sábado, 27 de fevereiro de 2021

FREIO DE ARRUMAÇÃO

Dois meses fechados de gestão do prefeito Dudy. Em dois meses aconteceu muita coisa: de secretário que não virou secretário, até mesmo secretário que só ficou no batente dois meses. O que está acontecendo nas barras do poder municipal?

 

Nada de mais ou de menos! É natural esse troca-troca numa partida de futebol. O ex-prefeito Marcelo Brandão amarrou o jegue na primeira esquina, quase que não mudou seu secretariado, mesmo que esse seu secretariado estivesse providenciando e patrocinando o próprio e devido velório do gestor. Se enterrou com eles.

 

Com o prefeito Dudy é diferente. Ele não precisou de ajuda financeira de ninguém para bancar sua candidatura. Venceu as eleições e não tem compromisso com ninguém. Pelo menos é o que ele pensa.

 

O prefeito Dudy pertence ao grupo dos macacos, mesmo assim, fica dizendo que não tem compromisso com ninguém. Esta futucando o cão com uma vara curta. Jacu e macaco são estruturas da politicagem do século passado, que se apresentam apodrecidas e não servem para resolver os grandes problemas do município e da comunidade como um todo.

 

O jacu alimentou a agiotagem que corroia o dinheiro público. A macacada fomenta o empresário-laranja para se lambuzar nas contas públicas. É o mesmo que convidar o diabo para dormir na mesma cama. É assim que qualquer prefeito perde o sono. Não tem gestor bem-intencionado que agüente a manipulação dessas raposas.

 

Dizer que não tem compromisso com ninguém é chover no molhado. Tá governando com o grupo macaco, queira ou não! Antes de começar a partida escorraçou a vice-prefeita Nina de qualquer pretensão mais consistente junto à administração. Politicamente foi uma imaturidade, mas ele tem suas razões preventivas que só ele as conhece. Hoje, a vice Nina virou visita e fica no quarto de hóspede esperando o prefeito varrer a casa.

 

O líder Antônio Colonnezi não quer esquentar a cabeça e prefere permanecer na zona de conforto, mas com um controle bem definido sobre a saúde pública local naquilo que lhe convém. O ex-prefeito Diomário permanece de olho nos vacilos da administração atual para meter o dedo e o bico na hora e no momento exato. O PT de Ipirá está muito acomodado na parte que lhe cabe nesse latifúndio. O que resta ao prefeito Dudy? Caminhar neste campo minado.

 

O prefeito Dudy não tem a encorpadura de um líder político, porque, praticamente, está começando agora nesta condição e, justamente, pelo fato de ser prefeito. Então tudo é mais difícil e complicado. Os menudos que querem sustentá-lo atrapalham mais do que ajudam.

 

O prefeito Dudy tem muito abacaxi para descascar. Parece (espero que não) que vai voltar com a palavra. Em dois meses não iniciou a auditoria na prefeitura sobre a gestão MB. Será que uma mão vai lavar a outra?

 

O prefeito Dudy botou uma preocupação na dianteira, que é consertar os buracos deixados pelo ex-prefeito nas ruas da cidade, esquecendo de dar um jeito na grande depressão (buraco grande) deixada na sociedade ipiraense pelo gestor MB, que foi o calote em mais de seiscentos profissionais da educação.

 

Prefeito Dudy! Eu sei que V. Exa. não vai aceitar a minha opinião, mas pare para pensar e inverta a sua lógica. Resolva de forma urgente essa dívida vergonhosa da prefeitura, depois de sanada essa excrescência deixada pelo prefeito MB, depois disso atendido e correspondido, passe a cuidar dos buracos da cidade que é uma realidade corriqueira em nossa cidade. Sua administração só começará depois de resolvido esse problema concreto e urgente, o resto pode esperar mais um pouco.

 

O prefeito Dudy, queira ou não, está amarrado ao esquema macaco. Não tem prefeito que se saia bem nesse esquema jacu e macaco. Os adversários não são problemas para o gestor Dudy. Seus amigos macacos são seus verdadeiros algozes. São eles que vão negociar, pedir, suplicar, implorar e jogar o gestor no buraco.

 

Imagino o amigo Dudy analisando e comentando um jogo de futebol pelo avesso, da mesma forma, que vejo o prefeito Dudy jogando bola e ao mesmo tempo que bate o escanteio corre para cabecear a bola levantada na área. Não resta muita coisa.

 

O prefeito Dudy poderá ser um grande campeão, da mesma forma que o Flamengo é o grande campeão brasileiro, mesmo perdendo a última partida, mas precisando desesperadamente de outro time para ajudá-lo a alcançar e colocar a faixa no peito. Sozinho o Flamengo não alcançaria o seu objetivo.

