QUEM É MAIS SABIDO, O RÁDIO OU A TELEVISÃO ?
Primeira Parte è o Rádio.
Agora, eu vou contar um causo, e este causo tem duas partes, esta é a primeira.
Ipirá é uma terra muito acalorada, também pudera, fica no semi-árido, mas a quentura que faço questão de referir-me é a dos apimentados debates de sua gente e isso não é coisa de hoje, nem de ontem.
Há muito tempo, havia na saída da rua das Flores e início da rua Pedro Alves, um sujeito chamado Zé de Melo, mais conhecido por Zé Capenga, magro, meio calvo, que puxava de uma perna, como o próprio nome já diz. Era uma pessoa cordial e do bem. Zé Capenga era dono de um empório muito concorrido, que andava cheio de clientes e de prosador, por dois motivos muito simples: vendia fiado e era dono de um aparelho de rádio.
Ouvinte assíduo e viciado em rádio, Zé Capenga só desligava o rádio da marca Zenith para esfriar as válvulas, afora isso, acompanhava tudo, desde as novelas radiofônicas como, "Jerônimo, o herói do sertão", até as bravatas de Carlos Lacerda e sempre comentava: "que cabra safado é esse Lacerda; isso é o maior lambe-botas de tio Sam".
E todo dia tinha assunto e todas as noites as pessoas ouviam a rádio Mayrink Veiga e os comentários acalorados iam noite-a-dentro, até que o horário de descansar os corpos chegava, não permitindo que fossem mais adiante, mesmo que a conversa não tenha sido finalizada, assim sendo, continuava brasa viva para a noite seguinte. Era sempre assim.
Certo dia, a clientela encontrou Zé Capenga chorando descabelado e todos ficaram desesperados. João Miadé tomou a iniciativa e perguntou:
- O que foi que aconteceu, cumpade Zé Capenga ?
- Nosso pai morreu – disse Zé Capenga balbuciando e caindo em choro transbordante.
Todos ficaram aflitos, mas procuravam um meio de consolar Zé Capenga. Silvestre Carneiro buscava confortá-lo, dizendo:
- Meu amigo Zé; todos nós estamos nesse caminho; uns vão mais cedo, outros mais tarde, mas nenhum de nós vai escapar desse dia. Ele vai ter um bom lugar lá no céu, disso eu tenho certeza.
Zé Capenga não parava de chorar. A notícia da morte do pai de Zé Capenga correu pelos quatro cantos da cidade e a aglomeração aumentava. Ninguém conseguia confortar Zé Capenga, que dizia:
- Nosso pai morreu. Perdemos nosso pai. O que vamos fazer sem ele?. Eu ouvi no rádio.
Zé Papagaio, o melhor memorialista de data nesta terra, que não perdia um só detalhe de tudo que estava acontecendo, acrescentou em cima da bucha:
- Se deu na rádio é verdade; rádio não mente.
Zé Capenga chorava copiosamente, não parou um só instante. Lá pelas tantas, chegou um cavaleiro com um chapéu de couro quebrado por cima do rosto e entrou no empório pela porta do fundo, observou a multidão, tirou o chapéu e colocou-o no cabide, para o espanto de todos. Ouviu-se um grito de Zé Papagaio:
- Oxente ! esse é Mané de Juventino, o pai de Zé Capenga.
João Miadé deu um salto e caiu na frente de Zé Capenga, e foi indagando-o imediatamente:
- Ô cumpade Zé Capenga, olha Mané de Juventino aí na frente, home. Ele tá vivinho da silva e cuma é que o cumpade quer fazer o home de difunto?.
- Num é isso não cumpade; foi nosso pai dos pobre, Getúlio Vargas, que morreu com um tiro no peito. Eu ouvi no rádio.
João Miadé tomou um susto e o impacto da notícia tomou conta de todos, dos soluços ao choro prolongado foi uma questão de segundos. Todos se abraçavam e choravam. Todos sentiam aquela falta. O chororô foi geral e igual ao do Botafogo, chorou o presidente, o jogador e o torcedor, afinal era 24 de agosto de 1954.
