sábado, 29 de dezembro de 2012
sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
TUDO INDICA UM TRISTE FINALE.
Sexta-feira, véspera das eleições, uma rodada decisiva de
200 mil reais para a macacada: o prefeito berrou que não tinha dinheiro. Com várias
lideranças sem cadastro atualizado e disponível no banco não havia meios de
tomar empréstimo. Recorreram a quatro amigos do grupo e solucionaram o
problema: cem de um e cinqüenta de outros dois. O prefeito sabe que grana é
fator de triunfo nas eleições mercantilistas de Ipirá. Sabe, mas negou ao apelo
do macaco. O prefeito viu a banda passar e não acompanhou. Os macacos cismaram.
O prefeito não gastou e ficou mal com a macacada.
Não foi só isso. Diomário era tido como um grande
estrategista e pensador político. Neste último pleito eleitoral, ele conseguiu
a façanha de ser o maior transformista que já houve em Ipirá; deixou de ser
estrategista e passou a ser o maior atrapalhado que já houve em uma eleição em
Ipirá. Manteve uma candidatura improvável, impossibilitada, em completo
impedimento ou melhor, na banheira, utilizo termo de futebol e ele argumentou
com um provável parecer de um Ministro do Supremo. Uma lambança de primeira
ordem imprimida por um fantástico fanfarrão.
Faltando poucos dias para as eleições, a macacada foi
obrigada a trocar de candidatura e foi uma correria desembestada para trocar o
11 pelo 22. Tudo isso por culpa de quem? Do prefeito Diomário que queria ser o
centro de referência e das decisões. Foi um embananador de mão-cheia. Um
vendedor de ilusões para o eleitor; um iludido para o grupo da macacada.
Candidato de oligarquia é fruto da árvore genealógica: não sendo o marido é a
esposa, não sendo esta, é o sobrinho. O prefeito acha que foi ele quem lançou a
candidata. Gosta de se enganar. A candidata eleita que não se deixa enganar,
sabe que ele não tem cacife para tal. A resposta já está deixando de ficar
entalada na garganta.
O resultado das eleições (49 de frente) deixou o prefeito
Diomário mal na fita da macacada. Na campanha, esteve mais para quinta-coluna
do que para protagonista ou condutor da campanha. Sua atuação como padrinho da
candidata foi um verdadeiro fiasco e ele está pagando pelo que plantou. A sua
gratidão mostrou-se tão precária e fraca que foi de uma pobreza singular, ou
bem melhor, um sussurro da boca prá fora. Não perdeu uma eleição ganha por um
triz.
O prefeito Diomário não indicou uma secretaria para a nova
administração de Ipirá. Está chateado e achando-se injustiçado. Tadinho dele, dá
uma peninha! Tomando dois wisky não esconde o que acha que deve ser: “ em time
que está ganhando não se mexe; não era para a prefeita trazer esse pessoal de
fora!” Não passa de um palpite surdo. As duas cartas que ele faz questão de
defender e amparar não gozam da simpatia da macacada. São cartas fora do
baralho da macacada. A caneta do prefeito Diomário já secou. Além do mais, o
prefeito Diomário é um bocudo de primeira grandeza, não via a quem, nem com
quem para deixar de comentar: “essa macacada é incompetente.” Seguindo o seu
conselho neste palavreado a prefeita trouxe pessoas de fora.
Diomário não vai dar mais as cartas. Seu tempo findou.
Perdeu a Assistência Social para o deputado Jurandy, que vai voltar a ser
deputado de fato e poderá voltar a ser candidato a deputado (Diomário impediu a
de prefeito). Entre Diomário e Jurandy, a macacada fica com o segundo. Adios
Diomário. Fez mil e uma ingrisia, alinhavou até pelo avesso e não deu em muita
substância; fora da macacada não é lá essa coisa toda; é um belo representante
do nada; uma liderança concebível de coisa alguma; não era o cacique que muitas
vezes sonhou que era. Prefeita, não esqueça Diomário! Mantenha o pagamento dos
funcionários em dias e não pinte o meio-fio da cidade porque o administrador
Diomário gastou milhões de reais nesta irrelevante obra; faça justamente o que
ele deixou de fazer, pague o transporte escolar para os alunos da rede
estadual, é só o mês de janeiro e fevereiro, dessa forma a Digníssima prefeita
ficará bem na foto. Quanto a Diomário! Eu só queria saber uma coisa: quanto o
prefeito Diomário gastou na campanha da prefeita? Tai uma coisa que eu gostaria
de saber.
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
CREPÚSCULO.
Excelentíssima Prefeita de Ipirá, Ana Verena! Tenho lá
minhas dúvidas quanto à sua futuríssima administração nesta terra, até mesmo,
porque a digníssima prefeita não tem o cheiro desta terra e, muito menos,
degustou do sal deste chão, por isso, eu faço uma perguntinha simples, só responda
com ação: o que a prefeita vai fazer pela economia rural do nosso município?
Pense, enquanto eu continuo pensando por meu lado.
Está findando a administração do prefeito Diomário. A
administração e a força da caneta. A força da caneta e a carreira. A carreira
porque a macacada está eufórica e não perde o tempero, ou melhor, o destempero:
“é a vez do nosso grupo comer”. Essa gente pensa que o dinheiro público é para
ser fatiado entre os coligados. Essa gente é aquela sombra ou assombração que joga
no lamaçal o nome, a honra, a dignidade de qualquer gestor. O grande inimigo da
prefeita está em casa, no próprio grupo da macacada.
Voltando ao prefeito Diomário, é o fim da carreira. Os
macacos ganharam por 49 votos de diferença, quase nada, e isso provoca uma grande
diferença, porque os macacos não perdoam o prefeito Diomário quando afirmam
que: “a frente foi pequena porque o prefeito Diomário não gastou com a
campanha”, alguns dizem mais: “ ele não gastou e ainda pagou coisas da
prefeitura com o dinheiro que era da campanha”. Os macacos assim enxergam e,
assim enxergando, fazem com que a cabeça siga pensando desse jeito, assim
sendo, analiso eu: “ Diomário é uma espinha atravessada e encravada na garganta
da macacada, que não consegue engoli-lo e parece que o dito-cujo não terá muita
vez. Vai ser fritado.”
Já está sendo fritado. O grupo de Diomário não indicou um
secretário. Os dois nomes que ele tenta proteger e amparar sofrem uma rejeição
homérica dos macacos. Sem poder de mando perdeu o poder de decisão, virou uma
jangada sem rumo em mar aberto e não tem como influenciar com peso nas futuras
candidaturas do grupo e macaco não aceita novamente uma candidatura sua e,
talvez, quiçá, nem mesmo a sua interferência. Está mais ou menos clara a extensão
do papel político de Diomário na política de Ipirá, mas esse papel não pôde e não
pode ser desempenhado senão a serviço da oligarquia que domina o grupo da
macacada. Aliás, sejamos bem realistas, o grupo de Diomário só tem o advogado
G.M. com possibilidade de ser prefeiturável, principalmente pela honradez, mas
totalmente escanteado levando-se em conta o principal fator para ser um
candidato em Ipirá, o cifrão (infelizmente chegamos a esse ponto e essa gente
que domina Ipirá não quer entender isso, estão todos a caminho do inferno na
própria terra).
