sábado, 22 de dezembro de 2018

OH, MOLEZA!

Choveu em Ipirá, para alívio da Zona Rural e da Prefeitura Municipal, que não têm que se preocuparem com carro-pipa. Oh, alívio!

Muita chuva na horta da macacada, que vai ter safra de candidatos em 2020. Pelas bandas da jacuzada, está chovendo raios, coriscos e pragas em cima da cabeça do prefeito Marcelo Brandão, o homem está inventando a roda quadrada em Ipirá, está vendendo, alugando, dando, ninguém sabe ao certo, a Praça do Mercado, dizendo ele que é privatizando, para o dono cobrar estacionamento. Vê se pode uma bagaceira dessa!

Mas como o assunto dessa postagem é para falar de chuva, depois voltaremos à praça. Ai fica a macacada tomando banho na chuva, achando que vai ser ‘sopa no mel’, por isso, é que em 2020 vai sangrar candidato.

Dudy já se apresenta como tal ou com tal disposição, já está nadando em alto mar. É o nome da vez! Pensando bem, foi o grande balão de ensaio nas duas últimas eleições municipais, depois, esvaziou e perdeu altura. Agora, nada a braçadas largas, pensando ele, que é mar de calmaria, poderá estar cansado na virada do ano de 2020 e virar um folclórico: “nada, nada e morre na praia.”

Aníbal comeu carne de pescoço na última eleição, segurou o trampo e comeu o “pão que o diabo amassou.” Como 2020 promete ser ano de filé mignon; mesmo antes de entrar na onda, já tomou um canto de carroceria que está prá lá de Bagdá, só não enxerga quem não quer ver. Se em política houvesse consideração, seria o candidato natural, mas como vão colocá-lo na parede, ou melhor, no paredão com uma pequena questão: “você tem um milhão para gastar na campanha?” Não! Tá fora! Engraçado, na eleição passada não jogaram esse jogo.

Diomário é o mais sério concorrente. Diz que não quer, querendo. Diz que não tem interesse, tendo. Diz que não tem mais saúde, e anda todo dia da Praia do Forte ao Bonfim. Vocês acham que é só para pagar promessa? É o grande líder sem voto da macacada, porque pensa mais do que todo o restante junto. Não será surpresa, na virada do ano novo, lá em 2020, tá toda macacada, clamando um “volta Dió” e o distinto, com aquela cara de Mané da Arueira arrependido dizer: “eu não queria de jeito nenhum, mas desde quando, vocês estão querendo; eu aceito.”

Jurandy; é aí que mora o perigo. Parece remédio com validade vencida, mas tratando-se de eleição, apresenta-se como a salvação para qualquer doença. Sem chance, é carta fora do baralho. Quando todos pensam que ele se afogou, eis que surge o corpo ainda com vida, apresentando o nome de Nina e fazendo um redemoinho nas águas tranqüilas da macacada.

Antônio, o eterno líder, já foi como candidato. Não é bobo, sabe que tem muito mais vantagem sendo 'bombeiro salva vidas' na praia, do que como prefeito de Ipirá. Sabe que o custo-benefício está nas alturas; dando preferência, ninguém é menino, ao benefício sem custo. Isso não é campeonato de amador, é jogo de profissional.

PT é a estrela da esperança, que se derreteu na maionese. Taí uma coisa que eu não acredito: “PT na cabeça.” É mais fácil dá um sagui da mata da Caboronga, do que o PT de Ipirá receber uma candidatura de prefeito da macacada. Até a vice tá comprometida e difícil, porque na vice da macacada tem uma faixa: “Prêmio de Consolação” para ser entregue a Aníbal ou ao Renova, em último caso, ao PT.

Renova, oh coitado! Caiu no conto do vigário! Escorregou numa casca de banana e se enforcou num pé de melancia. Eu pago pra vê Dudy garantir a vice ao Renova! Nem a pau! Eles trituraram, desintegraram e acabaram com o Renova. Uma lástima.

O ano de 2020 será fatal para os candidatos à vereança (próximo assunto). Que venha vinte vinte (20 20) (20 – 20) (20 + 20) e Ipirá amarrado no século 20 graça aos arroubos e aos mal feitos do jacu e macaco. Pense em duas parangas!

sábado, 8 de dezembro de 2018

CARTAS SOBRE A MESA


O sistema de poder oligárquico em Ipirá é bilingue (jacu e macaco); tem a configuração de uma moeda (cara de macaco e coroa de jacu); tem o acirramento do Ba-Vi, a rixa do Fla-Flu, a rivalidade do Inter-Grêmio, a briga do Cruzeiro-Atlético, tem tudo isso aí junto e misturado. Tem ABCD: altercação, bandalheira, competição e discussão.Tem de E a Z. Tudo isso prá quê?

