domingo, 29 de julho de 2018

A CASA DA HISTÓRIA


Estou deixando o SISTEMA PÚBLICO. É chegado o momento. A finalização acontece de forma concreta e irreversível. O SISTEMA continuará na sua grandeza, poderio e magnificência.
Muita casca e pouco âmago. O SISTEMA não deixa de ser um paquiderme cansado e atolado em suas diretrizes, com a intenção de buscar o caminho desejado com suas reformas. Não consegue desvencilhar-se de suas marcas singulares: o burocratismo petrificado, insensível e duro. Um SISTEMA que não se livra da opressão camuflada, da ineficiência, do faz-de-conta e não encontra meios de oferecer uma educação de qualidade ao povo brasileiro.
Ganhei experiência na prática. Carrego a esperança de poder realizar um trabalho positivo e diferenciado na EDUCAÇÃO, em Ipirá, direcionado à compreensão da HISTÓRIA e área de humanas. Ainda carrego um compromisso com a HISTÓRIA dentro da possibilidade de fundar a CASA DA HISTÓRIA em Ipirá.
Trabalho sem nota, sem patrão, feito na concordância dos interesses dos participantes e voltado para uma aprendizagem eficiente e consistente. Serei simplesmente um mediador, função que jamais consegui exercer durante todo esse tempo.
Evidente que haverá um custo, mas traçando um paralelo, será inferior a uma faxina semanal em uma casa. A quem interessar possa, basta procurar o mediador Agildo Barreto.

domingo, 22 de julho de 2018

IPIRÁ NO BURACO DO CALANGO


O governador Rui Costa está de boa, tem uma reeleição na mão, praticamente garantida. O Zé da Feira, o Ronaldo, tornou-se o maior boi de piranha que já foi lançado na política baiana, mas nem todo mal se constitui num grande mal, pelo menos vai ficar conhecido. Nenhum dos dois merece muito apreço do eleitor ipiraense; um fez muito pouco por Ipirá, o outro nada fez.
No tabuleiro político baiano, o governador Rui Costa é o homem do trono, o rei de copas. É o dono da bola, do time, do juiz e do VAR. Manda em tudo; o homem é o técnico. Cortou Lídice e convocou Coronel. Votar em Coronel! Por que e para quê? Porque faz parte do ‘esquema do governador’. Problema dele.
O carlismo também tinha ‘ esquema do governador’ para dominar a Bahia e dominou. Em Ipirá, o carlismo controlava as duas oligarquias (jacu e macaco) e o prefeito que, por sua vez, controlava os vereadores e cabos-eleitorais, que cercavam e laçavam a população. Era assim que o curral eleitoral funcionava; enquanto posto auferia dividendos satisfatórios na votação e nos lucros.
O domínio petista na Bahia optou e trouxe novidades no ‘esquema do governador’. Em Ipirá, abraçou a oligarquia macaca (estava na prefeitura na época) e despachou a jacuzada dando-lhe um canto de carroceria; bastava uma banda oligárquica para controlar. Deu certo. O petismo fez a cama e deitou na toca do macaco garantindo uma votação expressiva e esqueceu Ipirá.
O governador Rui Costa é o arquiteto engenhoso desse castelo de areia eleitoral. Montou uma geléia política.  Derrete-se todo pras banda de Jurandy Oliveira, Oto, Leão e Coronel, uma espécie de carlismo que está sendo recauchutado. Quando esse sorvete derreter veremos quem ficará no controle da situação, também, pouco importa, o que vale é que o ‘esquema do governador’ necessita de imunidade parlamentar e foro privilegiado.
Nesse balaio de gato, quem está mordendo o rabo da cachorra doente é o prefeito Marcelo Brandão, ‘representante maior’ da oligarquia jacu. O prefeito fica no calo do governador, parecendo filhote de saqué correndo atrás da ninhada de pinto de galinha na correria. O governo municipal não recebe nada do Estado. É carta fora do baralho.
Desprezado nas instâncias superiores, o prefeito Marcelo Brandão insiste em fazer obras com recursos próprios. Oh, coitado! Ta com o couro espichado na obra do Puxa e da avenida RGS. Ta apertado e com a navalha no pescoço. Seu governo ta sangrando.
Até que o prefeito MB entrou bem intencionado, queria ferver o chão da praça com grandes eventos festivos. Como se não bastasse a crise do país, a festa se foi, mas a realidade de Ipirá é por demais implacável e a ordem de serviço ficou no colo do administrador MB.
Segura que o abacaxi é teu prefeito: o Mercado de Arte em ruínas; a residência dos estudantes em Salvador nos escombros; as estradas vicinais que foram consertadas precisando de novo conserto; a seca se aproximando e exigindo carros-pipa e outras demandas.
Não quero tirar o sossego do prefeito MB, mas eu tenho que dizer: a população de Ipirá está no desespero, com dois bancos fechados pela bandidagem e assaltantes com revólver na mão roubando lojas em pleno dia; o trânsito da cidade está uma bagunça; as pessoas não podem andar na praça, porque o jardim está infestado de bicicleteiro de uma roda que não respeitam nada, nem ninguém. O prefeito MB pode dizer: “E o que é que eu tenho com isso?”
Posso até reconhecer que V.Exa., não tem nada a ver com isso. Posso até reconhecer que V.Exa., está de boa, sentado numa cadeira acolchoada e vigiando um cofre abarrotado de dinheiro. Posso até pensar, que V. Exa., não é refém de seu próprio grupo político, a jacuzada, e que nada usufrui do esquema da politicagem do jacu e macaco neste município; mas, eu tenho que dizer essas coisas para que o cidadão deste município não perca o orgulho de viver em Ipirá.

