domingo, 24 de maio de 2020

RESULTADO POSITIVO

Os casos da Covid-19 no Brasil passaram de 350 mil, com mais de 22 mil mortes. Na Bahia são mais de 13 mil casos, com 413 mortes.

São números que significam um aspecto revelador de consternação e aflição. Os testes confirmaram para Covid-19 a morte do caminhoneiro de Ipirá. O falecimento ocorreu na UPA- Ipirá, dia 19 de maio, às 13 h.

Grande parte da população de Ipirá tinha assinalado nesse sentido, colocando-o como o primeiro caso de óbito pela Covid-19 em nosso município,

O prefeito Marcelo Brandão reagiu de caso pensado, com o objetivo de desfazer e desmerecer as pessoas de maneira provocativa e, até mesmo, indigna, negando o direito de opinião e divulgação de um fato de interesse público e um caso de saúde pública,

O prefeito Marcelo Brandão afirmou com muita arrogância que as pessoas não tinham nenhum conhecimento e capacidade para afirmar e plantar notícias com estas particularidades nas redes sociais. As pessoas estavam certas e o prefeito MB completamente equivocado.

O prefeito MB não pode agir por impulso. Para ele, tudo o que se fala é politicagem barata e nojenta. Nem sempre é dessa maneira, prefeito MB! Evidente, que todos nós devemos evitar e não aprovar, em nenhuma hipótese, o fake news, mas os acontecimentos e ocorrências relacionadas ao coronavírus devem ser divulgadas de forma séria e diligente para que se evite o mal maior.

O prefeito MB tem um propósito em mente, por mais que o negue ou relativize, que é a sua reeleição ao cargo que ocupa, nestes meandros, canaliza tudo para o lado da disputa eleitoral, tanto os atos alheios, como os seus próprios.

O prefeito MB quer ser o ‘Salvador de Ipirá’; o grande herói que enfrentou e botou prá fugir o coronavírus; o grande guerreiro que tomou todas as medidas eficientes para dar uma paulada fatal na cabeça desse grande monstro invisível, chamado coronavírus.

O inimigo é muito invisível. Por mais que o prefeito MB imagine-se o super-prefeito, apenas tomou as medidas possíveis, nada além disso, Qualquer óbito não pode ser colocado na conta do prefeito. É muito mais fruto da deficiência do sistema de saúde público local, comandado e controlado pelos interesses particulares da saúde, conduzidos pelos grupos jacu e macaco.

O prefeito MB tem que entender que seus arroubos retóricos não são suficientes para calar as pessoas, nem botar o vírus em fuga, com o rabinho entre as pernas.

O prefeito MB tem que entender que em Ipirá existem 471 casos monitorados e que os bolsões de aglomeração de pessoas continuam firmes e fortes na cidade de Ipirá, nas filas dos bancos, principalmente CEF, lotéricas; na Praça do Mercado; no Calçadão; no Centro de Abastecimento; nas quartas-feiras; pelas manhãs.

Isso tudo é um barril de pólvora virótica, necessário que apareça só uma pessoa para acender o pavio; que não aconteça, seria um caos completo.

Caso acontecendo, a UPA é a unidade de saúde menos indicada para o atendimento, pelas implicações; a ala do hospital é para onde deve ser encaminhado o paciente. Depois, restará a regulação. O melhor conselho é ‘Fique em Casa’.

A atenção e a vigilância permanente da população são de grande valia para o combate ao coronavírus. O prefeito MB não pode ficar sozinho nessa tarefa gigantesca para derrotar um inimigo que não sabemos onde está, nem mesmo o prefeito MB, que se o soubesse já teria esmagado o elemento sanguinolento com a sola de sua bota de super-prefeito, pelo menos em sua cabeça.