 

O prefeito Dudy está dando um freio de arrumação na medida necessária. Não pode exagerar na dose, pois poderá empurrar o atual gestor público de Ipirá para a exclusividade da administração privada. E este filme Ipirá já viu quando Ana Verena foi a primeira mulher prefeita desse município.



sábado, 20 de fevereiro de 2021

AOS PROFESSORES MUNICIPAIS DE IPIRÁ

Não se trata de um manifesto aos professores, mas de uma escrita que poderá servir como esclarecedora de alguns aspectos. Vi e ouvi de algumas pessoas ligadas ao grupo dos macacos (agremiação da politicagem de Ipirá), em voz grossa e carregada da mais absoluta certeza, que:

 

“Esse PLANO DE CARREIRA E SALÁRIOS dos professores acabou com a prefeitura de Ipirá, que não pode dá mais emprego às pessoas do grupo e o salário de um professor poderia servir para empregar umas dez pessoas.”

 

É o mesmo que apontar os professores como os causadores de todas as agruras que vivemos. A realidade dos últimos meses tem mostrado uma situação totalmente intrigante. Mais de seiscentos profissionais da educação foram vítimas de um calote patrocinado pelo ex-prefeito Marcelo Brandão. Ficaram sem receber os salários do mês de dezembro do ano passado.

 

O ex-prefeito MB foi seletivo, foi criterioso; foi frio e desumano com os trabalhadores assalariados. Deixou-os sem um tostão na conta. Cortou e diminuiu o salário de outros tantos. Qual é o índice de apreço e respeito do ex-gestor MB pelos trabalhadores da Educação? Nenhum.

 

Qual é a melhor maneira de medir esse índice de apreço e respeito? Colocando na fita um eleitor do próprio MB, não um eleitor qualquer, mas um eleitor apaixonado, cativo, de carteirinha, que mata e morre pelo grupo dos jacus. Não pode ser de outra forma. Mesmo assim, teve assalariados da educação com esse nível de paixão que MB passou o calote.

 

O ex-prefeito MB não deixou seus amigos do coração e familiares sem salário. Você que não recebeu o SEU salário não goza de maneira nenhuma, ou da maneira que você pensava, da consideração do ex-prefeito do grupo jacu. Eles não tiveram a menor lembrança da sua pessoa na hora de fazer o processo seletivo do pagamento, porque isso não aconteceu jogando os nomes para cima e entregando-os à sorte. Você foi esquecido, porque é pelo esquecimento que você representa algo para as elites que comandam o poder. Neste momento, essa dívida é do ente público.

 

O que diz a Lei? “pagamento do salário mensal deve ser efetuado o mais tardar até o 5º dia útil do mês subsequente ao vencido.” Já estamos há quase dois meses e o prefeito Dudy ainda não solucionou essa dívida da prefeitura. O prefeito atual tem que resolver logo isso e não ficar jogando com a barriga, porque a barriga dos trabalhadores e seus familiares não suportam a demora do trâmite dessa nova gestão, que demora de entrar em campo na hora certa.

 

Quem diz que os salários da educação comprometem as finanças da prefeitura, não enxerga que a máquina pública de Ipirá é cara, com um prefeito (jacu ou macaco) ganhando mais do que o prefeito de Camaçari e quase o mesmo que o governador do Estado. Não enxerga a sangria dos recursos públicos patrocinados por essas empresas que perambulam no entorno do Poder Municipal e que visualizam os cofres da prefeitura com olho graúdo. É aqui que está o X da questão.

 

Tem muita gente do poder (jacu ou macaco) querendo desmanchar, desfazer e acabar com o Plano de Carreira. Bote fé e não fique com a boca aberta esperando a bucha de sena entrar. É necessário que se fique alerta; sempre em alerta e com os ouvidos escancarados para ouvir o menor barulho.

 

O Plano de Carreira é fruto da luta dos trabalhadores e profissionais da educação, conduzida pela APLB-Sindicato, delegacia Sertânea. Não caiu dos ares e não se fez por mão-beijada, foi muito mais resultante da valentia, da garra, da consciência dos trabalhadores, na cobrança firme e inquebrantável diante da gestão do ex-prefeito Ademildo Almeida.

 

Os sussurros são de certa forma uma ameaça. Os assalariados da educação têm que dar as mãos para contrapor aos avanços dos comilões da prefeitura que questionam os salários dos professores como uma coisa maléfica ao município de Ipirá. Muito pelo contrário, o salário dos professores é regrado e garantido pela legalidade da Lei. É um direito conquistado. È um ganho honrado e fundamental para o bem do município. Não compreendem assim, aqueles que querem meter as mãos nos recursos públicos do jeito mais promíscuo que lhes convém.

 

Todo cuidado é pouco. A ingenuidade não é boa companheira nessas horas. Basta o momento em que o professor vacila e não coloca no Poder Legislativo pessoas que defendam os seus interesses sem pestanejar e sem ficar hesitante. Esse conjunto de interesses é uma briga de facão na sociedade e os detentores do poder jogam na escuridão e na inconsciência das pessoas.