sábado, 14 de julho de 2018

IPIRÁ: UM PONTO FORA DA CURVA

 O município de Ipirá foi agraciado com obras federais significativas no aspecto social durante os governos Lula / Dilma, que podem ser catalogadas pelo estabelecimento de um inacabado e interminável esgotamento sanitário (obra de 12 anos), casas populares, creches e UPA, que amparadas pelos benefícios da aposentadoria, ganharam um significado claro e  representam no seu conjunto, uma estratégia de contenção populacional na localidade para impedir percentuais de migrações consideráveis. Ipirá segura uma população em torno dos sessenta mil habitantes.

Do governo estadual petista Wagner / Rui não podemos dizer muita coisa, as obras desses governos para Ipirá podem ser contadas, com folga, nos dedos de uma mão. Quase nada. De grande importância e relevância para o município de Ipirá, nada.

Se fizeram muito por Salvador isso é fato comprovado e louvável, o mesmo não podemos dizer em relação ao município de Ipirá. O governo petista nestes doze anos está devendo muito ao município de Ipirá no aspecto de obras estruturantes, necessárias e imprescindíveis ao desenvolvimento e progresso de Ipirá.

Estamos sendo vistos e encarados dentro de uma lógica perversa e minguada, que estabelece círculos estreitos para um município com as nossas características, dificuldades e limitações. Ipirá não tem condições de andar com suas próprias pernas, essa é uma triste realidade. O Estado da Bahia não têm recursos suficientes para atender à todos os municípios, essa é outra realidade. A prioridade das obras do governo do Estado não aponta nada para Ipirá, uma dura  realidade. O governo do Estado não tem o município de Ipirá na sua pauta, na sua agenda e na sua ação. Ipirá está órfã do governo estadual.

Podem até dizer que o Estado da Bahia está apertado, sem folga financeira, vivendo no cheque especial e quebrado. Ipirá também está desse jeito, com a cuia na mão. Mesmo assim, não temos sobre nós o olhar generoso e acolhedor que existe sobre a capital. Salvador tem um governador do Estado e um prefeito municipal trabalhando pela cidade. Ipirá navega em mares turbulentos e imprevisíveis.

São dois bancos fechados pela bandidagem. A população está sofrendo e sacrificando-se em filas para aventurar sacar dinheiro. Um lamentável retrocesso. O Poder Público Municipal vivendo no mundo da lua e no país das maravilhas não toma nenhuma providência, nem ao menos, assume seu papel de autoridade local na cobrança às autoridades  estaduais e federais. Estamos no caminho da roça.

