CONVERSA PRÁ BOI DORMIR
O
candidato ao governo do Estado ACM Neto visitou Ipirá e prometeu um braço da
Universidade Estadual da Bahia UNEB para Ipirá.
Promessa.
Nada mais do que promessa eleitoral. Por que eu escrevo isso? Porque o candidato
falou o que disseram que era prá ele falar. Falou com a língua dos outros.
Porque o programa de governo de um candidato traça as linhas gerais para a sua
gestão no Estado e não apresenta destaque específico sobre qualquer município.
No palanque, o que vem na língua não é o que está na cabeça e muito menos no
coração.
O candidato
não disse quando acontecerá a implantação desta unidade. Caso vença e caso ele
não esqueça o prometido, nos dois primeiros anos não será. Não será mesmo! O
prefeito atual é do macaco e a jacuzada não permitirá que isso aconteça num
governo macaco. Esse é o jogo jacu e macaco. Quem garantirá que será realizado
nos dois últimos anos da gestão, SE o candidato for vencedor?
Recentemente,
o governo Dudy anunciou uma promessa que ouviu do governo Rui Costa: um Colégio
de grande porte, com Ginásio de Esporte, piscina, campo de futebol e pista de
atletismo. Se Gerônimo perder, esse projeto já era! Será engavetado.
Que
situação a do município de Ipirá? Se correr o bicho pega se ficar o bicho come.
No frigir dos ovos, nem colégio grande, muito menos Universidade pública e
gratuita. Êta, que jacu e macaco pedem pouco e não recebem nada! Itaberaba
recebe uma policlínica e Ipirá traz uma ambulância. E a festa aqui é maior do
que lá.
Qual é a
prioridade do governo estadual (seja quem for): a ponte Salvador-Ilha ou
faculdade para Ipirá? Não tendo dinheiro pegando picula no Estado eles vão
jogar recursos nas prioridades. Ipirá está fora do baralho.
Esta política
tem uma lógica clara, neoliberal e capitalista, só se aplica recurso pesado
onde tem retorno. Ipirá não está no campo da alta produção, então, fica fora da
agenda principal no Estado e se afirma como localidade de contenção da
população: casas populares para moradia; UPA para atendimento urgente de saúde;
ambulâncias para transportar doentes para centros mais evoluídos; creche para
crianças; ônibus para estudantes, inclusive universitários; escola de segundo
grau; aposentadoria para idosos. Diminuição do êxodo para os grandes centros.
Na
política, o município é controlado por um sistema oligárquico, que se autodenomina
jacu e macaco; que se revezam no poder para controlar 12 milhões de reais
mensais, em benefício de uma família de um lado e um pequeno grupinho do outro.
O grosso da população fica chupando dedo.
Nesse
sistema, o município de Ipirá é transformado numa fazenda: o fazendeiro
(médico, advogado, doutor, grande empresário) é o dono; os vereadores assumem o
papel de vaqueiros e o gado fica nas costas do povo, algumas cabeças,
domesticadas; outras, com muita braveza e recalcitrantes, dando trabalho aos
vaqueiros.
A peça
principal nesse mecanismo político são os vereadores, que controlam os votos da
população mais carente e canaliza-os para as candidaturas a prefeito das duas
oligarquias, que ganham fama e poder: “Quem tem voto em Ipirá é doutor Luiz
Carlos e doutor Antônio!” Uma falsa verdade, porque quem tem voto são os
vereadores.
Candidatura
de prefeito é patrimônio carimbado e registrado das oligarquias; candidatura de
vereador, na visão das oligarquias, é função secundária e subalterna.
Como
ocorre a submissão dos vereadores ao sistema jacu e macaco? Com falsas
verdades. Costumam afirmar que: “quem ganha política em Ipirá é quem tem
dinheiro!” É uma forma de tirar os vereadores da jogada.
Qual é o
custo eleitoral de um vereador? Para manter a votação de uma região, o vereador
tem uma despesa altíssima, até porque falta a consciência do eleitor e o seu
reconhecimento é fruto do atendimento pessoal apresentado pelo vereador. Isso
eleva o custo de campanha? Eleva e é feito constantemente por quatro anos.
Esse
formato de politicagem consome os proventos do vereador por quatro anos. Quando
chega a campanha, o vereador tem que tomar empréstimos nos bancos para suprir
as necessidades para garantir o mandato. Aí vem a mentira cabeluda, quando
falam que o candidato a prefeito garante 100% da despesa de campanha do
vereador? Essa é a maior mentira vaselinada apresentada em nosso município.
O vereador
deixa o couro para o candidato a prefeito chegar ao altar e sentar na cadeira
de comando pessoal de Ipirá. As administrações do jacu e macaco não atenderam
as esperanças e aos anseios da população de Ipirá. Por isso, Ipirá naufraga num
beco sem saída.
Quem disse
e afirmou que esses prefeitos, nas últimas décadas, fizeram tudo para o bem de
Ipirá? E quem disse que nenhum vereador não pode ser candidato a prefeito de
Ipirá? Só uma mentira bem contada poderia afirmar isso.
O prefeito
Dudy está nesse jogo. Se ACM Neto virar governador, a gestão do prefeito Dudy ficará
encurralada num mato com muito cachorro mordendo no calcanhar de Ipirá. Quem
perderá com tudo isso? Seja qual for o governador do Estado, o nosso município
come igual a pinto, belisca uma migalha de quando em vez. Mais do que nunca,
Ipirá precisa de sua própria gente para desenvolver-se e isso o sistema jacu e
macaco não consegue enxergar. Se tudo isso não for desse jeito; isso tudo que
você leu não passa de conversa prá boi dormir.
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