quarta-feira, 13 de novembro de 2013

A UNIVERSIDADE DE IPIRÁ.


O ensino superior aqui é uma das necessidades emergenciais que precisamos para nosso município trilhar o caminho do desenvolvimento”. Pode ser uma grande frase e uma verdadeira constatação, embora, possa ser que não sensibilize ninguém das esferas de comando. Significa nadar, nadar e não sair da praia.

Como munícipes temos as nossas necessidade e a administração estadual tem as suas prioridades. O ensino superior tem suas áreas demarcadas e as finanças do Estado parece que não se encontram em bom momento. Tudo isso pesa. Temos o inconveniente de estarmos próximos a Feira de Santana que formatou a maior rede de ensino superior no plano privado e público do interior da Bahia e absorve 70% do alunado de cidades da proximidade. Ipirá não será pensado fora deste contexto. O governador do Estado manifestou seu pensamento quando aqui esteve, referindo-se ao fato de termos boas estradas asfaltadas para Pintadas, Itaberaba e Feira de Santana e os jovens de Ipirá podem muito bem ir estudar o nível superior nesses locais. A boa estrada resolve o problema do ensino superior.

A proximidade de Feira torna-se um obstáculo para Ipirá porque o investimento em Ipirá seria um custo adicional e desnecessário para as finanças do estado. Para Ipirá é escola tipo Cetep, fica por aí. A tarefa é espinhosa e difícil. Tudo joga contra, mas a saída é o caminho político, resta ver se o prefeito Ademildo tem respaldo e força para tal. Curso de Extensão de dois anos é o que pode ser viabilizado e o povo engole isso como faculdade, foi assim no governo de Luís Carlos; era a Faculdade que o prefeito Luís Carlos trouxe para Ipirá, dois anos e acabou.

Qual é o melhor caminho? A Universidade Estadual de Feira de Santana está impedida por Regimento Estatutário de criar unidades fora da sua sede (Feira), assim sendo, é carta fora do baralho. A Federal do Recôncavo está jogando para a torcida e para o eleitorado. Entendeste?  Não tem nada de concreto, sabe como é, tem algo mais à vista. A UNEB, cujo reitor vinha conversando sobre a unidade em Ipirá deixou a direção e foi substituído pelo opositor o que muda a configuração do quadro e torna-se necessário iniciar todo o processo de conversações. A Universidade Federal da Chapada está sendo implantada, tem que ter muito cacife político para pegar uma rebarba, pois a disputa vai ser de lascar.

Tem uma série de fatores que implicam em barreiras enormes: a dificuldade da mão-de-obra especializada (mestrado / doutorado) tem que vir todo mundo de fora, o que faz com que um curso de Letras em Ipirá fique com um custo mais elevado do que em Feira de Santana ou Salvador.

Naturalmente não serão cursos de ponta e de forte poder de atração. Ficarão mais na área educacional e muitas vezes a demanda local não atende à oferta mínima, coisa que um curso de extensão resolve a contento. O impacto é de baixa intensidade. A demanda por cursos de maior complexidade é sempre maior do que nessas áreas.

O alunado do ensino médio em Ipirá não é canalizado e potencializado para o ensino superior. Existe, inclusive, um forte e impositivo conceito “o nosso alunado não é para faculdade” isso convém para manter o nível de ensino amarrado à patamares de baixíssima qualidade e não cria um desejo inovador.

“A aquisição do terreno para a instalação do campus universitário de Ipirá já pode ser considerado um grande passo”. O terreno não concretiza nada, poderia muito bem vir bem depois; bem depois, quando estivesse tudo concretizado. Essa compra é muito mais a ansiedade e a vontade do prefeito Ademildo em ampliar a oferta de ensino superior em Ipirá. Mas isso não é problema. A prefeitura pode muito bem fazer um CAMPUS de futebol no local; fundar um time de futebol, dá menos trabalho que faculdade, e colocar o nome Los Universitários e contratar Catedráticos que se destacaram no futebol intermunicipal e disputar o campeonato local, uma coisa eu garanto: será o campeão.

Audiência Pública - Prefeito Ademildo trabalha para ampliar
oferta de ensino superior em Ipirá.

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