quinta-feira, 26 de julho de 2012

HOJE É DIA DE SANTO.


     Sem dúvida, o momento mais aguardado, nestas eleições, será o discurso do vice, cuja ação e trabalho político eram expostos no informativo “Buscando a Cidadania”. O que ele vai dizer? Como será seu blá, blá, blá?

      Parece-me que, pela primeira vez, pelo menos que me lembre, um candidato não poderá falar a verdade em comícios. Esse é o drama de “Buscando a Cidadania”. Se falar a verdade a casa cai. Que situação!

      Vou tentar construir um discurso para o vice “Buscando a Cidadania”, embora compreenda que não é tarefa fácil, mas espero que seja facilitada pela boa compreensão do eleitor-leitor desse blog. Ele poderia começar dizendo assim: “Meus companheiros! Meu parceiro de chapa é o maior líder político de Ipirá”. E aí? Não estaria dizendo a verdade? Onde está a mentira nisso? Se o parceiro não tivesse voto para carregá-lo, você acha que “Buscando a Cidadania” estaria neste barco? Eu tenho isso como uma verdade, embora eu carregue minhas dúvidas, quanto a um fato que me parece concreto e irrefutável: “Buscando a cidadania” aceita o parceiro como líder dos outros, mas não do vice. No planeta dos macacos...

      Tem uma passagem no discurso que “Buscando a Cidadania” não pode nem de longe lembrar: é o trato da gestão pública de seu parceiro. Venhamos e convenhamos; aí o vice não vai poder falar a verdade, vai ter que contar uma mentirinha do tamanho do Monte Alto: “ele foi um grande administrador quando governou o município”. Até ele vai bater na madeira. O dedão do pé vai balançar que nem pára-brisa de Hilux. Vai ser tudo da boca prá fora. “Fica na tua, corujão que a mata tá cheia de gavião.”

      Mas é duro para um candidato não falar a verdade, aí ele vai ter que dar um jeito, porque, já que ele não pode falar a verdade, vai ter que falar verdade e meia ou meia verdade e pode dizer que: “Companheiros! Meu parceiro de chapa é um bom gestor público.” Embananou tudo. Foi ele quem botou arrombando na capacidade administrativa de seu parceiro. Como é que agora ele vai dizer que ele é bom gestor? Não dá certo! Isso tá cheirando a “lamaceiro em tempo de seca, atola até mosquito”

      Mas tudo na vida tem solução. “Buscando a Cidadania” não pode ficar neste aperto, aí ele poderá trilhar por um caminho menos embaraçado e dizer que: “Companheiros! Meu parceiro será o maior gestor que Ipirá terá em toda a sua história”. Veja que saída brilhante, seu parceiro ficará super feliz e a dor de cabeça passará e os dois ficarão felizes, com cada qual em seu patamar. No planeta dos macacos...

      Mesmo assim, tem um porém; para dizer que ele será o melhor, o bom para Ipirá, cheira mais a Madame Beatriz, que era mais respeitada pela sociedade soteropolitana graças à sua alardeada intimidade prevendo o futuro do que com uma coisa da realidade. Aí é coisa para cartomante, mas vamos supor que “Buscando a Cidadania” não tenha intenção e vocação para prever o futuro, assim não sendo, ele estaria apenas avalizando uma possibilidade de futuro. Será que a população vai aceitá-lo como avalista? Um avalista tem que ser bom? É verdade que quem mais conhece a capacidade administrativa do parceiro é ele. Isso é verdade, agora, será que ele é um bom avalista? Será que ele é um avalista de verdade, de palavra firme, e confiável de ponta a ponta? Esse é um problema. É muita coragem e risco ser avalista numa situação dessa, poderá queimar a mão e a língua. Eu já vi avalista que honra a palavra ficar igual a pinto depenado no inverno, porque o garantido não era pedra noventa como a pessoa que se responsabilizou diretamente tinha afirmado. Buscando a Cidadania está vivendo um pesadelo, embora ele prevê que ...

      Vamos deixar para lá essa parte do discurso, nem vamos tocar nesse assunto. Vamos para o que realmente interessa; a queda do parceiro de chapa. Ele botou uma saia justa no parceiro e ficou doido para ver a queda do dito cujo, que não caiu, mas que ficou embaraçado ficou. A União ficou no calo dele. E a Justiça? Eu nem comento. Tudo por causa da atuação do vice. Mas, isso são águas passadas. Agora, neste instante, a primeira pessoa que não quer ver a queda do parceiro é justamente “Buscando a Cidadania”, pois está sendo carregado por ele; se este cair, quem vai se esborrachar é “Buscando a Cidadania”.

