segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

A MENSAGEM DO PREFEITO MARCELO BRANDÃO


A mensagem do prefeito Marcelo Brandão na abertura dos trabalhos legislativos foi emblemática, sui generis, retumbante, bombástica; vai das nuvens ao chão e não chegou ao céu da boca, nem caiu na boca do inferno, mas é merecedor de um troféu ‘bola murcha’.

Ele disse que “se fosse fazer um balanço, uma prestação de contas à população” ele demoraria... horas, semanas, meses falando. Não! O prefeito MB é um brincalhão. Falando o que? Nesse primeiro ano de governo o que foi realizado pela administração em obras e em qualidade dos serviços públicos ao povo de Ipirá foi um quase nada, muito pouco em relação ao que Ipirá necessita, precisa, merece e clama.

O prefeito Marcelo Brandão não tem o que apresentar; está, simplesmente, jogando um jogo que só ele vê; jogando para o crescimento da torcida adversária. A administração de Marcelo Brandão carece de obra. Escamoteia a situação, apresenta uma retórica vazia para ver se cola.  O prefeito está espremendo um limão para fazer uma jarra de laranjada e quer que a população engula esse bagunço de jaca.

O prefeito citou a “Educação como uma área de avanços excepcionais, que em 20 anos foi a sua administração que mais valorizou a Educação do município, com o enquadramento de professores e merenda escolar.” Ticurupaco, prefeito! Sem exagero, prefeito!

Lembrei-me do ex-prefeito Antônio Colonnezi (do macaco) estava com uma vontade enorme para mostrar serviço e fez uma escola. Fantástico. O ex-prefeito Luís Carlos (do jacu) querendo mostrar mais serviço do que a gestão anterior mandou reformar a escola. Ato extraordinário. Existia um porém: a escola foi feita no município de Rafael Jambeiro e o outro achou pouco, reformou-a. Que comédia, para não dizer uma baita tragédia.

Agora, vem o prefeito Marcelo Brandão (do jacu) dizer que está fazendo um trabalho excepcional na Educação, mandou pintar todos os prédios escolares. Simplesmente fantástico e extraordinário. Existe um porém. Na hora de colocar a foto da pintura, colocaram um pulo do gato, mostraram uma foto de uma sala de aula do município de Eunápolis. 

Vê se pode? Dizem que se trata de marketing. Não, isso representa um grande blefe. Não tem o que apresentar, blefa para enganar a população, criando uma ilusão virtual para o povo de Ipirá engolir um caroço de angu pensando que é obra bonita e excepcional da administração. Aquela sala de aula não fica em Ipirá.

Mas, também, esse pronunciamento do prefeito MB faz com que o prefeito mereça um troféu ‘bola cheia’ por várias colocações ao dizer: “não sou prefeito de um grupo político, sou prefeito da cidade, da população, do município de Ipirá.” A política de grupo botou Ipirá no buraco, trata-se de quadrilhas infiltradas nos grupos para usurpar o dinheiro público. Quem governar essa terra tem que governar para o povo de Ipirá, principalmente para combater todos os gargalos do atraso, que impedem o seu desenvolvimento econômico e social.

O prefeito MB é merecedor de uma 'bola cheia' ao reconhecer que: “em Ipirá, problemas existem e são sérias as dificuldades.” O administrador não pode fugir e escamotear a realidade. Ipirá não conta com o apoio das esferas governamentais estadual e federal. Ipirá está entregue ao ânimo, esforço e empreendimento de sua gente.

O prefeito merece uma 'bola cheia' ao vislumbrar para o município: “ Lutar para encontrar com fé e força um caminho melhor para o futuro de Ipirá, um tratamento melhor para Ipirá.” Essa luta não está na farsa de uma briga entre jacu e macaco, essa força está na abertura efetiva para a participação da comunidade na busca de um caminho melhor.

O prefeito merece uma 'bola cheia' ao valorizar e reconhecer: “ Contando com a imprensa, com a comunidade, fazendo pontuação dos problemas, criticando, apontando os erros e os pontos críticos, mantendo um embate e aplaudindo os avanços.” A aceitação democrática da oposição política, da mídia como um ponto positivo. Eu aponto como ponto que merece solução a Feira de Animais no Parque de Exposição, está entregue às baratas desde o início desta nova gestão, por falta de gerenciamento.