O acesso ao governo estadual será da prefeita. O ex-prefeito Diomário
não terá nenhuma serventia nesta confabulação. O crepúsculo é o fechamento das
cortinas. Esse acesso seria a fenda que daria um suspiro ao ex-gestor,
subtraindo-a em sua integridade, resta o espaço vazio, mais precisamente a
lacuna da falta de possibilidade e o consolo do tempo livre, do momento de
lazer e da folga em Praia do Forte. Não conseguiu se estabelecer como liderança
nem como força política em Ipirá. Constituiu-se uma força minoritária dentro da
macacada. Deixado o poder o rei desnuda-se.
Mas, nem tudo significa água jogada fora da bacia. O
ex-prefeito pode muito bem refazer o seu caminho e pavimentar de forma mais
consistente a sua trilha política, bastando simplesmente se filiar ao PT, onde
será bem recebido pelo governador petista e dará mais força e robustez ao
partido local e se consolidará como um representante petista à altura e de
respaldo para fazer a ponte entre uma prefeita do PP ou de qualquer partideco e
o governador do Estado. Dentro do diagrama e do corporativismo dos macacos,
Diomário não tem espaço, coisa que ele só poderá estabelecer com força
tornando-se um líder do PT local.
Mas, tudo isso interessa muito pouco. O fundamental é a
pergunta: Prefeita, o que a sua administração pretende fazer pela economia
rural de Ipirá, que se encontra em estado de depressão, beirando a falência?
Prefeita, esse é o grande problema de Ipirá. É um fator estrutural e essencial
para o nosso município; nada sendo feito, depois, nas campanhas políticas, que não
seja motivo de orgulho e de grande vantagem a badalação de que sua
administração conseguiu aumentar substancialmente o número de bolsa família no
município de Ipirá. É sua vez de agir, prefeita Ana Verena. O projeto de
desenvolvimento é seu.
domingo, 9 de dezembro de 2012
É DE ROSCA.
Estilo:
ficção
Natureza:
novelinha
Capítulo:
50 (mês de novembro 2011) – Apesar de cansado cheguei ao capítulo 50. Essa
novelinha só tem previsão de término quando o Matadouro Municipal de Ipirá
abater o primeiro carneiro. É pura correria: de um lado, o prefeito
apressando-se para deixar o Matadouro de Ipirá em pé; do outro, o blogueiro
tentando fazer capítulo em cima de capítulo para a novela terminar primeiro do
que o matadouro. Faltam 22 dias para o atual gestor deixar o poder municipal e
a novelinha está no capítulo 50 (novembro de 2011), com simplesmente 13 meses
de atraso. Está feito o grande desafio para o blogueiro, escrever em 22 dias,
nada mais, nada menos do que 13 capítulos, porque acredito que o prefeito não
vá fazer e botar esse matadouro para funcionar em 22 dias.
Em
Praia do Forte, o prefeito Dió acordou alegre e satisfeito, cantarolava e
pensava “hoje é um dia feliz para minha grande gestão, vou terminar o
matadouro”. Chamou o motorista e ordenou-lhe que preparasse o carro:
-
Programe o computador do carro para uma parada no matadouro e coloque no GPS um
roteiro de viagem para Ipirá.
Dito
e feito. No pedágio o motorista chamou à atenção do prefeito Dió:
-
Prefeito Dió, veja o que está escrito nessa carreta “BANCO DO NORDESTE -
Agência de Ipirá- BA”.
-
Onde? – Indagou o prefeito surpreso e assustado – Sim, sim! Foi minha
administração que conseguiu. Eu tinha acertado de encontrar com eles aqui no
pedágio, vamos atrás deles.
-
Não é melhor passar por eles e a gente ir na frente para dar a notícia ao povo
de Ipirá não? – indagou o motorista.
-
Não, vamos atrás deles senão a gente se perde deles.
Enquanto
isso, o Sujeito do Blog estava imaginando como ia fazer mais um capítulo para a
novelinha, já que o assunto estava escasso, parou para pensar e veio aquela
luz: “já sei, vou para Praia do Forte”. Em Feira de Santana, passou pela
carreta de 200 pneus com a lateral em letras garrafais: “BANCO DO NORDESTE -
Agência de Ipirá”. Atrás minúsculo e apagado seguia o carro do prefeito Dió.
Ipirá é assim: enquanto a novelinha vai, o matadouro vem. Nem bem vai, nem bem
vem.
Quando
a carreta passou no primeiro quebra-mola da entrada do Centro de Abastecimento,
as letras grandes permaneceram “BANCO DO NORDESTE”, mas as pequenas começaram a
cair. Caiu o I ficou pirá. No segundo quebra-mola caiu o rá, ficou Pi. Na
entrada de Ipirá a carreta passou direto. “Vai entrar pela rua de Itaberaba”
pensou o prefeito Dió. Passou direto. O carro do prefeito passou direto, estava
programado para o matadouro, estava atrás da carreta. Na estrada de Pintadas, a
carreta entrou. O Prefeito Dió assustado gritou para o motorista:
-
Segue atrás da carreta que o motorista errou a entrada e eu tenho que dizer
para ele onde fica Ipirá.
-
Não dá prefeito Dió. Esse carro só vai parar no matadouro – falou o motorista.
O
prefeito Dió ainda conseguiu ler o fundo da carreta: “BANCO DO NORDESTE –
Agência de PINTADAS”. O carro do prefeito parou de forma brusca no matadouro. O
prefeito já desceu do carro dando esporro:
-
Como é! Isso aqui termina ou não termina?
-
Só tem condições de terminar no ano que vem, seu prefeito Dió – arrematou o
mestre de obra.
-
Eu vou terminar essa geringoça é agora. Vou dá esse troço a um amigo meu por 21
anos para ele mandar e desmandar.
-
Mas prefeito Dió! Eu posso fazer uma pergunta? ... Aí o senhor não acabou o
matadouro, aí o senhor deu – concluiu o motorista.
-
E daí? Não importa, eu terminei, eu terminei de dar a um amigo meu; o
matadouro, é bom que fique bem claro e acabou.
Enquanto
isso, o Sujeito do Blog, perdido em Praia do Forte, ficava sem saber o que aconteceu
com a carreta, mas imaginava: “ o prefeito Dió não gosta de dá nada da
prefeitura, é bem capaz ele não dá um local para esse Banco; mas não é possível
que este banco não fique em Ipirá por falta de local, (a Galeria Piaiá, coloca
à disposição do banco o primeiro andar da galeria com 400m2, sem pagar nada por
dois anos) neste momento, o prefeito Dió está no matadouro, eu aqui em
Salvador, como é que eu vou colocar ovelha neste capítulo? Não tem jeito vou
ter que apelar para a polícia.” O prefeito Dió recebeu um telefonema:
-
Prefeito Dió! Aqui é a polícia, roubaram um bangalô aqui na Praia do Forte, mas
já prendemos o ladrão, é um sujeito de alta periculosidade chamado Burrego... O
quê?... O nome da mãe dele?... Só pode ser ovelha.
No
matadouro, o prefeito Dió falou em voz alta:
-
Tem que matar tudo quanto for ovelha e burrego para não ficar nem a semente.
-
Eu não entendo mais nada. O prefeito Dió dizia que aqui no matadouro não ia
matar uma ovelha e agora já quer que mate todas! – argumentou o motorista.
-
Não é aqui não, é em Salvador. Lá tem que ter pena de morte para burrego, é lá.
