domingo, 23 de abril de 2017

CAIU DO PALANQUE!

O prefeito Marcelo Brandão não inventou a roda, mas viveu seus três dias de apoteose e, como um maestro extasiado, em seu grande momento de glória, foi um comandante eufórico de cima do trio, em movimentos frenéticos com as mãos, mandava a massa popular que se aglomerava no circuito Henrique Maciel sair do chão. E a massa obedecia.
Bell Marques é um dos monstros sagrados da Bahia como puxador de trio, se for contratado para tocar na fazenda Catende enche a malhada e a caatinga de gente. Bell mostrava maestria e a cada acorde emocionava, não só ao prefeito, mas também ao povão. Bell foi e voltou pelo circuito e, com 240 mil reais na conta corrente, finalizou o show. Estava feliz por estar tocando e trazendo alegria para Ipirá. A cada acorde levantava a massa emocionada e vibrante: “Agora, meu povo, é Voa, Voa” e mandou ver. O povão avoou. Era um pedido da super-estrela. E a massa obedecia.
Era uma multidão em êxtase e sugestionada a sair do chão. Quem extrapolava e saía além do chão, caía no processo educativo da Polícia Militar, por meritocracia ou por estar no lugar errado, tomava a revorbosa de uma fantada pelo lombo que entortava até o pensamento de quem apanhava e de quem olhava. Cada qual ensina com o que tem.
A segurança é fator primordial nestes eventos e a truculência tem envergadura para se impor e não se dobrar, com farda ou sem farda. Estamos longe de uma sociedade sem polícia e sem vagabundagem; nem pincel atômico, nem cacetete têm sido suficientemente eficiente no seu percurso modelador, porque estamos enfiados numa sociedade estratificada. Mas, voltando ao assunto em pauta.
Tinha gente de dá de pau. Essa quantidade não se discute, se agradece às pessoas da região que aqui compareceram. O fã-clube de Bell da cidade de Camaçari estava presente, pelo menos na figura do seu presidente, os outros esqueceram as faixas, mas isso não tem a menor importância, nem tampouco se discute qualquer incidente como forma de empanar o brilho da festa. São acontecimentos acometidos por falha humana, que merecem apuração dos fatos. Tem que haver a serenidade necessária nesses momentos.
O que eu quero abordar neste comentário é que Ipirá não atingiu o grande objetivo traçado pelo prefeito Marcelo Brandão, que seria a alavancagem da economia local. Podem começar a inventar conversa, porque não foi o sucesso de vendas anunciado para o setor lojista. Não engarrafou o setor hoteleiro e a vendagem das barracas no circuito não atingiu o patamar idealizado nas nuvens. O comércio que vai bombar em conseqüência da micareta é o que vende celular, por motivos óbvios e relacionados às ocorrências e BOs.
Aqui a vaca geme. A prefeitura gastou mais de um milhão e não conseguiu arrecadar dois tostões. O dinheiro investido pela prefeitura foi todo para fora; o investimento com e para pessoas do município foi muito pouco. É para que não se fique no achismo que a prefeitura tem que divulgar uma planilha com todo o custo verdadeiro do evento. Aí vai começar a discussão com base em números reais.
Não é tarefa fácil transformar Ipirá em pólo turístico. É praticamente impossível. O turista do evento-festa é regional, em sua grande maioria chega na hora da festa e retorna assim que termina; tem um poder de consumo restrito. É só fazer uma pesquisa do perfil para ver se bate nestas condições ou não.
A festa do interior é o São João, fato comprovadíssimo. Micareta ficou com um custo super elevado e com resultados pífios. A economia do município de Ipirá não será alavancada com festa, festejo ou festança, que é divertimento para as pessoas e tem que acontecer. O município de Ipirá tem que juntar esforços e energia no sentido de canalizar o setor produtivo para gerar e distribuir riquezas de forma que contemple e satisfaça as necessidades e anseios de sua população.
Festa faz alegria e passa. A jacuzada sabe fazer grandes festas; a macacada também sabe. E daí? Segunda-feira é dia de cumprir os compromissos; não sabemos nem se é o melhor dia de fazer decretos de calamidade pública. Quarta-feira é dia do aió e do bocapio. A realidade de Ipirá gosta de mostrar as víceras.
Não sabemos se haverá soro fisiológico para lavar as feridas na UPA. Não haveremos de saber se a SAMU estará atendendo ao ipiraense. Não temos nenhuma garantia de que a cerca do Puxa será retirada em um ano; não sabemos se o Mercado de Arte vai deixar de estar naquele estado, ainda nesta gestão; não temos nenhuma certeza do início, meio e finalização da reforma da Casa do Estudante em Salvador; não temos a garantia de que serão consertados os assentos dos ônibus que levam os universitários para Feira de Santana. Vamos parar por aqui.