O prefeito é digno de uma 'bola cheia' pelo fato de nesse pronunciamento, não ficar olhando pelo retrovisor, falando das administrações passadas numa choramingueira sem fim; nesse pronunciamento, não se atolou na fanfarronice, no floreamento e na pavonada, dizendo que Ipirá ganhou um progresso astronômico, fantástico, fenomenal no seu governo;

O prefeito é merecedor de uma 'bola cheia' porque não ficou arrotando obra, num falatório vazio e minguado, numa prestação de contas interminável, evitou ficar falando abobrinhas e desfiando um rosário de promessa, num reme-reme interminável, sem apresentar nada significativo e concreto para o município e o povo. Prefeito Marcelo Brandão! V. Exa. é o motorneiro desse bonde.

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

OS VAMPIROS DO PODER


Em Parkland, na Flórida, em uma escola, local sereno e profícuo, um jovem, de 19 anos, matou 17 e feriu 14 pessoas, estudantes e professores.
Em Salvador, na Bahia, em pleno carnaval, ambiente de fuzarca e muvuca, com 3 milhões de foliões, uma morte, nas proximidades do circuito, um estudante foi morto ao receber um murro no rosto.
Muito simples, ‘libere geral’ armas brancas e de fogo no Carnaval de Salvador para vermos o bicho pegar. Que o folião possa levar a arma que lhe aprouver, uma faca, um punhal, um revolver, uma metralhadora, uma AR-15 para virar uma carnificina.
O presidente Trump não deixou por menos e argumentou que foi um problema de perturbação mental, não tocou na questão da arma de fogo. É uma questão de saúde mental. Falou ta falado.
Na multidão de três milhões em Salvador, quantos milhares estão no fio, no triz da saúde mental? Quantos estão em perturbação mental potencializada? Quantos estão carregados de raiva, ódio, violência, frustração, recalque e fúria? Uma só morte. Uma morte estúpida, injustificável, animalesca, imbecil e sinistra.
Na escola americana 14 mortos. Um problema de saúde mental numa ‘sociedade perfeitamente sadia’. Trump escamoteia os fatos, só joga dando bicuda na canela e impondo no grito, é autoritário, tem lado, defende interesses e tem compromisso com a forte bancada da bala e a poderosa indústria ‘bélica’ da morte.
Qual é a saúde mental de Trump? É claro que Trump não concorda e não aceita essas chacinas que ocorrem nos Estados Unidos; é absolutamente contrário, mas ele não pode, não deve ficar contra os seus, contra a sua corriola, contra os interesses e as necessidades de super lucro dos senhores da guerra, que armam bandidos até os dentes e estabelecem a insegurança e a violência em vários pontos do planeta.
A bandidagem do Rio de Janeiro tem face, RG, CPF e AR-15. Desfrutava do palácio, esbanjando luxo e riqueza, quebraram um Estado; escorregam pelos labirintos das favelas esbanjando o poder das armas de ponta, acuando e amedrontando a população de um Estado quebrado. Bamboleiam com desenvoltura e graça nos melindres e artimanhas do poder do asfalto. Vagueiam de forma graciosa e desenvoltamente pelos meandros do poder feito a ferro e fogo nos morros. O asfalto é cliente do morro.
O cidadão brasileiro tem uma arma: o voto. O cidadão-trabalhador brasileiro não pode e não deve usar essa arma contra si. Não pode cometer um suicídio contra a sua cidadania. Não pode ser ingênuo e se deixar enganar pelo belo e venenoso palavreado de líderes demagogos.
Os trabalhadores brasileiros não podem ceder aos interesses dos oligopólios, da grande mídia, das corporações e dos ricos. O interesse maior das classes trabalhadoras é garantir a democracia, o respeito à Constituição e a luta por uma visão mais ampla de justiça social, econômica, racial e ambiental.
É preciso que se busque um futuro governo que tenha compromisso e trabalhe para os cidadãos das classes mais baixas. Os nazistas são todos de direita e pregam uma política excludente, agressiva, violenta, simpatizante do ‘prendo e arrebento’, com separação, segregação, ódio e na defesa dos interesses de grandes corporações econômicas. O interesse dos trabalhadores é o dialogo em favor da democracia e de políticas que preguem a união entre nações e os povos.
Em uma escola pública de Ipirá, um aluno paquerou uma colega, não foi correspondido, atirou-lhe um copo de mingau no rosto. Ainda não foi municiado pelos grandes fabricantes de armas de fogo, nem era portador de qualquer arma branca, mas carregava dentro de si uma perturbação mental que a sociedade ainda não aprendeu a lidar e solucionar.