quarta-feira, 20 de maio de 2020

CONTROVÉRSIA DO PREFEITO MARCELO BRANDÃO


Rádio FM, quarta-feira (20/5), o prefeito Marcelo Brandão rebate de forma enfática e incisiva a notícia que tomou conta da cidade de Ipirá no dia anterior: IPIRAENSE, CAMINHONEIRO, COM SINTOMAS DE COVID-19, MORRE NA UPA DE IPIRÁ.
O prefeito MB bateu três vezes na bancada e negou; ao mesmo tempo em que, lascou o X na oposição e nas pessoas que anunciaram a morte do caminhoneiro, devido ao coronavírus: “São pessoas sem nenhum conhecimento, sem nenhuma condição de falar sobre o assunto...”
Revivendo o caso: o cidadão veio do Pará, apresentou os sintomas da doença, foi para a UPA, onde faleceu. Grande parte da população acha que foi o coronavírus.
O prefeito não confirmou. O paciente estava na UPA passando por tratamento para restabelecer sua saúde, que apresentava certa instabilidade, com grave descompensação e com comorbidades. Através de avaliação médica foi indicado a sua transferência para um hospital de maior porte. Nem uma coisa nem outra, veio a óbito.
Por que o paciente não foi transferido para o Hospital de Ipirá, que possui uma ala com respiradores prontos e preparados para atendimento, como disse o prefeito MB?
Por que colocaram o paciente num cadastro na Central de Regulação do Estado e não aconteceu a transferência?
Por que fizeram a coleta de material para o teste de coronavírus, quando o prefeito MB negou com tamanha presteza o contágio? O paciente morreu.
O prefeito MB entrou em controvérsia e em rota de colisão com a verdade verdadeira. E agora José, quem está falando a verdade, o prefeito ou as pessoas? Quem tem gabarito para falar sobre o assunto, o prefeito ou as pessoas? A morte do caminhoneiro foi proveniente de Covid-19 ou não?
Para o prefeito MB, quem passa a informação correta são os meios oficiais de comunicação. O prefeito MB utilizou-se do ‘argumento de autoridade’ e enfatizou a maldade das pessoas ao ligar a morte do caminhoneiro ao Covid-19.
O prefeito Marcelo Brandão não perdeu tempo; mordeu e atacou a oposição. Aproveitou o momento para fazer sua campanha. Elogiou o próprio cangote e colocou como fantástico o atendimento da saúde em sua gestão, que teve um investimento de um milhão de reais e está funcionando de forma espetacular, como nunca aconteceu nestes doze anos da administração da macacada que foi um caos, que deixou tudo sucateado. Na sua administração é outra realidade, até semi-UTI ele providenciou.
O prefeito foi enfático e pintou um quadro favorável ao seu ponto de vista; se essa crise do coronavírus tivesse acontecido no governo da macacada isso aqui seria uma catástrofe, um verdadeiro inferno, mas com a condução eficiente de sua gestão, isso aqui está uma tranqüilidade, um céu. No céu do prefeito MB não tem óbito. O prefeito MB joga com aquilo que ele é bom, com as palavras.
O cidadão veio a óbito, nossas condolências aos familiares. A Regulação da Saúde do Estado é uma espécie de corredor da morte, fruto da limitação da saúde deste país ou da excrescência de algum burocrata. Se a saúde de Ipirá é tão excepcional, como diz o prefeito, porque ainda precisa de se sujeitar à regulação?
O caminhoneiro não fez o teste rápido? A ótima saúde de Ipirá não faz esse teste?
E se o teste for positivo? O que foi que aconteceu? Qual foi o problema? Por que não foi para o hospital de campanha local?
A trajetória da pandemia em Ipirá começou com seis casos de contaminação na nossa comunidade; em seguida, levamos quase 30 dias sem nenhum caso; agora, uma morte (suposta) pelo coronavírus (o prefeito nega) a população afirma.
Aglomeração de pessoas é a melhor situação para o coronavírus se expandir. Em Ipirá, a população enche as ruas pela manhã. Foi e é um grande sucesso as filas da CEF, dos bancos e lotéricas; a Praça do Mercado, o calçadão da Farmácia Santana, o Centro de Abastecimento, o dia da feira livre são bombas biológicas de alta potencialidade. Fique em casa, não dê mole para o perigo.
Enquanto isso, quando o Brasil atinge mais de mil mortes em 24 h, o presidente Bolsonaro ironiza e desce aos porões do protocolo: ”Quem é de direita, toma cloroquina; quem é de esquerda, tubaína”.
Tomando dois litros de tubaína para fazer uma pergunta sobre a saúde: por que os gestores do jacu e macaco não colocaram duas ambulâncias do SAMU para funcionar em nosso município? Por quê? Tomem cloroquina e respondam.

quarta-feira, 13 de maio de 2020

CÂMARA DE VEREADORES DE IPIRÁ


Para que serve a Câmara de Vereadores de Ipirá? Qual é o papel da Câmara Municipal em Ipirá? O que a população ipiraense pode esperar da Câmara de Vereadores?

Cada cidadão tem a sua noção, mas numa resposta bem simples e direta, podemos afirmar que a Câmara Municipal é o órgão legislativo do município, serve para fazer as Leis do município. É um poder independente, autônomo e harmônico; ao tempo, que tem que atuar com ética e dentro dos parâmetros democráticos.