Tem aspectos sociais de suma importância para o município de Ipirá que estão sendo negligenciados pelo poder municipal; têm demandas concretas e necessárias para o município que o poder municipal está virando as costas; tem questões de grande relevância que estão sendo negadas pelo poder municipal.

Os poderes institucionais constituídos estão brincando de esconde-esconde com Ipirá, nunca encontram o nosso município. O prefeito Marcelo Brandão também está de brincadeira; fez uma grande Exposição, porque a sua realização foi feita no local certo e conveniente; fez um São João meia-boca, porque insistiu em realizá-lo num local inconveniente para festa de multidão, resultando numa praça favelizada e mulheres e crianças urinando na frente das casas durante a fogueira, um atraso e desconforto; roçou, destocou e desmatou o Puxa para implantar uma prioridade do município.

Brincadeiras! Imagine quando o povo de Ipirá resolver trocar de brincadeira, deixando o esconde-esconde pela barroca. A barroca era uma brincadeira muito atrativa em Ipirá. A barroca era a saída da bica junto ao passeio da casa e o menino tinha que encaçapar uma castanha lá dentro à certa distância. Vamos pensar que a urna é uma barroca e que o voto é uma castanha e o eleitor tem que acertar o voto na barroca numa distância de cinco metros. Seria muita castanha perdida nas eleições, mas tudo isso é brincadeira de barroca.


quarta-feira, 11 de julho de 2018

É DE ROSCA (44)


É DE ROSCA. (44)
Estilo: ficção
Modelo: mexicano
Natureza: novelinha
Fase: Querendo imitar Malhação, que não acaba nunca, sempre criando uma fase nova, agora é a do prefeito Marcelão.
Capítulo 44 (mês de janeiro 2018)(atraso de 6 meses) (um por mês)

O prefeito Marcelão estava entusiasmado com a exposição, até que enfim, tinha acertado em cheio numa festa. Olhava emocionado e admirava aquela grande obra da genética, um nelore branco com 2m de altura, 3m de largura e 4m de comprimento.

Nas proximidades estava um grupo de macacos, que começaram a fazer fuzarca e firula. Falando alto: “Sai de baixo prefeito Marcelão, que esse boi não é prá teu bico!” Quá, quá, quá, a risadaria corria solta. “Tu não ta vendo que aqui em Ipirá não tem homem prá comprar esse boi!” Quá, quá. “Ora, prefeito Marcelão! Tu não ta vendo que teu bolso não compra nem o redém desse boi!” Quá, quá, quá, a risadaria aumentou.

O prefeito Marcelão manteve a seriedade, olhou para o dono do boi e perguntou para que todos ouvissem e imediatamente o silêncio foi absoluto:
- Qual é o preço desse boi? – indagou e ouviu um sonoro: “UM Milhão de Reais e não tiro nem um centavo de pechincha”. O silêncio tomou conta da área e o prefeito respondeu em cima da bucha, com uma voz firme e grossa – o boi é meu por DOIS milhões de reais e vou inaugurar o Matadouro de Ipirá abatendo esse boi.

O Matadouro de Ipirá quando soube ficou emocionado: “obrigado prefeito Marcelão, até que enfim apareceu um prefeito para dar o verdadeiro valor que eu tenho e mereço. O ex-prefeito Dió queria inaugurar o matadouro com o abate de bengo morto com espingarda de socar; o ex-prefeito J (Jotinha) queria inaugurar o matadouro matando calango abatido com badogue. Vê se pode? O senhor, prefeito Marcelão, é um administrador pra frente, inaugurar o matadouro com um boi de dois milhões é sinal de desenvolvimento e valorização. Estou emocionado, estou sem palavras, obrigado prefeito Marcelão, agora eu aceito ser inaugurado!”

Pense numa notícia que correu o mundo! Viralizou em todas as línguas. Prefeito vai inaugurar matadouro abatendo um boi de dois milhões de reais. Nos Estados Unidos, o presidente Trampo mandou um e-mail: “Estarei em Ipirá para participar desse churrasco”. A rainha da Inglaterra confirmou presença. O presidente Macron da França, Putin da Rússia e o presidente da Fifa, nem esperaram terminar a final da Copa entraram num avião supersônico e embarcaram para Ipirá.