Pelo menos, temos a certeza de como pensa a cabeça do prefeito de Ipirá; já está matutando como realizará o São João de Ipirá e não duvidem não, porque ele vai fazer um São João maior do que o de Campina Grande. Pense num prefeito arretado! Pensou em Raquel Lira, prefeita de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, onde acontece o melhor São João do Nordeste.

segunda-feira, 17 de abril de 2017

TÔ DE VOLTA!

GERAÇÃO DE EMPREGO & RENDA, aqui está o ponto principal da questão, no dizer do prefeito Marcelo Brandão. “Geração de emprego e renda. Esse é o principal objetivo do prefeito de Ipirá, Marcelo Brandão, ao anunciar a micareta que vai agitar a região e atrair turistas de todo o estado entre os dias 20 e 22 de abril.” Comentário sobre o pronunciamento do prefeito à Rádio Sociedade da Bahia.
O objetivo está definido e claro. Essa ênfase de atração de turista de todo o Estado da Bahia fica por conta do exagero, do esforço pirotécnico e da necessidade de vender ilusão; na real, fica a capacidade concreta para agitar a região, principalmente, Baixa Grande e Pintadas de onde procederão 90% dos turistas. Evidentemente, que todos que aqui comparecerem serão bem recebidos; o ipiraense tem um coração generoso e receptivo.
A folia terá status cinco estrela na vontade, até mesmo porque a administração atual é jacu (a anterior era macaca) quer e faz questão de mostrar serviço nessa área do entretenimento, tem que deixar uma marca de expressão neste mandato: “a jacuzada é que é boa na realização de festa,” nem que seja uma razoável impressão que fique. Mas em folia e agitação, não tenham dúvidas, acontecerá. A administração de jacuzada é boa em organização de eventos e a população de Ipirá é alegre e entusiástica na folia.
Para os leitores que moram em outras cidades, quero salientar o seguinte: quando cito jacu e macaco, não é sentido pejorativo, nem preconceito, nem ataque ou querendo desfazer de quem quer que seja, simplesmente, os agrupamentos da politicagem de Ipirá denominam-se jacu e macaco e não por partidos, eu sei que é para enganar o povo; mas fazer o quê?
São duas administrações oligárquicas que se revezam no Poder Municipal fazendo meia-sola no município, que fica em estado de convalescença ao fim de cada gestão. Nada mais proposital que grandes festejos nestes momentos. Os jacus e macacos são bons realizadores de festas, isso ninguém pode negar.
Difícil de entender é a questão do fortalecimento do comércio, do turismo e da economia de Ipirá com a folia. É de um simplismo implicante. Os setores que tirarão proveito serão o lojista, hoteleiro, bar, lanchonete e restaurante. O movimento será forte ou fraco em grana? Temos que ver acontecer para termos uma idéia. Não deixa de ser uma dúvida.
“Com o festejo iremos gerar emprego e renda para o nosso povo e atrair os olhos para o nosso município que está crescendo”, comemora Brandão. Aqui, ficam menos dúvidas. Que emprego? Emprego por três dias? Isso aí tem cara e características de sub-emprego.
Geração de renda para o nosso povo? O setor mobilizado será o informal, que não deixará de botar dinheiro no bolso, mas no limite que decorre da própria capacidade de investimento. Nada do outro mundo. Tem mais fumaça do que fogo de fogos de artifício.
O prefeito Marcelo Brandão pensa que vai resolver o problema da economia de Ipirá com festa. Ele pensa que Ipirá vai virar um pólo de atração turística. Ele aposta até o que não tem que é por aí. 
Vamos ser sincero, se o prefeito Marcelo Brandão resolver o problema da economia de Ipirá em três dias; seja com festa ou sem festa, o homem é ninja. Se o prefeito Marcelo Brandão solucionar a dificuldade econômica do município e tirar Ipirá do gargalo com sua micareta, o homem merece uma estátua de pedra-sabão que é porosa e tem envergadura para não se dobrar às bicadas de jacus e às línguas ferinas de macacos e oposição.