      “Cruz credo, lá ele! Que ele caia sozinho e principalmente depois das eleições. Quem quer se estrepar é o cão, não eu! Um escorrego numa casca de banana não faz mal a ninguém.” Poderá pensar assim o santo que é carregado no andor. Ano que vem, o santo não estará obrigado a pensar do mesmo jeito, então, poderá pensar de uma maneira um pouco diferente: “que sujeito desastrado, vai enterrar o município, ainda bem que eu não dei minha palavra garantindo por ele. Que ele caia logo e o vice assuma em seu lugar, senão o povo estará lascado.” São crises existenciais no planeta dos macacos. Nada disso importa; agora, que o discurso do vice é aguardado, lá isso é.




segunda-feira, 23 de julho de 2012

DE CONTROVÉRSIA EM CONTROVÉRSIA, CHEGA-SE AO CONTRADITÓRIO.


“Buscando a Cidadania” em seu momento louvável ou deplorável, como assim queiram, não media palavras para imputar culpa aos vereadores da municipalidade que trocavam de lado, como jogador de bola troca de camisa. A esquerda considerava-os como mercenários; oportunistas sem-vergonha; interesseiros; moeda de troca; venais; boi saltador de cerca; velhacos; trapaceadores; vai e vem; pára-brisa; pula-pula, que se aproveita dos outros e tira sempre, que possível, vantagens pessoais de situações. Uns verdadeiros mercantilistas de mandatos.

Era sempre assim: “Buscando a Cidadania” combatia com veemência essa prática oportunista.  Ia fundo na qualidade do caráter dos puladores de grupo; hoje aqui, amanhã ali. Designava como inqualificável a conveniência e o interesse pessoal que o vereador utilizava em circunstâncias e ocasião oportunas. Contestava a prática politiqueira de tirar proveito de oportunidades ou fatos para a obtenção de alguma vantagem pessoal em detrimento dos princípios ou de normas éticas. Tachava como uma prática deplorável. Era duro e veementemente implacável nesta crítica. Não havia permissibilidade, nem contemporização, não perdoava atos e comportamentos escusos.

Lula com Maluf é a sinalização, para muita gente, de que abaixo do céu tudo é permitido na política e na politicagem consagra-se com o leiloamento de uma situação. A vice da macacada era coisa definida sem questionamento; era do governo estadual, por correspondência, do petismo local.

Os petistas tiraram um indicativo de cabeça de chapa sem nenhuma perspectiva realista, sendo que, neste instante, começaram a fazer a lambança. Foram conversar com outros grupos. Isso é normal, é política, mas os vereadores da municipalidade estão privados dessa possibilidade. Tudo é presumível aos interesses de poucos. O grau de liberdade e de confiabilidade para o vereador não deve existir. Ele tem que está subalterno e preso ao grupo. Manifestar-se contrário a isso, trata-se de um lacaio, tratante e assim deve prosseguir.

Com petista é conversa política de alto nível, desprendida de qualquer interesse pessoal, onde o importante é o bem-estar da coletividade, com vereador é jogo pessoal. “Buscando a Cidadania” não é macaco, nem jacu, ele é ele mesmo por convicção e nesta convicta convicção, ele quer ser prefeito desta terra de qualquer jeito, por cima de pau e pedra, é o seu sonho e não é pecado sonhar. Topa qualquer parada que viabilize essa trajetória para o poder municipal. É obsessão pessoal.

“Buscando a Cidadania” atuava nos bastidores buscando o traçado apropriado para o seu objetivo pessoal e principal. Na questão interna, tentava viabilizar o seu nome como candidato às prévias partidárias, buscando apoio externo de quem pudesse influenciar algum voto na disputa partidária em seu benefício junto à dissidência do petismo. Após a definição, abriu conversações com o Renova e dizia que não era vice de ninguém.

Tem início o leilão. Conversava com macacos, seu aliado; com o RENOVA e mantinha conversa secreta, em Salvador, com Luís Carlos, líder dos jacus. Ninguém sabia. Daí a proposta pessoal, como ele afirmava: “quem conseguir a cabeça o outro segue”. Insistiu várias vezes, não se fechou pacto em torno disso.