Lá em Salvador, ovelha tem que ir para a cadeira elétrica. Oh my god! por que
ninguém me compreende?
Suspense:
e agora ? o que será que vai acontecer ? A correria é grande. De um lado o
prefeito Dió está faltando 22 dias para deixar o mandato. O sujeito do blog
está com a novelinha atrasada 13 meses. Mandato vai terminar daqui a 22 dias. A
novelinha para empatar tem que correr, ou seja 13 capítulos em 22 dias. Quem
vai terminar primeiro? Quem vai levar a melhor: o prefeito Dió ou sujeito do
blog? Agora é o de rosca contra a
certeza absoluta é que a novelinha não acaba nunca e Ipirá vai se lascar. Duas
coisas de rosca, essa novelinha e o Matadouro de Ipirá.
Leia
o capitulo 49 (outubro 2011) bem abaixo.
Observação:
essa novelinha é apenas uma brincadeira literária, que envolve o administrador
e o matadouro e, sendo assim, qualquer semelhança é mera coincidência.
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
É DE ROSCA.
Estilo:
ficção
Natureza:
novelinhaCapítulo: 49 (mês de outubro 2011) – Essa novelinha só tem previsão de término quando o Matadouro Municipal de Ipirá abater o primeiro carneiro. Estamos em fase de correria: de um lado, o prefeito apressando-se para deixar o Matadouro de Ipirá em pé; do outro, o blogueiro tentando fazer capítulo em cima de capítulo para a novela terminar primeiro do que o matadouro. Faltam 28 dias para o atual gestor deixar o poder municipal e a novelinha está no capítulo 49 do mês de outubro de 2011, com simplesmente 14 meses de atraso. Está feito o grande desafio para o blogueiro, escrever em 28 dias, nada mais, nada menos do que 14 capítulos, porque acredito que o prefeito não vá fazer e botar esse matadouro para funcionar em 28 dias.
O
prefeito Dió vinha andando tranquilamente, quando menos esperava tropeçou num
carneiro e caiu. Ficou azucrinado e gritou:
-
QUEM BOTOU ESSA DESGRAÇA NA MINHA FRENTE.
-
Êpa, para aí Sujeito do Blog! Que onda é essa? Quem foi que disse que vale uma
novelinha com três linhas? Você quer mim arrombar com três linhas? Se você não
tem condições de fazer novelinha saia de baixo, acabe logo com isso e desista
dessa bobagem que não tem nem mais tamanho – disse o prefeito Dió.
O
Sujeito do Blog não perdeu a oportunidade e falou cobrando:
-
Cadê o matadouro que sua administração não terminou?
- Alto
lá! Não terminou, não! Já estou na pintura, tenho 28 dias para deixar o
matadouro todo pintado de branco. Pintura é acabamento, todo mundo sabe disso –
considerou o prefeito Dió.
-
Acabou, mas não acabou! Só acaba quando matar o primeiro carneiro – argumentou
o Sujeito do Blog.
-
Quando matar o primeiro bicho não é acabar, é começar. Quem tem que começar é a
nova prefeita, meu trabalho é terminar e eu já estou no acabamento e vou acabar
essa pintura até o dia 31 e no último dia, no último minuto o povo vai receber
esse matadouro, não foi assim que meu Bahêa ficou na série A – disse o prefeito
Dió.
-
Pintura não significa obra acabada é por isso que a novelinha também não
acabou, porque só vai acabar quando começar a matar o primeiro bicho – disse o
Sujeito do Blog.
-
Eu já disse que você não sabe fazer novelinha, você só sabe baixar a madeira na
minha administração, nessa tal novelinha eu só entro pelo cano, não levo uma
vantagem em nada. Quem já viu o artista principal só levar fumo? Isso é porque
você, seu Sujeito do Blog, não sabe fazer novelinha – falou o prefeito Dió.
-
É mesmo, prefeito Dió! Ta certo, então vou fazer como V.Exa. quer. Vou começar
o capítulo agora: O prefeito Dió estava na maior tranqüilidade deste mundo, na
beira da praia, respirando a brisa do mar, beliscando lagosta de tira-gosto e
saboreando uma cervejinha bem gelada, tudo isso em frente ao seu majestoso bangalô,
comprado recentemente na Praia do Forte. Era só tranqüilidade. Ipirá? Problema
nem pensar, era o esquecimento merecido, enterrado, soterrado e apilado, para
não vir à tona e estragar la doce vita. Chuva, nem pensar.
-
Aí, sim! É assim que se escreve, eu não sei porque a Globo não descobriu o
Sujeito do Blog ainda. Esse Sujeito do Blog ta se perdendo nessa terra. Se você
continuar com essa escrita correta e brilhante como deve ser, eu lhe digo que
vou entrar em contato com Roberto Marinho e vou ajeitar uma boquinha lá pra
você – garantiu o prefeito Dió.
-
Lá onde, prefeito Dió? Lá ele é que quer uma boquinha nesse lugar. Não me
atrapalhe, permita que eu continue: no requintado bangalô do prefeito Dio vivendo
só na maresia e com muito bom gosto, ele colocou uma TV plasma de 100 polegadas
importada dos EUA, só para assistir aos jogos do Bahia, nessa imagem cada
jogador fica com 2 m
de altura, e foi essa televisão que deu sorte ao Tricolor de Aço para não cair,
e pensando nisso o elevador do bangalô do prefeito Dió só faz subir – era a
continuação do capítulo da novela feito pelo Sujeito do Blog.
-
Que espetáculo! Isso sim que é novelinha! O artista ou seja, o galã da
novelinha, não por acaso eu, distribuindo simpatia, popularidade e
hospitalidade. Vê se dá para colocar o homem do gol do Bahêa nesse capítulo? –
indagou o prefeito Dió.
-
Boa idéia, prefeito Dió. Vai acontecer isso. Preste atenção, deixe eu fazer o
capítulo e não atrapalhe: Rafael, o Gladiador, foi convidado pelo prefeito Dió
para um almoço série A em seu bangalô para festejar e comemorar a permanência
do Bahia na série A. O jogador aceitou e chegou para o banquete no bangalô do
maior torcedor do tricolor baiano no Estado – assim ia discorrendo o capítulo
da novelinha.
-
Eu tenho outra boa idéia! Hoje eu estou inspirado, foi essa vitória espetacular
do Bahêa. Bota eu conversando ai com o goleador Rafael – orientou o prefeito
Dió.
-
Então lá vai. O prefeito Dió mostrava a televisão plasma de 100 polegadas ao
Gladiador e argumentava: “Foi o primeiro jogo que essa televisão transmitiu,
quando você entrou no jogo essa minha televisão falou “esse Rafael vai fazer o
gol” e não é que você fez o gol. Êta televisãozinha virada do cão, não erra
nunca. Ô Rafael! Me diga com toda tranqüilidade o que foi que lhe deu sorte
para você fazer aquele gol?” o prefeito Dió fez a pergunta e esperava que o
artilheiro não esquecesse de dizer que seu verdadeiro talismã era sua televisão
– narrava o Sujeito do Blog, que passou a palavra ao artilheiro.