Tudo isso é suposição e por suposição eu pressuponho que a prefeitura de Ipirá gastará mais de um milhão de reais nessa festa e que a renda do povo de Ipirá nesta festa ficará abaixo de um milhão de reais. É o que eu acho! 
Quem poderá eliminar qualquer dúvida será o prefeito Marcelo Brandão apresentando os números reais da festa, depois do grande evento. Se não for assim, tudo será um mero prognóstico e a realidade de Ipirá não vai dá sopa para o engano e a mentira.

terça-feira, 11 de abril de 2017

BUSCANDO PATROCÍNIO

“Quem tem papo vai a Roma.” Não tem esse ditado popular? Tem.
O prefeito Marcelo Brandão disse no programa PAPO RETO, que a população de Ipirá pode ficar despreocupada que não sairá um centavo dos cofres públicos para a micareta. Palavras do prefeito.
Aí, realmente, a população pode dormir sossegada. Não vai gastar nada, vai fazer festa com doação alheia e vai entrar dinheiro à rodo com a turistucaína que aportará nestas bandas.
Mas que o exagero de ‘nenhum centavo’ fique por conta deste blog e que o prefeito tenha dito que gastará dois centavos no megaevento e que isso é um nada em relação ao beneficiamento que deixará em nossa conta corrente.
Tá pra lá de dito e compreendido que festa feita por macaco tinha sujeito que comia bons trocados do dinheiro público só para contratar banda, agora, nada disso vai acontecer. Não é possível que uma desgraceira dessa aconteça!
O timoneiro desse megaevento é o prefeito do PAPO RETO e não vai deixar que sua obra-prima vomite tramilique pelo escoadouro. É claro que o prefeito Marcelo Brandão vai prestar e mostrar as contas da Micareta à população de Ipirá. Tudo de forma transparente.
O balanço verdadeiro da Micareta de Ipirá vai acontecer com a colocação dos custos para realizá-la e dos números que ela trará em benefício da economia de Ipirá, afinal, isso é o que mais tem badalado o prefeito de Ipirá e esse é o ponto crucial da discussão.
Quem tem papo vai a Roma. Quem tem papo reto vai a Roma, a  Marraquexe, a Indochina e chega até ao Butão, o país da felicidade; pois que, quanto ao sucesso da apresentação de Bell Marques é chover no molhado, isso é indiscutível em qualquer circuito que seja nessa imensidão de território nacional.
Ficar no imensurável elogio é coisa que jacu sabe fazer com maestria; não apresentar as contas da Micareta à população de Ipirá é fazer igualzinho aos macacos que sangravam os cofres públicos com unhas e bicos de corvos, por isso que ninguém, nesta terra, nunca viu um borderaux de uma prestação de conta destas festas da macacada. Agora é a jacuzada, vamos ver o que acontecerá.
Outro ditado popular é aquele que diz: “De grão em grão a galinha enche o  papo”.
Aqui acaba a festa e começa o embaraço do prefeito Marcelo Brandão. Olha quanto grão o administrador tem pela frente: 01. Colocar a Praça São José do jeito do telão; 02. Restaurar a Casa dos Estudantes em Salvador; 03 Reconstruir o Mercado de Arte que pegou fogo; 04. Fazer o asfalto do cemitério até o Flor da Chapada; 05. Pôr em bom estado ou condição os  bancos dos ônibus que transportam universitários para Feira de Santana, pois os mesmos estão danificados ou estragados; 06. Reparar as estradas vicinais esburacadas pelas chuvas; 07. Por em boa ordem o atendimento  médico do município; 08. Dar melhor disposição para que a segurança do município atue com mais eficácia, não só na micareta. Vou parar por aqui.

Não vou chegar a uma dúzia de grãos, pois seria puxar muito por um prefeito que não tem apoio do governo no Estado e é um ilustre desconhecido na esfera federal. Onde o prefeito de Ipirá vai conseguir tanto projetos e verbas para esses oito grãos? Aí é que está a grande questão. Um punhado de grão para uma galinha não quer dizer muita coisa, pois galinha tem papo e tem reto. É melhor o prefeito Marcelo Brandão começar a perder seu tempo pensando na organização do São João.

domingo, 2 de abril de 2017

PASSOU O TRATOR!