O pacto veio em torno da pesquisa, até então, a jacuzada cedia a cabeça, era o presumível e acordado. A falta de dignidade começa neste exato instante. O presidente do petismo, Carlinhos Baiano, em atitude reprovável e venal, ACEITOU A PESQUISA, mas NÃO acataria o resultado se não lhe fosse favorável, levaria para o Diretório, disse isso a mim, se desse um petista estava tudo certo e definido, não levaria para o Diretório. Coisa de gente sem escrúpulo. A atitude honesta, digna e decente era não ter participado da pesquisa e dito isso de forma bem clara, porque cada um tem o direito de ficar onde achar que deve ficar. Da forma como fez o presidente petista foi uma atitude calhorda, faltou ética, faltou qualidade moral que inspira respeito. A política também se faz com atos de nobreza, qualidade de quem é elevado e tem consciência do próprio valor e honra que sustenta.

“Não ser vice de ninguém”, eram as palavra mais fortes e decisivas. Não deu certo com o Renova, não deu certo com os jacus, foi ser o que era sem nenhum impedimento, vice de macaco. Não precisava fazer o que fez, não precisava se sujar, muito menos, perder a credibilidade e a confiabilidade junto a seus aliados. Política é assim mesmo, nem sempre se faz o que se pensa e se diz. Vereador deste município é que deve ter palavra de rei. Vereador não é bicho de confiança. Quem o é, nesta geléia? O petismo local deixou de ser contra para ser contraditório.


quinta-feira, 19 de julho de 2012

JURIS TANTUM


Qualquer candidato não deve omitir a verdade, porque ele deve ser probo para o que se propõe. Ele não pode deixar de mencionar ou descrever aquilo que é exigido por lei; não pode ocultar com fraude o que é requerido pela instância eleitoral. Ele não pode deixar de fazer, dizer ou escrever algo que condiz com a verdade. Ele não pode deixar de lado, não considerar o que regulamenta o processo eleitoral. Ele não pode se manifestar no desprezo pela ética e no agravo da decência pública. Ocorrendo o desvio, a renúncia ao pretenso é o caminho factível em prol da honradez e da dignidade que deve perdurar na atitude humana.

Um candidato quando declara em juízo para fins eleitorais que possui um patrimônio no valor de 20 mil reais, não condizente com a sua realidade, ou se ele declarou um milhão, quinhentos e setenta e dois mil reais, extrapolando a sua realidade, eles podem estar, ou melhor, cada qual pode estar:

- CORRETÍSSIMO; se a justiça não requer fidedignidade para tal prestação de informação.

- CORRETO; se houver a pretensão e a possibilidade de ratificar a informação a posteriori.

-DUBIEDADE; na medida em que subvertem a informação com um dado impreciso que gera e inspira desconfiança para com atos vindouros, desde quando, este fato ou procedimento deliberativo serve de critério ou justificativa para se antever práticas posteriores.

-SUSPEIÇÃO; o que querem e o que pretendem? Por que assim agiram? O que está por trás dessa intenção? Que garantias podem ter o cidadão-eleitor de um compromisso com o bem público por quem assim age? Que garantia de responsabilidade pode passar alguém que assim se comporta? O cidadão-eleitor tem o direito de indagar e de indignar-se.

Nem começou e, vejam bem, em que enroscada encontra-se “Buscando a Cidadania”, junto a um candidato que maquia uma informação ainda no processo eleitoral, é justo que “Buscando a Cidadania” explique-se. Se não tem porque explicar-se que dê o seu parecer. Porque esse fato é:

- IRRELEVANTE; a informação diante da Lei Eleitoral não tem obrigatoriedade de procedência, nem necessidade precisa, nem mesmo carece de exatidão dos valores, nem a cobrança rigorosa da comunicação. É só para constar.

- RELEVANTE; a integridade do gestor público é demarcada nas suas ações primárias e elementares, onde devem transparecer responsabilidade, transparência e credibilidade.

- PROMISCUIDADE; na medida em que quebra um vínculo de confiabilidade e demonstra a aridez de um caminho nebuloso onde os riscos são componentes e atributos de uma incerteza imanente.

Vinte mil reais é o preço de um jogo de jante e de quatro pneus do carro de luxo. Um milhão, quinhentos e setenta e dois mil é o preço do tão grandioso sonhado sonho alvissareiro que não sai do juízo; enquanto isso, “Buscando a Cidadania” enfiado numa aliança sem programa, por mera visualização política e busca de cargos, abona alguém que não passou pelo seu crivo condenatório, quando assim o fez, mas que hoje, responsabiliza-se pelo cumprimento de obrigação do abonado nos grandes atos; os pequenos ficam entregues ao destino.



domingo, 15 de julho de 2012

O CÉU DO BRASIL.