Primeira Parte è o Rádio.
Agora, eu vou contar um causo, e este causo tem duas partes, esta é a primeira.
Ipirá é uma terra muito acalorada, também pudera, fica no semi-árido, mas a quentura que faço questão de referir-me é a dos apimentados debates de sua gente e isso não é coisa de hoje, nem de ontem.
Há muito tempo, havia na saída da rua das Flores e início da rua Pedro Alves, um sujeito chamado Zé de Melo, mais conhecido por Zé Capenga, magro, meio calvo, que puxava de uma perna, como o próprio nome já diz. Era uma pessoa cordial e do bem. Zé Capenga era dono de um empório muito concorrido, que andava cheio de clientes e de prosador, por dois motivos muito simples: vendia fiado e era dono de um aparelho de rádio.
Ouvinte assíduo e viciado em rádio, Zé Capenga só desligava o rádio da marca Zenith para esfriar as válvulas, afora isso, acompanhava tudo, desde as novelas radiofônicas como, "Jerônimo, o herói do sertão", até as bravatas de Carlos Lacerda e sempre comentava: "que cabra safado é esse Lacerda; isso é o maior lambe-botas de tio Sam".
E todo dia tinha assunto e todas as noites as pessoas ouviam a rádio Mayrink Veiga e os comentários acalorados iam noite-a-dentro, até que o horário de descansar os corpos chegava, não permitindo que fossem mais adiante, mesmo que a conversa não tenha sido finalizada, assim sendo, continuava brasa viva para a noite seguinte. Era sempre assim.
Certo dia, a clientela encontrou Zé Capenga chorando descabelado e todos ficaram desesperados. João Miadé tomou a iniciativa e perguntou:
- O que foi que aconteceu, cumpade Zé Capenga ?
- Nosso pai morreu – disse Zé Capenga balbuciando e caindo em choro transbordante.
Todos ficaram aflitos, mas procuravam um meio de consolar Zé Capenga. Silvestre Carneiro buscava confortá-lo, dizendo:
- Meu amigo Zé; todos nós estamos nesse caminho; uns vão mais cedo, outros mais tarde, mas nenhum de nós vai escapar desse dia. Ele vai ter um bom lugar lá no céu, disso eu tenho certeza.
Zé Capenga não parava de chorar. A notícia da morte do pai de Zé Capenga correu pelos quatro cantos da cidade e a aglomeração aumentava. Ninguém conseguia confortar Zé Capenga, que dizia:
- Nosso pai morreu. Perdemos nosso pai. O que vamos fazer sem ele?. Eu ouvi no rádio.
Zé Papagaio, o melhor memorialista de data nesta terra, que não perdia um só detalhe de tudo que estava acontecendo, acrescentou em cima da bucha:
- Se deu na rádio é verdade; rádio não mente.
Zé Capenga chorava copiosamente, não parou um só instante. Lá pelas tantas, chegou um cavaleiro com um chapéu de couro quebrado por cima do rosto e entrou no empório pela porta do fundo, observou a multidão, tirou o chapéu e colocou-o no cabide, para o espanto de todos. Ouviu-se um grito de Zé Papagaio:
- Oxente ! esse é Mané de Juventino, o pai de Zé Capenga.
João Miadé deu um salto e caiu na frente de Zé Capenga, e foi indagando-o imediatamente:
- Ô cumpade Zé Capenga, olha Mané de Juventino aí na frente, home. Ele tá vivinho da silva e cuma é que o cumpade quer fazer o home de difunto?.
- Num é isso não cumpade; foi nosso pai dos pobre, Getúlio Vargas, que morreu com um tiro no peito. Eu ouvi no rádio.
João Miadé tomou um susto e o impacto da notícia tomou conta de todos, dos soluços ao choro prolongado foi uma questão de segundos. Todos se abraçavam e choravam. Todos sentiam aquela falta. O chororô foi geral e igual ao do Botafogo, chorou o presidente, o jogador e o torcedor, afinal era 24 de agosto de 1954.
