domingo, 21 de abril de 2024

O REI DO PEDAÇO

Mudanças no tabuleiro de xadrez no melhor estilo ou melhor ainda, no tabuleiro da politicagem de Ipirá. O ex-prefeito Antônio Colonnezi fez uma movimentação precipitada e equivocada, foi e voltou. Ao retornar encontrou seu trono de líder ocupado e bem ocupado. Foi obrigado a sentar na graxa.

 

O ex-prefeito Dió chegou ao ponto mais alto da politicagem de Ipirá: o ‘Rei do Pedaço’. Uma trajetória pessoal brilhante. Chegou à Ipirá sem lenço e com documento. Uma bagagem política forjada no Partidão. Bem recebido pela jacuzada, foi preparando o terreno. Na macacada foi recebido sem mimimi e com a promoção de super star, virou prefeito e ficou no bote.

 

O ex-líder Antônio Colonnezi vacilou e o ex-prefeito Dió virou o grande líder, mentor e condutor deste agrupamento da politicagem ipiraense. Pensador habilidoso domina a tripartite da macacada. Um grupo ligado ao senador Oto Alencar (o maior erro de liderança de Antônio Colonnezi foi não estar colado no senador. Resultado: hoje, tem menos poder político em Ipirá do que o vereador Deteval).

 

Hoje, quem forma o triângulo de poder no grupo macaco é Diomário (o pensador político), Dudy (frágil na teoria política) e Thiago do Vale (tá começando na engrenagem da complexidade política). Vamos aguardar no que isso vai dar.

 

Pelo outro lado, apareceu em Ipirá a figura política de Nina Gomes, trafegando por um caminho traçado pelo ex-deputado Jurandy Oliveira. Foi muito bem recebida na macacada, com a posição de vice e melhor ainda, pela jacuzada, com a cabeça da pule, na posição pré-candidata a prefeita. Uma carreira perfeita para uma ilustre desconhecida.

 

A coisa não anda bem, sua candidatura vive o maior perrengue. O que foi que aconteceu de errado? Caiu no conto do vigário, com uma candidatura lançada um ano antes. Pura precipitação! Nem a Casa da Moeda aguenta o baque! Campanha para ter fôlego e aguentar o repuxo tem que ser faltando três meses para suportar o pique final. Por isso o barco da campanha de dona Nina está vazando e pode afundar antes do tempo.

 

Dona Nina! A senhora tem cinco milhões de reais para bancar essa campanha? Os puxa-sacos da prefeitura divulgam que a prefeitura tem 80 milhões de reais para a campanha. Dinheiro público para campanha política de um pretendente! Imagine uma desgraça dessa! Falam isso sem a menor desfaçatez. A que ponto chegou Ipirá!

 

Dá para perceber que está tudo dentro dos conformes do sistema (jacu e macaco), como sempre acontece em Ipirá. Com jacu e macaco dando as cartas, com todo o domínio e tudo dominado. Do jeito que o sistema jacu e macaco gosta. Nem tanto, nem tão pouco; nem tudo está na balança e no critério de quem manda.

 

O problema e a solução aparecem com a Federação (PT, PCdoB e PV). Para o PT de Ipirá uma simples secretaria municipal, com uma chefia do gabinete contemplam a aspiração do partido. Nada melhor do que pensar que participa da gestão. Isso não tem nenhuma novidade.

 

Uma questão é relevante: num município lulista, com a presidência da República, com o governo do Estado, já teve prefeito petista, com secretarias municipais e no frigir dos ovos o PT local não consegue eleger um vereador, por quê?

 

Novidade mesmo! É o time que está chegando à Ipirá. São todos ipiraenses, com uma experiência adquirida e comprovada na política nacional e estadual.

 

Querem imprimir a mais elevada política no manejo administrativo municipal de nosso município. Uma ótima iniciativa para tirar Ipirá do esgoto administrativo colocado pelo sistema jacu e macaco, que tanto tem humilhado, reduzido a cidadania e infernizado a vida de nossa gente, ao tempo que tolhem o município de Ipirá de avançar em direção a um progresso consistente.

 

O time chegante defende um programa mínimo de governo, com base em políticas públicas firmes e duradouras, com participação popular, democracia e transparência. Efetivamente é essa a intenção.

