Estilo: ficção
Modelo: mexicano
Natureza: novelinha
Fase: Querendo imitar Malhação, que não acaba
nunca, sempre criando uma fase nova, agora é a do prefeito Marcelão.
Capítulo 45 (mês de fevereiro 2018)(atraso de
um ano e 7 meses) (um por mês)
O prefeito Marcelão estava obstinado na
busca de dez milhões de reais. Digo eu que: “ele estava encegueirado por esta
grana”. Andou por Brasília com uma cuia na mão, nada conseguiu. Fez protesto em
Salvador, sentando na porta da governadoria, com duas cuias, uma na mão outra
no chão; fazia pena, todos sentiam dó daquela figura moribunda e triste, bem no
meio da passagem, no centro da porta, na centrosfera, simplificando e resumindo
tudo, na única porta de entrada e saída. Não tinha como o governador não vê-lo
e reconhecê-lo.
O governador Costa, ao término do
expediente, saiu com um cordão de puxa-saco, na passagem, de costa ficou, de costa
manteve-se, de costa saiu e não visualizou o prefeito Marcelão; seus puxas
acompanharam o rei, digo, governador.
O prefeito Marcelão retornou para sua
terra. Sem apoio e guarida em outras paragens, restava-lhe a sua querida e abençoada
terra, que ele tanto ama. E para que ele quer dez milhões de reais? Para a sua
amada terra.
Se a cuia não resolvia, um empréstimo o
salvaria. Faria de sua amada terra uma beleza estonteante; uma alegria a toda
hora e uma felicidade a cada instante. Ainda que assim fosse, aparecia os que
se colocavam contra. Na contramão estava o Matadouro.
Nada mais elucidativo, do que uma
conversa; uma conversa amistosa torna-se uma conversa elucidativa. O prefeito
Marcelão saltou do carro oficial e saudou o Matadouro:
- Bom dia, boa tarde e boa noite, seu Matadouro!
Seu Matadouro! Eu trato Vossa Pessoa tão bem; eu tenho um tratamento VIP para
com a Vossa Pessoa e não entendo porque Vossa Pessoa é contra a minha pessoa; por
que Vossa Pessoa é contra o empréstimo de dez milhões de reais que minha pessoa
quer tomar?
- Prefeito Marcelão! Pensando bem
pensado, V. Exa., com essa grana, pode querer fazer o que nenhum prefeito, do
jacu e do macaco, neste meio século, conseguiu fazer: botar o Matadouro pra
funcionar. Aí vai sobrar pra mim.
- Ora, ora, seu Matadouro! Vossa Pessoa
tá abilolado, tá ficando doido e lelé da cuca. Vê lá se eu vou botá matadouro
pra funcionar? Nunca. Quem inventou essa porcaria que dê jeito e quem escreve
novelinha com matadouro, pode ir se preparando para escrever mais quatro anos
até virar um dramaturgo no quilate de um Dias Gomes de tanto escrever novela.
- Não diga isso não, porque essa
novelinha já está no site:
https://www.amazon.com.br
para adquirir o eBook ‘A PRAÇA DA BANDEIRA E OUTRAS BANDEIRAS’.
Obrigado e boa leitura e tem mais, não me
chame de porcaria não, porque aqui não vai entrar nenhum porco para ser
abatido. Se não é um empréstimo para a obra mais importante, crucial e
imprescindível do município, que sou eu, o El Matadouro, então é para a Casa do
Estudante?
- Sem essa, seu Matadouro! Qolé Casa do
Estudante! Achas tu, seu Matadouro, que la eu vou fazer la casa de los
estudantes? Prá juventude eu vou fazer é festa. Tá entendendo seu Matadouro! É
festa e nada mais do que festa. Basta a biblioteca espetacular que eu fiz no
Puxa. Lá o jovem vai ficar mais sabido do que coruja em cima de toco, então,
esqueça essa coisa de casa de estudante.
- Uma biblioteca sem livro, quem já viu
um troço desse? Então os dez milhões será para o Mercado de Artes?
- Ora, ora, meu prezado Matadouro! Aquela
Praça do Mercado de Arte não pertence mais ao município, aquilo lá, pertence a
uns amigos meus; aquele mercado é com eles lá, a minha parte era passar a
marreta naqueles abrigos, isso eu já fiz, agora é com eles.
- E os dez milhões reais vão para onde,
prefeito Marcelão?
- Eu vou lhe dizer agora, seu Matadouro!
Eu vou calçar a sua rua morador de nossa cidade. Vou calçar a Primeira Travessa
da Daniel Ferreira, porque aquela rua vira lama quando chove e é uma poeira
terrível na época seca. Já mandei colocar o cascalho naquela rua, só falta o empréstimo
de dez milhões de reais para ajudar no calçamento. Vou calçar as ruas dessa
nossa cidade com um calçamento que eu vi em St. Remi na França.
- Aí é que mora o perigo, prefeito
Marcelão! Suas estradas rurais são feitas com tecnologia de Santa Catarina e
não suportam duas chuvas; esse calçamento europeu permeável e esponjado não
guenta uma trovoada; essa recuperação d Mercado de Arte à prova de fogo ...
- Pode parar, seu Matadouro! Já sei que
Vossa Pessoa vai falar da casa do estudante e eu vou adiantar aqui, agora, a
partir de janeiro de 2021 eu vou fazer as obras que eu não tive condições de
fazê-las nesse primeiro mandato, para isso eu preciso desse empréstimo. Entendeste
bem, seu Matadouro?
O Matadouro observou bem observado, mas não
acreditava naquilo que ouvia, então, ficou aquele
Suspense: Veja que situação: A novelinha tá
de correria, quer chegar à janeiro 20 sem nenhum capítulo em atraso. Um
matadouro querendo ser obra e um prefeito querendo não ter problema! Onde vai
parar uma desgraça dessa? O que é que eu tenho a ver com o desentendimento do
prefeito Marcelão com o matadouro?
O término dessa novelinha acontecerá no dia
que acontecer a inauguração desse Matadouro de Ipirá. Inaugurou! Acabou na hora,
imediatamente! Agora, o artista é o prefeito Marcelão, que foi grande
divulgador da novelinha É de ROSCA pela FM.
Observação: essa novelinha é apenas uma
brincadeira literária, que envolve o administrador e o matadouro e, sendo
assim, qualquer semelhança é mera coincidência. Eles brincam com o povo e o
povo brinca com eles
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