Na prática, a Câmara de Vereadores de Ipirá é o coração do sistema Jacu/Macaco. Tornou-se um apêndice do Poder Executivo, que é conduzido e controlado pelas oligarquias locais. Com o estabelecimento e atuação da maioria dos vereadores da situação virou um puxadinho do prefeito de plantão.

Diante dos acontecimentos atuais, com uma crise sanitária avassaladora e a economia entrando em crise profunda, com o aumento do desemprego, queda na renda das camadas populares, com a miséria e a fome se alastrando e agravando-se na sociedade brasileira; evidente que Ipirá não está, nem ficará livre desse quadro generalizado.

A arrecadação municipal em Ipirá (como em todo o país) vai cair de forma acentuada. A prefeitura vai começar a atrasar salários dos funcionários, seja quem for o prefeito. A questão social, em Ipirá, mostrará sua fragilidade, sua precariedade e seu desespero. A política do jacu e macaco tornou-se tóxica para qualquer mudança na sociedade, pois terá que atingir os interesses privados.

Os interesses particulares e privados dos grupos jacu e macaco não abrirão mão e não deixarão que os verdadeiros interesses da maioria do povo de Ipirá sejam atendidos.

Para a nova Legislatura (2021/2024) é mais do que necessário que a população eleja vereadores que estejam dispostos a lutar e defender os interesses da maioria da população nessa nova e difícil situação pós-pandemia do Covid-19.

A Câmara Municipal é composta por representantes do povo escolhidos através do voto do eleitorado. Ninguém entra pela janela ou pelo basculante. O eleitor é quem escolhe o seu representante.

Por isso, buscamos o apoio do povo ipiraense para o fortalecimento do nosso quadro de pré-candidatos à vereança em nosso município. O PCdoB e o PDT firmaram um compromisso e unificaram uma posição em torno do ‘Movimento 65’ e está apresentando os seguintes pré-candidatos(as) para a Câmara de Vereadores de Ipirá.

01.Deliane Santos – Secretária Acadêmica.
02.Jeane Alencar – Professora / Sindicalista.
03.Lucivone Moraes – Func. Pública / Sindicalista.
04.Luma Gusmão – Psicóloga
05.Marina Sodré – Educadora / Ativista social.
06.Mary Soares – Pedagoga / Ex-coordenadora do CIRETRAN de Ipirá
07.Mônica Freitas – Bibliotecária.
08.Selma de Bibao – Produtora Rural

Observação: pela Lei Eleitoral é obrigatório a apresentação de 30% da chapa composta por mulheres. Uma agravante: colocar candidatas só para preencher as vagas (candidata-laranja). Acredite se quiser, nenhum outro partido conseguiu formar uma chapa de mulheres sem a utilização de laranjas.

09.Binho de Vavazinho – Mestre em Educação / Pedagogo
10.Carlos (Cal da Antena) – Eletrotécnico.
11.Emerson de Aníbal – Contador.
12.Josué Santana (Thor) – Enfermeiro.
13.Valter Jr. – Contador.

Atenção: Temos mais dois filiados que estão para decidir se serão ou não pré-candidatos. Estamos aguardando, até com certa ansiedade, pois a perspectiva da soma dos dois representa mais de mil votos. Terei a imensa satisfação em anunciá-los, em breve, assim espero.

Adiantando as novidades desse quadro de ‘possíveis candidatos,’ que com apoio do povo, vamos eleger vereadores(as) estão o CONSELHO DE MANDATO e as ASSEMBLÉIAS DE MANDATO, que serão uma abertura para a participação popular e contribuirão para o aprimoramento e um bom mandato do vereador(a) eleito(a), com apoio popular.

Para prefeito, o apoio será dado à coligação denominada: ‘Ipirá Livre”, a tão necessária 3ª. Via, com a coligação PT, PDT e PCdoB. O apoio da população é importante nesta trajetória complicada que estamos vivendo.

sexta-feira, 8 de maio de 2020

MANIFESTO AOS IPIRAENSES E MORADORES DO MUNICÍPIO DE IPIRÁ (parte 2))

(Segunda parte) fique em casa e leia esse manifesto.  

Considerando que Ipirá está dentro desse contexto de dificuldades atuais; o setor manufatureiro do fabrico de carteira, também, já está sofrendo com a paralisação da produção, diante da queda do consumo nos grandes centros. No Malhador não se bate mais martelo, a produção está paralisada. O desemprego se anuncia no setor.

