sábado, 17 de abril de 2021

O HOSPITAL DE IPIRÁ É UMA ...

“... que no mês de maio 2021 não tenho interesse de prestar meus serviços médicos no Hospital de Ipirá”

 

Partindo de qualquer cidadão poderia ser uma simples opinião, sem nenhum desdobramento e sem a menor chance de passar da primeira esquina.

 

Mas, saindo de onde saiu, considerando-se a influência exercida e o prestígio alcançado, foi a declaração mais importante desta década em Ipirá, talvez a mais bombástica afirmação dos últimos tempos.

 

O médico Antônio Colonnezi desligou-se (temporariamente ou definitivamente) do Hospital de Ipirá afirmando categoricamente a sua deficiência e precariedade, indo de encontro e batendo de testa com a intenção e afirmativa de todos os prefeitos que, quando administram essa terra, dizem que este hospital é de excelência e uma referência para o Brasil.

 

Antônio Colonnezi é um médico gabaritado e reconhecido pela sua capacidade por nossa comunidade. Além do mais, é a maior liderança política do grupo da macacada em nossa terra. Sua opinião na área de saúde tem credibilidade.

 

O médico AC detonou com firmeza dizendo que o hospital não tem as condições mínimas de operacionalidade e que está defasado, só faltou dizer que o nosso hospital não pode ser comparado por nenhuma hipótese ao hospital de Rui Barbosa.

 

“Estou pronto para retornar quando tiver uma equipe mais completa e as condições de trabalho melhorarem”

 

Aqui ele colocou em xeque a saúde em Ipirá e mostrou que a radiografia está queimada. Tem autoridade para afirmar como verdade o que diz.

 

A saúde em Ipirá é complexa e precária. Tem uma característica muito forte que é servir e ser utilizada como moeda de troca eleitoral por vereadores. Uma faca de dois gumes: o vereador ganha voto, mas se vê na obrigação de bancar essa necessidade que custa os ‘olhos da cara’. Não tem bolso que aguente, mas eles não entendem assim.

 

O custo é elevado para qualquer vereador, motivo pelo qual, permite aos vereadores da situação uma melhor atuação nesta área, pois a sangria fica por conta da prefeitura. Se a saúde pública funcionasse à contento em nossa terra, todos os munícipes ganhariam, inclusive os vereadores, que não precisariam bancar os custos desse apoio.      

 

A afirmação do líder político Antônio Colonnezi ganha relevância por ser proferida numa gestão do seu grupo político e por não camuflar a verdade. O prefeito ficou de cara com a Vida Cooperativa de Saúde.

 

É mais uma bomba deixada no colo do prefeito Dudy, que pegou uma saúde estragada e vai ter que colocá-la em bom estado e em condições satisfatórias de atendimento à população.  

 

A situação da saúde de Ipirá é tão escandalosa, que duas ambulâncias do SAMU estão na cidade há doze anos e nunca funcionou para um só atendimento.

 

Estão enferrujando no pátio da prefeitura ou pagando aluguel numa garagem. Uma vergonha sem limite. Sai prefeito e entra prefeito e nada. Um verdadeiro escândalo e descaso com a coisa pública.

 

O médico Antônio Colonnezi não esboçou nenhum esforço para resolver o problema da saúde, largou o abacaxi para o prefeito. O líder político Antônio Colonnezi não fez o menor esforço para ajudar o gestor Dudy nesta empreitada. Deste jeito, o prefeito Dudy está ficando isolado dentro do seu grupo e vai ter que se ‘virar nos trinta’.

 

O que dizem os macacos apaixonados? O de costume: o médico queria isso e aquilo e não achou. Como sempre, vão sonegar a verdade. O importante é a realidade da saúde local colocada em pauta na mesa do prefeito Dudy. A saúde de Ipirá precisa de solução.

 

Com quatro meses de governo, o prefeito Dudy está sentindo o gosto amargo do poder com a falta de apoio dentro do próprio grupo na hora do aperto e os problemas vão ganhando um volume e uma dimensão acima do esperado. O seu acúmulo colocará a gestão num buraco. A política é o calo no sapato do prefeito.

 

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