Canal do Esgoto e à casa comercial que
vende pneus usados. Um motociclista bateu no retrovisor e no pneu traseiro de
um carro que estava estacionado; a moto rodopiou, o capacete caiu e sua cabeça
foi de encontro ao asfalto.
Com a queda, o motociclista ficou desmaiado e de um corte
profundo por trás da orelha começou a jorrar sangue. As pessoas correram para o
local. Em frente ao hospital, várias pessoas observavam à distância e um
funcionário gritou: “Não mexam não que a ambulância já vai!”
Um corpo estendido no asfalto; o sangue escorrendo e tingindo
o betume do asfalto; as pessoas em volta querendo socorrê-lo, algumas aflitas.
O pedido de ambulância saia aos prantos e gritos. Duas ambulâncias paradas no
hospital. Nada de socorro. Uns dez minutos de espera, o motociclista desperta,
quis levantar, foi sugestionado a ficar parado, mais dez minutos e nada de
ambulância. Os populares resolveram agilizar o socorro, levantaram o homem,
colocaram-no num carro pequeno, que saiu em disparada para a UPA.
A indignação tomou conta das pessoas no local. Uma ambulância
saiu do hospital fazendo a maior fuzarca com o giroflex, dá um freio de cantar
pneus e no asfalto deixou marcas de borracha. A indignação aumentou: “Agora!
Prá quê? Agora, não adianta mais!” Foi o suficiente para ouvir-se: “Sou o
diretor do hospital, não tinha motorista no hospital, peguei a ambulância para
prestar o socorro.”
Meu caro diretor do hospital: na condição de gestor desta
instituição, V. Sa. conseguiu ser mais relapso do que o motorista faltoso, haja
com dignidade, coloque o seu cargo comissionado à disposição do prefeito
municipal. Se o homem acidentado necessitar de testemunho perante qualquer ação
judicial estarei à disposição, por entender que não pertencemos a um aglomerado
de jumentos, mas a uma sociedade humana e as pessoas devem receber um
tratamento humano do poder público.
No livrinho do candidato-prefeito está escrito assim:
Excelência em emergência. Esse serviço será aprimorado com a contratação de
mais profissionais das áreas médicas, enfermagem, auxiliares de enfermagem e
assistentes sociais, para que a solução seja dada, sempre que possível, sem
necessidade de remoção do paciente. Todavia, havendo essa necessidade, as
ambulâncias estarão de plantão. A emergência médica deve contar com parte
considerável dos investimentos, de modo que não haja transtornos no primeiro
atendimento. O atendimento de emergência será, realmente, imediato.
No outro livrinho do outro candidato-prefeito está escrito
assim: Revitalização dos serviços de Saúde e Educação. Reorganização da
política de prioridade para os serviços públicos essenciais com imediato
diagnóstico de carências essenciais e operacionalização de ações emergenciais
de atendimento de saúde e a educação e com recuperação de recursos físicos e
material necessário.
A opinião popular dos estudantes é assim: “Eu como cidadão e
estudante sugiro mais Postos de Saúde pelos principais pontos da cidade para
que a população não tenha tanta dificuldade para chegar ao hospital, que está
localizado em um lugar não muito distante, mas a uma distância relevante do
centro da cidade e de muitos bairros.” Carlos Daniel Santos Trindade 1º. Ano C.
“Pois nossa cidade, antes de qualquer coisa, precisa de mais
fábricas; faculdade; saúde, que é de suma importância e mais creches para as
crianças. Emprego é primordial para não precisar sair para outros estados em
busca de vida melhor.” Núbia Maria Oliveira 2º. Ano MBM
“Para o desenvolvimento da nossa cidade teríamos que melhorar
muita coisa, principalmente na saúde, que está uma calamidade, um descaso;
melhorar na infraestrutura, melhorando nossas ruas.” Jaciane da S. Aragão 2º.
Ano D
“Na minha opinião precisa de muitas coisas para o
desenvolvimento e melhora da nossa cidade. Um dos maiores transtornos é algumas
ruas sem calçamento; o hospital municipal é uma verdadeira zona; alguns
problemas com a encanação de esgoto; algumas construções sem terminar, que
estão causando um certo transtorno.” Antônio Vitor Silva Carneiro 1º. Ano C
“Eu acho que o principal para nossa cidade é a ampliação de
leitos no hospital e mais médicos.” Felipe Gomes Santos 1º. Ano C
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