O comércio de Ipirá não terá vida fácil. A crise tem um significado de queda na demanda. As vendas cairão em vários segmentos. Com uma clientela substancialmente local, o que demonstra a relativa estreiteza do mercado no nosso município, que sem dúvida, sofrerá com o atual quadro de queda drástica na renda da população, devido ao desemprego e a pauperização das camadas populares, que cairá no círculo do reino da necessidade.

Dificilmente haverá dinamismo relevante no setor comercial à curto prazo. As dificuldades estarão mais presentes no conjunto desta atividade econômica, o que gerará desemprego e falências.

A economia de Ipirá vai engatar uma macha-ré. Voltaremos a uma base econômica primária, com a pecuária sendo a principal atividade econômica do município. Será uma questão vital. Ainda mais, se levarmos em conta, a condição da precariedade diante dos períodos de estiagem.

A questão social está alinhavada com a situação econômica. Com o desemprego e a falta de renda, a situação de pobreza se aprofundará. Nestes três meses, esse quadro de pobreza será amenizado com o Auxílio Emergencial. Depois disso, a população ficará entregue à própria sorte; se sorte existir.

Eu quero atingir a sua alma, a sua sensibilidade, principalmente a sua razão, porque a sua atitude e ação tem um papel relevante e imprescindível para a busca de uma saída neste quadro de dificuldades.


Sem bico e sem um trocado para o alimento, a fome baterá na porta das famílias. Aparecerão as filas para o sopão e para a cesta básica. Se a situação do agora é de precariedade; o amanhã será uma situação de agravamento e insuficiência para as camadas populares.

Se Ipirá não incorporar a solidariedade sem interesses eleitoreiros, no seu corpo social, teremos a gravidade do social ao extremo.

É uma situação antiga dentro de um novo formato para o nosso município, com toda a sua gravidade. O retrocesso e crescimento ampliado do empobrecimento constituem um novo e complexo contexto no município e está  acontecendo desde já, no mais breve espaço de tempo e para um longo período.

Aí vem a questão política municipal em um ano eleitoral, que poderá ter eleições adiadas pela gravidade do momento atual.

Para que serve a política? Não tenham duvidas, que é para atender e resolver as demandas e os problemas da comunidade. A situação desfavorável que está começando poderá se projetar por um largo período, a depender de ações que sejam colocadas em prática no presente. É ai que mora a importância da política;

Ipirá tem novos, graves e complexos problemas sócio-econômicos para serem compreendidos, ajudados e resolvidos através do Poder Municipal. Neste novo e tenebroso momento, cheio de problemas novos, nada será como antes. É uma nova situação em Ipirá. Qual é a política para esse enfrentamento? Para que serve a Prefeitura Municipal?


Quem vai responder a essa nova problemática no aspecto político? Quem se coloca com disposição e seriedade para enfrentar e buscar a solução desse problema? Quais são as alternativas que estão à disposição da sociedade para buscar uma solução?

Ipirá está acorrentado e amordaçado a um sistema oligárquico, que se apresenta de forma bipolarizada, como jacu e macaco.

A oligarquia do jacu é coisa de família e não tem nada a ver com as camadas populares. Tem o controle absoluto da família Martins. Está enraizada há mais de cinqüenta anos. Tem o compromisso infalível e sorrateiro com os interesses da família. A comunidade não representa nada diante da prioridade da satisfação do interesse familiar. Tem como postulante a prefeito, o atual gestor Marcelo Brandão.

A oligarquia do macaco tem o controle de um pequeno grupo (coisa de meia dúzia de pessoas) e não tem nada a ver com camadas populares. Tem um compromisso disfarçado e dissimulado com os interesses de uma cúpula que tira proveito pessoal do bem público. O postulante ao cargo de prefeito é o empresário Dudy.

Os interesses do povo de Ipirá se contradizem com os interesses privados de qualquer das duas oligarquias. Tem pessoas que carregam a ilusão de que a vitória eleitoral do jacu ou macaco representa a vitória do povo. Mera ilusão. O bem-estar é da cúpula oligárquica e de um pequeno grupelho de seguidores. A grande massa popular é colocada no esquecimento após o voto na urna.

O sistema jacu e macaco é um conluio de duas oligarquias que se revezam no poder municipal.