 

O ‘time chegante’ chegou num momento em que o sistema (jacu e macaco) vive uma séria crise de identidade e está mostrando a sua verdadeira face decadente. Ipirá não pode continuar a dar prosperidade a um sistema atrasado, infame e mesquinho, que impede o avanço e progresso desta terra com liberdade e participação popular.

 

Como pode ser chamado MACACO um grupo liderado por Diomário? Não tem nada de genuíno, de raiz e histórico. É outra coisa qualquer, menos macaco. Uma pequena questão é como fazer uma política diferente com essa ‘outra coisa qualquer’? O time chegante fala em transparência.

 

O gestor Dudy falou em campanha que seu governo seria um livro aberto e transparente e que prestaria contas das finanças públicas da prefeitura em praça pública. Não o fez. Só o fará quando a galinha nascer dentes.

 

Qual é a essência do governo Dudy? Não está determinada pela transparência. As administrações do sistema (jacu e macaco), neste Ipirá do bom Deus, fizeram uma desgraceira de fazer inveja ao diabo, mas no governo Dudy foi quando aconteceu a maior transferência de recursos público para o setor privado, mesmo que tenha acontecido no campo da legalidade, de uma necessidade improvável ou até mesmo nas incertezas dos caprichos volúveis. A falta de transparência encobre os fatos.

 

Será que a próxima gestão vai desnudar os fatos com a transparência assumida e acatada no Programa Mínimo de Governo que será proposto?

 

O que eu não quero que aconteça é que o ‘time chegante’, que é calejado, tem experiência e vivência nestas contendas políticas faça como a multinacional Nestlé fez em Ipirá, há décadas atrás, após uma atuação em nossa terra sem o resultado esperado, bateu o carimbo: “isso aqui não tem jeito, não!” E se picou.

 

Enquanto as coisas acontecem, o prefeito Dudy continua apresentando suas obras: “em 2024, vamos reformar as casas das pessoas necessitadas; vamos fazer a praça do povoado Umburanas e no Flor da Chapada; vamos intensificar o nosso calendário festivo, com exposição e tem mais, vamos fazer a reforma no Ginásio de Esporte, com uma arenazinha; é tanta coisa que não cabe neste artigo (isso ele não falou). Antes que eu esqueça, a Via Line vai se instalar aqui.”

 

Tem que haver transparência não só nas contas públicas, mas também nas falas púbicas e privadas. A fábrica de calçados se picou de Ipirá não foi por culpa de nenhuma esfera governamental, foi devido ao péssimo e escandaloso gerenciamento da empresa com desvio de capital. Ipirá ficou sem dois mil empregos e os trabalhadores receberam um calote daqueles.

 

Como a questão é apresentada? Vem uma Via Line aí, que vai empregar trezentas pessoas e ... (tá tudo bem!). Sim! Ipirá perdeu ou ganhou? E o calote dado na classe operária? Qual foi o encaminhamento dado para esta problemática?

 

Saltando da alta política para o andar de baixo. Será que a Federação não vai fazer um vereador? Explicando: um vereador é garantido, à primeira vista, tudo indica, será... (Jaildo).

 

Supondo que o vereador eleito (tudo faz crer, Jaildo) tenha 1.100 votos (suposição), com um coeficiente de 2.100 votos (suposição), o vereador possivelmente eleito (Jaildo) precisará de 1.000 votos para atingir o coeficiente e esses 1.000 votos (virá que eu sei) do PT e do PCdoB.

 

Sendo que, se a Federação fizer só um vereador (e se for Jaildo) o PT e o PCdoB deixarão de fazer um vereador, porque os votos foram direcionados para eleger (pelo menos teoricamente, Jaildo).

 

O time que chegou ‘chegando’ não está convidando o vereador e atual presidente da Câmara de Vereadores de Ipirá para estas reuniões? Por favor, pensem, também, um pouco na baixa política, porque no início do ano (2024) a Federação tinha três vereadores e, de certa forma, representará um fracasso eleitoral sairmos das Eleições de outubro/24 sem nenhum vereador da esquerda (PT e PCdoB) em Ipirá. Muito agradecido pela leitura.
 

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