O prefeito Marcelão ficou pensando: “na campanha, a macacada disse que ia fazer um aeroporto em Ipirá, uma coisa pequena, para teco-teco; não sei onde era que eu estava que não lancei uma proposta de um Aeroporto Internacional, não é nada não, agora vou ter que lançar um decreto fechando o espaço aéreo de Ipirá para urubu, pardal e bem-te-vi por uma semana.”

A esquadrilha da fumaça e aviões supersônicos dominaram o espaço aéreo ipiraense e de pára-quedas pulavam as autoridades e seus seguranças, sendo que, o Céu de Ipirá ficou intinguijado de pára-quedistas praticando o esporte. As autoridades internacionais e nacionais foram recebidas na residência do prefeito Marcelão. Só adentraria à residência, para encher a barriga no churrasco do boi de dois milhões quem tivesse convite e pulseira personalizada.

Surgiu o primeiro problema interno; a fila na porta da residência já estava em Baixa Grande e os jacus começaram a reclamar, que tinha muito macaco na fila, que eles fossem para o fim da fila, que agora era a hora dos jacus comerem. 

Veio um assessor do prefeito Marcelão para resolver e descomplicar a situação: “Oh, gente, presta atenção! Quem está aqui na fila só vai comer tripa, agora, eu garanto que não vai sair ninguém com fome.” Saltou um sujeito marrudo e foi dizendo: “Quer dizer, eu votei no prefeito Marcelão e não vou comê um taco de carne? Quem tem que comê tripa é essa macacada que tomou uma lapiada de mil e seiscentos e lascou-se no lombo; quer dizer, pelo que eu entendi meu voto foi perdido?” O assessor do prefeito voltou a explicar: “Depois que deposita o voto na urna já era! Agora, eu quero perguntar a vocês o seguinte: vocês preferem comê tripa de um boi de dois milhões ou filé de um boi de 140 reais a arroba?”

Surgiu o primeiro grande problema internacional: Kim número Um da Coréia do Norte não foi convidado para o churrasco e mandou o recado: “Um boi de dois milhões de reais não pode ser abatido para churrasco, isso é um atentado terrorista, se isso acontecer vou lançar uma bomba atômica no Matadouro de Ipirá” e colocou três mísseis no Monte Alto, apontados para o matadouro.

O presidente americano Trampo respondeu de imediato: “se você jogar uma bomba atômica no Matadouro de Ipirá eu acabo com seu país, vou fazer disso aí o caldeirão do inferno” e colocou quatro bases antimísseis no Estádio José Luís dos Santos, aproveitando a altura de quatro postes que estão fincados lá no campo.

A ONU foi obrigada a intervir para evitar um conflito nuclear mandando uma comissão fiscalizadora para verificar ‘in loco’ se o Matadouro de Ipirá tem condições de abater um boi de dois milhões de reais. O parecer foi terrível: “Isso aqui, não tem condições de abater nem macaco-guigó, muito menos, um jacu depenado, agora, imagine, um boi de dois milhões de reais”

A ONU apresentou um relatório do que era necessário: uma arma de choque elétrico de alta precisão, fabricada na França; um centro cirúrgico de lipoaspiração para tirar toda a gordura do boi; uma máquina de corte à laser para que a carne saia milimetricamente disposta e embalada; tem que ter um tanque de água mineral de Iceberg da Groenlândia; uma câmera fria especial que suporte o gelo da Antártida; uma orquestra sinfônica para tocar música clássica para o boi não ficar estressado e mais coisas.

O prefeito Marcelão levou a coisa no capricho, não deixou escapar um item, adquiriu o que foi relacionado e em tempo recorde estava tudo pronto, montado e funcionando, deu a tão esperada ordem: “pode levar o boi prá o tronco”. Ouviu-se: “ ALTO LÁ, um momento! Tá faltando o pagamento dos dois milhões do boi” era a voz do dono do boi.