O sistema jacu e macaco é uma farsa. O individualismo e a ambição pelo poder destas oligarquias do jacu e macaco se amarram e se entendem no acordo implícito para usufruírem das benesses, das mordomias do poder e da receita municipal, principalmente do controle de dez milhões de reais mensais. É isso que cria ‘olho gordo’, movimenta e mobiliza os grupelhos que se aproximam do poder municipal. São interesses privados. Os interesses do povão são coletivos.

Para que tudo isso aconteça, necessário se faz, manter uma base eleitoral e a força para que isso aconteça dentro do controle das oligarquias é o trabalho e o clientelismo do vereador. Assim, torna-se possível o controle, o domínio e a manipulação da população. A regra é a alternância no poder. O objetivo é dissimulado, no fundo, trata-se de submeter a população aos caprichos oligárquicos.

O velho, manjado e obsoleto sistema jacu e macaco não tem como responder a essa problemática atual, por defenderem interesses individuais, particulares e privados e no momento, o que tem peso, o que está sendo destruído e machucado são os interesses coletivos de todo um conjunto de ipiraenses, de toda a comunidade, na sua totalidade e não de uma facção oligárquica da politicagem, seja jacu ou macaco.

Com esse manifesto eu procuro constituir um fato político de importância e de grande significado ou que tenha sentido para a vida da sociedade ipiraense; para sua vida, na condição de trabalhador e de cidadão com direitos oprimidos e reprimidos. Reflita, pare e pense.

quarta-feira, 6 de maio de 2020

MANIFESTO AOS IPIRAENSES E MORADORES DO MUNICÍPIO DE IPIRÁ (parte 1)


Necessário se faz; um entendimento claro deste momento excepcional em que vivemos. São tempos difíceis e de incerteza, com conseqüências duras e imprevisíveis.

Estou procurando mexer com você, com a sua sensibilidade, principalmente, com sua razão. Não podemos desistir da nossa responsabilidade com a vida e com a nossa sociedade diante desta nova situação que estamos vivenciando e que tende a se aprofundar.

O que vem pela frente? O mundo está sofrendo uma mudança repentina e intensa. Muita coisa vai acontecer.

O ataque de um vírus desestabilizou o mundo e trouxe a morte em série. Estamos vivendo uma grave crise sanitária no Brasil. Neste início de 2020, um vírus mostrou o seu poder.

A questão econômica mundial entrou em queda livre para o abismo. Tem cheiro forte de recessão ou depressão. Tem setores se estatelando no chão: aviação, turismo, grandes eventos festivos, etc.

O que esperar de um mundo, onde: ‘1% da população mais rica do globo embolsa o dobro da renda de 6,9 bilhões de pessoas (população mundial de 7,7 bilhões)?’

O PIB de muitos países está caindo igual a umbu no tempo de safra. É praticamente uma queda inevitável. E isso pode ir longe demais, não dá para se projetar um prazo de validade. Há uma porta aberta para a recessão em todo o mundo.

A produção sofre uma contração. As ações das empresas despencam na Bolsa de Valores.

A economia brasileira, que estava estagnada, com uma variação anual do PIB de 1% nos últimos três anos, depois de uma forte recessão em 2015 e 2016, agora, a situação torna-se mais crítica com o início da pandemia.

A questão social entra em parafuso, diante da enorme desigualdade existente e da grande concentração de riqueza em mãos de poucos. Como vai ficar o país em que: ‘seis (meia dúzia) brasileiros juntos concentram a mesma riqueza que os 100 milhões mais pobres do país, ou seja, 47% da população?’


O liberalismo não apresenta solução para estes momentos de crise aguda. Desemprego em crescimento, falta de renda, pobreza avançando à largas braçadas.

No Brasil, bem ou mal, o Estado assume as ações para minimizar a crise: promove o socorro financeiro de empresas em dificuldade e promove um AUXÍLIO EMERGENCIAL, por três meses, para mais de 50 milhões trabalhadores, podendo chegar a 97 milhões, metade dos trabalhadores em idade de trabalhar, que é de 162 milhões. Depois desses três meses? ...

A ingrisilhada não acaba aqui. Como se não bastasse a crise sanitária e econômica, o presidente Bolsonaro, um arremedo de governo, que está no lugar errado (Palácio do Planalto) na hora errada (crise na saúde), atua como um agitador de caserna, que cria e alimenta uma tensão política, querendo provocar uma crise institucional para atender aos seus anseios autoritários. A corda está ficando esticada. Tudo isso provoca uma grande inquietação.


O quadro que está pintando não é nada promissor. Estou tentando fazer uma análise de uma conjuntura que não vai desaparecer de uma hora para outra, nem se derreterá num único verão. Esse quadro indesejável poderá ter uma longa duração.


