“O ensino superior aqui é uma das
necessidades emergenciais que precisamos para nosso município trilhar o caminho
do desenvolvimento”. Pode ser uma grande frase e uma verdadeira
constatação, embora, possa ser que não sensibilize ninguém das esferas de
comando. Significa nadar, nadar e não sair da praia.
Como
munícipes temos as nossas necessidade e a administração estadual tem as suas
prioridades. O ensino superior tem suas áreas demarcadas e as finanças do
Estado parece que não se encontram em bom momento. Tudo isso pesa. Temos o
inconveniente de estarmos próximos a Feira de Santana que formatou a maior rede
de ensino superior no plano privado e público do interior da Bahia e absorve
70% do alunado de cidades da proximidade. Ipirá não será pensado fora deste
contexto. O governador do Estado manifestou seu pensamento quando aqui esteve,
referindo-se ao fato de termos boas estradas asfaltadas para Pintadas,
Itaberaba e Feira de Santana e os jovens de Ipirá podem muito bem ir estudar o
nível superior nesses locais. A boa estrada resolve o problema do ensino
superior.
A
proximidade de Feira torna-se um obstáculo para Ipirá porque o investimento em Ipirá
seria um custo adicional e desnecessário para as finanças do estado. Para Ipirá
é escola tipo Cetep, fica por aí. A tarefa é espinhosa e difícil. Tudo joga
contra, mas a saída é o caminho político, resta ver se o prefeito Ademildo tem
respaldo e força para tal. Curso de Extensão de dois anos é o que pode ser
viabilizado e o povo engole isso como faculdade, foi assim no governo de Luís
Carlos; era a Faculdade que o prefeito Luís Carlos trouxe para Ipirá, dois anos e acabou.
Qual
é o melhor caminho? A Universidade Estadual de Feira de Santana está impedida
por Regimento Estatutário de criar unidades fora da sua sede (Feira), assim
sendo, é carta fora do baralho. A Federal do Recôncavo está jogando para a
torcida e para o eleitorado. Entendeste?
Não tem nada de concreto, sabe como é, tem algo mais à vista. A UNEB,
cujo reitor vinha conversando sobre a unidade em Ipirá deixou a direção e foi
substituído pelo opositor o que muda a configuração do quadro e torna-se
necessário iniciar todo o processo de conversações. A Universidade Federal da
Chapada está sendo implantada, tem que ter muito cacife político para pegar uma
rebarba, pois a disputa vai ser de lascar.
Tem
uma série de fatores que implicam em barreiras enormes: a dificuldade da
mão-de-obra especializada (mestrado / doutorado) tem que vir todo mundo de
fora, o que faz com que um curso de Letras em Ipirá fique com um custo mais
elevado do que em Feira de Santana ou Salvador.
Naturalmente
não serão cursos de ponta e de forte poder de atração. Ficarão mais na área
educacional e muitas vezes a demanda local não atende à oferta mínima, coisa
que um curso de extensão resolve a contento. O impacto é de baixa intensidade.
A demanda por cursos de maior complexidade é sempre maior do que nessas áreas.
O
alunado do ensino médio em Ipirá não é canalizado e potencializado para o
ensino superior. Existe, inclusive, um forte e impositivo conceito “o nosso
alunado não é para faculdade” isso convém para manter o nível de ensino
amarrado à patamares de baixíssima qualidade e não cria um desejo inovador.
“A aquisição do terreno para a
instalação do campus universitário de Ipirá já pode ser considerado um grande
passo”. O terreno não concretiza
nada, poderia muito bem vir bem depois; bem depois, quando estivesse tudo
concretizado. Essa compra é muito mais a ansiedade e a vontade do prefeito
Ademildo em ampliar a oferta de ensino superior em Ipirá. Mas isso não é
problema. A prefeitura pode muito bem fazer um CAMPUS de futebol no local;
fundar um time de futebol, dá menos trabalho que faculdade, e colocar o nome
Los Universitários e contratar Catedráticos que se destacaram no futebol
intermunicipal e disputar o campeonato local, uma coisa eu garanto: será o
campeão.
Audiência Pública - Prefeito Ademildo
trabalha para ampliar
oferta de ensino superior em Ipirá.
oferta de ensino superior em Ipirá.
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