Pensei assim: qual será a melhor cidade do Brasil para uma pessoa morar? Como obter essa resposta? Debrucei-me sobre o melhor caminho: examinando o ÍNDICE FIRJAN DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL 2011 (ano base 2009). Consolidado como referência para o acompanhamento do desenvolvimento socioeconômico brasileiro, o Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal (IFDM) acompanha três áreas de desenvolvimento: [Emprego&Renda], [Educação] e [Saúde] e utiliza-se exclusivamente de estatísticas públicas oficiais.


Não deu outra, são as cidades paulistas e interioranas: a primeira colocada foi Barueri; a segunda, Paulínea; a terceira, Araraquara; a quarta, Ribeirão Preto; a quinta, São José do Rio Preto. São cidades com grande potencial de desenvolvimento, que garantem à sua população pleno atendimento básico de saúde, ensino fundamental de qualidade e ampliação do mercado formal de trabalho, com geração de renda. Significam um ótimo exemplo.


De repente surgiu uma idéia absurda em minha cabeça: qual é o município que é o redondo (c_´ no bom linguajar popular) do Brasil? Novamente o IFDM, e pintou um município do Maranhão, agora, conhecido e muito bem conhecido por São Felix das Balsas, que é o 5.563º., colocado, ou melhor o último colocado. Se for rebaixado, será diretamente para o inferno, porque a vida aí nesse reduto do Sarney deve ser pior do que sarna em cachorro pelado. O 5562º. é Tarauacá no Acre; o 5561º. é Monteirópolis em Alagoas.


E na Bahia? Quais são as cinco melhores: 1º. Salvador – 2º. São Francisco do Conde 3º. Maragogipe, 4º. Luiz Eduardo Magalhães – 5º. Feira de Santana (que é uma cidade respeitada, em tudo o que você pensar, até na máfia). Com o coração partido e na mão, resolvi olhar as piores da Bahia. Eu pensava assim: ''Salvador que é a primeira do Estado, tem ser humano dormindo embaixo de viaduto, marquise, banco de jardim; ao mesmo tempo que fuça comida deteriorada no lixo, imagine a situação da pior cidade na Bahia". Salvador é primeira no Estado e a 500º., no índice nacional.


Vou aproximando-me do fim da listagem: 5537º., no Brasil é tida e reconhecida como uma notícia boa, por ironia de um destino perverso e cheio de desprezo; Boa Nova é a 414º., no Estado. Continuo visualizando a lista e observando a 415º., da Bahia, minhas vistas escureceram, eu enxerguei um monte de letra baiprai, eu tinha que formar a palavra e na medida que eu juntava as letras não tinha como não ser essa cidade tão desenvolvida e conhecida no nosso Estado, meu coração acelerava e as letras iam ficando no seu devido lugar, IPI – BA e só faltava um A e um R; o coração desparafuzou, achei melhor tomar um litro de água para resfriar a moringa. Voltei e não quis formar a palavra, fui direto na solução: era Irapiba, que susto e que alívio. Por ironia do destino, o pior município da Bahia é uma proteção que livra de uma situação difícil, é a salvação chamada Nova Redenção 5.560º., no Brasil e 417º., na Bahia. Cruz, credo! Que o Senhor tenha comiseração dessa gente.


Vamos para a tão cantada e decantada Ipirá, cidade na qual tem alguns sabidóides que dizem que aqui acontece coisa que só acontece em Paris, custa acreditar, mas em todo caso, como eu não conheço Paris, vou acreditando no que eles dizem e procurando conhecer mais a fundo este município, para melhor prover o que se fuxica. Vou começar com uma pergunta: quem é melhor para seu povo: Ipirá ou Chorrochó? Contra um nome estrambólico desse, Ipirá não perde nem a pau. Ipirá é o 4.929º., no Brasil e o 218º., na Bahia. Perde para Pintadas (4.917º.), Itaberaba (4.832º.), Feira (1.488º.), Piritiba (4.702º.), Santo Estevão (4.532º.), Serrinha (3.703º.). Até aí tudo bem, mas para Chorrochó não é possível. Chorrochó é o 3.739º.


Levei um susto, daqueles que espanta até defunto quando recebe uma pá de areia por cima da testa, foi quando fui observar, qual era no Estado da Bahia, o pior município em Educação. Baralhou as vista e eu enxerguei Piraí do Norte de outro jeito, o que salvou a situação foi esse do Norte, desde quando, eu sei que não tem Ipirá do Norte, aí não tinha mais dúvida, não era erro. Piraí do Norte é o 417º., Ipirá é o 293º., Pintadas é o 178º., São Domingos é o primeiro, em educação.