-
Observe bem, prefeito Dió! Todo mundo sabe que eu não tenho um pique acelerado
no meu estado normal, mas lá em Goiânia, no restaurante, serviram um tutano e
uma carne de costela de carneiro e eu, que não ia jogar de titular, cair prá
cima de comi quatro pratos de carneiro e seu delicioso tutano, não deu outra,
ganhei sustança, vigor e força pra partir no pique, tirar do goleiro e mandar
para as redes – narrou o artilheiro.
O
prefeito Dió perdeu a cabeça, deu um murro na mesa e soltou a língua:
-
Ta nulo o gol. Jogador dopado não pode fazer gol. O jogo foi zero a zero. Eu já
disse e continuo a dizer: nesse matadouro de Ipirá não vai ter matança de
carneiro, e você, seu Sujeito do Blog, vá fazer novelinha na casa da desgraça e
não no meu bangalô.
Suspense:
e agora ? o que será que vai acontecer ? A correria é grande. De um lado o
prefeito Dió está faltando 28 dias para deixar o mandato. O sujeito do blog
está com a novelinha atrasada 14 meses. Mandato vai terminar daqui a 28 dias. A
novelinha para empatar tem que correr, ou seja 14 capítulos em 28 dias. Quem
vai terminar primeiro? Quem vai levar a melhor: o prefeito Dió ou sujeito do
blog? Agora é o de rosca contra a certeza
absoluta é que a novelinha não acaba nunca e Ipirá vai se lascar. Duas coisas
de rosca, essa novelinha e o Matadouro de Ipirá.
Leia
o capitulo 48 (setembro 2011) bem abaixo.
Observação:
essa novelinha é apenas uma brincadeira literária, que envolve o administrador
e o matadouro e, sendo assim, qualquer semelhança é mera coincidência.
sábado, 24 de novembro de 2012
UMA GRANDE FARSA ESTÁ PARA ACONTECER EM IPIRÁ.
A armação toma corpo na Rede Estadual de Educação em Ipirá.
Caminha-se para abortar uma unidade inteira, a quarta. O motivo apresentado é
inusitado: a falta de transporte para ir buscar e levar os alunos para os
povoados e suas moradias na zona rural do município. Imaginem que ridículo.
O Calendário Escolar está definido em duzentos dias letivos.
Isso é determinado por Lei. Em Ipirá resolveram afrontar e burlar a Lei; não
querem cumprir o disposto na Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional.
Este ano houve uma greve (um direito constitucional) dos professores da rede
estadual por mais de cem dias. O calendário de reposição foi apresentado com
aulas aos sábados, mais dezembro de 2012, janeiro e fevereiro de 2013.
A reposição das aulas não está acontecendo em Ipirá, nem
mesmo aos sábados, por falta de transporte escolar. Uma vergonha. Mais
vergonhoso ainda, é que ninguém sabe se vai ter transporte escolar no período
da IV Unidade, em janeiro e fevereiro de 2013. Fica aquele jogo de empurra, no
maior cinismo do mundo, onde ninguém é responsável por nada, mas o transporte é
uma questão fundamental para a viabilidade do calendário escolar.
Quem é o responsável? O Estado não assume a responsabilidade
com o transporte. A Secretaria de Educação do Estado não se compromete verdadeiramente
com o pagamento do transporte. Os proprietários dos ônibus reclamam que não
receberam até hoje, os 11 dias que a Secretaria Estadual de Educação lhes deve.
Resta a Prefeitura Municipal de Ipirá. O prefeito Diomário Gomes de Sá, em fase
de arribação, simplesmente, nega-se a assumir tal responsabilidade, argumenta
que não é sua obrigação. Aborta-se a IV unidade e resolve-se o problema. Quanta
desfaçatez.
Pense no tamanho do problema que os Poderes Públicos não
conseguem resolver e ficam batendo cabeça. Um ônibus para fazer o transporte de
alunos por 18 km
recebe entre R$ 3.400, e R$ 3.600,00 mensal. Racionalizando a operação, suponhamos
que gire em torno de 70 mil reais para atender a todo o universo que vai
necessitar do serviço, porque deve girar em torno de 120 mil reais o
atendimento no período normal, sendo que, é bom frisar, quem paga a conta é o
governo federal, com o dinheiro do Fundeb. E o cinismo é tão aberrante, que o
prefeito além de dizer que não tem nada com isso, afirma que não tem recursos
dessa monta para fazer tal despesa.
O que impede a prefeitura disponibilizar os recursos do
Fundeb para esse pagamento? Não tem sobra dos recursos do Fundeb? O que custa à
prefeitura responsabilizar-se por essas despesas se a verba do Fundeb para a
educação está justamente adequada para esse fim? Mas o que vale é a palavra de
sua majestade o prefeito: “isso não é da minha alçada e não tem recursos para
despesas de tal vulto”. A população tem o direito de auferir pela presunção da
dúvida, independente do lastro de vaidade e de prepotência com que se esbalda o
argumento de autoridade, nem sempre justo, decente e verdadeiro.
Onde o prefeito amarra a “sua verdade”? No fato de não ser
responsabilidade municipal o transporte para a rede estadual, daí o prefeito
Diomário negar-se a assumir os encargos com o transporte do alunado das escolas
estaduais. Argumenta de forma veemente que isso é uma obrigação do Estado. Pura
falácia; engodo, incoerência e um grande ultraje. É importante que se analise o
problema em toda a sua envergadura.
Como acontece e quem paga o transporte dos alunos da rede
estadual em Ipirá? O deslocamento desses alunos é feito nos ônibus contratados
pela Prefeitura Municipal de Ipirá; sendo pago pela prefeitura, com verba
carimbada do Fundeb. A Prefeitura Municipal de Ipirá sempre transportou os
alunos da rede estadual. Bancou a conta, sempre. Isso, por acaso, é ilegal?
Isso é conduzir de forma clandestina? Isso é agir contra a lei? Como é que o
prefeito faz uma coisa que não é sua obrigação? É difícil justificar por esses
parâmetros. Não se pode fomentar um burocratismo inescrupuloso, vil e
desprezível quando o que está em pauta é a educação de jovens.
O transporte dos alunos da rede estadual passou a ser um
direito intransferível e inalienável do jovem que mora na zona rural de Ipirá.
Os governantes não têm o direito de tratar com desprezo e sonegar esse direito.
Isso é canalhismo. Não dá para entender essa promiscuidade burocrática que
emperra tudo e mostra a mais clara incompetência quando segmentos da gestão
pública atiram uns para os outros as suas obrigações e deixam de praticar a
obrigação do poder público (seja lá em que escala for) que é a garantia da
educação para os jovens.
É lastimável e infame o argumento do prefeito Diomário de
que não tem recursos públicos para gastos de tal monta. A administração do
prefeito Diomário é essa coisa lastimável, que tramita na esfera de uma
transparência ordinária para um estado de contradição calamitosa. Não tem
recurso para pagar os ônibus escolares por dois meses e poucos dias, mas tem a
audácia de contratar ônibus para carreata política do seu grupo; mas tem o
destempero de bancar duas levas de publicidade numa mesma campanha política, a
do 11, jogou tudo na lata de lixo e logo após começou a do 22. Ah! Não foi
dinheiro público, foi dinheiro da candidata e do grupo. Temos que engolir e
acreditar, não é prefeito Diomário?
