quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

O LOCUTOR MARCELO BRANDÃO DEU UMA BANDA NO PREFEITO


O fato da semana em Ipirá é o lançamento do programa “Papo Reto” pela rádio Ipirá FM, com apresentação do comunicador e locutor Marcelo Brandão. Sem dúvida, isso movimenta os bastidores da política local. Poderia dizer que, agora, temos pimenta malagueta na panela e no prato do angu-de-caroço, que alimenta a população de Ipirá.

 

Inicia com uma música intimista, apócrifa, dilacerante, instigante, que parece uma broca perfurando nossos ouvidos. Sem dúvida, uma novidade criativa.

 

Não adianta a situação do poder municipal tentar desmerecer esse programa, achando que é coisa do “sapequinha”, “do sujeito que levou uma lapada” “do doutorzinho amassado pelo padeiro”. Basta pensar um pouco além da mediocridade para perceber que esse é um outro momento, completamente diferente de um contexto passado, mesmo que recente.

 

Negar e menosprezar o poder do locutor Marcelo Brandão significa não perceber com clareza e não ter noção da força que representa a comunicação radiofônica.

 

O locutor Marcelo Brandão tem a força da locução e habilidade na comunicação. É um locutor polêmico, crítico contumaz; é corajoso e compra briga; fustiga e mete o dedo na ferida; morde, assopra e vai pra cima; mastiga e cobra sem pestanejar; com ele não tem bola dividida e chega na área com audiência garantida. Não tenham dúvidas, Marcelo Brandão é mais importante como locutor do que como prefeito.

 

A situação da prefeitura poderá dizer que o locutor está cutucando o cão com a vara curta; que poderá sentir o gosto do próprio veneno e que o locutor MB parece e pode ser comparado ao maior foguete já tocado em Ipirá, daqueles que o saudoso seu Lúcio “Fogueteiro” lançava ao céu, tinha um bom rojão, subia, subia; pipocava, pipocava e caia.

 

Ipirá precisa de um programa aberto, que cultive e abrace o debate, com a participação popular, onde o povo vai ter vez e voz. Forte na denúncia para fazer barulho e acordar o gestor municipal. Isso é o prometido pelo bom e ativo locutor fugindo à regra e prática do seu grupo (jacu) de fechar os olhos e a boca para os acontecimentos do município quando está na oposição, guardando munição para a campanha eleitoral. Quando a jacuzada é situação, o povo crítico perde a língua na sua FM.

 

O locutor Marcelo Brandão é um comentarista esperto porque sabe que voltará a ser badalado dentro da jacuzada, desde quando, o silêncio quase tumular é a tônica da liderança maior.

 

Como locutor crítico é um perigo e uma assombração ao gestor Dudy e vai fazer um estrago na imagem da administração dos macacos. Será uma sombra sinistra no caminho do atual prefeito. O prefeito Dudy vai receber muito chumbo grosso no lombo e muita banda na cara.

 

Se o prefeito Dudy deixar o barco à deriva vai ficar mais baixo do que sapato com furo no solado. O prefeito Dudy mantém parte da imprensa local debaixo dos pés. Tem uma empresa de comunicação que não sabe fazer um ‘O com o copo’ em termos de comunicação, mas que tem o controle total da situação. Agora, chegou a hora da verdade: vai deixar o locutor MB jogar solto ou vai fazer um programa na FM do deputado, com resposta na ponta da língua? Esse jogo de ‘falou / ouviu’ é a força viva que gira a roda do sistema jacu e macaco. Quem não tiver competência vai tomar muita bordoada.

 

O locutor Marcelo Brandão é mais arguto do que muitos imaginam. Ele quer recuperar a possibilidade de ser pré-candidato à prefeitura de Ipirá em 2024. Um direito que lhe assiste, mas 2024 está muito longe. Longínquo para quem dorme no ponto.

 

Qualquer pleito carece de uma inclinação objetiva e delimitada por fatores correspondentes que favoreçam ao atendimento daquilo que se pretende. O locutor está fofando o terreno para dar um passo adiante e um salto para alcançar uma candidatura.

 

Tudo isso depende de vários elementos no setor político (desgaste da gestão atual) e do aperto econômico das pessoas em nosso município. Quem sai na frente leva certa vantagem, mas poderá atropelar um pretendente, dentro do grupo, com maior e real possibilidade de chegar à tomada do poder. Tudo pode acontecer num atropelo doloso.

 

A população de Ipirá tem que acordar. Tem que acontecer intenções distintas no campo de trabalho em nossa terra, nas categorias que fomentam, criam e estruturam a sociedade com seu esforço e trabalho, que vão ouvir e observar a ladainha de sempre na dicotomia do dualismo: do bem e do mal; de Deus e o diabo; de quem fez ou deixou de fazer. Esse é o balanço da gangorra. Esse é jogo do jacu e do macaco, duas parangas que governam nosso município por mais de meio século.

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