Bárbaro,este tema.E eu vou começar com um lamento:Quem era o rádio...não vale a pena comparar.Se falarmos nos Anos de ouro então,aí é que é covardia.Dalva de Oliveira,Carmem Miranda,Linda Batista,Marlene,Emilinha,Elizeth Cardoso,e posteriormente,Maísa "meu mundo caíu...",CaubY!!!CaubY!!!"Conceiçããão...",Nelson Gonçalves "boemia...",(meu pai era apaixonado,ele tinha um Zilomag),o rádio tem história pra cantar.Não foi no meu tempo mas gostaria que tivesse sido,a primeira estação,fundada por Roquette Pinto,hoje é rádio MEC no RJ. Transmitiu a festa de centenário da Independência do Brasil com a fala de Epitácio Pessoa e tudo!Mas isso tudo passou,ficou sómente na história e na memória de quem viveu nessa época.E morreu agora nesses dias,um grande nome do rádio,Haroldo de Andrade que por muitos anos manteve-se no topo da audiência à frente da rádio globo no Rio de Janeiro.Essa rádio que existiu em tempos idos eu afirmo que era mais inteligente ,mas hoje sinceramente,para mim nem rádio e nem tv eu prefiro a INTERNET,tche!!!
ResponderExcluirAgildão,manda ver!
bastante interasante a historia do radio mas acho que a televisão é mais esperta.o radio por sua vez nos traz noticias e a televisão alem de nos da notícias nos promove as imagens e a opção de escolha de programação podemos optar por novelas desenho animados jogos de futebol entre outro essa é minha opinião!
ResponderExcluirass:leonardo dos s. silva
escola: cemels
serie:3ª aª matutino.
a crônica de agildo mostra um ponto positivo do rádio, que na verdade também pode ser atribuido a televisão, o ponto positivo é o poder de enviar noticías a população, e isso a televisão faz muito bem por que além de trans mitir a noticía, também é capaz de mostrar imagens relacionadas a noticía.
ResponderExcluirEntão fica a duvída:
Quem é mais sabido o rádio ou a televisão?
Aluno: João Vitor Bastos Oliveira
Escola: Cemeles
Série: 3ºano B
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirDiante dessa icógnita, fiquei em dúvida para dar minha opinião,porém depois de muito analisar cheguei a conclusão que o rádio ele se torna mais sabido do que a televisão. Mesmo sabendo que a televisão além de transmitir a notícia contendo cenas,ela não possui a credibilidade de está sempre renovando as informações ao longo do dia,ou melhor,ela renova ,mas muitas vezes acaba repetindo algo em seus noticiários o que torna monótono a programação.Quanto ao rádio,ele está sempre buscando notícias novas no decorrer do dia ,sempre leva aos ouvintes informações "fresquinhas".Por mais que o rádio não toque na maioria da vezes músicas de qualidade,a sua informação é definitivamente mais completa e prestativa!
ResponderExcluirAss:Kaliandra Ramos de Souza
Escola:CEMELS
Série:3ºano A
Eu acredito que são dois meios de comunicação muito importante para a população, porem a televisão é mais completa, pois alem de falar noticias ainda nos proporciona imagens de primeira Mao,dos principais acontecimentos nacionais e internacionais do momento,com muita convicção e cheia de detalhes, e o radio muitas vezes faz uma fantasia dos fatos pois não podemos ver o que é falado,porem tem o seu valor é inegável.
ResponderExcluirAluna:Sheila mônica P. sila
colegio:cemels
serie:3ªc
turno:vespertino
É um pouco complicado saber qual o mas sabido entre o rádio e a televisão porque o rádio teve uma importância muito grande no passado e continua sendo muito inteligente.A televisão pode ser mas sabiá pelo fato de trasmitir a imagem dos acontecimentos.
ResponderExcluirAss:Maise
Escola:Cemels
Serie:3ªC
DIZER QUEM E MAIS SABIDO..
ResponderExcluirO RADIO POR QUE CHEGOU PRIMEIRO NA VIDA DAS PESSOA , O RADIO CRIOU UM LACO DE COMPANHEIRISMO PORQUE TRANMITE NOTICIAS, NOVELAS,ETC..
