domingo, 14 de junho de 2020

AOS FUNCIONÁRIOS DA PREFEITURA DE IPIRÁ

O coronavírus está solto e avançando sem vacina, sem remédio e sem controle satisfatório no Brasil, que chegou à segunda colocação em mortes e casos no mundo. Caminhamos para 900 mil casos e 45 mil mortes.
Não é pouca coisa! Seria, por exemplo, a morte de todos os eleitores do município de Ipirá. Imagine, não ter ninguém para votar no jacu e no macaco! Aí, para muita gente seria o fim do mundo, num mundo que muita gente acha sem fim e não está nem aí para o coronavírus.
Em Ipirá estamos com 30 casos confirmados. O que chama atenção é a rapidez do crescimento da COVID-19 em Ipirá nos últimos dias. Ocorre que, pelo boletim da prefeitura, são 135 casos suspeitos, se confirmarem o crescimento no ritmo destes últimos dias, na casa dos 5% das suspeições, ficaremos com 6 casos novos, mais do que a quantidade de respiradores do Hospital de Ipirá.
Além do mais, são 745 casos monitorados, havendo ou não alguma possibilidade de casos positivos. Se acontecer 1% (só 1%) de confirmação teremos 7 casos, o que excede completamente as camas com respiradores no Hospital de Ipirá.
Tudo é possível. As ruas de Ipirá estão cheias de gente e onde tem gente, tem fila de gente; onde tem fila de gente, tem aglomeração e, com aglomeração de gente, ocorre grande possibilidade de contaminação. Não é que não exista nenhuma condição de contaminação, existe sim. Basta, qualquer um de nós, cometer um pequeno vacilo ou um esquecimento na prevenção e poderá acontecer o que ninguém quer que aconteça.
Por mais que a prefeitura tome atitudes de prevenção contra a COVID-19, não serão suficientes para solucionar qualquer problema mais grave; diante deste fato, é que todas as pessoas deverão ter a máxima precaução e não ficar de bobeira, porque a trajetória poderá ser a mais terrível possível: uma cama com ventilador no hospital local; a necessidade de deslocamento para a capital; o enfrentamento de um corredor da morte chamado regulação; os problemas clínicos e uma morte prematura. Que não haja necessidade de nada disso.
As medidas de confinamento, muitas vezes, necessárias para conter a disseminação da COVID-19, provocaram a paralisação econômica e essa crise econômica mundial atingiu o Brasil. Ipirá está sendo atingida. A arrecadação municipal da prefeitura está sofrendo uma queda de 30%, conforme acentuou o próprio gestor municipal.
E qual foi a atitude do prefeito Marcelo Brandão diante dessa queda na arrecadação pública para os cofres da prefeitura?
A primeira atitude do prefeito MB foi fazer, em maio, um decreto de suspensão de contratos de 108 funcionários da educação, entre eles auxiliares de serviços gerais, porteiros escolares, merendeiras, etc.
‘Que maldade!’ Poderá pensar muita gente boa. Mas, pare e pense: quais são os interesses representados e defendidos pelo prefeito Marcelo Brandão? Naturalmente, em primeiro lugar, os interesses da sua oligarquia familiar. Pense mais um pouco: é bem provável que cinco pessoas da família que trabalham na prefeitura recebam mais do que os 108 funcionários com contratos em suspensão no desejo do prefeito. Entre os dele e os outros, você queria o quê? Não seja ingênuo.
Os vereadores se uniram e vetaram o decreto do prefeito. Corretíssimo. Observe a importância do VEREADOR. Numa boca de eleição, quando os mandatos poderão ser renovados, você acha que algum vereador ia tomar uma atitude tão perversa e impopular como essa? Seria um tiro no pescoço.
Os funcionários públicos municipais de Ipirá devem ficar atentos e mobilizados. Observe bem: daqui para frente, as receitas da prefeitura diminuirão bastante, devido ao déficit financeiro do Estado; o aperto financeiro para as prefeituras ficará acima do normal; a folha de pagamento ultrapassará o percentual da lei de Responsabilidade Fiscal. Em contrapartida tendo que sustentar uma máquina pública cara, com proventos do Executivo e Legislativo nas alturas. O que fará o próximo gestor se for jacu ou macaco? Naturalmente vai querer jogar a crise nas costas dos funcionários e da população. Não duvidem.
O veneno está de prontidão. Suspensão de contrato; diminuição de salários; atraso de pagamento dos funcionários; atraso no pagamento dos fornecedores, etc. Já fizeram discurso comentando uma redução salarial de 30% para os servidores da Educação. Isso é gravíssimo e vai de encontro a todos os direitos e conquistas.
Depois das eleições a coisa vai apertar e feder. O gestor municipal do jacu ou macaco vai colocar o ferrão e defender os interesses das oligarquias (de família ou de grupo).
O funcionário público não pode entrar de peito aberto para tomar porrada, nesse jogo manjado de jacu e macaco. Não dê mole.  A hora da atitude é agora, antes das eleições 2020.
O funcionalismo público municipal tem que reforçar a sua trincheira de luta na defesa de seus interesses trabalhistas e tem que eleger VEREADORES que fiquem do seu lado, que tenham compromisso com a causa do funcionalismo e não tenham rabo preso aos interesses do gestor municipal de plantão.
É necessário ter clareza das coisas para evitar uma grande dor de cabeça no futuro. Na próxima postagem colocarei a relação de pré-candidatos a vereadores que merecem a sua atenção e apoio.

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