Temos que observar os acontecimentos também na esfera
política. O prefeito Diomário é aliado do governador Wagner. Não tem uma obra,
ou mesmo, um bem adquirido pela prefeitura de Ipirá que não seja em convênio
com o Estado ou a União e a recíproca é cada vez mais inverdadeira. O Estado
requer do auxílio da prefeitura para pagar, com dinheiro do Fundeb, o
transporte escolar, alguns sábados, alguns dias de dezembro e o prefeito
Diomário capciosamente e maleficamente limitou-se a dizer um sonoro NÃO TEM RECURSOS.
Estando em fase de transição duvidosa para a nova prefeita
Ana Verena, fica a incógnita sobre o mês de janeiro 2013 e alguns dias de
fevereiro. É um total desmando. É necessário que a lei seja cumprida. É mais do
que justo que o Ministério Público tome as devidas medidas e garanta o
cumprimento da lei e o atendimento básico à juventude que necessita dos
serviços públicos. Pelo menos uma coisa eles conseguiram: criaram um impasse
que demonstra o descaso e a forma como a educação é tratada por estes setores
públicos.
sábado, 17 de novembro de 2012
É DE ROSCA.
Estilo:
ficção
Natureza:
novelinha
Capítulo:
48 (mês de setembro 2011) – Essa novelinha só tem previsão de término quando o
Matadouro Municipal de Ipirá abater o primeiro carneiro. Estamos em fase de
correria: de um lado, o prefeito apressando-se para deixar o Matadouro de Ipirá
em pé; do outro, o blogueiro tentando fazer capítulo em cima de capítulo para a
novela terminar primeiro do que o matadouro. Faltam 44 dias para o atual gestor
deixar o poder municipal e a novelinha está no capítulo 48 do mês de setembro
de 2011, com simplesmente 15 meses de atraso. Está feito o grande desafio para
o blogueiro, escrever em 44 dias, nada mais, nada menos do que 15 capítulos,
porque acredito que o prefeito não vá fazer e botar esse matadouro para
funcionar em 44 dias.
O
prefeito Dió estava tranquilamente em seu AP, em Salvador, é claro, e resolveu
telefonar para a prefeita para tratar da transição do poder:
-
Alô, minha prefeita! Como estão as coisas?... Ótimo! Eu gosto de vê-la assim;
com esse entusiasmo de vencedora e essa coragem de guerreira para pegar esse
abacaxi na unha... Não! Eu digo abacaxi no bom sentido... Não, não! Nem pense
nisso! Você não vai estragar a sua unha, não... Não! Fique tranqüila! Tire essa
idéia de largar tudo e cair fora de sua cabeça.
O
prefeito Dió respirou fundo, ouviu um pouco e voltou a falar:
-
Tenho uma notícia boa para lhe dá: Você não vai precisar gastar com carro-pipa,
já mandei encher os açudes, os tanques e todos os buracos com água. Não vai ter
uma só pessoa da zona rural importunando-te por causa de água... O quê? Os
buracos das ruas? Não! Como é que eu vou botar água neles? Não tem como... Se
não vou tapar? Não! Estou sem verba para isso. Eu vou deixar isso para sua
administração... O que? Eu só vou deixar buraco?... Onde?... Nas contas?
O
prefeito Dió parou um pouco, solicitou um copo d’água e pensou por um instante:
“essa mulher é uma neófita em administração pública, vou ter que ficar o tempo
todo mostrando o que e como fazer”, depois voltou a dizer:
-
Não vai ficar nenhum buraco nas contas, inclusive eu vou deixar dinheiro nos cofres...
Por que na campanha eu disse que não tinha dinheiro? Mas você queria o que? Eu
gastei mais de um milhão na sua campanha... Não, não! Mais essa despesa! Essa é
com você e o vice... Não! Se vire com ele... Como? A frente de 49 foi apertada,
porque eu não gastei? 4.900! só se o candidato fosse o prefeito Dió, vamos
mudar de conversa... Não vá por aí! Eu sei que você não pediu para ser
candidata, faça como eu, trabalhe na prefeitura só nos dias de quarta e quinta,
o povo já está acostumado; agora, só na terça, não vai cair bem, mas isso tem
jeito, nós somos prefeito de domingo a domingo, não temos hora para trabalhar e
o povo vai compreender isso muito bem.
O
prefeito Dió balançou a cabeça, com o fone na mão, e ficou pensando: “até isso
eu tenho que orientar essa prefeita”; ouvia atento, até que falou:
-
Sim! E meu grupo? Já tenho minhas indicações para a equipe de governo... O quê?
Mas Lula fez isso com Dilma... Não entendo como essa professora que mostrou o
dedo vai para a educação. O PT tem secretaria; até o deputado tem secretaria e
eu é que vou ficar chupando dedo... Vamos conversar... Pois é! Eu enchi a
prefeitura de jacu! mas você deve tomar cuidado é justamente com seus amigos
macacos; jacu não mete medo, quem é o perigo é justamente esses macacos que
querem meter a mão na cumbuca de dinheiro; eu estou lhe avisando, cuidado com
eles...
O
prefeito Dió já estava cismado com aquela conversa que parecia caminhar para o
lado contrário ao que ele tinha a pretensão de levar. Disse de forma
contundente:
- Tem
um macaco que vai lhe mostrar umas fotos com poça d’água na Praça de Eventos,
esse tá doido para tomar conta da contratação de banda, só para você ter idéia,
esse é mil vezes pior do que Marcelito mascando chiclete e comendo banana.
Entendeste! Cuidado com os macacos de rabo grande. Depois não vá dizer que eu
não lhe avisei.
O
prefeito já não raciocinava tranquilamente e observava o posicionamento
concentrador da prefeita que preferia não dar ouvidos a uma liderança do seu
quilate e pensou: “será que essa prefeita está querendo levar esse barco
sozinha e do seu jeito”. Por fim falou:
-
Eu já disse que a prefeitura não tem dinheiro para o transporte de alunos da
rede estadual; isso é uma fortuna... Sim, eu sei que não chega a cinqüenta mil
reais, mas é uma despesa à toa e eu não vou fazer uma despesa dessa que não
está no orçamento e não é minha obrigação, é do Estado... Eu sei que são
estudantes da nossa comunidade... Eu sei que tem muitos que votaram em você... É,
mas a maioria votou neles... Eu sei que isso não tem nada a ver. Eu sei, que
tem Silva, Santos... tem o quê? Carneiro...
Nesse
instante o prefeito Dió ficou possesso. A prefeita, esperta, desligou o
telefone para não ouvir os péssimos conselhos do prefeito Dió, que continuou
bradando:
-
Eu já disse que em Ipirá não vai ter Matadouro de jeito nenhum e tem mais, aqui
não vai matar ovelha de jeito nenhum, pois eu não vou deixar prejudicar
Pintadas e observe bem prefeita... Alô! Alô! Ela desligou e agora? Não tem nada
não. Ô Sujeito do Blog! coloca aí: O prefeito Dió ta dizendo que aqui não vai
ter matadouro e que aqui não vai abater carneiro, goste quem gostar. Muito bem
Sujeito do Blog, até que enfim esse Blog serviu para alguma coisa. Vou ligar
para a prefeita agora...
Suspense:
e agora ? o que será que vai acontecer ? O prefeito Dió está faltando 44 dias
para deixar o mandato. O sujeito do blog está com a novelinha atrasada 15 meses.
Mandato vai terminar daqui a 44 dias. A novelinha para empatar tem que correr,
ou seja 15 capítulos em 44 dias. Quem vai terminar primeiro? Quem vai levar a
melhor: o prefeito Dió ou sujeito do blog?