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

É DE ROSCA (39)


É DE ROSCA. (39)
Estilo: ficção
Modelo: mexicano
Natureza: novelinha
Fase: Querendo imitar Malhação, que não acaba nunca, sempre criando uma fase nova, agora é a do prefeito Marcelão.
Capítulo 39 (mês de agosto 2017)(atraso de 6 meses) (um por mês)

Antes do CARNAVAL – (reunião no ninho da jacuzada)

O líder: “Você, prefeito Marcelão, não faz nada, não sapeca a marreta do 25 em mais nada, não quer nada, desse jeito você vai acabar com o nosso grupo!”

Prefeito Marcelão: “Ora, ora! Quem tem grupo é Jogo do Bicho, eu tenho é bloco e vou sair por aí, não digam nada, de Trivela ninguém fala nada. Ipirá não tem nada, então vou viajar e não vou dizer o meu destino por causa desse Matadouro de Ipirá não ficar no meu encalço.

No Carnaval em Salvador – Bahia.

Prefeito Marcelão: “Olha, ali, o bloco do governador Rui! Ô Rui, sou eu, o prefeito Marcelão! Não tem nada não! Você não mim deu atenção hoje, amanhã, é você quem vai precisar de mim”

O prefeito Marcelão foi atrás do bloco do prefeito Neto, quando deparou com o mesmo no Campo Grande, foi gritando: “Ô NETO! Sou eu, o prefeito Marcelão! Ah, é assim né! Já vi que você é pipoqueiro.”

O Matadouro de Ipirá chegou ao Campo Grande há tempo de pegar o pripocó: quem tirou as cordas dos blocos, o governador ou o prefeito? Não dormiu com esse barulho e acordou com o ‘Samba para presidente’. Não encontrou o prefeito Marcelão que tinha viajado para o Rio de Janeiro.

O prefeito Marcelão estava na Av. Rio Branco, no bloco Bangalafumenga, foi dizendo: “Eu ia ficar fazendo o que na Bahia? Neto é pipoqueiro; Rui é coisa de meia dúzia; de Salvador para minha micareta vou levar a maior pipoca, o canário e chiclete, é prá grudar a multidão.”

No bloco Bangalafumenga, o cantor perguntava: “Cadê o prefeito Marcelo?” Quando o prefeito Marcelão ouviu isso, deu um pinote e caiu em cima do trio: “Oia eu aqui!” Foi seguro pelo pescoço e uma voz lhe disse: “Não é V. Exa., não, prefeito Marcelão! Ele está procurando é o Trivela que se picou e deixou o Rio pegando fogo e controlado pelo diabo; o Pezão também tirou o time foi para Piraí.”

O prefeito Marcelão olhou e foi argumentando: “Pira aí, uma zorra! Eu não quero pé de chumbo na minha micareta de Ipirá, do carnaval do Rio eu quero aquilo que foi sucesso e audiência na televisão, atenção, meu povo da jacuzada! Vou levar do Rio o bloco Bangalafumenga com um milhão de foliões e o arrastão que dominou os noticiários da mídia.”

O Matadouro de Ipirá soltou o pescoço do prefeito Marcelão e disse-lhe no ouvido para ninguém ouvir: “Aquilo ali é um sanitário químico, quem mija na rua no Rio é multado.”

O prefeito Marcelão foi grosseiro com o Matadouro de Ipirá: “Aqui no Rio todo mundo mija na rua, porque não pode mijar em Ipirá? Fique aqui, não saia daqui, que eu já volto.”

O prefeito pegou um avião e foi parar em Recife e ficou impressionado com o bloco do Galo da Madrugada, com uma lotação completa de dois milhões de foliões. Acertou tudo e disse: ”É prego batido e ponta virada, lá tem um hotel que cabe o galo inteiro.”

Na ladeira de Olinda, o prefeito Marcelão encontrou quem? O Matadouro de Ipirá. Aí o prefeito Marcelão foi soltando a língua: “Eu sou merecedor de um boneco desse, com minha cara, ‘o maior prefeito que Ipirá já teve’; já acertei tudo para a minha micareta, ‘a maior micareta do planeta’ o galo invade a cidade; o canário parte prá cima, ‘é tudo nosso e nada deles’; o arrastão chega chegando e botando pra fulminar e Ipirá vai ficar bangalafumengado.”

O matadouro, sabe nada inocente, perguntou: “E na cidade tem hospedagem prá tanta gente?” e ouviu do prefeito Marcelão: “Eu vou inaugurar um grande hotel em Ipirá, vai ficar na estrada de Baixa Grande, vai ter (conte as estrelas) ***** e vai se chamar Grande Hotel Matadouro de Ipirá”

Depois do carnaval e antes da micareta.