O prefeito Marcelão meteu a mão no bolso e foi dizendo: “se você pensa que eu vou ouvir desaforo de quem quer que seja, você está muito enganado, fique com seu boi, porque com dois milhões de reais eu reformo a Casa de Estudante em Salvador, o Mercado de Arte e ainda sobra dinheiro para eu fazer a festa de Sete de Setembro; o povo de Ipirá não vai morrer por comer carne clandestina.”           
   
Suspense: Veja que situação: A novelinha tá de correria, quer chegar à janeiro 19 sem nenhum capítulo em atraso. Um matadouro querendo ser obra e um prefeito querendo não ter problema! Onde vai parar uma desgraça dessa? O que é que eu tenho a ver com o desentendimento do prefeito Marcelão com o matadouro? A novelinha chegou ao mês janeiro de 2018 agora e o prefeito Marcelão não pode fazer Festa para a COPA 2018, e até agora nada.

O término dessa novelinha acontecerá no dia que acontecer a inauguração desse Matadouro de Ipirá. Inaugurou! Acabou, imediatamente! Agora, o artista é o prefeito Marcelão, que foi grande divulgador da novelinha É de ROSCA pela FM.

Observação: essa novelinha é apenas uma brincadeira literária, que envolve o administrador e o matadouro e, sendo assim, qualquer semelhança é mera coincidência. Eles brincam com o povo e o povo brinca com eles

sábado, 7 de julho de 2018

É DE ROSCA (43)


É DE ROSCA. (43)
Estilo: ficção
Modelo: mexicano
Natureza: novelinha
Fase: Querendo imitar Malhação, que não acaba nunca, sempre criando uma fase nova, agora é a do prefeito Marcelão.
Capítulo 43 (mês de dezembro 2017)(atraso de 7 meses) (um por mês)

Brasil eliminado da Copa. Na Zona Mista duas entrevistas chamaram atenção da NOVELINHA, pela emoção e impacto que causaram, uma delas foi a do prefeito Marcelão, que estamos reproduzindo nos seus aspectos mais importantes:

“Estou muito triste, uma tristeza muito profunda, que sangra e dói no meu íntimo. Estou muito sentido, neste momento, com a desclassificação do Brasil nesta derrota para a Bélgica. Era do meu propósito fazer a maior festa no território brasileiro pela vitória sobre os belgas; seriam abatidos oitocentos bois para churrasco, suspendam esse abate, não deu... Se o Brasil levantasse o hexa seriam abatidos dois mil bois, com duas mil churrasqueiras, em toda a cidade, tudo de graça, não deu... Minha administração ia inaugurar o Matadouro de Ipirá nesta copa; são 26 anos sem serventia, foram seis mandatos e sete prefeitos que não tiveram a coragem e a sensatez de inaugurar esse matadouro, (respirou fundo) meu mandato é diferente e ia inaugurar esse Matadouro de Ipirá, justamente, no dia que o Brasil conquistasse o hexa, não deu... O povo de minha terra sabe do meu esforço para inaugurar esse matadouro de Ipirá, mas a seleção da Bélgica não deixou...”

A outra grande entrevista foi a do Matadouro de Ipirá, que soltou a língua:
“Eu não vou dizer que estou alegre, mas que estou bastante aliviado, lá isto eu estou, só de imaginar: como é que seriam abatidos mais de duas mil cabeças de boi em Ipirá? Estamos livres desse sacrifício e dessa matança, que o prefeito Marcelão queria fazer... Eu fiquei admirado quando terminou o jogo da eliminação do Brasil, que o pessoal da Globo ficou na maior saia-justa procurando uma desculpa e buscando explicar e justificar a saída do Brasil... Simplesmente, Galvão, Casagrande e Ronaldo Fenômeno estavam perdidos, não sabiam o que dizer, ou ao menos, por onde começar; ficou uma coisa insossa, enjoativa, sem pé e sem cabeça, sem lógica, sem franqueza e sem convencimento; muita pantomima prescindindo da veracidade da palavra. Diziam que o futebol é um esporte, se não resolve, também não prejudica; entra uma repórter global e afirma que o futebol é cruel...”     