Agora é o de rosca contra a certeza absoluta é que a novelinha não acaba
nunca e Ipirá vai se lascar. Duas coisas de rosca, essa novelinha e o Matadouro
de Ipirá.
Leia
o capitulo 47 (agosto 2011) bem abaixo.
Observação:
essa novelinha é apenas uma brincadeira literária, que envolve o administrador
e o matadouro e, sendo assim, qualquer semelhança é mera coincidência.
domingo, 11 de novembro de 2012
É DE ROSCA.
Estilo:
ficção
Natureza:
novelinha
Capítulo:
47 (mês de agosto 2011) – Essa novelinha só tem previsão de término quando o
Matadouro Municipal de Ipirá abater o primeiro carneiro. Estamos na corrida
final, porque faltam 49 dias para o atual gestor deixar o poder municipal e a
novelinha está no capítulo 47 do mês de agosto de 2011, com simplesmente 16
meses de atraso. Está feito o grande desafio para o blogueiro, escrever em 49
dias, nada mais, nada menos do que 16 capítulos, porque acredito que o prefeito
não vá fazer e botar esse matadouro para funcionar em 49 dias.
Era
um dia de quinta-feira ensolarado, o prefeito Dió estava felicíssimo em seu AP.
em Salvador, é claro. Estava recebendo a visita de alguns amigos e
correligionários de seu grupo político e não perdia tempo: cantava através do
assobio a sua música preferida e, também, falava do final de seu mandato de
oito anos:
-
É 22, é 22, 22,22,22,22 uiuiuiuuuuuuuuuuuii! – ainda em clima de euforia e
certeza dizia para os seus seguidores – esse 22 é um detono. Eu garanti a
vitória da mulher e eu digo de forma bem clara: se ela fazer o que eu fiz, ou
melhor, se ela fizer a metade do que eu fiz será uma boa prefeita, porque ótima
como a minha administração é difícil, principalmente, porque ela não tem
experiência com a coisa pública e temos que considerar isso, agora uma coisa é
certa, basta ela seguir os meus conselho para que seu governo seja bom. Vou
orientá-la para que ela coloque minha vereadora na Câmara, pois ela vai
precisar de apoio do legislativo. Vamos assistir televisão.
O
programa do Varelão balançava geral e legal, ao tempo em que ele dava murro na
mesa, e esbravejava:
-
Veja o que esse prefeito fez: deixou o Centro de Abastecimento da cidade virar
um piscinão e não fez nada, não tomou nenhuma providência. Esse prefeito Dió é
um bostético.
-
Veja, prefeito Dió! Varelão chamou o senhor de bostético – comentou um advogado
amigo
-
E o que é que eu tenho com isso? A culpa é de Luizinho do Demo que foi quem fez
aquele troço num buraco – argumentou o prefeito Dió na maior paciência do
mundo.
-
Quem já viu isso? Esse prefeito Dió cortou salário de funcionário. Isso é crime
seu prefeito Dió. Esse prefeito Dió é um sacrotrapa – berrou Varelão dando um
murro na mesa.
-
Vixe, prefeito Dió! Varelão chamou o senhor de sacro não sei o que – disse o
puxa Jojó de Dió.
-
Eu não tô nem aí prá esse Bocão do Varelão. O que importa é que eu pago em dia,
tiro metade do salário, mas o que vale é que eu pago em dia – comentou o
prefeito Dió na maior tranqüilidade.
-
Esse prefeito Dió dispensou um bocado de funcionário da prefeitura, até Bitonho
ele tirou da folha, isso é inconstitucional, seu prefeito. Esse prefeito Dió é
um friribundo – disse Varelão na telinha da TV.
-
Poxa, prefeito Dió! Ele disse que o senhor é um friri... que palavra mais
horrível, o que é isso? – indagou novamente o puxa Jojó de Dió.
-
Deixa esse Varelão bocudo falar, o que importa é minhas contas fecharem e serem
aprovadas, deixa ele falar, até cansar a língua – disse o prefeito Dió com toda
a tranqüilidade.
-
Ainda bem que esse prefeito Dió já está arrumando as malas para deixar a
prefeitura, só falta um mês e meio, um cartão vermelho para ele, ainda bem que o povo vai ficar livre desse
ovelhudo – gritou Varelão.
-
Ovelhudo é sua mãe, seu falastrão! Me segura senão deu dou um pontapé na boca
desse Bocão – gritou o prefeito Dió irado.
Os
amigos pegaram o prefeito Dió que se debatia querendo soltar-se e ainda deu uma
cusparada no Varelão, que tirou o rosto e o cuspe pegou na telinha. O advogado
amigo indagou:
-
O que é isso prefeito Dió! Só porque ele chamou-o de ovelhudo, você perdeu a
estribeira?
-
É porque eu não sou ovelhudo e ele tem que me respeitar. Ovelhudo vem de
ovelha, que é a fêmea do carneiro, e eu não agüento essa ovelhação e já disse
que não vai ter matadouro de carneiro nessa terra, e não é esse Bocão, nem esse
Varelão que vai fazer eu mudar de idéia. Aqui não vai ter matadouro nem com
faltando 49 dias nem com 49 de frente. Aqui não vai matar carneiro, quem quiser
fazê-lo que vá matar lá em Pintadas. Amanhã mesmo vou abrir um processo contra
esse Varelão. Quem falar de mim eu processo.
Suspense:
e agora ? o que será que vai acontecer ? O prefeito Dió está faltando 49 dias
para deixar o mandato. O sujeito do blog está com a novelinha atrasada 16
meses. Mandato para terminar daqui a 49 dias. A novelinha para empatar tem que
correr, ou seja 16 capítulos em 49 dias. Quem vai terminar primeiro? Quem vai
levar a melhor: o prefeito Dió ou sujeito do blog? Agora é o de rosca contra a certeza absoluta
é que a novelinha não acaba nunca e Ipirá vai se lascar. Duas coisas de rosca,
essa novelinha e o Matadouro de Ipirá.
Leia
o capitulo 46 (julho 2011) bem abaixo.
Observação:
essa novelinha é apenas uma brincadeira literária, que envolve o administrador
e o matadouro e, sendo assim, qualquer semelhança é mera coincidência.
quarta-feira, 7 de novembro de 2012
UM CONSELHO.
“Se conselho fosse bom ninguém dava, vendia.” Mas, depois da
carta à futura prefeita de Ipirá, resta-me dar-lhe um conselho: “Prefeita! Não
vá fazer feira no Centro de Abastecimento de Ipirá.” A Digníssima prefeita pode
até pensar: “Mas, na condição de
prefeita eleita, nessa terra,
como é que eu não vou fazer minhas compras no Centro de Abastecimento da cidade
que eu vou administrar?”
“Digníssima prefeita! Não faça uma bobagem dessa! Seria um
ato temerário; seria uma grande loucura da parte de V.Exa. só “em pensar ir”
até aquele Centro, agora imagine o que seria uma simples “tentativa de ir”,
seria um descalabro e pior ainda realizar a “prática de ir.” Não vá, não cometa
este tormento. Deixe quem quiser falar.”