Tá derrubado, tá no chão. Desta vez a marreta funcionou com a força de um trator, com a brutalidade de uma retro, com a prepotência de quem exerce um poder autocrático. 
Agora, não tem mais jeito, ajoelhou vai ter que rezar. O prefeito vai ter que requalificar o Puxa com o seu prédio de vidro, nos moldes de um projeto apresentado em telão para não ser incriminado por divulgação de propaganda enganosa. Não tem jeito, o prefeito vai ter que botar a mão na massa. A responsabilidade é toda do prefeito.
Aliás, tem sido sempre assim, o Poder Executivo no município de Ipirá tem se colocado no imperativo da arrogância, não tem ofertado e sonega uma oportunidade para a comunidade se pronunciar . Foi assim, com Diomário na Praça da Bandeira; com Ademildo na Praça Santana; agora, com Marcelo Brandão na Praça São José.
Esta cidade parece que é deles e eles têm Ipirá como um quintal de suas casas, no melhor estilo ‘Cosa Nostra’. A cidade é coisa deles; aqui não tem gente, não tem pessoas, não tem cidadãos, o que interessa é a vontade dos ‘donos da cidade’. A comunidade só exige democracia. Somente democracia.
Agora não tem meia-volta, está sacramentado. O gestor Marcelo Brandão chamou para si toda a responsabilidade pelo que venha acontecer na Praça São José. É o único responsável, daqui para frente, por tudo. Os moradores estão isentos de qualquer responsabilidade, pois, não foram, sequer, ouvidos.
O pacote do prédio de vidro no meio da praça foi empurrado goela abaixo. Agora, o prefeito Marcelo Brandão assume todas as conseqüências de sua atitude, inclusive como o único responsável pela credibilidade de sua palavra, pois o mesmo garantiu, está gravado, no Programa Papo Reto que NÃO HAVERÁ O CORTE de UMA SÓ ÁRVORE. A comunidade não tem porque dá credibilidade, mas vai ficar observando se o prefeito tem a palavra firme.
A administração Marcelo Brandão não tem uma obra em Ipirá, por enquanto está desmanchando o que a macacada fez, argumentando ele, que está botando no chão as porcarias que os macacos fizeram. Essa é brincadeira de macaco e jacu nesta terra, um faz o outro desmancha e vida que segue e o município de fica nesse atoleiro do atraso. Ipirá tem mais de cinqüenta obras feitas por jacu e macaco que não servem para nada. É um troço sem serventia.
O gestor Marcelo Brandão fechou a Biblioteca Eugênio Gomes, fez a transferência da mesma para o espaço no fundo da Igreja Matriz, pasmem, o espaço virou um depósito, já tem mais de um mês e os livros estão encaixotados, demonstrando que o interesse por biblioteca é um mero pretexto para outros interesses. Se oriente, seu prefeito, tome jeito de administrador da cidade, homem!
Os 'donos da cidade' têm que abrir os olhos para o que vocês estão fazendo com o município de Ipirá. A população de Ipirá está aprendendo a cobrar, a inquerir e a perguntar para não ficar com dúvidas.
O debate sobre o Puxa está começando: prefeito Marcelo Brandão esclareça, por obséquio, algumas dúvidas. Uma coisa é certa, a comunidade de moradores não tem nenhuma participação nesse projeto de requalificação da Praça São José, ou tem? Esse projeto é um desejo pessoal do prefeito? É interesse da família Martins? É solicitação de algum grupo empresarial da educação superior para se estabelecer na área? É para fazer uma oferta de um bem público (lanchonete) a algum jacu, como Diomário apadrinhou com quiosque na Praça da Bandeira e hoje o município tem que pagar para reaver o bem público? Ou é porque Ipirá precisa de uma biblioteca?

Se for biblioteca, o prefeito deve providenciar para que o depósito da Praça da Bandeira se transforme e funcione como biblioteca, caso contrário, não tem como a população acreditar. Quanto tempo Ipirá vai ficar sem biblioteca? Pela resposta das perguntas é possível se determinar a essência da administração Marcelo Brandão, que está por fazer a sua primeira obra passando por cima e derrubando na marretada a vontade da comunidade. O que vem pela frente é mera sugestão.