E o Matadouro de Ipirá continuou: “90% da imprensa brasileira vive navegando em sofismas na questão do futebol, em época de copa... “o melhor futebol do mundo” “a amarelinha...” “o maior jogador do mundo” etc e tal. Sutilmente vão construindo essa nuvem de argumentação aparentemente válida, que na realidade não explica e não conclui coisa alguma. Quando tomam a porrada, ficam procurando uma resposta para amparar o argumento criado lá atrás, não encontrando, fica clara a má-fé de quem apresentou aquilo que queria que fosse verdadeiro. Prefiro o argumento simples e popular de Mané Garrincha, em 1962, quando viu aquela seleção toda de branco e indagou: “O que foi que o São Cristóvão (time carioca) veio fazer nesse torneio?” Era a Inglaterra, Garrincha chamou para bailar e os ingleses foram na dança. Havia futebol para isso. No futebol tem muito interesse e manipulação.”

E o Matadouro de Ipirá completou: “No mapa do futebol do planeta Terra não tem novidades. A Ásia, Oceania e Oriente Médio é uma série D; A África nunca disse o que foi fazer numa copa, série C; América do Norte e Central é uma série D; A América do Sul uma série B, com exceção para Uruguai (mais de 70 anos sem conquistar a copa), Argentina (mais de 30 anos sem a taça) e Brasil (em 1922, serão 20 anos sem a taça). Quem tem a hegemonia do futebol mundial? A Europa (são 16 anos com a taça).”

E o Matadouro de Ipirá encerrou: “Até hoje, ninguém conseguiu três copas seguidas, no máximo duas. A tendência é aparecer, sempre, em algum momento, um país europeu diferente pegando a taça, até que o Brasil consiga uma equipe com capacidade real e não fictícia e fabricada para ser campeão. O Brasil será hexa? Será. Poderá ser dentro de um espaço de 20 ou 30, ou 40 anos. A seleção brasileira jogou um grande segundo tempo; é tão boa quanto a Bélgica, Alemanha, Espanha, Inglaterra, ou França. Ser o melhor futebol do mundo não é uma necessidade vital desse País; ter o maior jogador de bola do mundo não tem um significado imprescindível para essa nação. É duro ficar nesse discurso batido de que o Brasil é a maior seleção do mundo e que todos tremem aos seus pés; essa batida tem o grande interesse e a vontade de quem manipula, controla e tem lucro com o futebol.”    

Suspense: Veja que situação: A novelinha tá de correria, quer chegar à janeiro 19 sem nenhum capítulo em atraso. Um matadouro querendo ser obra e um prefeito querendo não ter problema! Onde vai parar uma desgraça dessa? O que é que eu tenho a ver com o desentendimento do prefeito Marcelão com o matadouro? A novelinha chegou ao mês dezembro de 2017 agora e o prefeito Marcelão já não pode fazer Festa para a COPA 2018, e até agora nada.

O término dessa novelinha acontecerá no dia que acontecer a inauguração desse Matadouro de Ipirá. Inaugurou! Acabou, imediatamente! Agora, o artista é o prefeito Marcelão, que foi grande divulgador da novelinha É de ROSCA pela FM.

Observação: essa novelinha é apenas uma brincadeira literária, que envolve o administrador e o matadouro e, sendo assim, qualquer semelhança é mera coincidência. Eles brincam com o povo e o povo brinca com eles

terça-feira, 3 de julho de 2018

É DE ROSCA (42)


É DE ROSCA. (42)
Estilo: ficção
Modelo: mexicano
Natureza: novelinha
Fase: Querendo imitar Malhação, que não acaba nunca, sempre criando uma fase nova, agora é a do prefeito Marcelão.
Capítulo 42 (mês de novembro 2017)(atraso de 8 meses) (um por mês)

A equipe de segurança do prefeito estava enfurecida na frente do Matadouro de Ipirá. Um celular tocou, o segurança botou o gato, que miava barbaridade, no chão e ficou sem saber se atendia o celular ou se matava o gato:

- Para de chiar, gato miserave, que tu perdeu e de hoje tu não passa. Alô! Quem fala?

- Aqui é o prefeito Marcelão! Suspenda a matança do gato, porque esse gato é pé frio, escolheu o México e os mexicanos se lascaram, então, deixa esse gato prá lá. Que venha a Bélgica! Vou fazer a maior festa do Brasil na vitória da nossa seleção, vou trazer para Ipirá toda a turma do arrocha, liderada por Aldair, o Play Boy do Arrocha, e vamos ter oitocentos bois para churrasco, que vai da porta lá de casa até a rua de Cima descendo para o Campo do Gado.