Na saúde Ipirá é show de bola, com sua saúde de primeiro mundo. Mansinho, mansinho, Mansidão é o 417º., último colocado na Bahia. Ipirá é o 145º., ganhando para Pintadas que é o 221º. Quem quiser que fique com uma dor de barriga e recorra ao hospital de Ipirá. Que fica são fica, agora que vai observar um bocado de desgraceira, vai.


No item Emprego & Renda, Salvador é o 1º., Maragogipe o 2º., São Francisco o 3º., Luís Eduardo o 4º. Olhe bem! Ipirá é o 205º., ganhando para Pintadas que é o 224º., e Nova Redenção segura a lanterna com o 417º. lugar.


Esta análise está fundamentada nos números da IFDM, uma das mais conceituadas no Brasil, com o objetivo de mostrar a real situação dos municípios brasileiros. Sem essa “paixão braba” de jacú/macaco, que leva as pessoas a não enxergarem índices vergonhosos e medíocres nessa situação de Ipirá, com uma colocação 4.929º., entre 5.564 municípios.


Na minha maneira de ver, esses números representam uma facada na consciência de quem diz que gosta dessa terra, porque se realmente gosta, sem hipocrisia e com a observância da fé jurada e devida não pode compactuar com uma situação vexatória dessa. E essa situação não é coisa do destino, muito pelo contrário, tem uma causa precisa e contundente, que muitas vezes as pessoas bem intencionadas não procuram perceber. Eu não tenho dúvida, que o grande causador dessa vergonha é essa politicagem rasteira de jacú/macaco que predomina em Ipirá. Botaram Ipirá nessa situação e não foi eu, nem você. Quem botou Ipirá no buraco do tamanho de um precipício, eu digo até, na beira do c_´, foi essa politicagem do atraso, mesquinha e rasteira, que se sustenta e se reproduz na paixão jacú/macaco.


E as pessoas estão presas a esse mau agouro, que leva o município para limites deploráveis da existência humana, enquanto as oligarquias e seus cupinchas fazem a farra com o dinheiro público, que falta na educação, na saúde e no emprego e renda.


Pense bem, cidadão ipiraense (se assim você se considera)! Porque quem ignora as coisas, obtém como recompensa ou favor, ou ainda por merecimento um 4.929º. em condições de vida na sua cidade, que com outra atitude de sua parte, poderia ser uma outra e bem razoável situação. Mais de sessenta anos de administração de jacu/macaco neste município, já deu o que tinha que dar. Essa mesmice só serve para engabelar as pessoas menos esclarecidas em bom proveito de uma elite oligárquica e seus apaniguados. Ipirá precisa de sua coragem. É hora de mudança. Eleições servem para isso.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

VERDADE ou MENTIRA?


Um passo importante da História acontece quando ela vai beber água na fonte histórica e no passado. A História significa a memória do povo. Nada mais justo do que resgatarmos o que se passou há 20 anos para sabermos se mentira foi ou se a verdade tem perna curta e duvidosa. Vamos fazer um teste para verificarmos como vai sua memória.

Você sabe o que é BBBB? “É fácil”, responde você, que diz: “é Bial no Big Brother Brasil. Errou e errou feio, é Beto Bom de Bola de Brasília. E daí? É simples: há vinte anos que se foram, BBBB fuçando em Brasília, lá onde mora a maracutaia, descobriu que tinha sido aprovado um projeto para asfaltar uma estrada entre Ipirá e Bonfim, daí passou as informações para “Buscando a Cidadania”.

Você já foi ao Bonfim por estrada de asfalto? Não! Não é de Bonfim de Feira ou Senhor do Bonfim que eu estou querendo saber, é do Bonfim de Ipirá. Não! Não é pela estrada asfaltada de Pintadas e depois você pega um atalho de chão que vai dar no Bonfim. Lembre-se! Faça um esforço mental de verdade para você lembrar-se da verdade. Não precisa? É simples: nunca houve essa tal estrada de asfalto.

Pronto! A coisa está ficando clara: esqueça o asfalto, nunca houve. Essa é uma verdade. Agora queremos saber a outra verdade ou mentira. Se houve o projeto onde foi parar o dinheiro desse asfalto? Brasília é assim, por demais tenebrosa, por demais demagógica, mas, também, possui uma cumplicidade leviana que muitas vezes solta a língua e vira a mesa, deixando as migalhas espalhadas pelos rés do chão. Brasília é feita de verdades e mentiras. Todo momento é momento propício para se arrancar a verdade ou a mentira, contanto que não se deixe dúvida.

