sábado, 27 de janeiro de 2024

QUEM É QUEM NAS ELEIÇÕES 2024?

São eleições municipais, naturalmente, apresentam algumas especificidades próprias.

 

No nosso caso, o município de Ipirá. Assim sendo, temos particularidades salientes que fazem parte da nossa sociedade; algo peculiar que está no coração e mente de nossa gente; são características inerentes à nossa população, que se sobrepõe ao controle oligárquico exercido por duas ou três famílias.

 

Eu digo com a maior franqueza: Ipirá é um município lulista. Na primeira eleição de Lula para presidente, em 1989, no primeiro turno, ele venceu em Ipirá, sem apoio de qualquer líder dos dois grupos oligárquicos. No segundo turno, em Ipirá, Lula foi derrotado porque o prefeito daquela época, Amenar (da jacuzada) derramou dinheiro nas eleições.

 

Na primeira vitória de Jaques Wagner para governador, ele venceu aqui em Ipirá. Uma observação: o prefeito da época era Diomário Sá, que apoiou Paulo Souto. JW não teve apoio de nenhuma liderança em Ipirá. Todos eles, do jacu ao macaco, estavam com Paulo Souto. Vitória inquestionável do povo.

 

Evidente que o PT da Bahia procurou montar o seu esquema para governar o Estado da Bahia por muitos anos. Em Ipirá JW ficou com o prefeito de plantão. Quem era? Diomário Sá (na época macaco), se o prefeito fosse jacu, eu não tenho dúvidas, ele ficaria com o prefeito de plantão. Diferentemente de ACM Malvadeza que ficava com os dois (jacu & macaco).

 

Na última eleição para presidente no segundo turno, Lula venceu com 27.996 votos contra 6.860 de Bolsonaro. Se ACM Neto teve 13.423 votos, com o apoio da jacuzada, significa que desse grupo 6.563 votos acompanharam a eleição de Lula. Com uma observação, Bolsonaro, em Ipirá, tem voto da jacuzada e da macacada.

 

Um questionamento que deve ser feito em Ipirá é: por que o PT de Ipirá, num município lulista e num estado dominado pelo PT não consegue fazer um vereador?

 

Para as eleições de 2024, apresentam-se duas pré-candidaturas: Thiago do Vale, pelo PSD, pertencente ao time do senador Otto Alencar e a candidatura de Nina Gomes, pelo PMDB, pertencente ao time do vice-governador Geraldo Junior.

 

O governador Jerônimo Rodrigues (já) tirou foto com Thiago do Vale e, também, tirou foto com Nina Gomes. Os dois vão se apresentar na foto de campanha com Lula e Jerônimo à tiracolo. Dá para compreender? Coisas de Ipirá!

 

O governador Jerônimo virá para a reeleição, (virá que eu sei) naturalmente, que não vai jogar a água da gamela fora (a água e o menino(a)). Em Ipirá, tá tudo em casa. No querer do governador não era prá ter essa briguinha. Preste atenção ao que eu vou colocar aqui: o governador vai ficar em cima do muro para não perder voto. O que o governador quer é voto. Tá tudo em casa, é tudo birra de criança.

 

Então, em Ipirá, tudo indica, que não haverá a polarização da política nacional, desde quando, na cabeça de chapa estarão PSD x PMDB e os dois vestirão a camisa de Lula.

 

A liderança que participou da carreata de Bolsonaro em Ipirá foi Luiz Carlos Martins. Mas, o grupo da jacuzada está caindo pelas tabelas e foi obrigado a entregar a cabeça de chapa ao PMDB para ver se fica bem na fita. O bolsonarismo está difuso nos quadros da jacuzada e da macacada.

 

A polarização política mais elevada ficará a cargo das pessoas que possuem uma visão ampliada e colocam a política nacional como o eixo principal da disputa política. No contexto local prevalecerá a política rasa e rasteira que norteia os grupos do jacu e macaco, que sufocará e prevalecerá de forma avassaladora na disputa eleitoral. Tudo pela questão local!

 

O eleitor de Ipirá tem que abrir bem os olhos, porque a maré não está prá peixe. Nessa lambança toda, feita pelo sistema oligárquico do jacu e macaco, quem realmente se deu bem foi a família Oliveira. A prefeitura ficará com o sobrinho do ex-deputado Jurandy Oliveira ou com a vice-prefeita, que é esposa do ex-deputado. Tá tudo em casa da família Oliveira. Vá dá tanta sorte assim, na casa do chapéu!

 

Realmente uma terceira via não se concretizou em Ipirá. Ficamos quase sempre, no patamar dos 500 votos. Em duas oportunidades ultrapassamos a casa dos 2200 votos, inclusive na campanha do Renova, que não contou com o apoio do PT local, que nos levaria para mais de 3000 votos e dois vereadores.

 

Na atualidade a Federação (PT, PCdoB, PV) têm três cadeiras na Câmara de Vereadores. A prioridade é manter essas vereanças. Houve muita precipitação no encaminhamento dos procedimentos e a ansiedade em apoiar uma pré-candidatura à prefeito, não se sabe com quais interesses, poderá colocar a perder as representações na Câmara de Vereadores. Que não aconteça!

 

O meu voto é um voto da minha consciência. Nessas eleições de 2024, votarei por um projeto de desenvolvimento nacional; na defesa de uma legislação que garanta direitos sociais e na defesa do Estado contra o neoliberalismo.

 

O meu voto é secreto, mas não é segredo, em 2024 votarei no 90, um jegue carregado de cana, descendo a ladeira da Caboronga. Cana tem nó e jegue tem venta. Não fico em cima do muro. Em 2026, se vivo estiver, votarei contra a extrema-direita fascista.




 

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