Você vai escolher o prefeito do município de Ipirá. Enquanto
você escolhe, eu vou pintar o Ipirá que esse seu prefeito vai governar. Ok!
Em 2021, dificilmente o Brasil escapará de uma crise econômica,
que poderá ser aguda ou moderada no seu alcance.
Recessão com inflação. O paradeiro na economia será o cenário
mais provável: 40% do capital estrangeiro estão em fuga do país. Os
investidores ficarão em suspense, esperando ventos favoráveis.
Sumindo os investidores diretos do setor de produção, os
empregos entrarão em refluxo, aumentando o desemprego devastador e a renda da
população cairá.
Com a renda precária e em queda, mas com a inflação já mostrando
a sua cara o quadro será vexatório. O milheiro de bloco que era R$ 200,00 subiu
para R$ 800,00. O gás de cozinha, o arroz, feijão e a carne subiram de maneira
demasiada.
A especulação de preços poderá ser uma triste realidade. Não
será surpresa aparecer o ágio na compra de algumas mercadorias, numa verdadeira
sacanagem do empresariado. Tudo poderá acontecer e o aperto do parafuso será
nas costas do povo.
Nesse quadro, com novos investimentos amarrados, o Estado
passará a arrecadar menos. Para arrecadar mais terá que criar novos impostos, o
que provocaria mais inflação, ou cortar nos gastos sociais, o que sacrificaria
a população carente do país. Sem o Auxílio Emergencial será um ‘Deus
nus acuda.’
O risco de uma segunda onda da Covid-19 continua em evidencia.
Caso aconteça essa combinação de fatores negativos, a vida do povo brasileiro
ficará difícil, complicada, insuportável, num estágio depressivo sintomático,
ativo e agudo.
Ipirá não está numa bolha separada e longe da realidade do
Brasil, muito pelo contrário, fincado no semiárido baiano e nordestino é aqui
que mora o seu lado mais sombrio e carente, porque é desprovido de um lastro de
produção permanente, seguro, garantido e com uma quantidade em expansão.
Sem produção razoável no campo e com produção deficiente na
cidade, qualquer dificuldade que apareça na conjuntura brasileira colocará em
risco esse potencial que se espreme e insiste em sobreviver (pecuária e
artefatos de couro, fábrica de calçados). Aqui é que se sustenta o emprego e a
renda do município. O município ficando estagnado viverá de aposentados e
assalariados públicos em sua maioria.
Neste cenário, será bem provável que a receita da prefeitura
despenque. É bom não esquecer, que a máquina administrativa de Ipirá é onerosa
para os cofres do município e os serviços prestados por empresas terceirizadas à
prefeitura custam os olhos da cara com as devidas comissões. É para tal extorsão
que o sistema de politicagem está montado e azeitado em nosso município, com
essa farsa denominada jacu e macaco.
Para você (eleitor) ter uma idéia, o prefeito de Ipirá ganha
mais de R$ 22 mil reais. O prefeito de Camaçari ganha R$ 16 mil reais, no
entanto, o PIB de Camaçari é de 14 bilhões e 700 milhões e o PIB de Ipirá é de
630 milhões de reais. Analise e tire suas conclusões.
Os problemas são muitos e complexos. Quais são os critérios que
você (eleitor) utilizará para a escolha do seu candidato?
1.
O seu candidato terá o
compromisso de enfrentar a crise que está batendo na nossa porta, com visão
ampla e que abranja todos os munícipes e não só o seu grupelho?
2.
O seu candidato terá
condições de gerir esse município na direção e busca da autossustentação e
garantir de forma abrangente o emprego e a renda de seus munícipes com
alternativas de gestão pública ou será um fatiador dos recursos públicos para
sua família e um grupinho de amigos?
Entre outras perguntas, essas duas são suficientes para que você
(eleitor) tenha a clareza e a importância do seu voto para a mudança no
município, caso contrário, seu voto servirá para dar um emprego de mais de R$
22 mil reais a um representante da oligarquia jacu ou macaco, que se achará
proprietário do dinheiro público por quatro anos. Um compadrio em que o povo
está fora da disputa do poder.
Procuro e não encontro a vitória do povo de Ipirá nesta
estrutura de poder local, com o tal do jacu e macaco. Será sempre a vitória de
uma oligarquia de família ou de um pequeno grupinho de amigos. Os derrotados
são facilmente visíveis e detectados: são os invisíveis da sociedade ipiraense,
o povão (95% da população).
Temos uma alternativa a este jogo oligárquico, Hugo Baiano para prefeito e João Patinho para vice, representam o contraponto ao sistema oligárquico e a mudança de verdade em nosso município.
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