O dinheiro do asfalto não chegou até o asfalto. Para onde foi esse dinheiro? Agora que “Buscando a Cidadania” está colado ao gestor público da época, não custa nada destrinchar essa coisa nebulosa e dizer à nossa gente qual é a verdade ou a mentira nessa mixórdia. A gente é pego pelo que escreve e pelo que fala. Não custa nada “Buscando a Cidadania” esclarecer de forma simples, transparente e sincera, todo esse estado de desconfiança e suspeição.

Agora, com a aproximação ao gestor da época, “Buscando a Cidadania” goza de afeição, reconhecimento, respeito e estima, mais até, da que se demonstra a alguém mais antigo no grupo, assim sendo, nesse patamar de deferência pode até extrair um parecer fidedigno ao acontecimento, afinal de contas, hoje, “Buscando a Cidadania” é o maior avalista da mais irresponsável e inconseqüente administração que já houve em Ipirá, conforme suas palavras e parecer, a menos, que o passado seja a maior e mais sublime mentira. Vamos pelo asfalto até a Igreja do Senhor do Bonfim.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

É DE ROSCA.


Estilo: ficção
Natureza: novelinha
Capítulo: 45 (mês de junho 2011) – incrível, apresentação do novo capítulo da novelinha esculhambada com, simplesmente, um ano de atraso e não acaba. Nem satanás acaba essa novelinha.

Foi mera coincidência o encontro entre o sujeito do Blog e o prefeito Dió. O sujeito do Blog estava em frente ao ponto de encontro Renova Ipirá, quando o prefeito Dio, saindo da casa do empresário vizinho do Renova, olhou para o grupo que estava na calçada e dirigiu-se nesta direção, ao tempo que pensava “olha quem está ali, o sujeito do Blog que só escreve besteira, vou tirar um sarro com a cara dele”. Falou com os presentes e dirigindo-se ao sujeito do Blog disse-lhe:
- Aqui está um pensador, eu leio o que você escreve para ver como eu vou fazer.
 
O sujeito do Blog olhou meio de banda e pensou: “o prefeito Dió tá tirando onda com a minha cara”, mas indagou:
- Como, prefeito Dió! Você lê o meu Blog?

- Eu não leio porque eu não tenho tempo, essa prefeitura acaba comigo, mas, de vez em quando, Jojó de Dió traz uma matéria para eu passar os olhos, aí eu aproveito e faço o que o pensador manda, é o jeito que eu tenho para obter uma orientação.

O sujeito do Blog ficou olhando nos olhos do prefeito Dió e imaginando: “não é que esse filho de uma mãe resolveu gozar com a minha cara, vou ter que dar um canto de carroceria nesse prefeito”. Foi falando:
- É verdade, prefeito Dió! Você lê o que eu escrevo no Blog?

- É prá vê como eu tenho que fazer as coisas. Eu não sei pensar, então eu tenho que seguir os conselhos de quem pensa mais do que eu, para bem dizer, de uma pessoa mais sabida do que eu – disse o prefeito Dió com aquele sorrisozinho de zombaria.

O sujeito do Blog parou perplexo e ficou formulando uma resposta à altura, enquanto imaginava “olha que sujeito esperto, vê lá se uma raposa dessa, o maior estrategista da politicagem de Ipirá, vai permitir que nenhum ipiraense pense por ele. Isso é uma cobra criada, que sujeito ladino”. E foi dizendo:
- Tá certo, sujeito do Blog! Se você segue o que eu escrevo, eu vou colocar uma sugestão para você cair num abismo.

- Lá ele! Nesse buraco eu não vou não! – falou o prefeito Dió, dando um salto para trás e soltando uma risada.

O sujeito do Blog ficou pensando “veja só! Que sujeito esperto, é mais arisco do que jogador de bola ensaboado”, e foi falando:
- Oxente, prefeito Dió! Você é o artista principal da novelinha e eu sou torcedor de sua ótima performance novelística.

- Lá ele é quem sabe! Se o artista principal sofre uma rebombada dessa, imagine se não fosse! Você só faz me perseguir.

- Não exagere, prefeito Dió! Eu só faço botar ameixa na sua empada.

- É porque você não sabe o meu sofrimento nesta prefeitura, quando eu deixar esse cargo eu vou ficar numa boa, só quero tranqüilidade, sombra, praia e água de coco, mas eu vou ter a oportunidade de sentar com você e lhe mostrar o emaranhado de leis e burocracia que envolve o gestor.

