Nunca houve, em Ipirá, tanta conferência,
audiência pública, PPA aqui e acolá, reunião, encontro disso e daquilo.
Resultado de tudo isso: Ipirá não saiu do lugar. Tudo isso vem a calhar com a
preocupação que realmente preocupa: o pleito eleitoral do ano que vem. É
necessário arregimentar gente para a grande batalha eleitoral, que promete ser
renhida.
O que seria doce de coco parece que poderá
desandar. O Ibope divulgou uma pesquisa mostrando o G-30% como o ponto da
gozação diante do conjunto RC-3% como uma mala pesada para carregar. Parece que
a coisa ficou fora do prumo. Mesmo faltando mais de um ano não é nada fácil a
mala ficar leve.
A raiz da desandança ocorre com o movimento das
ruas que abalou o alicerce do PT e mostrou a verdadeira face brasileira. Baixou
a bola da presidenta Dilma, que teve queda na popularidade de seu governo.
Também, tirou a peteca da mão do governador Wagner quando 37% dos entrevistados
disseram que querem mudar totalmente a administração. O sobressalto tirou o
sono e imediatamente sobrevaloriza a realidade. Isso pode ser um ventinho.
Não sou vidente, mas em 2014 com a Copa do
Mundo, o movimento de rua poderá retornar com mais vigor e com força máxima
para ir de encontro a essa força exógena conhecida por FIFA que mete o bico nas
coisas que não devia meter e manda no que não devia mandar para exigir o padrão
FIFA nas arenas dos principais centros urbanos do País para que possa acontecer
seus eventos de alta lucratividade. É possível e provável que aconteça.
O ventinho virará um redemoinho. Tudo poderá
acontecer. Uma pesquisa com esses números no São João 2014 provocará uma
revoada. Não! Não é de pássaros! É uma revoada de prefeitos e vereadores. Na
certeza de vitória do outro, eles irão pular fogueira no lado lá, pela direita
e pelo avesso. Nestas circunstâncias, se o prefeito fosse Diomário, se prefeito
ele fosse! Ele não pensaria duas vezes, pularia. Por acaso, se Ana Verena não
tivesse desistido contratualmente de ser a prefeita, também entraria neste
barco. Mas, só por falta de princípio? Não. Pelo princípio de que o município
não pode ficar na contramão do poder do governador do Estado. E o prefeito
Ademildo da macacada e do PT?
Esse vai ficar numa enroscada. O redemoinho
poderá ter a força de um tormento para o prefeito da macacada e do PT. Ano que
vem será ano de política. Para tudo devido ao processo eleitoral. O Estado
quebrado tem suas prioridades de investimento, não penso que seja Ipirá. O
prefeito tem seis meses para conseguir as obras que pretende. Depois deste
prazo é só política e nada para o município.
O tormento poderá virar uma tragédia se o G-30%
ou o PS-33% atingir o ápice. O prefeito Ademildo do PT vai fazer o quê? Ele está preso e digerido pela tese do
“alinhamento direto” (Ademildo/Wagner/Dilma). O que deverá fazer o prefeito dos
macacos? Pular? É bem provável que enfiado numa tragédia desse quilate, o
prefeito do PT será o pior gestor de Ipirá em todos os tempos. A política o
livre de uma desgraça dessa natureza.
E o governador Wagner? Que estrategista! O
“malvadeza” ACM ficava com os dois (jacus e macacos). Wagner não quis os dois,
decidiu que era macaco em Ipirá, dando um pontapé no traseiro dos jacus. O
governador apostou na macacada. A jacuzada vai para cima com gosto de sangue na
boca. Quem com voto fere com voto será ferido.
Prefeito Ademildo! Não se preocupe, não! Isso
pode ser alarme falso, além do mais, isso é coisa para o ano que vem. Essas
pesquisas podem ser mentirosas, dá mesma forma que o asfalto do centro da
cidade; que a UTI do Hospital de Ipirá; que a fábrica de carros; que o
funcionamento do Matadouro.
Prefeito Ademildo! Nem pense nessas coisas.
Essas pesquisas podem ser um sonho passageiro, como a Uneb em Ipirá; como o
Samu funcionando; como as estradas rurais cascalhadas. Tudo pode ser um sonho,
nada mais que um sonho.
O prefeito Ademildo da macacada e do PT, não deve
estar nem aí para os números dessa pesquisa, por enquanto ele deve estar
preocupado com outros números, como os duzentos macacos comissionados que tem
que botar na rua e cortes de serviços para sobrar dinheiro para pagar as
despesas de campanha feitas por Antônio Colonnezi. Só de boca de urna foram
mais de 300 mil reais.
Com tudo isso, a lição da semana não vem pelos números
das pesquisas, mas pelas palavras de um Ministro do Supremo, quando fala do “sistema
político distorcido que vigora no Brasil”, com isso, prefeito, todo cuidado é
pouco, porque, muitas vezes, provoca um sentimento persistente de dor moral, de
aflição e de angústia, por isso não é bom banalizar a gravidade das pesquisas.