AS PESSOAS SE REUNIAM PARA ESCUTA -LO NO ARMAZEM DO CAPENGA .
A TELEVISAO CHEGOU DEPOIS TROUXE A NOVIDADE DA IMAGEM MUITA TECNOLOGIA NEH ,MAS APESAR DE SER UMA MAQUINA DE IMAGEM E SOM A TELEVISAO NAO TOMOU A IMPORTACIA NA VIDA DOS QUE ERAM AMIGOS INSEPARAVEIS DO RADIO PARA ELES O SOM DO RADIO ERA SEMPRE MAIS VELOZ DO QUE O SOM DA TELEVISAO.
MAÍRA CARVALHO
He muito dificíl chegar a uma conclusão, pois os dois são inteligentíssimos!
ResponderExcluirSe perguntassem-me isso antes de eu ter lido o "causo" de Zé Capenga eu diria que era a televisão, porém depois de ter ouvido aquela históri acheguei a conclusão que ambos têm o mesmo grau de sabedoria!
Laise Carmo de Oliveira
3ºano B
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirNa minha opinião o rádio é mais sabido do que a televisão, pois, apesar de podermos ver o que está acontecendo no mundo "ao vivo" as notícias acabam ficando repetitivas. Já o rádio passa as notícias para nós ouvintes de uma maneira mais "descotraída".
ResponderExcluirÉ claro que nem todas as rádios passam algo que preste,né?
Aluna:Michelle 3ano A
É um "causo" muito interessante e que nos faz refletir sobre a importância desses dois meios de comunicação, mais eu tenho comigo que o rádio é mais sabido pois as notícias vêm mais rápido do que na televisão.
ResponderExcluirAluna: Suellen 3ªA
"Auxo"que os dois meios de comunicações são muitos interesante, pois são formas de levar noticias pra o povo mais claras, na minha opinião acredito eu que seja o radio, por que é mais rapido, e em qualquer lugar podemos ouvir,a televisão não só podemos ver ou em casa, ou em algum estabelecimento.Goetei da história dos compadres obrigado
ResponderExcluirOs dois sao sabidos a vantajem e que a televizao mostra a imajem e o radio nao
ResponderExcluirass:fernanda souza pinheiro
escola:cemels
serie:3ªano
CONEXÃO IPIRÁ > SÃO PAULO renatoipira.blogspot.com
ResponderExcluirHISTÓRIA: O rádio e a emoção do futebol narrado
ÍCONES DO RÁDIO
A narração de uma partida de futebol torna-se emocionante quando acontece pelas ondas do rádio, tão antigo mas aida pioneiro na vida dos brasileiros.
Comparada à transmissão pela tv, o rádio só perde na apelação da imagem, porém, existem aqueles que mesmo com a tv ligada, substituem o som pela narração de uma emissora de rádio, sem falar na possibilidade de levá-lo para onde quiser , principalmente para dentro dos estádios, resgatando o famoso ``radinho de pilha``. A emoção empregada pelo narrador e a fantasia da imaginação do lançe descrito, faz desse meio de comunicação o preferido de muitas pessõas.
OS ``JOSÉ`S´´ DO RÁDIO
Dentre os preferidos do rádio, há nomes indispenssáveis encabeçando a lista dos mais conceituados, como é o caso de JOSÉ SILVÉRIO da Rádio Bandeirantes de São Paulo (http://www.radiobandeirantes.com.br/) e JOSÉ MANOEL DE BARROS da Jovem Pam AM (http://www.jovempam.com.br/) e é claro JOSÉ CARLOS ARAÚJO da Rádio Globo do Rio de Janeiro (http://www.radioglobo.com.br/), Araújo tráz muito entusiasmo a uma partida, deixando o torcedor na expectativa de gol a ser marcado e até mesmo sofrido.
O rádio mantém viva a fantasia da expectativa e da emoção do gol, capaz de fazer o torcedor explodir de alegria ou entristecê-lo quando vem do adverssário.
ACESSE O Blog CONEXÃO IPIRÁ > SÃO PAULO
renatoipira.blogspot.com
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