A economia de Ipirá, como em todo o Brasil, está sofrendo um baque e vai, sem dúvida, retroceder a um patamar de décadas do século passado. No nosso município, poderemos estar retornando a uma fase de economia primária, onde a pecuária voltará a ser a atividade econômica principal.

A questão número um e mais preocupante de Ipirá é a situação da fábrica de calçados, a maior empregadora do município. O que vai acontecer? Tudo pode ocorrer.

A fábrica vem atravessando um momento delicado, envolvida com uma recuperação judicial no colo, ao tempo que antecipou as férias coletivas e, agora, determinou dois meses sem atividade produtiva, com os trabalhadores em casa e recebendo salário com a ajuda da União (do Estado Nacional). Uma salvaguarda para o momento, mas um péssimo sinal para um futuro próximo.

O aprofundamento dessa crise poderá ser uma guilhotina para a fábrica. Não podemos descartar uma possibilidade de fechamento, embora não exista nenhuma decisão nesse sentido. Tudo poderá acontecer.

Quem vai definir o que virá pela frente é a situação da crise econômica mundial e brasileira. Se a recessão econômica se aprofundar, dificilmente teremos uma atitude diferente do fechamento.

Os operários(as) da fábrica têm que estar em alerta para qualquer eventualidade que venha acontecer. A união e a organização em torno do sindicato da categoria evitará possíveis prejuízos.

domingo, 3 de maio de 2020

IPIRÁ, MÊS DE MAIO, NENHUM CASO DO CORONAVÍRUS


Início de maio 2020, a incidência de contaminação pelo coronavírus no Brasil continua em ascensão. Estamos encostando em 100 mil casos confirmados, com quase 7 mil mortes.

Em Ipirá não tivemos nenhum caso confirmado desde o dia 22 de abril. Os seis casos anteriores estão completando 14 dias, sem um avanço extremo no quadro clínico. Isso é bom.

Eu digo: são duas ótimas notícias. Tem um significado de recuperação e nenhuma nova infecção. A população tem que manter a precaução para que não haja alteração deste quadro para uma situação indesejável e perigosa.

O perigo continua. A prevenção e a precaução continuam na ordem do dia. O prefeito Marcelo Brandão tomou medidas que contribuíram para evitar um avanço incontrolável no município de Ipirá. Vários decretos foram promulgados pelo prefeito MB, mantendo um vai e volta de acordo com a pressão de determinados setores da sociedade.

O melhor que a população pode fazer? Sem remédio, nem vacina; o isolamento e distanciamento social, juntamente com, uso de máscara e lavar as mãos com sabão e água, também, o uso de álcool gel. Caso a situação aperte, a quarentena. Em caso extremo e incontrolável, o bloqueio total, com medidas mais rígidas, no qual existem restrições à locomoção de pessoas.

A pior situação para a população? A aglomeração de pessoas. Em Ipirá, as medidas do prefeito MB não surtiram o menor efeito para evitar o ajuntamento e profusão de pessoas. Não serviram para nada; foram inócuas, ineficientes e incoerentes.

As filas da CEF, lotando um lado da Praça da Bandeira, são vergonhosas, desastrosas e indiferentes com a vida humana. Incentivaram abertamente a aglomeração humana, sem medidas antecipadas que servissem para prevenir um mal maior. Não tiveram outra opção razoável?

Na Praça do Mercado, a aglomeração de pessoas e ambulantes é o corriqueiro no dia a dia. Não tem quem consiga ordenar ou diminuir aquilo ali. Uma verdadeira bomba virótica. Só falta quem acenda o pavio.

A feira livre das quartas-feiras é a abertura e o escancaramento total da cidade, numa negativa de todas as medidas tomadas pelo prefeito MB, no sentido do isolamento social. Deixa a impressão que ele faz as coisas, seus decretos e toma atitudes sem pensar. Faz com as mãos e desmancha com os pés.

Todas as manhãs, a movimentação de pessoas é grande nas ruas de Ipirá. Pela tarde o movimento cai sensivelmente e à noite é bem menor do que pela manhã, bem menor mesmo; aí a ação do prefeito MB vem na forma de um decreto e impõe o ‘Toque de Recolher’ justamente no horário que as ruas estão praticamente vazias. Para fechar bar não é preciso desta medida.

O grande problema de Ipirá continua nestas aglomerações citadas. É uma chaga aberta esperando o que vem pelo ar. É aí que mora o perigo.