Estilo: ficção
Modelo: mexicano
Natureza: novelinha
Fase: Querendo imitar Malhação, que não acaba
nunca, sempre criando uma fase nova, agora é a do prefeito Marcelão.
Capítulo 31 (mês de dezembro 2016)(atraso de
7 meses) (um por mês)
No fundo da Igreja Matriz, na Praça da
Bandeira, uma criança abriu o berreiro:
- Buá, buá, buá, buá, buá!...
- Tu ta sintino o quê, trem ruim? – indagou a
mãe.
- Buá, Buá! Cadê o parquinho qui tava aqui?
Buá, Buá! – perguntou o menino que continuava chorando.
- Tu num sabe né, fie de cascavé arripiado! O
prefeito Marcelão marretou o parque das criança brincá – explicou a mãe.
- Buá, buá, buá, e as criança vai ficá sem
parque de brinquedo? Buá, Buá... – quer saber o menino.
- Tu para de chorá feito bode lacraiento! O
prefeito Marcelão vai trazê brinquedo de primeiro mundo, vai tê uns zavião qui
vai até a torre da Igreja e vorta; vai tê cavalinho correno atrás do outro; vai
tê carrinho de batida bateno um no outro; só vai tê brinquedo das Zoropa. Tu
para de chorá ou tu não vai brincá nesses brinquedo – argumentou a mãe.
- Buá, buá, eu quero é vê! Eu vou chorá, buá,
buá...
- Ô trem sem serventia, tu fecha essa
matraca! Foi R quem me disse, qui essa praça vai virá praça dos trinque, vai
impatá cum as praça de Turim – disse a mãe.
- Buá, buá, eu quero é vê! Aonde fica Turimba?
Eu vou é chorá, vou, vou, vou, buá, buá..,
- Sou eu quem vou sabê aonde fica essa tal de
Turim! Eu vou botá tu prá cunversá cum R e ele vai te dizê cuma vai ficá o
parquinho dus minino. Se tu não pará com esse chororô eu vou dizê a R qui foi
tu qui furou o pneu do carro dele, ai tu vai vê cum quantos pau se faz uma
cangaia.
Nesse, exato momento, começou uma confusão na
passarela em cima do tanque para criar tilápia, obra magnífica do inesquecível
ex-prefeito Dió. O empurra-empurra era grande e o chega prá lá não parava. Aí, o menino
parou de chorar e veio observar o acontecimento.
- Chega prá lá, prefeito Marcelão! Quem vai
tirar a foto agora sou eu, porque eu cheguei primeiro.
- Nada disso, seu Matadouro de Ipirá! Quem
vai tirar a foto sou eu, porque eu sou o prefeito dessa terra e você saia
daqui. Eu não tenho sossego em minha vida por sua causa, seu matadouro!
- Que é isso, prefeito Marcelão! Eu quero
viver bem com todos os prefeitos desse pedaço, agora, eu posso dizer que só
penso em coisa boa para V. Exa., como podemos observar nesse Brasil de meu
Deus, o que aconteceu com a presidente Dilma e com esse famigerado golpista e
trambiqueiro Temer, que recebe bandido no palácio, conversa e desconversa, rola uma mala abarrotada de real e diz que não tem culpa no cartório. Esse sujeito tem que deixar
a presidência do Brasil, é FORA TEMER, aí eu só penso em V. Exa. e...
- Muito grato, Matadouro de Ipirá! O seu
reconhecimento para mim é uma honra e eu saberei me portar como um verdadeiro
estadista para que sua grandiosa menção tenha o valor meritório para o
engrandecimento de nossa nação e...
- É verdade, prefeito Marcelão! V. Exa., é
tão bom de festa que eu não posso deixar de pensar em V. Exa., para presidente
do Clube Caboronga como um nome a altura de revigorar aquele clube com festas
espetaculares como as que V. Exa., vem realizando na cidade.
- Seu Matadouro de Ipirá! Pode procurar um
outro local para se esconder, porque aqui em minha terra você não tem guarida.
Nada de matadouro por estas bandas. Vá prá Punta del Leste.
Suspense: Veja que situação: Um matadouro
querendo ser obra e um prefeito querendo não ter problema! Onde vai parar uma
desgraça dessa? O que é que eu tenho a
ver com o desentendimento do prefeito Marcelão com o matadouro? Será que o
matadouro deixou de ser um problema em Ipirá? Prefeito Marcelão vai apilar o
Matadouro de Ipirá?
O término dessa novelinha acontecerá no dia
que acontecer a inauguração desse Matadouro de Ipirá. Inaugurou! Acabou,
imediatamente! Agora, o artista é o prefeito Marcelão, que foi grande
divulgador da novelinha É de ROSCA pela FM.
Observação: essa novelinha é apenas uma
brincadeira literária, que envolve o administrador e o matadouro e, sendo
assim, qualquer semelhança é mera coincidência. Eles brincam com o povo e o
povo brinca com eles.