Estilo: ficção
Modelo: mexicano
Natureza: novelinha
Fase: Querendo imitar Malhação, que não acaba
nunca, sempre criando uma fase nova, agora é a do prefeito Marcelão.
Capítulo: 26 (mês de julho 2016)(atraso de 7
meses) (um por mês)
Fazer caminhada em Ipirá é problema. Na Praça
da Bandeira, no turno noturno, existe o perigo da pessoa ser atropelada por uma
bicicleta. Na pista da estrada do Feijão o perigo aumenta, mas fazer o quê?
Andar é preciso, morrer não é preciso.
Vamos que vamos para a pista. Ia eu em
direção ao Rio do Peixe, pensando na novelinha: ”cinco meses de atraso em 2016
e dois meses em 2017. Como é que eu vou escrever esses capítulos?” Fiz a volta
em frente ao Matadouro de Ipirá fazendo minha reverência com o maior respeito
do mundo:
- Bom dia, seu matadouro!
- Bom dia, uma desgraça! – respondeu o
matadouro.
Fui em frente, o Matadouro de Ipirá veio
atrás, seguindo meus passos. Na rótula de Pintadas, descambei em direção ao
fundo do Parque de Exposição, o calumbí que invade o acostamento da estrada de
Pintadas arranhou o matadouro de forma visível e o distinto não foi atropelado porque
não passou um único carro naquele instante.
E lá vamos nós, eu na frente e o matadouro
atrás. Quando cheguei em frente ao conjunto residencial Flor da Chapada avistei
um grande movimento no fundo da fábrica Paquetá, pensei: “deve ter acontecido
um acidente com moto ou carro”
Continuei andando, sempre acompanhado pelo
Matadouro de Ipirá, ao chegar mais próximo do fundo da fábrica, observei e
chamou minha atenção a grande quantidade de capacete branco no local, pensei: “Capacete
branco na área é o prefeito Marcelão trabalhando, vou saltar a cerca da fábrica
para não atrapalhar o serviço do prefeito.” Só ouvi o grito:
- Ei, sujeito do Blog! Venha cá. Eu quero
mostrar essa obra a você, para ser publicada no blog, eu vou asfaltar do
cemitério velho até o Flor da Chapada, isso aqui vai ficar um espetáculo,
melhor do que aquela obra que o ex-prefeito J (Jotinha) fez na
entrada da cidade, porque lá ele fez com pressa e aqui eu vou fazer em quinze
dias.
O Matadouro do Ipirá estava calado e ouvindo
a conversa, entrou pelo meio e atropelando tudo e a todos foi dizendo:
- Prefeito Marcelão! Eu já estou retado com
V. Exa., e agora eu me arreto bem mais ainda, por saber de sua própria boca,
que este asfalto não vai encostar na maior obra de Ipirá, que sou eu.
- Ora, seu Matadouro de Ipirá! Eu é que já
estou azuretado com você e sua sorte é que eu não estou aqui com minha marreta,
senão você ia ver o que é bom prá tosse – disse o prefeito Marcelão de forma
educada, mas com firmeza na voz.
- Ôpa, prefeito Marcelão! Deixe de onda com
minha cara, não tire onda prá meu lado qui não dá certo; aqui é nenhuma,
playboy! Aqui, não é aquele monstrengo da sinaleira que tomou marretada do 25 e
acabou; eu sou o Matadouro de Ipirá, 25 anos nessa terra e nenhum prefeito do jacu
e macaco teve a coragem, ou melhor, a ousadia, ou bem melhor ainda, o
atrevimento de pisar no meu calo e não vai ser V. Exa. – disse o matadouro.
O prefeito Marcelão ficou espantado, mas não
perdeu a postura, parou um instante, pensou: “Eu não estou dando atenção a jacu
que votou em mim, imagine a matadouro feito por macaco, eleição já passou,
agora sou eu o bom da boca.” Aquele matadouro merecia uma resposta à altura, o
prefeito Marcelão respirou fundo e disse:
- Esse asfalto só vai até o Flor da Chapada
você queira ou não e aquele calumbí que está invadindo a estrada de Pintadas
tem que invadir mais ainda, que é para você não atazanar minha vida, e por
último, você, seu Matadouro de Ipirá! Será inaugurado daqui a oito meses, ou eu
não me chamo prefeito Marcelão, que trabalha com um capacete branco na cabeça e
levo uma marreta no carro para tacar marretada em toda obra malamanhada que eu
vê pela frente, principalmente se foi feita pelo ex-prefeito Dió.
Suspense:
sobrou prá mim. O que é que eu tenho a ver com o desentendimento do prefeito
Marcelão com o matadouro? Nada. Agora são oito capítulos mais nove atrasados,
um total de dezessete capítulos totalizando 43 capítulos de marretada à torto e
pela direita. Eu não agüento mais escrever esse troço. Será que tudo isso vai
terminar em Chiclete e Pissirico. E o matadouro, nada!
O término dessa novelinha acontecerá no dia
que acontecer a inauguração desse Matadouro de Ipirá. Inaugurou! Acabou,
imediatamente. Agora, o artista é o prefeito Marcelão, que foi grande
divulgador da novelinha É de ROSCA pela FM.
Observação: essa novelinha é apenas uma
brincadeira literária, que envolve o administrador e o matadouro e, sendo
assim, qualquer semelhança é mera coincidência. Eles brincam com o povo e o
povo brinca com eles.