quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

A PIOR SEGUNDA-FEIRA DO MUNDO

A Federação Brasil Esperança/ Ipirá-BA (PT, PCdoB, PV) tem três representantes na Câmara de Vereadores de Ipirá; são eles, pela ordem: vereador Arnor do Sindicato; a vereadora Luma e o vereador Jaildo do Bonfim. Um fato real e concreto nessa atual Legislatura da Câmara de Vereadores de Ipirá.

 

A vitória eleitoral verdadeira da Federação para o próximo pleito de 2024, em Ipirá, seria ampliar o número de vereadores. Se de três mandatos de vereadores cair para um, ficará claramente definida uma perda eleitoral.

 

Na política, às vezes, costuma acontecer um freio de arrumação. Observe o que aconteceu na semana passada: um vereador (da atual Legislatura) de Ipirá se ofereceu para sair candidato a vereador pela Federação. No partido dele, ele está perdido (tudo indica); na Federação estaria reeleito.

 

Vamos mais longe. No tabuleiro da política local muita coisa pode ou poderia acontecer. Vamos supor que um vereador (do jacu ou macaco) fosse convidado para colocar sua reeleição (99,9% de garantia) pela Federação. Um vereador foi convidado e não aceitou; o outro vereador não chegou nem a ser contactado (chance de 90% para aceitação).

 

Vamos para a matemática eleitoral: vereador Jaildo; mais o vereador que se ofereceu; mais um vereador convidado; os três trariam um somatório de três mil votos (isso é previsão!). Dois estariam eleitos e um ficaria aguardando uma pequena ajuda.

 

A votação do PT e PCdoB (com base nas eleições 2020) em torno de quatro mil e duzentos votos (cada eleição tem sua realidade), completaria a votação do terceiro vereador eleito e faríamos mais um vereador(a). total 3 + 1= quatro vereadores.

 

Com sete mil e duzentos votos, a sobra restante (final) deixaria uma grande chance para mais um(a) vereador(a). Pense numa Câmara de Vereadores com cinco vereadores(as) da Federação! Fazendo um trabalho de unidade, de cooperação e com uma coordenação política atuante e qualificada! As oligarquias que se lasquem!

 

Vamos avançar mais um pouco na questão de Câmara de Vereadores. São quinze cadeiras. Ficando cinco para a Federação restariam dez cadeiras. É bem possível que uma cadeira seja conquistada por esse partido (Avante) de candidaturas nanicas; restará nove cadeiras para jacu e macaco.

 

Nove cadeiras para jacu e macaco. Vencedor cinco e perdedor quatro ou seis a três. A bancada da Federação seria a primeira ou segunda na próxima Legislatura, não seria a última. Essa hipótese concretizada seria a maior rebombada no esquema jacu e macaco. Seria furar os olhos do jacu e macaco.

 

Vamos tomar como exemplo o LADO PERDEDOR, com quatro ou três cadeiras. Vamos fazer o cálculo considerando que não acontecerá nenhuma surpresa eleitoral (ninguém pode garantir) nos dois grupos.

 

Exemplificando: cálculo para a jacuzada (cinco vereadores / perderia um / ficaria com quatro) (seria a queda de um avião!).

 

Exemplificando: cálculo para a macacada (são 8 vereadores / perderia metade / ficaria com quatro) (seria pular do avião com paraquedas enguiçado!)

 

É só uma conjectura, somente isso! Para se ter uma ideia do estrago que aconteceria: só estaria garantido vereador com 1.300 votos. Pense numa bagaceira! A garantia eleitoral para vereador ficaria em mais de trezentos mil reais.

 

Seria a disputa mais dura, mais intensa, mais desesperada e encarniçada por uma cadeira na Câmara de Vereadores de Ipirá. Seria subir no pau-de-sebo de 10 m de altura, que o juiz de direito João Cavalcante armava na Praça da Bandeira, com a maior cédula da época no topo. Hoje seria 200 reais. Pouca gente em Ipirá já viu um lobo-guará.

 

A questão dos vereadores é fundamental no trajeto político municipal. O enunciado acima não foi colocado na mesa para discussão, nem mesmo ventilado foi. O caminho desejado tomou outro rumo.

 

O Executivo passou a ser a menina dos olhos. A Federação optou pela macacada com a argumentação de participar na administração municipal e querendo lançar a candidatura do vice-prefeito. Existe um programa mínimo de governo para essa aliança ou tem base apenas no palavreado frouxo dos interessados?

 

Procurando entender: com esses vereadores de Ipirá não há meios de confiabilidade; mas com as oligarquias a confiança é plena. É isso? Em que terra prefeitos eleitos (tipo Thiago do Vale ou Nina Gomes) vão abrir mão do “agora, a caneta é minha, quem manda sou eu!” para uma gestão de participação popular?

 

Para finalizar esse artigo, o vereador Jaildo do Bonfim, em SESSÃO SOLENE 20/02/24, olhando nos olhos do pré-candidato Thiago do Vale, disse em bom-tom:

 

“...estou na Federação, estou com o pré-candidato Thiago... e quero dizer a você Thiago, que estaremos juntos com reciprocidade, a partir do instante que eu sentir que você não está comigo, também não estarei com você, porque essa via política é via de mão dupla e precisa haver confiança de um para com o outro e no instante que houver uma outra pessoa na relação entre o pré-candidato Tiago e o pré-candidato Jaildo, não pode haver (o vereador soltou um riso) e não haverá a reciprocidade...”

 

Recado clássico para o petista que disse que: “qualquer candidatura de vereador para participar da Federação tem que passar pelo crivo da Federação.”

 

O vereador é do PSD e vai para o PV na abertura da janela. Isso está claro. Mais claro ficou, que o vereador Jaildo não aceita intermediário da Federação no seu contato com o candidato ou prefeito. Vê lá se o vereador vai ficar subordinado a um partido (PT) que nem vereador consegue fazer em Ipirá!

 

Pensando bem, será a maior bobagem política, para não dizer erro político, dessa Federação, desfazer-se desses três mandatos de vereadores (atuais) que fazem parte da Federação para, simplesmente, viajar na maionese de que terá a vice e não sei quantas secretarias. Aí, teremos a pior segunda-feira do mundo, quando, após as Eleições, no dia seguinte, o vereador ou prefeito não conseguir se eleger.
 

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