Se a Digníssima prefeita deslocar-se para o Centro no seu
carro, este vai ficar tão sujo no lamaçal que vai ficar parecendo que seu
automóvel estava no Rally dos Sertões, desses que o barro gruda que nem reboco
em casa do programa do governo em Ipirá, que leva um tempão para sair. Aí, quem
não sabe o que aconteceu, fica pensando que V. Exa. está só se distraindo, viajando;
viajando e se distraindo, etc. e tal.
A pé? Nem pensar! V. Exa. tem noção do que é dois palmos de
lama? É lama que vem no meio da canela. Pense bem! V. Exa. com um sapato
Pizzelle, salto alto; vestindo uma calça Trinton Evase Unic, com lama até no
meio da canela! Paciência, prefeita! Logo não está vendo que isso não dá certo.
Sabe como é que as mulheres do povo estão indo lá? Elas pegam dois sacos
plásticos, colocam nas pernas e amarram no joelho, fechando a boca do saco.
Isso é coisa do povão. O que seria ótimo para uma pessoa calçar seria galocha,
mas esse tempo da galocha já passou e aqui prá gente, não fica nada bem uma
prefeita de galocha.
Não insista, prefeita! V.Exa. tem noção de como a lama é
escorregadia? Nem pense! Porque o escorregão na lama é pior do que perder uma
eleição com 49 votos de frente. Mas isso não é nada, o problema é que V. Exa.
não pode cair, nem pense nisso. Muito menos cair no lamaçal. Tome muito cuidado,
ou melhor, todo cuidado é pouco.
Mas se V. Exa. faz questão de fazer suas compras no Centro
de Abastecimento de Ipirá, eu acho conveniente que V.Exa. compre logo, um par
de esqui. De gelo? Não, de lama! Porque na hora de escorregar, quem vai
escorregar é o esqui. Onde vai esbarrar? Aí eu não sei, basta a prefeita livrar
as barracas que vendem jaca e tudo vai bem. Como? A prefeita quer uma
explicação? É porque já foi feita uma novela “Pé na jaca”, como é que vai sair
outra, tem que ser “Esqui na jaca”! Isso não cai bem, prefeita!
O que é que a prefeita pode ver lá na Feira Livre de Ipirá?
Não resta a dúvida que V. Exa. vai ver muita coisa. Lá isso vai. V. Exa. pode
ser testemunha do início de surto de cólera. Como? “Prefeita! Assunte se eu tô
nus conforme do meu palavreado no que eu vou pronunciá porque eu vi isso lá.
Home, mulé e uns arributaio de gente tudo de pé no lameiro i óia qui eu não me
arrifiro aqueles pé de tacho, mais duro do que pedra de amolar canivete, mas eu
falo de pé mitido em apercata ou em havaiana e lama deixando tudo incardido e
intrando pur baixo das unha qui nem bicho de porco pra fazer morada, i lama
intrano nu sangue de gente vai atormentá a vida dos hospitá.” Eu não sei se é
isso mesmo, mas isso aí eu gosto de explicar no meu jeito matuto de falar.
Gostou, prefeita?
Eu não sei o que digo e como tenho que dizer para demover
V.Exa. dessa idéia perigosa que é ir fazer feira no Centro de Abastecimento de
Ipirá! A prefeita diz que não tem medo de água! Mas não é água, prefeita! É
lama, é lameiro, é lamaçal, com rima; é lixo, é lixaço, sem lixeiro, também com
rima. Esqueça a água, prefeita! O lixo também é problema, ficou amontoado!
Pense num escorrego numa casca de banana, que está no lugar errado, justamente
no lixo e no momento que a prefeita passa no lugar certo, e aquela casca de
banana derruba a prefeita! V. Exa. não pode cair. Não deixe nenhum banana
derrubar V. Exa. Tenha cuidado, olhe onde V. Exa. pisa!
O local que vende farinha ficou com a água na cintura. Foi
bom que afugentou os gatos que vigiam os ratos. Vê lá se a prefeita vai comer
farinha nestas condições. O melhor conselho que eu posso dá para a prefeita?
Continue comprando sua farinha de mandioca crua fina Yoki; seu feijão
carioquinha Realeza. É garantido; não arrisque. Continue fazendo suas compras
no Hiper Iguatemi, no Hipermercado GBarbosa e no Supermercado Bompreço, tudo em
Salvador, e, não deixe por menos, qualquer cisco que tenha no porcelanato, ou
qualquer gota de água que tenha no piso,não deixe por menos corra e denuncie ao
Ministério Público, isso é caso de calamidade pública e atentado à saúde da
população. Seja vigilante, prefeita, não deixe as coisas erradas acontecerem.
Eu compreendo. A prefeita quer ver os eleitores no Centro!
Tudo bem! Mas a prefeita tem um longo período de quatro anos para fazer isso. Não
precisa precipitação. Prefeita! Não misture as coisas, oligarquia é elite,
povão é povão. Siga o prefeito Diomário em tudo: pague em dias; não faça obras
com recurso próprio; busque convênio com o Estado e fuja da feira de Ipirá, não
foi assim que o prefeito Diomário fez: depois que ficou prefeito deixou de
fazer feira por estas bandas. Não fica bem prefeito ser atropelado por uma
galeota na feira; muito menos levar salpico de bagunço de jaca por cima das
canelas.
Quem tem culpa no cartório? Prefeita! Essa é a cantoria
lamurienta no meio da lama. Não entre nessa paranóia, senão V.Exa. vai ficar
pensando: “o erro é meu de ter vindo fazer as compras para o meu repasto nesse
chiqueiro de porco”. Prefeita! Oligarquia é elite, contente-se com isso. V.
Exa. não pediu nada, foi eles que quiseram. Não caia na lama.
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
UMA CARTA.
Exma. Prefeita do Município de Ipirá
Dra. Ana Verena.
Tomo a audácia da missiva com extraordinária
franqueza e com o intuito de primar pela bem-aventurança para estas terras de
Ipirá.
V.Exa. é depositária da vontade popular. Foi a
escolhida para conduzir nossos destinos por estes quatro anos vindouros.
Pleiteio e faço votos que os conduza da melhor forma possível, no contento de
prover estas terras do progresso necessário.
Acaso, o município tivesse a sua vida exclusivamente
limitada à área da saúde, eu estaria perfeitamente tranquilo com a perspectiva
de sua administração, evidentemente, eliminando-se as promessas exageradas e
impossíveis de campanha, caso da UTI no Hospital de Ipirá, e na promessinha da
ambulância do SAMU, que V.Exa. fará um esforço para trazê-la e implantá-la. Se
fosse só e somente só a saúde, não tinha porque estas linhas; seria
desnecessária esta escrita.
Mas, a realidade de Ipirá é mais complexa,
aguda e preocupante do que se imagina. Assim sendo, e com a inequívoca pretensão de manter-me na
oposição crítica e construtiva para o bem do município, visualizo que tenho o
direito e o dever de colocar-me nesta direção com algumas sugestões.
Não sei se V.Exa. tem a profunda clareza da
situação crítica em que vive o município de Ipirá neste devido momento. Está
chovendo desde o dia 2 de novembro, isso ameniza e muito a situação da zona
rural quanto à questão da água, mas não elimina o problema por completo, desde
quando, não estamos livres das consequências do flagelo desta seca, que foi uma
das maiores do século.