O gato escapou por um triz, depois que folgaram o laço, o gato escafedeu-se pela caatinga em direção a Pintadas, o medo era tanto que quando chegou ao Raspador já era uma onça. O Matadouro de Ipirá ficou preocupado quando viu tanto carro de boi na área e na estrada e pensou: “agora o bicho vai pegar, vou ter que telefonar urgente .”

- Alô, é do inferno? Cadê o presidente Satã? Foi para a Rússia! Quero falar com o primeiro-ministro Rabudo. É ele quem fala! Ótimo. Eu estou com um problemão, o prefeito Marcelão invocou de fazer um churrasco, para comemorar a vitoria da seleção contra a Bélgica, com oitocentos bois e vai matar essa boiada toda aqui no Matadouro de Ipirá, as carretas estão aqui na porta, e quando esse prefeito play boy invoca de fazer festa ele faz e eu não sei o que fazer – completou a ligação o Matadouro de Ipirá.

- Não é possível que uma coisa dessa aconteça! Há trinta anos foi feito um Congresso de Malígnos e ficou decidido que o Matadouro de Ipirá NUNCA funcionaria e essa proposta venceu de forma esmagadora, só teve dois votos contra, o de Capeta e o de Pé Redondo. Eu vou tomar minhas providências.

O prefeito Marcelão tava de boa: “que venha a Bélgica!” Seu celular tocou, ele atendeu: “alô!” e ouviu aquela voz rouca e grave: “PreFEito MarCElão! AqUI é o RaBUdo” Ao ouvir aquelas palavras, o prefeito Marcelão foi atacado por uma tremedeira e um calafrio que não queria passar, mas não perdeu a voz:

- Que é que é isso, doutor Rabudo? Eu ainda falto dois anos de mandato.

- Eu não vim te buscar agora, você ainda vai fazer muita istripulia na face da terra. Eu tenho um plano alto para tua vida, você vai ter uma subida meteórica, você vai para o Supremo Tribunal atuar ao lado de Gilmar Mendes; mas, vamos deixar o futuro e vamos tratar do que interessa realmente: até agora, você, prefeito Marcelão, não inaugurou uma obra sequer e invocou de inaugurar o Matadouro de Ipirá matando oitocentos bois. Isso quebra a ordem das coisas.

- Mas, seu doutor Rabudo! Eu só quero mais três mandatos de prefeito, para ser o melhor prefeito e o que mais teve mandato nessa terra.

- Prefeito Marcelão! Observe o que eu quero dizer: o Brasil tem pela frente a Bélgica, se passar pegará a França, se passar a final com a Inglaterra; observe e raciocine, se você inaugurar esse Matadouro de Ipirá abatendo oitocentos bois contra a Bélgica; e contra a França, serão quantos? A grana ta curta, oitocentos bois para churrasco agora e uma frigideira de calango para o próximo jogo não vai cair bem. Pense direito e faça a melhor comemoração – encerrou o Rabudo

Suspense: Veja que situação: A novelinha tá de correria, quer chegar à janeiro 19 sem nenhum capítulo em atraso. Um matadouro querendo ser obra e um prefeito querendo não ter problema! Onde vai parar uma desgraça dessa? O que é que eu tenho a ver com o desentendimento do prefeito Marcelão com o matadouro? A novelinha chegou ao mês novembro de 2017 agora e o prefeito Marcelão já está fazendo Festa para a COPA 2018, e até agora nada.

O término dessa novelinha acontecerá no dia que acontecer a inauguração desse Matadouro de Ipirá. Inaugurou! Acabou, imediatamente! Agora, o artista é o prefeito Marcelão, que foi grande divulgador da novelinha É de ROSCA pela FM.

Observação: essa novelinha é apenas uma brincadeira literária, que envolve o administrador e o matadouro e, sendo assim, qualquer semelhança é mera coincidência. Eles brincam com o povo e o povo brinca com eles