Primeiro, para ludibriar a população e jogar o povo na frigideira da Rádio Sociedade. Segundo para decidir quem toma conta de dez milhões de reais mensais que é depositado na conta da prefeitura. Tem gente que pensa que esse garangau é peteca para ser jogado prá lá e prá cá, até cair no bolso do brim. A Polícia Federal não pensa assim.

Essa dupla (jacu e macaco) reveza-se no poder. Agora come eu, depois come tu; assim vão conjugando o verbo mamar. São poucos os felizardos, contado nos dedos, meia-dúzia na macacada e uma mesa de dominó na jacuzada (duas duplas de dois) ou quantos tiverem na família. Esse disco é de vinil tocando bolero da década de 1940.

Ipirá é um curral eleitoral. Tem o fazendeiro, o dono da boiada, todo imperioso, soberbo e altivo, que tem credencial para ser coronel, cacique, líder político, prefeito. É o dominador dessa casa de Noca, chamada prefeitura. Faz das tripas coração para chegar ao poder. Toma pó de café misturado com água e sem açúcar; engole uma talagada de Abaíra sem pestanejar; aperta as mãos querendo soltar. Não é do ramo. Não conhece o gado. Tá metido numa embrulhada; tem no calo o financiador, o agiota, o eleitor, o cabo-eleitoral e o vereador. Ah! O vereador.

No curral eleitoral chamado Ipirá, tem uma figura chave, essencial e mais importante: é o vaqueiro. É ele quem corre atrás do gado dentro da caatinga, reúne a boiada e leva para o matadouro eleitoral, que funciona de quatro em quatro anos.

O vereador é o assistente social mais próximo; a capa de chuva e o guarda-sol mais requisitado; é o pára-brisa da sociedade; o doador de sangue A, B, e O universal. Toma lá, o que tu queres; dá cá o teu voto. Isso custa, custa muito, dinheiro e sacrifício. O vereador pegou esse vício e o vício pegou o vereador. É um louco varrido.

O vereador é a peça chave e imprescindível do sistema oligárquico. É a pilastra de sustentação do edifício das oligarquias do jacu e macaco. É o maior mantenedor do esquema dos chefes políticos locais. Sustenta, garante e mantém a votação necessária e imprescindível das lideranças políticas da macacada e jacuzada.

O vereador é quem conhece o eleitor, sabe onde ele mora, está no seu dia-a-dia, amparando-o e buscando resolver e solucionar suas dificuldades, principalmente, no campo da saúde e do financeiro. Aí está o grande problema. Quanto custa manter esse eleitorado? Os olhos da cara. Bancar esse esquema é barril.

O que seria do grande líder (jacu ou macaco) sem o vereador? Seria a mesma coisa do fazendeiro sem o vaqueiro. Um perdido. O vereador é quem conhece o eleitor como a palma da sua mão. Sabe da sua dor, da sua conta, da sua falta. O vereador é aquele que tem credencial para ser cabo-eleitoral, mas, nunca, jamais, nem pensar, em ser prefeito. É a maior força, mas não sabe a força que tem.

Ah, se o vereador soubesse a força que tem! Seria o manda-chuva, o intendente, o superintendente, o prefeito de Ipirá. Seria muito mais; seria o líder Luís Carlos e o líder Antônio juntos; seria mais dos que os dois colados e encangados. A união desses 15 vereadores, somados com mais meia dúzia de candidatos à vereança, controlam, hoje, em Ipirá, mais de 30 mil votos; deixando fora da balança de controle, apenas 5 mil votos. Seria madeira de dar em doido.

Sendo o vereador o dono do voto, porque eles não partem para o vamos ver? Por dois motivos: porque existe uma contradição clara entre eles, brigam e disputam o mesmo filão de ouro, a mesma matéria-prima: o voto, o eleitor.

Segundo, porque o voto é garantido pelo tal do ‘serviço prestado’, apelido do clientelismo, e isso custa dinheiro, muito dinheiro. O clientelismo é um dilapidador de recursos, não tem dinheiro que dê, nem a Casa da Moeda suporta esse tranco.

O custo desse gasto aperta o vereador, que aperta o poder público para bancar o custo operacional, se o vereador é da situação. A sentença de morte que afasta o vereador de qualquer pretensão ao cargo executivo é a frase: “só ganha eleição quem tem dinheiro.” O vereador gasta dinheiro para manter o voto. Já foi.

