sábado, 2 de janeiro de 2021

POR QUE TANTA BARULHADA SEM NECESSIDADE?

 


Com a surra tomada na última eleição, a jacuzada ficou dilacerada, estropiada, espatifada, quebrada, perdida num mato sem cachorro; pior ainda, passou por onze quebra-molas, que ficam no trajeto entre a Praça da Bandeira e o cemitério velho, e ficou na funerária esperando a morte chegar; só faltava enterrar.


Parece milagre, mas não foi. Não é que a jacuzada ressuscitou em menos de 45 dias. Tudo por obra e graça do deputado Jurandy Oliveira, que colocou o laranjal de dona Nina à disposição da jacuzada, uma traição deslavada, diga-se de passagem.


Na situação em que se encontra a jacuzada: despedaçada e lascada, por obra e graça do ex-prefeito Marcelo Brandão, a jacuzada não pensou duas vezes, apoiou o candidato Rafael, do laranjal de dona Nina, para a presidência da Câmara de Vereadores.


É como se a jacuzada voltasse a respirar após uma intubação em fase crítica. Tudo isso acontecendo graças à atuação de alguns vereadores da jacuzada ensinando à família Martins como se faz política: a maioria de seis deu a cabeça de chapa à minoria de dois e fez uma explosão na politicagem local.


O deputado Jurandy Oliveira com sua esperteza política sabia o que estava pleiteando e como fazê-lo: colocava o prefeito Dudy em xeque-mate para conseguir mais espaço dentro do governo que estava por começar, afinal a vice-prefeita Nina não tinha ficado com nenhuma Secretaria Municipal, então, atirava na presidência da Câmara para alvejar uma secretaria. Deu chabu e o tiro saiu pela culatra por obra e graça da rede social. A coisa escapuliu do previsto e do previsível, virou chantagem aos olhos da população.


O prefeito Dudy não cedeu e a corda ficou esticada no puxa e encolhe do tabuleiro da política. A jacuzada com tudo na mão deixou escapulir a oportunidade de dar a volta por cima e melhorar a situação do grupo, neste momento de dificuldade, porque um vereador da jacuzada negou o voto. A jacuzada voltou para o seu estado de naufrágio. O deputado JO caiu na buraqueira.


Por que tudo isso chegou a esse ponto? Por obra e graça da falta de habilidade política do prefeito Dudy, que deixou tudo correr à revelia. Não conversou e não cedeu à vice-prefeita Nina, preferiu o distanciamento político e optou por fazer uma NOVA HISTÓRIA. Parece que a vice Nina terá a janela fechada pela nova administração e não chupará um pirulito na sua gestão, poderá ser esse um propósito inserido pela NOVA HISTÓRIA.


O prefeito Dudy tem maioria apertada na Câmara. Com os dois vereadores do laranjal de dona Nina sua maioria ficará folgada. O vereador Rafael foi linchado sem a menor cerimônia nas redes sociais nesse episódio. Ernesto sofreu todo tipo de pressão que se possa imaginar. Mas os dois possuem mandatos de vereadores; possuem a força do voto qualificado com poder de decisão com folga para a situação ou o prefeito Dudy prefere navegar com margem diminuta, passando o risco que passou?


Qual foi o erro do vereador Rafael? Qual foi o crime cometido pelos vereadores Rafael e Ernesto? Foi um crime hediondo, horrendo e repulsivo? Foi o crime da traição? Se juntaram ao que existe de mais sórdido nesta terra, na ótica dos macacos: a jacuzada.


E o que fez o governo Dudy para sair do problema? O seu governo foi buscar apoio de quem? De um vereador da coisa mais sórdida desta terra, na ótica dos macacos: a jacuzada. Não tinha alternativa. Isso significa fazer justamente a mesma coisa que os vereadores fizeram e que o seu governo condenou veementemente como erro ou crime.


São situações dentro de uma conjuntura política. Uma pode ser um equívoco, a outra pode ser considerada perniciosa. Com sua vice Nina, que não tem voto no Legislativo, é diferente, poderá ser colocado no campo da desconfiança qualificada.


O prefeito Dudy, como diz a música de sua campanha, quer fazer uma NOVA HISTÓRIA. Vou ser bem claro, como essa NOVA HISTÓRIA será possível dentro de um sistema jacu e macaco?


A vice Nina também se apropriou de uma parte da música de campanha: É AGORA, TEM QUE SER AGORA! Ela sabe que tem que ser agora; ela sabe que a disputa pela próxima candidatura de 2024 dentro do grupo, o espaço tem que ser disputado, palmo a palmo, agora ou pelo menos começa agora, enquanto o deputado JO é o fiel da balança e para o lado que ele pender a maré ficará alta e ficará bem próxima da vitória. Não sendo possível na macacada, a jacuzada será a outra opção. Essa é a fórmula do sucesso para quem transita com esperteza dentro do sistema jacu e macaco. Por isso, a macacada não pode despachar o deputado JO e os vereadores do laranjal de dona Nina; vai ter que engoli-los como uma espinha de peixe.


Essa disputa pelo controle do grupo da macacada é a contradição que gera toda essa bagunça, precipitação e desacordo entre os diversos grupelhos que atuam na macacada. Com ânimos acalmados aguardaremos, com certa ansiedade, a próxima tempestade, sem a menor necessidade.


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