 

É lastimável que pessoas pensem assim em relação aos salários dos professores. A casa arrumada significa respeito às leis e à dignidade dos trabalhadores. Uma prefeitura organizada administrativamente torna-se possuidora das condições de atendimento às demandas da população local. Uma ‘casa à migué’ torna-se uma custódia às engrenagens maléficas que pairam às escondidas e nas penumbras do poder.

 

sábado, 13 de fevereiro de 2021

A RETIRADA DAS ESTACAS

Por incrível que pareça Ipirá não chupa um parafuso. Não recebemos uma Policlínica, um Hospital Regional, uma Faculdade ou algo de grande relevância.

 

A última grande obra foi o Esgotamento Sanitário inaugurada no ano passado pelo governador Rui Costa, importante, mas carregada com uma cobrança de 80% pela Embasa na conta de água.

 

A população tem que pagar pela obra num tempo muito curto e o lucro desta obra será de uma grandeza extraordinária, fruto de uma facada fenomenal no bolso da população. Em síntese recebemos uma obra há cada mandato de quatro anos. No mais, mendigamos na esfera do assistencialismo do governo estadual e federal.

 

O governo estadual tem um projeto de um Complexo Poliesportivo Educacional, que inclui um Estádio de Futebol, um Ginásio de Esporte e uma Piscina. Na proximidade de uma escola e vinculado a esta, esse projeto é atendido com rapidez.

 

Em Ipirá bateu na trave e a bola foi para fora. É preciso que o gandula seja rápido, prestativo e eficiente. No campo de futebol é necessário arrancar dois dos quatro postes gigantes fincados na parte interna do estádio. Obra de uma administração dos macacos, que conquistou a iluminação para o campo de futebol.

 

Uma grande zombaria com a população e uma gozação ímpar com os esportistas que nunca tiveram iluminação no Estádio, mas ganharam, ao mesmo tempo, um ‘dois em um’ que só tem em Ipirá, um campo de futebol americano dentro de um campo de futebol nosso de cada dia. É mais fácil uma viagem à Lua do que retirar aqueles dois postes.

 

Agora, o propósito é a retirada dos dois postes e o revestimento da parte inferior dos outros dois, com borracha ou outro material que amorteça e evite um acidente fatal com o choque de algum atleta. Uma segunda questão é duplicar o reservatório de água para manter o gramado natural que será nivelado e replantado. Outra opção seria a grama sintética, que seria molhada com a já existente estrutura de reserva de água.

 

O que é necessário para que isso aconteça? A administração do prefeito Dudy tem que solicitar um levantamento da força energética necessária junto à Coelba e enviá-lo para a Secretaria  do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte – SETRE. Uma observação: a conta da luz ficará por conta da prefeitura. Essa conta é fácil de fazê-la, uma partida noturna terá um custo adicional, a energia elétrica.

 

O Ginásio de Esporte está em estado de precariedade, não tanto quanto a situação encontrada na última reforma. Uma observação maior para o piso que tem um revestimento especial e não pode ser usado (por exemplo) para por cadeiras sem um tablado. A reforma poderá ser agilizada se a prefeitura de Ipirá abrir mão da concessão e passá-la para a Secretaria de Educação. Aí a coisa anda.

 

O projeto do Complexo Esportivo para ser viabilizado tem que ser pela Secretaria de Educação. A SETRE trabalha com recursos orçamentários e a cada final de ano é necessário um montante de recursos bem maior do que o orçamento original para cumprir o cronograma de obras. Uma saída será por Emenda Parlamentar, quando o deputado encaminha e o Executivo autoriza.

 

Não tem como fazer a cobertura da quadra esportiva da Praça do Barão, que fica próxima do Colégio Estadual Maria Evangelina. É uma obra municipal, reformada recentemente, quando foi retirado o Muro da Vergonha, mas não foi feita a cobertura sobre quatro torres. Só acontecerá com recursos próprios ou com a Emenda Parlamentar se o governador achar que deve atendê-la.

 

É assim que a coisa anda: burocrática, com a lentidão do bicho preguiça e a passos de cágado. Que o prefeito Dudy não siga nessa linha e resolva com urgência urgentíssima solucionando o problema do pagamento do salário dos professores, que o ex-prefeito Marcelo Brandão de forma irresponsável, malévola e perversa não pagou. Prefeito Dudy! Não fique jogando essa dívida do município com a barriga. Utilize os recursos do dia 20, resolva essa questão e bola que segue. Essa é uma questão moral.

 

Agora, uma questão imoral e perigosa, que botou o ex-prefeito MB no buraco foi a atuação das empresas terceirizadas (a maioria) que fizeram uma lambança desgraçada e meteram a mão. Cuidado, prefeito Dudy! É a rapidez do carcará em busca do petisco. Isso é apenas uma escrita sobre o devagar, devagarinho e a rapidez da rapinagem.