O vereador sofre a pressão, marcação e calor do eleitor; ele pressiona o candidato a prefeito; ele pressiona o gestor municipal para manter a sustentação do clientelismo. O vereador não consegue escapar desse sistema de puxa-puxa e repuxa, de pressão prá lá e prá cá, sendo que, todos estão dentro da mesma armadilha. O preço é caro, oneroso, impraticável e complicado, mas tudo é pago, para o bem e para o mal, pelo município de Ipirá. Não tem prefeito que fique em pé. Adeus, Marcelo Brandão!

sábado, 1 de dezembro de 2018

ENTRE A BIGORNA E A MARRETA


A doença de Ipirá não é terminal. Graças ao bom Deus! É daquelas que o doente vai penando, penando e continua penando até bater a caçuleta. Queira Deus que isso nunca aconteça!

Essa doença é terrível. Terrível porque parece que não tem cura. O paciente vai e não vai e o pior, não vai e nem fica; piora.

Esta doença se estabeleceu há mais de meio-século e o paciente fica em crise profunda em todo período eleitoral. Neste período, ela é altamente contagiosa, igual a visgo de jaca, tocou, pegou e grudou.

No período eleitoral, bactérias se espalham por todo o município, que estando bastante fragilizado economicamente, socialmente e culturalmente, abre espaço para o contágio da bactéria politicus, do gênero politicagenus, da família oligárquicus, de uma maneira que não tem penicilina que dê conta.

O corpo municipal, encontrado-se sem anticorpos, fica vulnerável para as bactérias do jacu e macaco que se espalham com o apoio de 1 a 2 milhões de reais, ou mais, numa campanha milionária e com força e capacidade para um contágio dilacerante. Não fica nada em pé, nem ao menos algo que se contraponha a essa doença cavernosa.

Com uma simples frase: “candidato para vencer as eleições em Ipirá tem que ter dinheiro!” Os dois candidatos do jacu e macaco viram fantoches nas mãos do financiador, do eleitor, do cabo-eleitoral, dos candidatos à vereança, dos vereadores, do agiota. Ah, do agiota! É aqui que o cão vê a cor do inferno.

Tem candidato que fica com uma dívida de mais de um milhão com a agiotagem. Se perder a eleição vende o que tem e não dá para pagar. Se ganhar o pleito eleitoral acontece a desgraceira, pois, todos querem que a prefeitura pague a conta da campanha.

É isso que está acabando com o município de Ipirá. O dinheiro público tem que bancar as despesas de campanha, as vantagens dos amigos e a máquina pública do jacu e macaco, que é cara e onerosa. Garantir votos com clientelismo e bancar a mordomia da cúpula administrativa coloca Ipirá no buraco, por contraditório, vivo, porém penando para morrer.

O prefeito atual, Marcelo Brandão está atado dos pés à cabeça. Sem ter como fazer virou um ‘vendedor de ilusão’: fechamento da praça José Leão para transformá-la em nova praça de eventos e com recuperação do Mercado de Artes. Esse coffee break vai custar uma safra de café para exportação!

Fechamento da Barão para construção de um novo ginásio de esporte. Novo fechamento da Praça da Bandeira para uma nova fachada. Entrada da cidade em alto estilo. Tudo conversa pra boi dormir.

O Puxa está cercado, encurralado e modificado. Faltou dinheiro para a finalização. A desculpa: agora vai porque uma empresa ganhou a licitação. E daí? Não vai ter que pagar? A empresa vai fazer de graça ou vai ficar o rombo e o problema para a próxima administração? Desculpa esfarrapada.

O prefeito Marcelo Brandão está vivendo de marketing para iludir os ingênuos. Suas obras estão capengando, virando novela e drama para a população.

O calçamento do final da rua Riachuelo não suportou uma chuva de 40 mm; o asfalto da avenida RGS tem um poste e um buraco grande na pista recém inaugurada; um simples serviço de derrubada de árvores mortas, sem a devida substituição por outra, é bom que se diga, detonou o gradil da Igreja Matriz (29-11-18). O prefeito Marcelo Brandão vai terminar o mandato e não vai reparar esse dano. Prestem bem atenção!

O prefeito Marcelo Brandão pensa, que é o dono de Ipirá, mas não é, nunca foi e não será; quer ser o Boca de Zero Nove, mas não é; apresenta-se como o Salvador da Pátria, aquele que tem a receita para salvar o município, mas não tem; acha-se o maior prefeito que já administrou essa terra, mas está longe de sê-lo; pensa, que o povo de Ipirá come o seu H de maquete, marketing e obra virtual. Mas, menino, ninguém é besta!

A população de Ipirá não exige muita coisa não, do prefeito Marcelo Brandão! Quer, simplesmente, que ele desça das nuvens e ouça o povo. E para isso, ele não vai gastar um centavo do cofre público.