domingo, 20 de junho de 2010

É DE ROSCA

Estilo: ficção
Natureza: novelinha
Capítulo: 28 (mês de janeiro 2010) – incrível, apresentação do novo capítulo da novelinha com, simplesmente, 5 meses de atraso.

No capítulo anterior da novelinha, o prefeito Dió estava na grande obra da sua administração, o Chiqueiro de Vendas de Animais de Ipirá, quando, de repente, sua barriga começou a doer, neste momento, olhou para seu assessor e disse:
- Não vou agüentar chegar em casa.
- Então, só tem o Centro de Abastecimento de Ipirá. É o local mais próximo – disse o assessor.

Pronto. Agora o prefeito Dió vai passar pela mesma situação que passa qualquer cidadão ipiraense quando sente uma dor de barriga estando no Centro de Abastecimento de Ipirá.

O prefeito Dió estava no maior aperto. Sua barriga contorcia-se de dor e ele trancava o bicho, endurecia as pernas para que nada escorregasse pelas calças. O assessor do prefeito Dió observava aquela situação e esclarecia:

- Meu prefeito Dió ! o senhor agora vai sentir o aperto que passa qualquer filho de Deus quando tem necessidade de defecar estando no Centro de Abastecimento de Ipirá. Aqui só temos duas opções: o cagador ou a jurema.

- Decida logo meu assessor, porque eu já não agüento mais – disse o prefeito Dió.

O assessor do prefeito Dió sabia que a situação era complicada, não queria tomar uma decisão e foi explicando com bastante calma:

- Segure a onda meu prefeito Dió, aperte o negócio aí e vamos ali no cagador para examinarmos a situação. Seu sujeito do blog descreva aí o cagador para termos uma noção do que é a coisa.

Cenário no. 1 – o cagador –
Descrição – logo na entrada dois dedo de mijo para ensopar qualquer sapato. O sujeito tem que entrar nas pontas dos pés; se estiver de sandália o risco de contaminação é imediato. Cada vaso tem 2 kg de merda e parece que recebeu um chapisco de bosta, pois está todo impregnado. O vaso não tem tampa e é recomendável, não sentar por hipótese alguma, o melhor é colocar os pés em cima do vaso e ficar de cócoras, não esquecendo antes, de fazer uma reza para que não aconteça nenhum acidente e tapar o nariz para suportar o mau cheiro. Faça tudo o mais rápido possível, não fique jogando pensamento fora. Na hora de limpar o dito cujo, leve um jornal, pois o rolo de papel higiênico poderá estar molhado ou contaminado por sei lá que tipo de bactéria. Não se avexe em limpar as mãos, quase sempre não tem água para a descarga, nem na pia, esse serviço você faz em casa tranquilamente e com sabonete. E ATENÇÃO Conselho Tutelar, a mistura de criança e adulto é grande no cagador do Centro de Abastecimento, desde quando não existe diferenciação para ambos.

Cenário no. 2 – a jurema.
Descrição – fica no pasto de Delorme, no centro de um círculo de bosta, existindo grande possibilidade de atoleiro. O apertado tem que entrar nas pontas dos pés como se estivesse calçando sapatilhas de balé. É merda colada em merda, ficando um espaço mínimo para os dedos dos pés ou a ponta do sapato, sendo que, qualquer vacilo o apertado pisa num tolosco. Tem que ficar agachado, com os braços apoiados nos joelhos e as pernas têm que manter a firmeza. Se amolecer, vai se melar. Se esquecer ou não tiver papel não haverá problema, em torno tem muita malva e cansanção, aí vai ter que conhecer as plantas, senão o cansanção vai fazer um estrago. O cheiro não é nada agradável e se o sol estiver quente a inhaca sobe com mais ardencia, embora sopre um ventinho suave.

O prefeito Dió não aprovou o cagador e dirigiu-se para a jurema. Passou por baixo do fio de arame farpado e com habilidade chegou ao lugar que estava com menos congestionamento de cocô e foi com rapidez que baixou as calças e soltou o que queria sair, foi um alívio, não pensou na prefeitura nem nas complicações políticas dos macacos e petistas, chegou a esquecer da vida. Pensou até, em não sair daquele lugar, quando observou que estava sendo observado, e realmente havia dois olhos arregalados direcionados à sua pessoa, espantado, ficou pensando: “o que é aquilo ? parece que são os dois olhos do lobo mau de Ivete Sangalo olhando prá mim. Lá ele é quem fica aqui”.

Só deu tempo para o prefeito Dió suspender as calças e disparar; quem carregava os dois olhos arregalados, cavou o chão e não perdeu tempo, disparou atrás do prefeito Dió, que do jeito que veio saltou a cerca do pasto de Delorme; quem carregava os dois olhos arregalados não alcançou o prefeito Dió por questão de um palmo. Depois de meia hora descansando o prefeito Dió conseguiu falar:

- Você viu, meu assessor ? O lobo mau de Ivete Sangalo começou a falar e só deu tempo de eu correr, quase o bicho me lasca.

- Não, meu prefeito Dió, eu não vi nada disso não. Quem estava correndo atrás do prefeito Dió para dar uma marrada era um carneiro do pasto de Delorme, não era nada de lobo mau.

- Eta bicho pirracento, até na hora de despachar o que provoca o aperto vem esse bicho me perseguir. Eu já disse, aqui nessa terra, enquanto eu for prefeito, ninguém vai matar carneiro, TEM QUE LEVAR PARA PINTADAS.

Suspense: e agora ? o que será que vai acontecer ? agora que o prefeito Dió não está mais apertado, será que esse matadouro de Ipirá vai sair ? êta bicho de rosca.

Leia o capitulo 26 (dezembro 2009) logo abaixo.

Observação: essa novelinha é apenas uma brincadeira literária, que envolve o administrador e o matadouro e, sendo assim, qualquer semelhança é mera coincidência.

Um comentário:

  1. Agildo,amo que você entrega aqui em seu blog, toda sujeira das administrações e niguém tem coragem de vir aqui rebater.Eu costumo jogar seu link em meu twitter como:A VERDADE SOBRE IPIRÁ.
    Abraço.

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