O deputado Jurandy Oliveira
pendurou as chuteiras. Não passou o legado político para o filho e não fez uma
grandiosa festa de despedida.
A vice-prefeita Nina Gomes sofreu
as conseqüências imediatas dessa nova situação. Perdeu o mandato do deputado estadual
que a sustentava e viu fugir do seu controle dois mandatos de vereadores no
município de Ipirá, na maior barbeiragem de coordenação política já vista nesta
terra. Mas, sem dúvida, tem continuidade o sonho de ser prefeita de Ipirá,
mesmo num momento de declínio e de terreno minado. É preciso muita sabedoria,
caso contrário, já era.
Ainda resta, o último fôlego! A
candidatura do filho do deputado conseguiu arrancar em Ipirá, 5.870 votos nas
eleições para o legislativo estadual. Não dá para saber o percentual dessa votação
que acompanhará a vice-prefeita na sua aventura para o posto mais elevado na
política local.
A vice-prefeita Nina tem três
opções para a sua trajetória política. Primeiro, ir para a jacuzada; segundo,
ficar na macacada; terceiro, lançar uma candidatura independente.
Uma aproximação da jacuzada, com o ‘apoio
sem contrapartida’; isso não existe. Com a promessa de ser vice; seria sair do
nada político (com Dudy) para continuar no nada político (prefeito jacu). A
única vantagem seria continuar recebendo os proventos de vice.
Receber a cabeça da chapa da
jacuzada seria um presente caído do céu, como o ex-prefeito Diomário recebeu da
macacada anos atrás. Seria casa, comida e roupa lavada.
Quem pensa um pouco, deve saber que
esse é o momento mais difícil da jacuzada em sua trajetória política. Vem de
uma eleição municipal, onde recebeu uma lapada de mais de 6 mil votos. Perdeu
sua grande esperança de retomada da força propulsora com a derrota de ACM Neto
para o governo do estado e a derrota, em Ipirá, foi de mais de 8 mil votos.
Além do mais, o descrédito com a
administração da família Martins cresceu em nosso município com a administração
Marcelo Brandão (2016-2020) mesmo o próprio achando que fez uma gestão fantástica,
como por exemplo, a melhor saúde que já houve em Ipirá. A população sabe que
não é nada disso.
A gestão de Marcelo Brandão
negligenciou em várias demandas para o município de Ipirá. Fez uma reunião com
uma comissão para a reforma da Casa do Estudante de Ipirá em Salvador e depois
deu as costas e não deu nenhuma satisfação. O prefeito Dudy deu credibilidade à
comissão e comprou uma casa nova.
A gestão de Marcelo Brandão tinha
um telhado do Mercado de Arte para recuperar, resolveu fazer requalificação de
toda a praça. Nem uma coisa, nem outra. O prefeito Dudy vai inaugurar o telhado
esta semana.
Gestão de Marcelo Brandão resolveu
fazer não sei quantas obras na prorrogação que finalizava o seu mandato na mais
pura encenação. Resultado, não completou nenhuma. O prefeito Dudy está fazendo
o calçamento do povoado do Rio do Peixe.
A gestão Marcelo Brandão fez uma
biblioteca de vidro e o prefeito Dudy fez a intervenção da mesma. O prefeito MB
passou a mão no asfalto do governador em Ipirá e a conta foi paga pelo Estado,
perdendo o crédito lá embaixo. É um samba do crioulo doido, que não dá para a
população acreditar e eles vão perdendo credibilidade junto à comunidade. Desse
jeito, a jacuzada foi perdendo terreno e hoje está com uma corda no pescoço.
A jacuzada nada contra a maré lulista
e petista no município. Quando o governo do Estado inaugurar essa grande escola
de tempo integral em nosso município ocorrerá condições para acontecer um novo
patamar da educação em Ipirá. Tudo isso, empurra a jacuzada para o fundo do
buraco.
Os vereadores da jacuzada sabem que
o seu grupo está perdendo força e poder de competição eleitoral. Sabem por
intuição e dedução, ninguém precisa dizer-lhes o que está por acontecer. Em
2024, teremos as eleições mais concorridas para a Câmara de Vereadores, porque
as candidaturas de baixa votação não querem compor chapa com os vereadores
atuais, devido ao fato de não terem nenhuma chance de serem eleitas e, apenas, servirão
para encher lingüiça para os vereadores com grande potencial de voto.
Poderá ocorrer uma disputa entre os
grandes vereadores de 1.500 votos. Aí o bicho vai pegar! Quanto custará uma
eleição nesse nível? Qual é a garantia de cadeira certa? Quantos ficarão a ver
navios?
Os vereadores da jacuzada sabem que
não é possível ter sombra abundante em pé de mandacaru. Nesse sentido, ofertar
a cabeça de chapa do grupo jacu à vice Nina será a abertura do leque, que
ampliará o potencial de votação da jacuzada e aumentará a chance do vereador
ser eleito.
O maior erro dessas lideranças é
pensar que o vereador está bem amarrado e com nó cego no mourão do grupo jacu
ou macaco e que eles não têm noção de nada e não sabem do seu próprio caminho a
seguir. O vereador não vai ficar com o pé no atoleiro esperando perder o
próprio pescoço.
Se a vice Nina ficar presa à
macacada, naturalmente estará fechando o próprio caixão político. Dudy passou a
esponja e não aceita a candidatura da vice nem prá vice, nem mesmo pintada de
ouro. O prefeito Dudy fechou e lacrou a janela e a porta do grupo para a vice
Nina. Se ficar, não terá nenhuma preferência especial, vai ter que comer na mão
do prefeito. Não sei se a vice Nina carrega um saco para enchê-lo de
humilhação.
Quem vai ser o dono da chave do
grupo da macacada, o prefeito ou a vice? Qual dos dois vai abocanhar mais
vereadores? Com qual vai ficar o líder Antônio Colonnezi? O chefão Diomário vai
pender para que banda? São perguntas decisivas para a manutenção da força
política da vice Nina, que depende dessas resoluções.
A vice Nina optando por uma
candidatura por conta própria encontrará as dificuldades próprias do
enfrentamento ao sistema jacu e macaco. Na medida em que articule uma
candidatura à prefeita com apoio de dois vereadores da jacuzada e dois da
macacada estará fortalecida para aspirar uma candidatura competitiva e com
chances.
Esse é o itinerário político da
vice-prefeita Nina para sobreviver aos ataques, ‘chega prá lá’, ‘canto de
carroceria’ desferidos pelo prefeito Dudy para minar, esvaziar e liquidar a
carreira e as pretensões políticas da vice. O que ela vai fazer? Ela e o
ex-deputado devem saber.
Gosto muito das análises politicas de Ipirá, formulada por Agildo Barreto, no entanto o mesmo esquece que em Ipirá, podemos ter alternativas a Jacú e Macacos, com a vitória de Lula e Jerônimo, é só acreditar que temos uma federação e podemos nos contrapor aos dois projetos, ou inclusive ter apoio de um deles. Fica tudo no campo da conjectura, mas é importante ressaltar que a federação formada pelo PT, Pc do B e Pv, foram portadores de mais de 6.000 (seis mil) votos na última eleição
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