O sujeito do Blog ficou pensando “mostrar o que? O que já foi?”. O prefeito Dió continuou falando:
- Eu sou o único prefeito que vai deixar dinheiro nas contas da prefeitura.

O sujeito do Blog ficou refletindo em seu pensamento “lá ele! Então os outros que passaram pela prefeitura raparam o tacho?” E depois preocupado, aguçou o pensamento: “lá ele! Com dinheiro sobrando, um prefeito com folha corrida negativa e que tenha mão-de-onça vai limpar o tacho e a gamela”. O prefeito Dió continuou dizendo:
- Eu vou deixar o Matadouro de Ipirá em pé e na inauguração você vai ser o meu convidado para toma um whisky. Isso é uma certeza absoluta.

O sujeito do Blog sentiu o mundo girar depois daquelas palavras, que tiveram a força de um golpe violento na boca do estômago. O sujeito do Blog ficou pensando: “agora o prefeito Dió esculhambou comigo. Eu digo que o Matadouro de Ipirá é de rosca e o prefeito Dió diz que é uma certeza absoluta. De rosca é de rosca, não pode ser certeza absoluta. Como é que o prefeito Dió me diz uma coisa dessa?”

O sujeito do Blog ficou completamente deprimido e desnorteado. As grandes derrotas trazem esses imensos dissabores. O prefeito Dió ficou altaneiro, orgulhoso e sobejo, de maneira que estava radiante e pensava em seu grande finale “botei o deputado na frigideira; indiquei a cabeça; vou deixar garangau no caixa; botei o vice pra não deixar o cabeça tirar o que deixei no caixa; vou botar certeza absoluta em pé e acabar com o de rosca. Sou o grande vencedor”.

O sujeito do Blog estava calado e cabisbaixo. O prefeito Dió estava radiante, quando viu passar pelo trecho um correligionário seu, chamado A. Carneiro, dirigiu-lhe uma pergunta:
- Meu amigo A. Carneiro! Você vai votar em meu candidato?

- Prefeito Dió! Eu vou ser sincero, eu só posso votar em seu candidato se o seu governo fizer o Matadouro de Ipirá até a eleição e matar uma ovelha lá.

O prefeito Dió caiu em prantos e foi dizendo:
- Lugar de matar carneiro é em Pintadas, no meu Matadouro não vai matar nenhuma ovelha. O que acaba com meu ótimo governo é a burocracia; é o carro pipa; é seu Bruno e seu Marrone, esses não, errei, esses são meus amigos. Quem acaba comigo é essa desgraça de ovelha, prá que isso aqui?

Suspense: e agora ? o que será que vai acontecer ? O prefeito Dió está faltando seis meses para deixar o mandato. O sujeito do blog está com a novelinha atrasada doze meses. Mandato para terminar 6 meses. A novelinha para empatar 12 meses. Quem vai terminar primeiro? Quem vai levar a melhor: o prefeito Dió ou sujeito do blog?  Agora é o de rosca contra a certeza absoluta é que a novelinha não acaba nunca e Ipirá vai se lascar. Duas coisas de rosca, essa novelinha e o Matadouro de Ipirá.

Leia o capitulo 44 (maio 2011) bem abaixo.

Observação: essa novelinha é apenas uma brincadeira literária, que envolve o administrador e o matadouro e, sendo assim, qualquer semelhança é mera coincidência.

domingo, 1 de julho de 2012

PÓS LAS CONVENCIONES.


1º. de julho, tudo está como dantes no quartel de Abrantes. Daquilo que falaram tiramos as nossas conclusões. Nada mais justo, aliás, justíssimo, por sinal. Embora, fico buscando e imaginando o que de fato se potencializará como a verdadeira sinalização, nestes próximos três meses, e não tem muito o que especular, “Las Convenciones” determinaram: será o foguetório.


