sábado, 11 de setembro de 2021

QUE TU QUERES?

QUE TU QUERES?

Que eu acredite que o STF seja um ninho de ditadores (Ditadura da Toga), que não respeitam, nem obedecem à Constituição e que “De Moraes” é o chefete maior desse antro perverso e autoritário; é isso mesmo?

 

Sinto muito, seu Jair, mas não posso! Estando eu, no porão do edifício, fazendo contorcionismo para manter minha sobrevivência diante do pesado e forte JOGO DOS PREÇOS, sempre fora das quatro linhas, como seu Jair tanto fala.

 

Um olho no fogão e o outro na mesa; não pode ser diferente. O aperto começa com o preço do óleo de cozinha, que deu salto triplo; uma porrada veio com o arroz e o feijão, que praticam o salto em varas; o arrocho aconteceu com a carne, que dispara nos cem metros e, até o ovo de galinha é servido no espeto e para preparar tudo isso, vem o gás de cozinha custando cem paus.

 

É lenha, é lenha, é lenha, seu Jair! O substituto do gás é lenha. E o ditador “De Moraes” não diz nada? Não toma uma atitude? Então, seu Jair, como é que eu vou acreditar que “De Moraes” é um ditador se não fez nada? Não pisou, nem pisoteou os preços.

 

E tem mais, seu Jair! No playground do edifício, o dólar está subindo na gangorra; a Bolsa de Valores caindo para a soleira; enquanto a gasolina subiu de elevador para o 7º. andar (gasolina de 7 reais o litro) e esse tal de “De Moraes”, o ‘El Ditador do messianismo’ nada faz ou realiza, nem nada determina para combater a inflação que corrói o salário. Assim não dá, não é seu Jair?

 

E essa pandemia, seu Jair? O invisível coronavírus chegou chegando e botando pra ferver e matando quase 600 mil brasileiros e o ditador “De Moraes” ficou achando que ‘arminha’ dava conta do serviço, quando bastava VACINA NO BRAÇO para ter dirimido significativamente essa mortalidade. Não adianta negar.

 

E o desemprego, seu Jair? Do quinto andar prá baixo tem mais de 14 milhões de desempregados. Não tá fácil, seu Jair! Ficar sem ter um batente é um sufoco. O ditador “De Moraes” não consegue incentivar uma ‘lavagem de roupa’ para servir de alento para quem tá no ‘mundo da lua’ sem ter o que fazer. Esse pessoal só quer uma oportunidade.

 

Não posso ficar sem reclamar, seu Jair! O pico de energia no porão do edifício é uma constante, por artimanha a vela já fica acesa e não é por menos que a conta de luz tá de bandeira de tudo quanto é cor e o preço gordo e salgado.

 

Assim não dá, seu Jair! Como acreditar que “De Moraes” é um ditador sanguinolento se o apagão da luz de vela não me deixa enxergar isso, porque a crise hídrica é culpa de um santo que não manda chuva e não de uma falha de governo. Assim dizem.

 

Seu Jair! Quando eu escutei aquelas palavras de que o senhor não iria obedecer mais as decisões judiciais do ditador “De Moraes” eu juro que não acreditei! Tirei a cera do ouvido para ouvir o replay e ouvir melhor, porque se a turma do porão do edifício resolver seguir o teu aconselhamento e descumprir as decisões das autoridades, o xilindró vai virar geral do Maraca em dia de jogo do Flamengo. Tá de acordo seu Jair?

 

Seu Jair, que invocação é essa pelo voto impresso? Só pode ser para criar uma lambança do tamanho de uma jamanta. Aqui na nossa província (Ipirá) aconteceu uma eleição de prefeito que o resultado foi no fio da navalha, uma diferença de 49 votos. Todo mundo aceitou o resultado numa boa porque a urna era eletrônica, se não o fosse, a disputa ia ruminar até o boi morrer.

 

“Não serei preso, só sairei daqui morto!” Oxente, seu Jair! Não há o que discutir: Mensalão é crime; Petrolão é crime e Rachadinha, também, é crime. Quem não tem culpa no cartório não tem nada a temer, caso contrário, chama o TEMER para fazer uma carta jogando água na fervura da chapa quente e no varal esticado da turma que mora na cobertura e domina todo edifício.

 

O grande lance da turma que mora na cobertura é não deixar abalar os pilares do edifício: a Constituição, a democracia e o sistema eleitoral com voto eletrônico. Uma quartelada rachará todas as paredes do edifício, fazendo um vazamento de grande monta, que transbordará a piscina com um mar de sangue. O povo brasileiro não merece isso.

 

Configurado um crime de responsabilidade no dia sete, que vá para a Câmara dos Deputados, esse é o caminho processual. De certa forma, o cheiro de impeachment está no cangote. Uma ditadura fascista de Bolsonaro não passará. A Pátria Amada aguardará, no dia 1º. de janeiro de 2023, a posse do presidente eleito nas Eleições Presidenciais de 1922 (seja quem for). Com as devidas precauções, a democracia já venceu. 

 

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