A seca que assolou a nossa região vem,
insistentemente, há dois anos consumindo, dilapidando e mortificando a nossa
zona rural. A produção rural estagnou e está em queda. Necessitará de muitos
anos para recuperar-se. É uma crise forte e avassaladora. A pequena propriedade
rural está literalmente falida. Falta alimento para o gado e a ração é escassa.
Eram os últimos suspiros. Dentro de 15 dias a situação será abrandada quanto à
ração animal. O produtor não tinha mais condições, nem recurso para sustentar o
rebanho por mais algum tempo, desde que vinha muito e por um tempo imprevisto
mantendo os animais.
A falta água para o consumo humano e animal
foi eliminada pelas trovoadas. Fica uma lição clara: a questão da água em Ipirá
é vergonhosamente terrível e lastimável, pois a escassez foi aguda e extensiva.
É necessário que o Poder Público ponha
em ação um plano de emergência eficaz e que atenda e viabiliza a auto-subsistência
e auto-suficiência nesta problemática da água. A administração que não tiver
entendimento desta questão e não tiver disposição e ação para eliminá-la terminará
perfilando e sacramentando o preconceito
e a exclusão de todos os que necessitarem desse líquido como meio de vida.
Os açudes que estavam secos e entupidos de lama e não foram limpos
constituem a marca do descaso público. Com as chuvas, esses açudes receberam água
e por negligência do poder municipal estarão secos em poucos meses. Isso não
podia e não pode acontecer. É esse tipo de descaso que atrofia o nosso município.
A chuva deste início de novembro aliviarão
(nestes 15 dias) a situação imediata, mas não eliminarão a gravidade e as
consequências de uma estiagem de dois anos. O espectro da pobreza avança e
estende as suas asas sobre a nossa região. A vida da gente ligada ao campo está
tensa e angustiada. Sem a produção rural, o município de Ipirá torna-se inviável.
Por mais que se tente mostrar a realidade, esta é mais crua, dura e instigante
do que imaginamos. É dever de V. Exa. melhorar as condições de vida do nosso
sertanejo pobre. Tirando uma lição com Aristóteles, podemos dizer que: “um
pouco mais de possível a cada instante se torna real.”
Não sei se
V.Exa pensa assim ou vê o problema dessa maneira, mas uma coisa é certa, a
administração do nosso município não pode ficar distante do domínio da vida
real, pois neste domínio consta os direitos do povo e impõe grandes deveres públicos.
Se V.Exa.
deseja realizar uma administração voltada para o desenvolvimento e o progresso
será obrigada a aplicar idéias justificadas pela razão e experiência ligadas ao
domínio da vida real. E a produção rural é a sustentação de qualquer município
que tem por base econômica a pecuária. Isso é fundamental. Ipirá precisa
retomar a sua produção rural e desenvolver a sua logística nesta área. O Parque
de Vendas de Animais e o Matadouro são possíveis.
Esta questão de poder é por demais complicada.
V. Exa. tem que ter cuidado, coragem e inteligência para atuar nessa área. Tem
muito abutre à espera do rega-bofe. Olho aberto com os oportunistas que estão
ao seu lado. Não é pouco cuidado não, é um imenso cuidado com os oportunistas
que estão ao seu lado.
V. Exa. tem que manter o controle e implantar
com determinação um projeto vinculado à realidade do município, caso contrário,
o município correrá o perigo de esbarrar na significação do nada e no
preconceito místico, bem fora da realidade, assim teremos um caminho inverso ao
desenvolvimento tão necessário e cairemos no amargo e triste destino da esfinge
propondo enígmas tão ao agrado de uma sociedade de malfeitores. Cuidado! Eles
estão mais próximos do que os problemas.
Esse é o grande perigo para Ipirá. Não decepcione essa gente ipiraense.
Saudações democráticas.
Um cidadão que gosta um pouco de Ipirá.
Exma. Prefeita do Município de Ipirá
Dra. Ana Verena.
Tomo a audácia da missiva com extraordinária
franqueza e com o intuito de primar pela bem-aventurança para estas terras de
Ipirá.
V.Exa. é depositária da vontade popular. Foi a
escolhida para conduzir nossos destinos por estes quatro anos vindouros.
Pleiteio e faço votos que os conduza da melhor forma possível, no contento de
prover estas terras do progresso necessário.
Mas, a realidade de Ipirá é mais complexa,
aguda e preocupante do que se imagina. Assim sendo, e com a inequívoca pretensão de manter-me na
oposição crítica e construtiva para o bem do município, visualizo que tenho o
direito e o dever de colocar-me nesta direção com algumas sugestões.
Não sei se V.Exa. tem a profunda clareza da
situação crítica em que vive o município de Ipirá neste devido momento. Está
chovendo desde o dia 2 de novembro, isso ameniza e muito a situação da zona
rural quanto à questão da água, mas não elimina o problema por completo, desde
quando, não estamos livres das consequências do flagelo desta seca, que foi uma
das maiores do século.
A seca que assolou a nossa região vem,
insistentemente, há dois anos consumindo, dilapidando e mortificando a nossa
zona rural. A produção rural estagnou e está em queda. Necessitará de muitos
anos para recuperar-se. É uma crise forte e avassaladora. A pequena propriedade
rural está literalmente falida. Falta alimento para o gado e a ração é escassa.
Eram os últimos suspiros. Dentro de 15 dias a situação será abrandada quanto à
ração animal. O produtor não tinha mais condições, nem recurso para sustentar o
rebanho por mais algum tempo, desde que vinha muito e por um tempo imprevisto
mantendo os animais.
Os açudes que estavam secos e entupidos de lama e não foram limpos
constituem a marca do descaso público. Com as chuvas, esses açudes receberam água
e por negligência do poder municipal estarão secos em poucos meses. Isso não
podia e não pode acontecer. É esse tipo de descaso que atrofia o nosso município.
Não sei se
V.Exa pensa assim ou vê o problema dessa maneira, mas uma coisa é certa, a
administração do nosso município não pode ficar distante do domínio da vida
real, pois neste domínio consta os direitos do povo e impõe grandes deveres públicos.
Se V.Exa.
deseja realizar uma administração voltada para o desenvolvimento e o progresso
será obrigada a aplicar idéias justificadas pela razão e experiência ligadas ao
domínio da vida real. E a produção rural é a sustentação de qualquer município
que tem por base econômica a pecuária. Isso é fundamental. Ipirá precisa
retomar a sua produção rural e desenvolver a sua logística nesta área. O Parque
de Vendas de Animais e o Matadouro são possíveis.
Esta questão de poder é por demais complicada.
V. Exa. tem que ter cuidado, coragem e inteligência para atuar nessa área. Tem
muito abutre à espera do rega-bofe. Olho aberto com os oportunistas que estão
ao seu lado. Não é pouco cuidado não, é um imenso cuidado com os oportunistas
que estão ao seu lado.
V. Exa. tem que manter o controle e implantar
com determinação um projeto vinculado à realidade do município, caso contrário,
o município correrá o perigo de esbarrar na significação do nada e no
preconceito místico, bem fora da realidade, assim teremos um caminho inverso ao
desenvolvimento tão necessário e cairemos no amargo e triste destino da esfinge
propondo enígmas tão ao agrado de uma sociedade de malfeitores. Cuidado! Eles
estão mais próximos do que os problemas.
Esse é o grande perigo para Ipirá. Não decepcione essa gente ipiraense.
Saudações democráticas.
Um cidadão que gosta um pouco de Ipirá.