Falaram em grupo com “patrimônio de quatorze mil votos”. Fico imaginando
que não é fácil diluir isso num processo mental, sem uma manifestação
escrita ou oral, a não ser que estejamos afetados por desordem ou
desequilíbrio da mente, desde quando, devemos entender o patrimônio como
um conjunto de bens móveis ou imóveis (gado, casa, carro, etc), com valor
econômico apreciável, de pertencimento a uma pessoa. Voto é representação de cidadania e pertence à consciência do cidadão.
Quem pensa em patrimônio não cede, não entrega, não oferece, prefere perder, principalmente, quando o que será distribuído entre os herdeiros, é gerador de desacordo. Busca-se uma liderança. É um caminho traumático e de desalinhamento. Busca-se uma “diferença para mais” que passe da medida dos quatorze. Está fora das hostes do patrimônio, não tem como consegui-la. Procura-se um vice. Ninguém quer. Apela-se para uma chapa caseira. É o mais puro sinal de fragilidade. Quem não soma, perde. É um grande equívoco colocar-se um candidato goela abaixo. Quando isso acontece, nada custa fazer um julgamento baseado em indícios e aparências: estou vendo o enterro de um grupo oligárquico.


Aliás, a vida é mudança. Lembro-me de um rapaz, que em suas meditações
e reflexões políticas e filosóficas profundas, questionava indignado o fato de
Luís Carlos Prestes ter feito uma aliança política com Getúlio Vargas, desde
quando, Getúlio tinha entregue Olga Benário, que era companheira de
Prestes, ao nazismo alemão para ser trucidada nos campos de concentra-
ção.Esta aliança era concebida como espúria, infame e vil na sua maneira de
ver as coisas da política. Era um rapaz puro, muito bem intencionado e
imbuído de princípios que motivam e orientam o comportamento humano no
campo do respeito à essência de valores éticos em qualquer instância e
circunstância social. Chegava a ser romântico.


Sem dúvida a vida é mudança. Lembro-me de um rapaz que era um comba-
tente exemplar, aguerrido, intolerante e implacável com o desmando, com o
descaso e com a roubalheira cometida por administradores públicos.
Combatia sem pestanejar a má administração, a apropriação indébita de
fundos e valores públicos. Não negligenciava diante da malversação do
dinheiro do povo. Denunciava e representava no Ministério Público. Não
fechava os olhos para o calote que qualquer prefeito passasse nos
funcionários e nos fornecedores; contestava a irresponsabilidade
administrativa, o nepotismo e a falta de respeito com os munícipes.
Era incansável e intolerante com a má gerência pública.


A mudança faz parte da vida, seja lá em que vida for, principalmente na
política. Acontece o mensalão. Partido político vira camisa suada que se
troca a cada instante. Carlista é prima-dona do poder galeguista. Lula
abençoa e santifica Maluf. Tudo é permitido. Acabou o pecado político.
Lembro-me do rapaz, que no desprezo aos princípios inatos da consciência,
rebusca-se no princípio aristotélico da contradição (“nada pode ser e não ser
simultâneamente”) e na sua generalização pela observação empírica, manda
para o inferno a personalidade que não transige, que não faz concessão, que
é inflexível, que é intolerante; que se vale pela austeridade e pela rigidez na
observância de seus princípios. Achou melhor passar o corretivo no passado
e avalizar o porvir.


Nas mudanças que acontecem, alguém perde e outros ganham. Quando isso acontece, nada custa fazer um julgamento baseado em indícios e aparências: em aliança sem princípio e programa, a duração é passageira, temporária e transitória, não suporta uma disputa eleitoral para deputado. Pelos bastidores virão os algozes. Tudo isso será fruto da vitória da matilha dos lobos. Lembro-me do rapaz ...


O grande derrotado de “Las Convenciones” foi o ex-deputado Jurandy Oliveira. Em toda ocasião que se propôs candidato à prefeitura de Ipirá, teve o pescoço arrancado pelo cutelo do prefeito Diomário. O prefeito é a força. Eu não digo que o prefeito humilhou o deputado, mas que desconsiderou, desconsiderou. O deputado pode até não ver dessa forma, mas que o deputado foi preterido na questão da cabeça de chapa, foi. Nesse caso vamos até ponderar: contra “o homem” não tinha boca para o deputado, mas não considerar a sua opinião sobre a vice foi um descalabro. Se a turma do deputado tivesse ficado calada, não tinha transparecido derrota ou descaso para sua opinião. Mas, deputado! Nem tudo está perdido, V. Exa. vai ganhar muito mais lá fora, em outras  duas cidades, (uma vaga na Assembléia Legislativa) do que aqui (uma sonora aposentadoria) em Ipirá. Para o futuro deputado Jurandy Oliveira, com todo respeito, desejo uma boa aposentadoria na política de nosso município e em tom de brincadeira, para o meu amigo Jota Oliveira, eu quero dizer o seguinte: com o PT aí dentro da macacada, o bolo inchou e uma chance agora só em 2050. Política é assim: uns ganham, outros perdem e a vida continua renovando.