Ipirá tem 46.069 eleitores aptos ao próximo pleito de outubro 16.
Comparecerão às urnas uns 36 mil eleitores. Uns dez mil são os que já morreram;
os idosos que não possuem facilidade para locomoção, ou não enxergam direito;
são os que estão morando e trabalhando fora, viajando e não possuem motivação
ou condições para aqui comparecerem no dia das eleições, etc e tal. Esse é meu
palpite para os votos validos: 36 mil votos válidos.
A macacada fez a convenção no dia 30 e a jacuzada no dia 31. Não
perderam o prazo estipulado pela Lei Eleitoral. São zelosos obedientes à lei.
Vão obedecer rigorosamente ao que diz a lei no referente à propaganda
eleitoral, aos prazos, às regras, às decisões acordadas, até para não receberem
multas em dinheiro. Serão cumpridores diligentes da lei. Pense num povo que
segue a lei ao pé da letra, no seu mais apurado rigor! Pensou no jacu e no
macaco.
A Lei Eleitoral determina que as despesas de campanha para prefeito no
município de Ipirá terá que ser R$ 143.908,30 por candidato. Pense num pinote
que o sujeito foi cair na casa da desgraça! Pensou no jacu e no macaco. Essa
lei está errada! Essa lei não presta! Quem é besta para seguir essa lei?
Nem jacu, nem macaco vão obedecer essa lei. Nem Deus, nem Satanás vão fazer
jacu e macaco obedecerem essa lei. Mas, a lei não é para ser cumprida? Dizem os
advogados que é. Mas, a lei não é para ser burlada? Dizem os advogados da
jacuzada e macacada que é. E por que quando se trata de dinheiro todo mundo
quer desrespeitar a lei? Hum! Aí é que o bicho pega.
Observem que esse valor foi definido pela prestação de conta de maior
valor da última campanha do jacu e do macaco. Observe que agora teremos uma
campanha de metade do tempo da anterior e nem assim, e nem por isso, eles
querem ou irão obedecer à lei. E convenhamos a lei é boa demais, é generosa
demais, tratando-se de dois candidatos lisos (Aníbal e Marcelo) no sentido de
disporem de um milhão para gastar tirando do próprio bolso.
Aí, nestas condições, quem corre sério risco de ser assaltada é a
Prefeitura Municipal de Ipirá, porque é o dinheiro público que vai bancar a
campanha da situação e da oposição, caso venha a ganhar as eleições. Com dois ‘candidatos
lisos’ Ipirá está enfiado no buteco do calango, porque eles não obedecerão a
Lei Eleitoral e o dinheiro público não será respeitado na campanha, imagine
quando um deles estiver lá dentro. É a prática.
Que maldade! Como é que se escreve tanta maldade contra pessoas tão
sérias, de mãos limpas e tão bem intencionadas? O dinheiro vem dos grupos, dos
empresários dos grupos, dos ricos dos grupos. É tudo dinheiro limpo. É mesmo?
Todo mundo tem que acreditar nisso?
Na última eleição municipal, um rico virou para a candidata e disse:
“doutora, tome aqui esse dinheiro (valor ?) para a campanha, se a senhora
perder, a senhora não me deve nada, se a senhora ganhar a senhora me devolve o
mesmo valor sem juros.” A pergunta é simples: esse rico contribuiu com quanto
para a campanha? Com nada. Ele sabia que a candidata tinha chance de vitória. E
a candidata vitoriosa tiraria do seu bolso para fazer a devolução? Só a cabeça
de um jegue poderá achar que sim. O dinheiro ia sair dos cofres da prefeitura.
Não sei o resultado disso aí.
Ainda na última eleição municipal, um agiota rico virou para o candidato
e disse: “doutor, tome esse dinheiro (400 mil) para a campanha, se o senhor
perder o senhor me devolve sem juros, se o senhor ganhar o senhor me paga o
dobro.” A pergunta é simples: esse rico contribuiu com quanto para a campanha?
Com nada. Ele preveniu seu dinheiro quanto a qualquer risco. E se o candidato
fosse o vitorioso, quem pagaria esse dinheiro? O dinheiro ia sair dos cofres da
prefeitura. Você na condição de cidadão acha esse tipo de proposta correta?
Uma coisa é certa: o sistema jacu e macaco está podre. Qualquer
candidato a prefeito em Ipirá, por mais honesto que seja, está sujeito às mais
capciosas propostas porque eles criaram um monstro que corrompe e desmoraliza e
não tem como cortar a cabeça dessa figura deletéria que está inserida na
politicagem do clientelismo que é a base da conquista do poder em Ipirá. A ação
mafiosa mancha e corrói a possibilidade da ética e da honestidade prevalecer. O
grande derrotado será o município de Ipirá.
Nesta campanha de 2016, a figura mais importante da campanha será o
CONTADOR, que terá que fazer o trabalho químico, de transformar um, dois, três
milhões em míseros R$ 143.908,30 para a prestação de contas. Aí eles são
forçados a obedecer à lei, queiram ou não. Quanto custará um contador? Quanto
custará o silêncio de um contador? Quanto custará o serviço de um contador? Um
contador vale tanto quanto, ou bem mais que um marqueteiro.
Não adianta o probo advogado (da jacuzada ou macacada), de caráter
íntegro, honesto, honrado, reto e justo dizer que só gastará na campanha o que
a Lei Eleitoral determina, porque não será desse jeito; o caixa 2 vai comer no
birro 30. Não obedecer a lei é crime. O crime eleitoral do caixa 2 será a nota
dessa campanha. Se o Ministério Público montar um Lava Jato em Ipirá e entender
de vasculhar essa campanha 2016 em busca de uma agulha vai encontrar prego do
tamanho dos postes dos refletores do Estádio Municipal.
Para o cidadão comum, que não leva nenhuma vantagem com as eleições em
Ipirá, só resta uma pergunta: se essa gente do jacu e do macaco, com seus dois
candidatos à frente, não respeitam o que diz a lei na questão dos gastos de
dinheiro na campanha, o que será quando estiverem frente a frente com dez
milhões de dinheiro público nos cofres da prefeitura? Se não respeitarão agora,
na campanha que vai começar, por que respeitarão depois da campanha na prefeitura? Os candidatos (Marcelo e
Aníbal) são figuras comprometidas e enroscadas com seu determinado grupo (jacu
e macaco), esse é o limite dos dois, nunca irão compreender que Ipirá é maior
do que esse troço.