O Matadouro deu um salto, pegou um foguete e foi parar em Ipirá, colocando uma placa na entrada: MATA-SE GALINHA.

Suspense: Veja que situação: A novelinha tá de correria, quer chegar à fevereiro 18 sem nenhum capítulo em atraso. Um matadouro querendo ser obra e um prefeito querendo não ter problema! Onde vai parar uma desgraça dessa?  O que é que eu tenho a ver com o desentendimento do prefeito Marcelão com o matadouro? A novelinha chegou a agosto de 2017 agora e o prefeito Marcelão já está no carnaval 2018, e até agora nada.

O término dessa novelinha acontecerá no dia que acontecer a inauguração desse Matadouro de Ipirá. Inaugurou! Acabou, imediatamente! Agora, o artista é o prefeito Marcelão, que foi grande divulgador da novelinha É de ROSCA pela FM.

Observação: essa novelinha é apenas uma brincadeira literária, que envolve o administrador e o matadouro e, sendo assim, qualquer semelhança é mera coincidência. Eles brincam com o povo e o povo brinca com eles

domingo, 4 de fevereiro de 2018

JÁ DEU O QUE TINHA QUE DÁ!

Na primeira noite eles se aproximam e roubam uma flor do nosso jardim. E não dizemos nada.

Na segunda noite, já não se escondem: pisam as flores, 

matam nosso cão, e não dizemos nada. Até que um dia, o 

mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a 

luz e, conhecendo o nosso medo,...

(Maiakovski / Eduardo Alves da Costa)  


Eles rastejam na sombra das trevas e diante do silêncio adormecido agem sorrateiramente e fazem a melança que lhes convém, dentro do gosto e prazer que lhes apetece.

Não pediram o seu consentimento, nem solicitaram a sua licença e muito menos te pedirão desculpas pela nódoa e pela mancha de substância gordurosa na frente da tua residência ou da tua casa comercial. Isso é habitual em Ipirá.
Corriqueiro em Ipirá tornou-se o domínio administrativo do município por advogados e médicos por quatro décadas, com três exceções. Não tem sido uma experiência promissora para o município. Dividiram-se em dois grupos: ‘jacu e macaco’, alternando-se nesse processo de triturar, moer e apilar essa formação demográfica chamada Ipirá.


Um comparsa do grupo ‘jacu’ para ser agraciado e favorecido pelos patrões oligárquicos implementou a troca do nome da Praça da Bandeira, mesmo sem ser uma necessidade coletiva. Não ouviu a comunidade, cacetou.
Um administrador ‘macaco’ tomou uma atitude pessoal e não escutou a comunidade, assim sendo, da própria cabeça saiu a idéia de trocar uma casa/terreno (casa de passagem) por três metros de terra no fundo. Uma casa por um terreno! Negócio da China. Não ampliou a passagem nas condições necessárias.
Um administrador ‘jacu’ deu metade de uma praça ao falido INSS. A comunidade reclamou e não deram atenção. O outro administrador ‘macaco’ permitiu que construíssem um prédio dizendo que aquilo seria a redenção do local. A praça foi dividida em quatro ruas e a comunidade aguarda a tal da salvação.
A administração do ‘jacu’ está construindo uma lan house com a convicção de que se trata de uma obra suprema para a cidade. A opinião dos moradores não teve a menor importância e valor. Coisa procedente da arrogância de quem ocupa um posto de mandatário, achando-se o salvador da pátria.
A quadra da Barão é uma coisa infame encravada no centro da cidade. Uma quadra descoberta, feia, horrorosa e que se tornou um desserviço à comunidade em todos os sentidos. Os moradores e a comunidade merecem uma obra decente e digna naquele local. Aqui, fica clara, a indiferença e a incapacidade das administrações do jacu/macaco diante dos problemas do município de Ipirá.
Observe, que só toquei nas questões físicas. Afirmando que o problema principal e mais importante é o ser humano que mora nesse ambiente físico, ficamos a lastimar a vergonhosa posição do município de Ipirá: 4683º. entre 5564 municípios brasileiros, nas variáveis Educação, Saúde, Trabalho & Renda avaliados pela FIRJAN.

Resta-nos, contudo, refletir sobre os versos do poeta:

"Nós vos pedimos com insistência:
Nunca digam - Isso é natural
Diante dos acontecimentos de cada dia,
Numa época em que corre o sangue
Em que o arbitrário tem força de lei,
Em que a humanidade se desumaniza
Não digam nunca: Isso é natural
.”